sexta-feira, 30 de julho de 2010

Na redação

Quinta-feira passei a tarde no jornal Correio de Uberlândia. Conversando sério com mamãe a respeito do meu futuro acadêmico, ela sugeriu que eu fosse lá conhecer e conversar com jornalistas de verdade, ver como é a dinâmica de trabalho, com o objetivo de desencantar ou então me apaixonar mais ainda pela profissão. Conseguir a visita foi fácil, tenho uma prima que é muito amiga da editora-chefe de lá, que topou me receber com a maior boa vontade.

Acompanhei uma reunião de pauta diária com os repórteres e é bem como eu pensava. Cada um recebe uma história para averiguar e na reunião apresenta o que encontrou e os chefes discutem se vale nota, matéria, manchete, etc. Eles discutem alguns assuntos, pensam em pautas que podem ser relevantes para aquele dia, e logo depois cada um sai ou para concluir sua matéria ou para ir às ruas buscar mais material. Uma coisa que percebi foi que lá todos os dias são diferentes, se em um dia você está trabalhando em um tipo de assunto, no outro seu foco é totalmente diferente e você tem um dia só (no caso do jornal, que é diário) para fazer sua história vingar, porque no outro provavelmente ela não será mais relevante.

Depois bati um papo com os dois editores-chefes para tirar as minhas dúvidas. Conversamos sobre a questão do formato do jornal estar mudando, dando lugar a reportagens mais analíticas do que aquelas que apenas visam passar a notícia, falamos sobre a questão da obrigatoriedade do diploma e eles me disseram que independente de ter um diploma em mãos ou não o importante é saber escrever, se renovar e se virar diante de imprevistos, que são as coisas mais frequentes num dia de trabalho. Perguntei também sobre faculdades, os melhores cursos que eles conheciam, a opinião sobre o curso aqui da UFU, sobre o mercado de Uberlândia, se aqui existe assunto todos os dias pra um jornal inteiro (sempre me perguntei isso)...

Conheci toda a redação, conversei com um dos diagramadores, vi ele montando as páginas no InDesign, depois conversei com um dos caras responsáveis pelo site do jornal, que me falou um pouco sobre a necessidade de adequar a linguagem ao público que lê as notícias através do site, sobre a interação com os leitores, e também as famosas mídias sociais. Vi que o esquema de administração do site não é muito diferente daquele usado na blogosfera, principalmente para quem já está habituado a trabalhar com php e essas coisas. Ele até me perguntou de onde eu sabia o que diabos era um serviço de MySQL, FTP e toda essa coisa, e eu até teria contado toda minha saga para tentar aprender sozinha todas essas coisas caso o final fosse vitorioso, mas como me rendi ao confortável e preguiçoso serviço do Blogspot, me calei.

Não poderia ter sido mais feliz conhecendo um jornal. Sou completamente apaixonada por jornais, e se tem uma coisa que me faz feliz é me esticar para ler a Folha de São Paulo depois do almoço. Embora na maioria dos dias não dê tempo de ler todo o jornal, sempre arranco meus cadernos preferidos e colunistas queridos para ir lendo ao longo do dia, o que deve deixar meu pai bem infeliz, já que desmembro o jornal inteiro. Aliás, por conta da minha paixão por colunas, perguntei se havia algum dos colunistas do jornal por lá naquele momento e por sorte havia, justo o que escrevia a respeito de política! Conversamos um pouco sobre seu trabalho, ele me contou como funciona, de onde recebe os principais tópicos, como decide sobre o que irá escrever, sobre o cuidado que deve ter, que um colunista deve entender muito bem sobre o que está falando e sempre checar dados, pois suas palavras tem muito peso, uma vez que é um formador de opinião.

Preciso dizer que estou mais apaixonada ainda, e que já tenho quase meus dois pés inteiros no ladro negro da Força, como disse a Luh?

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Pequeno desabafo irrelevante

Vou respirar fundo e confessar de uma vez tendo a consciência de que só Deus pode me julgar: estou viciada em Malhação.

Não sei como começou, nem quando, de um dia para o outro me vi viciada na trama clichê do romance entre a mocinha filha do caseiro, honesta e amiga do meio ambiente e dos velhinhos, que se apaixona pelo mocinho filho do patrão, que era malandro mas mudou por amor. E tem a vilã, que é irmã da mocinha e acredita piamente que o mocinho é apaixonado por ela, que se une com as amigas biscas do mocinho que querem fazer de tudo para separá-lo da "rainha dos mendigos". E tem também a turma engraçada, que mora junta num prédio chamado Himalaia, e tem o pseudo-nerd que não toma banho, o gordinho engraçado, o gatinho burro, uma gordinha que se veste de forma duvidosa mas é feliz, e a menina complexada que depois de levar um toco do garanhão resolveu malhar e fica bonita. E essas meninas tem uma banda de "rock" junto com uma das amigas biscas, que é viciada nos beijos do gatinho burro mas tem vergonha de admitir porque ela é popular e ele é burro, e com uma outra menina que tinha um ex-namorado psicótico e que agora namora o funcionário do "point da galera" que parece o Zac Efron.

