terça-feira, 31 de março de 2009

A cauda do cometa.

A aula de Física havia acabado mais cedo, e a sala estava naquela furupa esperando o sinal bater para irmos embora. Não sei como começou, mas o fato é que Matheus chegou em mim cantando a música do Balão Mágico. Eu poderia ter ignorado, mas não, levantei e comecei a cantar junto a ele. Depois de muitos "também quero viajar nesse balãããããããã-ão SUPER FANTÁSTI-CO!" e poses de Simony, me lembrei de que havia outra música da minha infância que tinha a ver com balões, mas dessa vez era um balão azul.

Não demorou muito pra me surgirem alguns trechos, logo veio o ritmo, e eu gritei: "MATHEEEEEUS, SABE ESSA? PEGAR CARONA NESSA CAUDA DE COMETA, VER A VIA LÁCTEA, ESTRADA TÃO BONITAAAAAA, BRINCAR DE ESCONDE-ESCONDE NUMA NEBULOSA, VOLTAR PRA CASA EM NOSSO LINDO BALÃO AZUUUUUUL" tudo isso comigo pulando e batendo palmas, coisa linda. Ele lembrava da música, cantamos de novo, dessa vez se revezando no vocal e com uma coreografia improvisada no final, quando fazíamos pose de ao infinito e além e saímos sorrindo pendurados na nossa cauda de cometa.

Eu estava tão absolutamente feliz relembrando as pérolas da minha infância, que quase não percebi o que estava acontecendo. Um garoto da sala, tira fotos e filma tudo que acontece, para colocar no vídeo de fim de ano. É como juntar dois e dois, adivinha quem ele estava filmando, e morrendo de rir ainda por cima?!! É. Eu só não sei se ele filmou a doença por completo, ou só uma parte, já que o que ele me mostrou era só metade do balão azul e eu voando na cauda do cometa, o que já constrangedor o suficiente. Me senti uma Francine da vida.

Esses impulsos de felicidade instantânea infantil são libertadores e irrefreáveis, e acontecem comigo sempre. Já tive episódios de sair na rua cantando a música do filme Lizzie McGuire, de correr cantando Sandy e Júnior, ou então de atazanar todos os meus amigos cantando os sucessos do Rockgol. Eu sou uma chata sem infância, podem falar. Acho que tudo isso é devido a minha política de chutar baldes, em voga desde 2007, feita para extravasar (depois d amúsica não consigo dizer/escrever isso sem me sentir brega) os impulsos tão reprimidos da minha infância, mas isso é caso para outro post. Prometo que se tiver acesso ao vídeo, coloco ele aqui para vocês me verem linda e exuberante num balão azul (não).

Eu sou meio desorganizada com memes, confesso, e morro de vergonha disso, porque eu sei que todo mundo repassa e não morre por isso. Então peço desculpas se alguém me passou e eu não postei e tals, prometo melhorar com isso :D Semana passada, recebi esse mimo da Gi, adorei!

“Esses blogs são extremamente charmosos. Esses blogueiros têm o objetivo de achar e serem amigos. Eles não estão interessados em se auto promover. Nossa esperança é que quando os laços desse troféu são cortados ainda mais amizades sejam propagadas. Entregue esse troféu para oito blogueiros que devem escolher oito outros blogueiros e incluir esse texto junto com seu troféu!”

Repasso para: Luh, Mandy, Carol, Lusinha, Mah, LP, Polly, Cih e Mih. ops, acho que foram 9, mas ninguém sabe, ninguém viu! :)

sexta-feira, 27 de março de 2009

Meu anti-rítmo* acadêmico.

É de se esperar que a maioria dos estudantes (excluindo os vestibulandos dessa lista, por motivos óbvios), em dias normais, estude diariamente um tanto pequeno, faça apenas o que lhe é imposto e fica por aí. Chegada a abençoada época de provas, todo mundo acelera as turbinas, passa a estudar mais, pegar firme, ir aos plantões e na temida semana de provas, estudar loucamente até morrer, numa jornada de praticamente 28hrs por dia.

