segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Tóquio, here we come


Passei meu dia das crianças assistindo Velozes e Furiosos 3 - Desafio em Tóquio com minhas amigas. Desde o dia que elas me arrastaram para o cinema para assistir ao quinto (!) filme da franquia e me fizeram pagar pra ver um filme sobre carros com o Vin Diesel me garantindo que aquela seria uma experiência mágica, Velozes e Furiosos já ganhou honras de favorito na minha categoria de filmes que de tão ruins são geniais, ou então de comédias involuntárias favoritas. Operação Rio (sim, aquele que causou polêmica por mostrar apenas o dark side brasileiro que a gente finge que não existe), consegue a proeza de unir Vin Diesel e The Rock (sim, você leu direito: THE-FREAKIN'-ROCK) num só filme, e na minha cena preferida os dois caem no chão, lutando, (assistam, sério) e na hora imaginei que seria sensacional se um virasse pro outro e dissesse: I'm your father, e ri tanto que quase fui expulsa do cinema e perdi minhas amigas para sempre. Quis assistir ao filme de Tóquio porque ele tem o meu personagem preferido (de verdade), o Han, um japa amor.


Já esperava que o terceiro filme seria inundado de genialidade tosca, mas eu não estava pronta para o que vi. Aquilo é praticamente um The OC em Tóquio com driftings. A história é mais ou menos essa: um carinha que adora causar e se meter em altas confusões com seu carro irado inventa de fazer um ~pega~, desafiando o capitão do time de futebol da escola, que tem como prêmio a homecoming queen biscat. É claro que rola uma cena cheia capotagens, ultrapassagens, curvas sinuosas e manobras impensáveis - meu vocabulário automobilístico só vem até aqui -  e os dois carros terminam destruídos e nosso herói se ferra, de modo que sua mãe, cansada de pular de cidade em cidade por causa das brincadeiras de seu filho, o manda para Tóquio, pra viver com seu pai ausente.

Ele chega em Tóquio e logo no primeiro dia de aula já se engraça com uma garota meio latina da escola, com quem troca olhares cheios de segundas intenções. Lá, fica amigo também de um pseudo-mano, interpretado pelo Bow Wow (fiquem tranquilos, também não sabia quem ele era até então), que mostra pra ele o mostra qual a boa de Tóquio, que, claro, está relacionada com carros: um estacionamento subterrâneo gigante onde as pessoas vão para exibir seus automotores ultra tunados e potentes, ouvir música ruim, e observar japonesas em trajes sumários e fetichistas andando de um lado para o outro. Lá ele encontra Neela, a chica latina que chama sua atenção na escola, e logo descobre que ela é namorada do macho alfa do lugar, o Justin Timberlake de Tóquio, como o próprio Sean o descreve (COMO NÃO AMAR?), que não é ninguém ninguém menos que sobrinho de um chefão da yakuza, a máfia japonesa. E aí que naquela chincha imediata que surge, ambos se incham como pavões querendo se mostrar pra uma pavoa e, claro, se desafiam para um ~pega~.


Nosso herói, no entanto, não contava com a astúcia do Macho Alfa, que era mestre na arte dos driftings, uma técnica de fazer curvas muito mais complexa do que eu saberia explicar e descrever, que é o que há de mais quente nas quebradas de Tóquio, de modo que ele se ferra (e destrói o carro do Han - a Monalisa dos carros, como Bow Wow ressalta-, o japa-amor ali de cima, que oferece para que ele corresse) e a história desse forasteiro - ou melhor, gaidjin - tem início.


Lembraram de alguma coisa? Claro, The OC, a melhor série adolescente da história. Nela temos Ryan Atwood, um bad boy de Chino que é pego roubando um carro com seu irmão mais velho e é acolhido por um defensor público muito rico e boa praça, que o leva para Newport Beach, e acaba por adotá-lo. Em seu primeiro dia naquele paraíso ensolarado de milionários, o radar de Ryan já capta as vibrações desesperadas de Marissa Cooper, a homecoming queen do local (que aind anão virou biscat e nem loca loca loca, como acontece no decorrer da série), que, claro, é namorada do macho alfa californiano, Luke, capitão do time de pólo aquático, que obviamente não gosta nem um pouco de Ryan e o recebe calorosamente no lugar com um soco na cara e uma frase que se torna um clássico da série: Welcome to The OC, bitch.