Tudo isso com o toque especial do Fiuk com sua cara de filho-do-Fábio-Júnior-que-acha-que-é-tendência-e-rockstar, a mocinha Cris que fala mexendo a cabeça e gesticulando e solta um "pô cara" a cada duas frases, e claro, a vilã, Nanda, que é dona do prêmio de pior atuação de todos os tempos da Malhação, com seus olhos injetados e voz irritante.

Só que aí, de repente não mais que de repente, eu me pego vigiando o relógio para não perder o começo da novelinha "cheia de muita trama e azaração", e torcer pelo romance da rainha dos mendigos com o mocinho-que-era-malandro-mas-mudou-por-amor-e-quer-ser-rockstar como se fosse o meu coração que estivesse ali em jogo. Ainda por cima comento e dou muita risada disso no dia seguinte, na escola, já que eu obviamente não só me rendi à cultura inutil global como também carreguei meus amigos comigo.

Convenhamos, apesar de previsível, vazia e com atuações deploráveis, não tem nada melhor do que chegar em casa depois de um dia pesado de estudos, me enroscar no sofá com uma caneca de café e esquecer da vida por meia hora. É até saudável esvaziar a cabeça desse jeito. Ainda que por causa disso eu fique com a versão moderninha de Perdidos na Selva tocando em loop infinito na minha cabeça, quando a novela acaba.

Pronto, falei.

Momento merchã: Minha fiel escudeira, melhor amiga e companheira para todas as horas - inclusive outra viciada em Malhação - criou um blog! Lá ela contará sobre o cotidiano e dará seus pitacos a respeito dos mais diversos assuntos. Sejam amor e façam o favor de prestigiá-la lá no Nanaismo!

sábado, 24 de julho de 2010

Se eu fosse 12 anos mais nova

Encontrei o amor da minha vida e ele tem quatro anos de idade. Trata-se de Gustavinho, meu primo, com uns olhos amendoados pretos feito jabuticabas, cabelos levemente dourados e o sorriso mais lerdo e lindo de todos os tempos. Falo muito sério que eu nessas horas queria ter uns doze anos a menos para poder ser ao menos sua namoradinha quando crescessemos, e até casar com ele no futuro - tenho mil primos casados na família e ninguém nunca morreu até hoje -, o pedido ele inclusive já fez.

No último grande feriado fui a Presidente Prudente visitá-lo, e num desses dias ele me surgiu no quarto onde eu dormia, me acordou todo bonitinho, se deitou do meu lado na cama e começou a me cantar a música que ele apresentaria na festa junina da escola. Insistiu que eu lhe lesse a história "O Dono da Bola", e eu disse que só o faria caso pudesse ler também "Marcelo, Marmelo, Martelo", que é a minha preferida daquele livro. Ficamos ali por muito tempo até o final da manhã, e ele perguntou vagamente por que é que eu tinha que ir embora, e se eu não queria ficar morando ali, o que me encheu os olhos d'água e ele mal percebeu, porque estava entretido num penteado maluco que ele inventara de fazer nos meus cabelos, a la Capitu e Bentinho.

Como toda criança da sua idade, é um foguete levado da breca, que não para quieto um segundo que seja, inventa as artes mais cabeludas se o deixamos sozinho por muito tempo, gosta de luta que me deixa roxa quando resolve brincar de Batman ou qualquer outro herói e me põe de grande vilã da história. Apesar disso, seu super-herói preferido é o Homem Aranha (o meu também), chora assistindo Toy Story, está aprendendo a falar inglês, usa all star e gosta de ver filme de mãos dadas.

A todas as meninas de quatro anos de idade e até menos, anotem aí o nome desse partidão e já comecem a pensar no futuro. Já que ele não pode ser meu, me contento em arranjar-lhe uma boa moça. Sem puxa-saquismo de prima coruja babona, só digo que seu maior defeito é torcer pela França e não gostar de tomate, mas a gente esquece disso muito rápido quando ele aparece com um desenho de dois aviões, um do lado do outro, e explica que eles estão de mãos dadas.


quarta-feira, 21 de julho de 2010

Uma pseudo-trilogia

Por recomendação do meu tio, que nunca me indicou um filme do qual eu não tenha gostado, assisti nos últimos três dias três filmes que não tem conexão alguma um com outro, com exceção do tema geral, que me foram recomendados a serem assistidos em sequência, apesar de não serem parte de uma trilogia oficial. Os filmes foram "A Malvada", "Crepúsculo dos Deuses" e "O Que Terá Acontecido a Baby Jane?". Desses três o único que já tinha assistido era "A Malvada", mas o reassisti para não perder o fio da meada.