E aí que essa pessoa que vos fala não consegue ser assim. Em dias normais eu estudo muito, faço o esquema que todos os professores recomendam de aula dada = aula estudada, faço mil resumos, exercícios, vou aos plantões e tudo mais. Uma aluna exemplar (não). Só que chega na época de provas, não sei o que acontece comigo, mas eu não consigo estudar e pegar firme, esteja eu totalmente por dentro ou por fora do assunto que vai ser cobrado. Por incrença que parível, têm matérias que eu não consigo estudar de jeito nenhum, nem na semana de provas, nem fora dela. Normalmente, isso acontece com História, Biologia, Química e Português/Literatura.

Na verdade, essas são minhas matérias preferidas, e acho que isso acontece porque eu fico muito concentrada na aula, anoto tudo que o professor fala. São meus cadernos mais cheios de coisas, mais do que os das matérias que eu faço resumos quase semanais sobre os assuntos que estão sendo dados. Aí, quando eu resolvo estudar, leio aquela apostila e me dá a estranha impressão de que eu não sei bulhufas do que está escrito, eu não consigo gravar também, e pior: parece que a medida que eu vou lendo, eu vou esquecendo de tudo, e eu esqueço mesmo! Isso dá um desespero que vocês não calculam. Mas, se eu resolvo falar sobre o que eu sei, ou então escrever, parece que tudo flui, eu não sei de onde elas saem, mas todas as palavras vão se ordenando, as características das sociedas antigas, as ligações químicas, os adjuntos adverbiais e as organelas celulares. É muito bizarro, imaginem vocês lendo sobre uma coisa e um chumaço de algodão surgir na mente, e aí quando vocês resolvem escrever/falar sobre as coisas vão acontecendo como mágica!

Isso é científicamente comprovado por mim (oi) que notei que nessas matérias, minhas melhores notas vieram de quando eu não mexi nos cadernos, nem com antecedência, nem na véspera. Quer dizer, eu tenho o costume de no caminho pra escola, dar uma lida bem marromeno só pra decorar as coisas muito específicas. Fora isso, eu seguro na mão de Deus e vou. (?) E por falar nisso, estou em semana de provas. Fiz prova quinta, hoje e farei amanhã, singelas 4 por dia. Mas eu juro que ainda prefiro ficar um dia inteiro na escola e fazer as 16 provas de uma vez para: 1) Acabar logo com esse tormento; 2) Não fazer prova no sábado, isso é muito desumano.

E o atraso para postar é devido as provas sim, tenho estudado feito louca, uma vez que se tratando de Física e Geometria, a matéria não sai de mim assim como um vômito de estrelas, como diz nossa saudosa Clarice.

* Essa reforma ortográfica me fez desaprender a escrever, beijos.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Tensão pré-Radiohead.

Semana passada na aula de inglês, comentei com meu professor que faltaria de aula na próxima quinta porque tinha compromissos a serem cumpridos antes de eu ir pra São Paulo no dia 20. E aí ele me perguntou o que eu faria lá "semana que vem". Toda alegre e saltitante eu disse que iria no show do Radiohead, e cinco minutos depois pus o foco na parte da frase que dizia semana que vem. Quando eu digo que eu tenho perdido minha dignidade estudando, eu não tô mentindo. Os dias da semana tem se arrastado, mas parece que eu nunca tenho tempo pra nada, e ainda eu não vejo o tempo passado, a ponto de quinta feira passada eu não ter me dado conta de que dia vinte e dois de março seria simplesmente na semana seguinte.

Enfim, o show seria no domingo seguinte, mas um abismo enorme composto de muitas aulas, trabalhos de Física e Sociologia, infinitos estudos e tardes na escola uma vez que semana que vem começam minhas provas (e agora eu sei a gravidade expressa por "semana que vem"), uma prova do líder importante no BBB e minha primeira aula de teatro, me separavam dele. Hoje, quinta feira, o trabalho de Física está pronto, o de Sociologia encaminhado, a prova do líder é essa noite (e eu não verei porque tenho outros compromissos) e amanhã tenho aula de teatro e tarde de estudos, pra enfim poder embarcar as 23:30 para minha amada Sampa City.