Não demorou muito para que o tico e o teco aqui fizessem essa preciosa analogia. Sean, o herói de Velozes e Furiosos é Ryan Atwood. Os dois são forasteiros num local que não os aceita e cujas regras desconhecem, apaixonados por camisetas justas, munhequeiras e arranjar uma briga em absolutamente todo lugar que frequentam. Neela, a chica latina, é Marissa Cooper, e eu só queria que essa primeira tivesse mais participação no filme, não duvido que descobriríamos que ela vinha de uma família desestruturada e ela nos proporcionaria uma cena de impacto como essa. Para Bow Wow sobra a maior honra de todas, uma vez que ele, sendo fiel escudeiro de Sean, só poderia ser mesmo Seth Cohen, esse garoto meio bobo e engraçado que insere o herói nesse novo mundo, e lhe ensina as regras do mesmo. A única diferença é que estamos comparando Bow Wow com Adam Brody. Detalhe. Por fim, Han é o Sandy Cohen da vida de Sean, aquele cara rico e bacana que o acolhe, lhe ensina as manhas, está aí para protegê-lo contra as investidas do submundo japonês e é uma espécie de guru e bom pastor.


A única coisa que os dois não tem em comum é a trilha sonora. Enquanto The OC nos oferece uma miscelânea do melhor do indie rock da época, como Death Cab For Cutie e Rooney, Velozes e Furiosos peca na hora que nos oferece isso: 


9 comentários:

  1. HAHAHA, eu gosto dessa música do Velozes e Furiosos. Shame on me.

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  2. Ahhhh, o terceiro filme é o meu preferido da série e não me sinto culpada por isso. É Velozes e Furiosos versão adolescente HAHA Adoro os japoneses lindos (gente, pensei que eu fosse a única vidrada no Han) e os carros bacanas. Mas não estou convencida sobre a teoria do herói de Velozes e Furiosos ser Ryan Atwood. Acho que é porque nunca curti The OC hahahaha

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  3. Olha, já vi Velozes e Furiosos serem comparados a diversas coisas, mas Th OC é novidade! Por isso que eu amo o seu blog hahaha

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  4. O que você mais amou no filme foi a trilha sonora, CONFESSA Chatanna! rs

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  5. ai, um dos meus filmes preferidos, tem meio que uma magia nele sabe?

    Kim K.

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  6. Eu não gosto de nenhum Velozes e Furiosos. Por motivos pessoais (e por ter sido obrigada a assisti-los quando tive um namorado apaixonado por carros). E então é isso.

    Eu vim mesmo aqui comentar sobre o seu post anterior. TÓ, Anna Vitória (eu ia perguntar o porquê mas agora escrevendo meu nome a ficha caiu)? Que apelido mais estranho! hahahaha Eu te chamo de Anna Vitória justamente pra não confundir com a Ana Luísa, e tenho total consciência que você é alta e das pernas compridas. Já Analu tem seus 1,58 (acho). Aninha, portanto. Mas convenhamos: nós aqui, via skype, Analu toda voz de mulher e você............... não tem como não te chamar de Anninha nessas circunstâncias! rs

    Gostei do Chicória. Achei simpático. Eu tenho um amigo que me chama de Sampaio (??????? - acrescente aqui milhares de interrogações, porque eu nunca soube o motivo. Ele sempre me disse só 'você tem a maior cara de Sampaio')

    Beijo!

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  7. Anna, ri muito com essa descrição de Velozes e Furiosos. Até porque, detesto essa franquia, acho completamente ridículo, mas você ensinou que tem graça assistir esse tipo de coisa. Sim: The OC foi a melhor série adolescente da história, sem dúvida. E com um soundtrack incrível!
    Abraços.

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  8. Meu irmão ama carros, com isso ele assiti frequentemente a todos os filmes da franquia Velozes e Furiosos. De tabela, eu conheço um pouquinho. Mas nem terminei de ver todos os filmes. Confesso que até gosto um pouquinho, pelos motivos que você citou no seu texto. E eu tenho uma quedinha... pelo Vin Diesel. hahaha

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  9. Nunca consegui ter paciência para assistir Velozes e Furiosos - e olhe que eu até gosto de carros e costumava ser viciada em Need For Speed e fazer meus próprios drifts com a ajuda do amygho teclado. Realmente, ele é tão ruim que chega a ser engraçado, mas não consigo MESMO assistir. HAHA

    (Conheço a música do Drift. Posso me matar agora, rs?)

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