O comum dos três filmes é que todos tratam sobre fama e show business, sempre mostrando o lado obscuro, sem glamour e praticamente doentio da coisa. Adorei a experiência de tê-los assistido, todos são obras-primas e também amostras de um tipo de cinema que não se vê mais nos dias de hoje, uma coisa tão bem pensada, instigante, um roteiro tão bom que me faz me sentir mal pelas produções atuais. Por mais que tenhamos nossos tesouros, a maioria não chega aos pés dos grandes clássicos, que eu não saberia exatamente dizer em que tanto se diferenciam, só sei que é toda uma atmosfera diferente.

"Fasten your seat belts, it's going to be a bumpy night!"

A Malvada: Nesse filme, temos a história da grande dama do teatro Margo Channing, interpretada pela maravilhosa Bette Davis, que se vê ameaçada por sua grande admiradora e assistente pessoal, Eve Harrington, que de um dia pro outro parece estar tentando roubar tudo que é seu, sua fama, seus amigos, sua credibilidade, e também seu namorado. Enquanto Eve é belíssima e está na flor da idade para uma atriz, Margo já se vê ultrapassada para a maioria dos papéis que costuma interpretar, e insegura em relação ao que a chegada de Eve, que se revela uma ótima atriz, pode lhe trazer como consequência. O melhor desse filme, para mim, é a atuação de Bette Davis, que consegue unir num só personagem uma estrelona afetada um tanto arrogante e mimada, e também uma doce mulher frágil e insegura. Além disso, Anne Baxter, que interpreta Eve, é uma vilã do pior tipo que se pode imaginar, que vai pelos cantos, tem rostinho angelical e se esconde por trás de uma história triste e exagerada humildade, sendo sempre solícita e com um sorriso no rosto consegue arrancar dos outros tudo que deseja. Além das grandes atuações e ótima história, temos diálogos incríveis, e uma pequena participação de Marilyn Monroe!

"I am big! The pictures that got small!"

Crepúsculo dos Deuses: Norma Desmond é uma estrela dos filmes mudos que perdeu seu espaço em Hollywood devido à evolução do cinema. Ela vive sozinha com mordomo, fortuna e loucura em uma mansão em Sunset Blv. (título original do filme) até que Joe Gillie, interpretado pelo charmosérrimo William Holden, aparece em sua mansão, pensando que ela está abandonada, para se esconder de uns cobradores. Joe é um roteirista desempregado, e ao saber disso, Norma o contrata para revisar um roteiro em que vem trabalhando a anos, que seria o filme de seu grande retorno ás telas, dirigido por Cecil B. DeMille. Os dois passam então a viver uma estranha relação, com Joe se mudando para a mansão, e Norma desenvolvendo por ele uma estranha paixão, ao passo de que sua loucura aumenta. É um filme fantástico, que mostra o lado mais podre de Hollywood, o da decadência com suas piores formas, e conduzido de uma forma sublime por Billy Wilder, que é um dos meus diretores favoritos. A cena final, na escadaria da mansão, é de arrepiar, e é uma das mais famosas da história do cinema. O que achei interessante é como o diretor me surpreendeu, com esse filme noir (com muitas sombras e altos contrastes, puxado pro suspense e mistério, tratando de personagens moralmente ambíguos), tão diferente de seus outros mais leves e puxados para a comédia, como "Quanto Mais Quente Melhor", "Sabrina" e "O Pecado Mora Ao Lado". Sabiam que esse filme concorreu com "A Malvada" no Oscar, e acabou perdendo para ele a estatueta de melhor filme?

"I didn't forget your breakfast, Blanche, I just didn't bring it."

O que Terá Acontecido a Baby Jane? Baby Jane foi uma criança prodígio que encantava a todos nos palcos, mas era uma criança mimada e intratável nos bastidores. Enquanto fazia enorme sucesso, sua irmã Blanche ficava nos cantos, morrendo de inveja. Quando as duas cresceram, Blanche tornou-se uma grande atriz, enquanto Jane foi esquecida. A carreira de Blanche foi interrompida por um acidente que a deixou paraplégica, pelo qual sua irmã sempre levou a culpa. Quando mais velhas, as duas acabam vivendo juntas, se odiando, rivalizando uma com a outra o tempo inteiro, até que Jane sucumbe totalmente à loucura e passa a torturar sua irmã. O mais interessante nesse filme é que as atrizes Bette Davis e Joan Crawford (Jane a Blanche, respectivamente) se odiavam na vida real, e que a tensão entre elas no filme não era mera ficção e o clima nos bastidores não era muito diferente do da história. Quando Jane perde a noção da realidade, acontece uma das cenas mais sensacionais do filme, onde ela coloca novamente a roupa que usava em suas apresentações de criança e começa a cantar uma de suas antigas canções, "I've Written a Letter To Daddy", tão cândida outrora, mas que no momento soa bem tétrica. É um baita de um suspense muito bem produzido, com atuações maravilhosas, e uma trilha sonora muito bem feita. Confesso que, apesar de ter amado loucamente todos os três, esse foi o que mais me conquistou.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Roma, Audrey e passarinhos

Poderia começar esse post com alguma piada sem graça batida, questionando-os de forma óbvia se por um acaso haviam notado algo de diferente por aqui ou, sendo mais brega ainda, já tranquilizá-los que não, vocês não entraram no blog errado, apesar de azul, apesar dos pássaros e apesar da nova Audrey, este ainda é o So Contagious de sempre. Poupá-los-ei dessa lenga-lenga.