Nesse meio tempo tenho estado ansiosa like hell, até minha mãe anda conhecendo da banda já que nessa semana os cds deles foram os únicos que nós ouvimos no carro e em casa (sim, eu e mamãe adoramos ligar o som bem alto e ficar feliz cantando e sendo amor). Ela gosta do In Rainbows, eu ainda acho o Ok Computer imbatível. E por falar em Ok Computer, desde que soube que iria ao show, desencanei um pouco do cd, preferi ouvir mais o In Rainbows, já que é a turnê dele e pá, maaaaaaas lembrei-me de que é o primeiro show dos caras por aqui, e eles certamente tocarão os clássicos pra galere toda ir abaixo. *cruza os dedos* Ainda assim, aprendi a curtir muito o In Rainbows, e já fico tristezinha por saber que eles não o tocarão por completo.

E pra esse post não ser muito nada e para não ter ninguém comentando aqui que nunca ouviu falar da banda, vou fazer uma lista de dicas felizes que podem ajudar os interessados a se iniciarem no Radiohead. Já vou dizendo que a primeira vez que eu ouvi eu não curti nem um pouco, mas já da segunda vez, achei genial. As músicas são uma mescla de um clima totalmente depressivo e mórbido, misturado a uma raiva que vem em forma de guitarras incríveis, nervosas e distorcidas. É música de chorar, é música de quebrar tudo, é música pra quando tu quer morrer um pouquinho.

Pablo Honey: Já vou dizendo, nunca ouvi esse cd inteiro. Conheço os singles e olhe lá, por isso, recomendo que ouçam Creep, a música que lançou o Radiohead no mundo. Foi lançada em 93 e hoje ainda o Radiohead é lembrado por esta música. Ouçam também Anyone Can Play Guitar, só porque tem um nome legal e é uma mensagenzinha subliminar do filme De Repente É Amor, com o Ashton Kutcher.

The Bends: O segundo album da banda, lançado em 95 é bem mais maduro, e é considerado um dos melhores. Também é recheado de singles, que são conhecidos por todo mundo até hoje. Não é o meu cd favorito, ele começa animado e no meio perde o ritmo, entra num mar denso e temço de morbidez, não fica bacana. Recomendo Planet Telex, Fake Plastic Trees (você certamente já ouviu essa música) e Black Star.

Ok Computer: Este cd é o mais genial de todos! É considerado pela crítica como um dos melhores discos de rock dos anos 90, e ele é tão incrível, a ideia da perfeição foi levada tão a sério, que o vocalista, Thom Yorke disse que depois de Ok Computer ele perdeu a capacidade de tocar guitarra. Chiliques yorkikos a parte, o disco é foda mesmo, meu favorito. Eu recomendaria ele por completo, mas acho que vocês vão se dar bem se ouvirem direto até a faixa 6 (Airbag, Paranoid Android, Subterranean Homesick Alien, Exit Music (For a Film), Let Down, Karma Police) com destaque para Airbag e Let Down; e as três últimas (No Surprises, Lucky, The Tourist) com um super destaque para No Surprises, que tem um clipe incrível e super diferente.

Kid A: Depois do super sucesso de crítica e de público do Ok Computer, o Radiohead enfrentou uma crise já que ficaram super-expostos demais, os holofotes todos estavam neles, querendo saber como seria o novo trabalho da banda e pondo uma pressão para que este superasse o anterior. Por conta disso, Kid A foi lançado em 2000 e é um album totalmente bizarro, cheio de experimentações, coisas sem sentido, as guitarras foram deixadas de lado. Um album não-comercial, já que o Radiohead nunca fez questão de ser do mainstream, pelo contrário. Não conheço bem o cd, mas destaco Idioteque, Optimistic e How To Disappear Completely.

Amnesiac: Foi gravado para ser lançado junto ao Kid A, mas saiu apenas um ano depois. Se difere do antecessor apenas por sem menos sombrio. Tão experimental, maluco e controverso quando Kid A. Também conheço pouco, mas destaco Pyramid Song e Knives Out, que na verdade, são os singles do cd.

Hail To The Thief: Imagine todo o trabalho do Radiohead até agora, as guitarras geniais e nervosas do começo da carreira + as experimentações dos últimos albuns + uma crítica ao governo Bush e teremos o Hail To The Thief, lançado em 2003. O legal de HTTT é que todas as músicas receberam um subtítulo, e todas elas, menos a que abre o disco, 2+2=5, terminam de repente, no seu auge. Adoro esse cd, e é difícil destacar só algumas, mas vou em 2+2=5, Sail To The Moon e The Gloaming.