O último layout reinou por um ano e alguns meses, muito tempo pra um layout só. A verdade é que eu era tão apaixonada por ele, passei tanto tempo mexendo daqui, fuçando de lá, procurando a combinação perfeita de cores, a imagem mais bonita, os melhores detalhes, que acabou resultando em uma coisa, a meu ver, perfeita. E apesar de todo mundo já ter se cansado dele ao ponto de me cobrar quando é que eu iria mudar o design do blog, eu continuava feliz. Como nada nessa vida é pra sempre, esse fim de semana acordei, olhei pro blog e peguei asco daquele fundo bege, não podia nem olhar. Fui, portanto, aos trabalhos.

Fiz tudo ontem. Aproveitei para mudar, finalmente, para o modelo novo que já não é tão novo assim do Blogger, me atualizar enfim, e fiquei feliz com o resultado. Dei uma geral sem botar os olhos num único código que fosse e por mais que eu tenha lá meus momentos de nerdar e brincar com HTML, chega num ponto que a gente se cansa. Idade, sabe? Esse tom de azul ao fundo é uma das minhas cores favoritas e esse background de passarinhos foi um achado, aproveitando toda minha obssessão pelas estampas da Miu Miu. Coloquei também paginas internas para desatolar o sidebar, e só me deem um tempo até que reorganize o blogroll, e uma página completa de links. E Audrey Hepburn continua sendo a musa, só que mais fresca, novinha, uma princesa fugindo escondida para passear, andar de bicicleta e tomar sorvete de casquinha nas ruas de Roma.

Para não fazer a blasé e fingir que nada mudou, serei breve: que tal, gostaram da mudança?

domingo, 18 de julho de 2010

R$7,50

Acho que deveria parar de ler o Championship Vinyl por um tempo porque, apesar dos ótimos textos, sinto que tenho tido cada vez mais momentos robgordonianos na minha vida e percebi que o número de pessoas brotadas do nada com o único propósito de fazer minha existência um pouco mais penosa só tem aumentado.

Sexta feira eu não estava bem. Estava com a TPM muito atacada e era o pior tipo que nossos hormônios podem arquitetar: aquela que põe em nossa mente uma única vontade de aniquilar todo ser que respira da face da Terra. Eu estava com dor. Dor de cabeça, dor em todos os centímetros do corpo, e muita, muita cólica. Minha vida já estava bem ruim enquanto eu estava no meu quarto escuro, deitada embaixo de um cobertor lilás fofinho em posição fetal, meio cochilando, meio assistindo Gossip Girl. Se nessas condições, que em qualquer outro estado não poderiam ser melhores, eu já estava com uma vontade enorme de deixar de existir e puxar o pé de todo mundo para o fogo eterno, imagine quando minha mãe surge no quarto, abre a janela e diz que vai visitar uma prima, e que eu vou com ela. Reparem que ela não me perguntou se eu queria ir ou não. Ela afirmou de pronto que eu iria, naquele tom irritantemente brando das mães de eufemismarem suas ordens que só elas tem.

Antes de irmos para a casa da tal prima, passamos na locadora para devolver um filme. Cheguei no balcão, entreguei o DVD, e a moça me disse, depois de encarar o monitor por um tempo:

- ESSE FILME TÁ ATRASADO! – assim, em caixa alta.
- Eu sei, era pra eu ter devolvido na caixinha hoje cedo (Nota: na locadora que eu freqüento existe um esquema que se você pega a locação antecipadamente, pode devolver o filme até as 10h da manhã do dia seguinte ao do prazo estabelecido, numa caixinha que fica fora da loja).
- R$7,50
- Moça, eu tenho que pagar R$3,50 de multa. Era pra eu ter devolvido hoje, na caixinha, mas eu estou devolvendo agora, então o certo é cobrar uma diária só.

A moça ficou calada, ora me encarando, encarando a caixinha do filme, encarando o monitor, e coçando a cabeça com a ponta da caneta.

- R$7,50
- Moça...
- PERAÍ... FULAAAAAAAAAAAAAAAAANO, ME AJUDA AQUI!!!! (O Fulano estava do lado dela)

O Fulano foi para o lado dela no balcão, olhou para mim, olhou para o filme, olhou para o computador.

- R$7,50
- Fulano, olha, era pra eu ter devolvido esse filme hoje, na caixinha. Mas eu estou devolvendo agora. Então o certo é cobrar uma diária só. R$3,50.
- Pelo que consta aqui, quando você veio aqui na terça, pegou quatro filmes mas só pagou por dois. Os outros ficaram pra devolução.
- Sim, paguei antes por este, que estou devolvendo agora, e pelo que tenho que devolver amanhã.
- É, mas o sistema deu baixa no que você tem que devolver amanhã e nos que ficaram pro domingo. Então são duas diárias. R$7,50.
- Mas a diária é R$3,50.
- Então, duas diárias de R$3,50, a diária de quarta e a de quinta. R$7,50.
- Não, Fulano, R$7,00.
-R$7,50.
- Fulano, duas vezes R$3,50 dão um total de R$7,00.

Eu posso não ser uma gênia da Matemática, mas eu sei muito bem que 3,50 mais 3,50 é igual a 7 e eu atravessaria a rua e pegaria laranjas no sacolão para ilustrar ao invertebrado caso ele continuasse relutando.

- Moça, aqui no meu sistema está R$7,50, referentes às duas diárias.
- Tem certeza?

Ele ficou me encarando, encarando outra atendente (que nessa hora tentava convencer que se uma mulher alugasse os dois filmes da saga Crepúsculo e comprasse um pacote de pipoca de microondas mais não sei quantos reais, ganharia um balde de pipoca promocional com as fotos do filme) e encarando o computador.

- AAAAAAAAAAAAAH, tá escrito aqui! O resto do dinheiro são as outras duas locações que você deixou para pagar na devolução. R$7,50.
- Então a diária da multa é de R$3,50?
- Sim, o resto é das duas locações que você deixou em aberto pra pagar na devolução. R$3,50. Pode pagar o resto na devolução. O que restou dos R$7,50.

Coloquei R$10 no balcão, murmurei um “Deixa o troco como crédito” e saí pisando forte antes que ele pudesse dizer que o total que eu tinha que pagar era de R$7,50, e não R$10. Deu pra entender por que eu odeio esse tipo de gente?

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Manifesto contra os atendentes de locadora

Como assídua frequentadora de vídeo-locadoras e defensora da opinião de que, mesmo em Uberlândia onde os acervos são bem limitados, as locadoras são os lugares mais divertidos do mundo, devo dizer que se tem uma coisa que me desanima de pisar nesses lugares são seus atendentes. Fico pensando o que seria de um sacolão caso os vendedores não soubessem orientar os clientes a escolherem, sei lá, maracujás. E que desastre se daria caso um vendedor de carros não soubesse nada de carros, motores e toda essa coisa. Para trabalhar em qualquer lugar que seja, é preciso que se saiba, minimamente, um pouco do que se trata aquilo que é vendido no lugar. Não é?

Então por que diabos os donos de locadora uberlandenses insistem em contratar amebas para trabalhar em seus estabelecimentos?

Existem 3 tipos diferentes de atendente: as múmias, os burros, e os incovenientes.

As múmias:

São o tipo que não se mexem para absolutamente nada. Ficam sentados atrás do balcão ora lixando as unhas, ora prestando atenção no filme que está passando na televisão do local, ora conversando no telefone, tudo isso ainda que você esteja parado em frente a eles pedindo pelo amor de Deus para que seja atendido e possa sair dali de uma vez. Esses, na verdade, são os que menos incomodam, afinal eles não fazem nada, mas entre um atendente que ao invés de ajudar, atrapalha, nada melhor que um que não faça nada, ainda que você tenha que esperar a linda terminar de fofocar algo sobre o filho da gerente com uma funcionária da outra loja, por telefone. E mais, ele não vai achar estranho o fato de você passar mais de meia hora lá dentro tentando escolher algum dvd, e nem prestar atenção caso você resolva sentar-se no chão para conseguir olhar os títulos da prateleira de baixo.

Os burros:

Era a primeira vez que eu ia naquela locadora, que abrira bem perto de casa. Depois de uma olhada geral, resolvi arriscar a sorte, afinal esperança é a última que morre:
- Oi, por favor, vocês tem alguma coisa do Hitchcock?
- O quê? - me olha com cara de interrogação
- Algum filme do Hitchcock, você poderia consultar no sistema, por favor?
- ... Como é que escreve isso?
- H-i-t-c-h-c-o-c-k
- Não, não, não tem esse filme aqui não.
Esse filme. Filme. Não acho que só por trabalhar numa locadora a pessoa deve ter um vasto conhecimento de cinema, mas me dar esse furo de não saber quem foi Hitchcock, ou seja, o cara que revolucionou o gênero do suspense, é o fim da picada. Quer dizer, fim da picada é o fato de que nenhuma locadora daqui possui um acervo básico de filmes dele. Achei só "Intriga Internacional" e com muito, muito custo.

Os inconvenientes:

Existem vários tipos de inconvenientes, cada um mais irritante que o outro:

Tem aqueles que mesmo depois de eu enfatizar que não, obrigada, não preciso de ajuda nem sugestões, ficam andando atrás de mim feito uma sombra em 3D, se segurando para não dizer palavra até que não aguentam e puxam um trunfo de dentro da manga:
- Tô vendo que você tá indecisa, olha, esse filme chegou essa semana, é ótimo, sua cara.
E me entrega a caixinha de Lua Nova. Lua Nova.
- Não, obrigada, não curto muito.
- Mas você já assistiu? Porque é bom de verdade, nossa, eu vi umas 3 vezes já com a minha namorada e ela pirou. É aquele dos vampiros, sabe, muito louco...

Também temos aqueles que acham que existe uma única seção somente na locadora: a dos super lançamentos. Eu raramente procuro a seção dos lançamentos, porque além da locação ser mais cara, e a devolução ficar pro dia seguinte, os títulos não são nem um pouco atraentes, e se resumem aos blockbusters da semana. Entro e vou correndo pras minhas prateleiras empoeiradas de filmes antigos e sou muito feliz até que um estagiário vem e me diz:
- O que você tá fazendo aí? Só tem filme velho! Os que chegaram há pouco tempo estão pra cá ó, vem cá ver...
- Não, obrigada, quero esses aqui mesmo.
- Mas aí só tem filme velho, nem deve rodar direito mais, kkkkk, deve ter filme aí que quando foi lançado você nem era nascida!
Sem comentários.

E aqueles que não tem a menor noção das coisas que recomendam. Uma vez estava lá eu zanzando pelas prateleiras quando escuto um cara chegar pro atendente e dizer:
- Então tava procurando um filme pra assistir com a minha namorada.
- Nossa, leva esse aqui, muito loco véi...
E entrega algum filme de ação com o
Jason Statham e carros explodindo na capa. Tato, não trabalhamos.

E, por fim, aqueles que recomendam "Austrália". Não vou dizer que é um dos piores filmes que eu já vi na vida, mas com certeza foi um dos mais traumáticos. Quase 3h de Hugh Jackman brucutu garanhão lutando contra nativos do outback ao lado de uma Nicole Kidman de nariz bizarro defendendo umas criancinhas. E toda vez que entro na locadora, quando não me recomendam alguma coisa da saga Crepúsculo, pode ter certeza que vão me vir com Austrália. Sempre. Dizem que é ótimo, mistura romance com ação, e que o final é maravilhoso. Alguns até me confidenciam que choraram. Sorriso amarelo pra eles.

Minha experiência com todos essa biodiversidade é gigantesca, é como se eu tivesse um imã para atendente sem noção. Na loja podem ter cinco pessoas prontas pra atender que, quando eu entro, é logo aquele "em treinamento" com cara de aficcionado pelo Steven Segal que vem tentar me enfiar "Austrália" goela abaixo. Sonho com uma atendente igual a da locadora que meus tios frequentam, em São Paulo. Ela é uma das pessoas mais bacanas, que conhece de um tudo, sabe de todos os filmes, onde eles estão, e sempre tem umas dicas bacanas. Mas de toda a experiência que vim adquirindo ao longo desses anos, acho que está mais fácil sonhar com o dia que as locadoras finalmente poderão existir com o sistema de auto-atendimento. Cada um por si. Só alegria.

A única coisa que me faz crer que essa categoria não está de todo perdida é um cara que sendo funcionário de vídeo-locadora por muito tempo, assistiu ao máximo de filmes que pode, dos clássicos aos filmes B de kung-fu, e depois canalizou toda essa experiência aliada a uma enorme coragem e fala de juízo para virar um dos cineastas mais bacanas da atualidade:

All hail Tarantino!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Waka Waka Ê Ê

A Copa do Mundo acabou, e agora?

Já me sinto orfã de toda a ofegante epidemia futebolística, e uma vez que me deixei levar tanto pelo mundial, fazendo pausas marotas nas tardes de estudo para assistir aos jogos, revendo lances, decorando o nome dos jogadores (ok, só dos bonitos), xingando mães de juízes e tudo que uma boa torcedora tem direito, não posso deixar que o mundial acabe sem que eu faça minha própria premiação, ao melhor estilo Gossip Girl: "You're not graduating until I give you my diplomas. Mine are labels, and labels stick."

O melhor da Copa para mim não foi o Júlio César, nem a seleção da Alemanha, nem o Villa ou o Casillas, ou Sneidjer, e até mesmo Podolski. Tiago Leifert, te dedico minhas honrarias mais singelas. Passei esse último mês obcecada pelo loirinho, baixinho, magrinho, engraçadinho, de all starzinho que parece um ursinho, que me fez companhia nessas noites futebolísticas lotadas de matéria para estudar. O horário do Central da Copa a noite era meu parâmetro para as matérias, estudava até a hora de ver o Tiago Leifert e mesmo morrendo de sono não deixava de acompanhar a Central da Copa para ir dormir rindo das gracinhas dele.

Ontem acabei me esquecendo de assistir ao último programa e, portanto, sinto que devo uma despedida digna ao bonitinho que me acompanhou e divertiu durante todo esse mês. Por que não dão logo um programa inteiro para ele? Eu sei, eu sei, ele apresenta o Globo Esporte de São Paulo, mas o que fazer com as fãs dos outros estados, principalmente as mineiras? Enquanto as amigas paulistas se divertem com o Tiago (fazendo a íntima), tenho que me contentar com os apresentadores esfarrapados do Globo Esporte daqui. Até lá, sigo aqui me alimentando das lembranças dele fazendo perguntas à voz da cosciência, zoando com a cara do Caio Ribeiro, dançando e inventando coisas ao vivo.

Tchau, Tiago. Foi bom enquanto durou. Sigo na esperança de que te deem um quadro de esportes no Jornal Hoje, para que eu suspire duas vezes mais na hora do almoço. Será que meu coração suportaria ver você e o Evaristo no mesmo horário?

(Evaristo, querido, você ainda é meu preferido)

(fotos via Google e Gatos da Copa)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

E fim

A mãe de um ex-colega de classe morreu hoje. Não tinha sintoma algum, era nova, saudável e tudo mais e simplesmente não acordou. Só sei que desde que fiquei sabendo, hoje de manhã, não consigo parar de pensar nisso. Como é maluca essa vida, em que você vai dormir um dia e no outro acorda e sua mãe está morta.

O que me assusta não é a morte. Não tenho medo algum de morrer. Para mim, que acredito em Deus, numa eternidade, numa alma que é superior ao corpo, a morte representa mais uma libertação, um alívio, ufa, me livrei desse mundo cruel. Tenho sim, medo de sofrer antes de morrer, de uma doença, de dor, e principalmente de causar sofrimento às outras pessoas que se importariam caso um dia eu não acordasse. O que me assusta é que as pessoas ao meu redor um dia vão morrer, e isso é inconcebivelmente terrível. Não por elas, que estarão num lugar melhor, mas pra quem fica. Minha avó sempre brinca que, quando ela morrer, não quer que ninguém chore, mas sim que deem uma festa, que é menos uma nesse mundo ruim, porque ela vai estar com Deus e isso é motivo de celebração. Mas não. Como seguir com a vida depois de uma coisa dessas?

O maior medo da minha vida é perder quem eu amo, e é assustador porque um dia vai acontecer e não tem nada que eu possa fazer. Quando era mais nova, pensava nisso de uma maneira quase obsessiva, lembro que chamava essas "crises" de pânico-das-noites-de-domingo. Esses pensamentos sempre me vinham aos domingos a noite, quando minha mãe me punha pra dormir mais cedo e eu, sem conseguir pegar no sono, me pegava com essas ideias mórbidas. Era um pânico o que eu sentia, lembro que chorava até dormir, e tinha vezes que nem dormir eu conseguia. Acho que isso é assim tão forte em mim porque nunca perdi alguém realmente próximo. Até hoje foi uma bisavó e um bisavô. Entretanto, a bisavó foi aos sete anos, e desde que eu me lembro de existir, ela já era doente, e vivia num entra e sai infinito de UTI's. Já meu bisavô, eu era mais velha, uns nove anos, só que ele morava longe e só o vi umas quatro vezes, no máximo.

É assustador, é terrível e é uma ferida que pode parar de doer, mas nunca vai cicatrizar por completo. Como já disse, não paro de pensar nesse ex-colega de classe, com quem eu não converso há quase dois anos, e que nem era bem meu amigo. Penso nele e na irmã dele, que acabaram de ter a vida mudada radicalmente, que perderam completamente o chão e a referência, que não sabem como vai ser daqui pra frente. As pessoas vão acabar esquecendo, talvez daqui a uma semana nem eu me lembre mais disso, e os dias vão passar, as coisas vão acontecer, mas pra eles esse vazio sempre vai existir.

E no meio de tudo isso, me pego tendo que estudar Física.


sexta-feira, 2 de julho de 2010

Meu Clube do Filme

Não vou dizer que realizei um sonho, porque seria piegas demais até pra mim, mas essa semana alcancei uma coisa que eu queria há muito tempo, embora a ideia tenha se materializado efetivamente há poucos meses. Quarta-feira aconteceu a primeira sessão, ou grand premiére, do meu cineclube. Meu não, nosso, meu e da minha querida Sofia. A ideia de montar um clube de cinema passeava pela minha cabeça há muito tempo, mas nunca me mexi para de fato fazer alguma coisa. A inauguração de uma área de projetos na escola, com sala de exibição de filmes, foi a chama que precisava ser acesa para que tomássemos, eu e Soft, uma iniciativa.

A coordenadora de projetos da escola nos deu sinal verde, pediu o projeto escrito, e começamos a trabalhar. Nossos brainstorms quase nos tiraram da sala de aula várias vezes, e foi bem divertido idealizar tudo. Pensar num filme para ser o primeiro a ser exibido foi fácil, nada mais óbvio do que um filme que trata de homenagear o cinema: "Cinema Paradiso". A escola foi bem bacana conosco, se dispôs a mandar fazer banneres para o projeto, além de ter dado toda a assistência nessa semana final.

Acho que descobri minha paixão nessa vida, enfim: cinema. Filmes mexem comigo de um jeito que não sei explicar, de um jeito que me faz estudar sozinha a respeito de técnicas, diretores, movimentos e tudo mais. Gosto tanto que chega a doer, e se não doeu ainda é uma questão de tempo. E eu queria que as pessoas pudessem enxergar tudo isso que eu enxergo, gostaria de dividir isso com mais gente. As pessoas tem muitos preconceitos quanto ao cinema, acham complicado, acho bobo, não o compreendem na sua profundidade e muitas vezes não enxergam que ali não existem só atores e uma história e que nada é por acaso, desde a música, até o posicionamento da câmera e as cores usadas. Nada ali é a toa quando se trata, claro, de filmes interessantes e bem pensados. E esse é o problema.

Uberlândia é uma cidade sem espaço para filmes interessantes e bem pensandos. O único cinema daqui tem uma programação muito pobre, e quando alguma produção mais bacana consegue espaço, não fica em cartaz por mais de uma semana, com poucas sessões em horários pouco viáveis. Existem, sim, algumas oficinas culturais que exibem filmes de arte, mas a divulgação é pouca e o público jovem não é alvo. E aí que não preciso nem dizer o quanto os adolescentes de hoje só tem ouvido/lido/assistido porcaria. Justin Bieber e Luan Santana, Crepúsculo, Colírios, Família Restart e a coisa vai só piorando. Imagine na minha escola, com o adendo do sertanejo universitário, pagode e axé. Sempre quis poder fazer alguma coisa para que as pessoas tivessem acesso a umas coisas mais bacanas, de qualidade, e que pudessem ver que cinema não é o bicho de sete cabeças que elas imaginam, e também poder dividir ideias com quem já é apreciador, e acho que através do Clube do Filme, ainda que atingindo um pequeno grupo de pessoas, eu posso falar que de fato estou fazendo alguma coisa, porque as pessoas - e eu me incluo nesse grupo - vivem reclamando do que falta, mas nunca toma a iniciativa de criar alguma coisa. Pois bem, resolvi fazer algo de útil nessa vida.

Foram muitos altos e baixos, fomos da empolgação extrema ao fundo do poço e vontade de jogar tudo pro alto. Não é fácil lidar com o desinteresse das pessoas diante daquilo que é quase um bebê pra você. E na quinta, a coordenadora avisa que precisávamos levar algum entendido de cinema para participar da discussão após o filme na estreia. Quinta. Menos de uma semana para arrumar alguém. Foi na segunda-feira a noite que consegui convidar o Márcio Alvarenga, um jornalista e radialista aqui de Uberlândia, que comanda dois programas na Rádio Universitária -sendo um sobre a trilha sonora no cinema - e que já publicou dois livros, um deles sobre cinema. Fiquei muito feliz por ele ter topado na hora e ainda por saber que além de "Cinema Paradiso" ser um de seus filmes favoritos, Ennio Morricone, o responsável pela trilha sonora, é seu grande ídolo.

O grupo foi pequeno, a maioria amigos queridos que foram prestigiar. Apareceram, claro, pessoas nada a ver que foram fazer sabe Deus o que por lá, já que só conversaram e saíram no meio do filme (quase agradeci quando eles se retiraram). A discussão com o Márcio, no final, foi muito legal, aprendi muito com ele. É muito bom conversar com quem além de conhecer muito sobre cinema, é um grande apaixonado pela arte. E o que mais me deixou feliz foi que o pessoal gostou e participou, porque eu e a Sofia, babonas do jeito que estamos com nosso projeto, acharíamos qualquer coisa linda. E ele ainda teve a delicadeza de presentear cada um que estava lá com um exemplar do seu livro, "Cinema - O Templo dos Sonhos".

Próxima sessão só no semestre que vem, mas já estamos cheias de planos. Não tenho tido tempo pra absolutamente nada nessas últimas semanas e estou consciente de que estou muito em falta com vocês, não respondo comentários há um tempo. Fiz um compromisso comigo que só iria fazê-lo após as provas e pretendo me manter firme. Sexta-feira que vem sai minha carta de alforria da escola e eu enfim poderei retomar as atividades normais por aqui. Só precisava dividir um pouco com vocês toda minha alegria e empolgação com meu projetinho bebê. Até as férias!