In Rainbows: No fim de 2007, saiu o último album do Radiohead, que já chegou virando assunto. Os caras lançaram o cd na internet e ele simplesmente não tinha preço, quem escolhia quando queria pagar era a pessoa! Seguindo a linha mais política de seu antecessor, essa atitude da banda foi uma declaração clara da sua opinião a respeito dos downloads de música na internet, inclusive o baixista Ed O'Brien representa ao lado de outros artistas um grupo de músicos super a favor da liberdade na internet. Mas falando de música, esse é outro cd que adoro e me dói recomendar só algumas faixas, mas... As três primeiras músicas (15 Step, Bodysnatchers e Nude) abrem o disco muito bem, depois recomendo All I Need e o grupo de 4 músicas que meio que se completam e que fecha o cd: Reckoner, House of Cards, Jigsaw Falling Into Place e Videotape (mil vezes Videotape, ela me quebra). O lado B do cd é bem malucão, cheio de gemidos e ecos, mas Go Slowly é muito, muito, muito boa.

Fontes: Wikipedia, Last.Fm, MTV+ Radiohead que eu assisti há meio século atrás.

domingo, 8 de março de 2009

A gente se apronta pras mulheres.

No final de 2008 eu vivi a fase mais baladeira da minha vida: festa de 15 anos quase toda semana, milhões de festas de despedida de todas as fases e amigos da minha vida (só de uma amiga que foi pra Curitiba foram 3 festas) e formaturas em sequência. Portanto, foram uns dois meses de corre corre nas lojas atrás de vestidos lindos-incríveis-phynos-divas-tendência-e-não-tão-caros, uma futriqueira louca em todos os blogs de beleza que eu conheço atrás de penteados e makes legais, uma caça incessante nas maletinhas de acessórios de mamãe e vovó atrás de coisas lindas, exclusivas e com cheirinho vintage. É estressante, é muito divertido. E diante de tudo isso, eu cheguei a conclusão de que além de nós nos aprontarmos para nós mesmas (princípio básico que deve estar na cabeça de toda garota phyna e auto-confiante), nós nos aprontamos pras mulheres. Brotinhos, gatinhos, bofes my ass! Já explico.

Sabe aquela cena clássica da mulherzinha que passa o dia INTEIRO no salão fazendo luzes, hidratação, sobrancelha, unhas, massagem, limpeza de pele, depilação com cera e blablabla e aí chega em casa e o marido/namorado simplesmente não repara? Ou então fala que a fia está linda, mas é só? Nenhum comentário sobre o tom perfeito de loiro (nem amarelo, nem cinza, nem esverdeado demais), nenhuma observação a respeito da perfeição do design da sobrancelha e nada sobre a extinção daqueles cravinhos pretos que insistiam em habitar o nariz. E aí a pobre fia se deprime, principalmente quando se lembra do dinheirão que deixou no salão por todas essas coisinhas pequenas e não reparadas.

A verdade, minhas queridas, é que os homens (a maioria deles) não reparam! Sim, eles notam quando há algo diferente, eles percebem quando estamos mais bonitas, mas simplesmente não sabem e nem perdem tempo tentando descobrir se o agente causador de tal beleza é um novo shampoo, um modelador de corpo, a drenagem linfática, um sutiã push-up, ou então simplesmente uma nova cor de batom. Eles nos acham lindas, e pra eles isso está passando de bom. Então, se eles não estão nem aí pro making-of da produção, por que diabos nós insistimos em fazer todas essas coisas mirabolantes?

Pras mulheres. Mulher repara e repara com gosto. Vai me dizer que você, fia, nunca chegou numa festa e ficou reparando em cada produção, cada penteado, cada maquiagem, cada mínimo detalhe do look alheio? Ou então você nunca perdeu minutos preciosos assistindo ao Fashion Police na E! ou então vendo os looks do red carpet de todo evento rhyco por aí? E a melhor parte disso tudo é achar defeito, né? Eu sou muito perfeccionista, minha cabelereira é uma santa porque eu sou super chata quando corto o cabelo. Um fio milímetros fora do lugar me incomoda. E eu reparo quando o cabelo de outras está fora do lugar, reparo mesmo. Seja o cabelo, a maquiagem, a roupa, o esmalte descascado. A gente repara, é até involuntário.

Até que isso não é tão ruim. Imagine se um cara chega em você e elogia o corte do seu vestido, ou fala que o shape ou a estampa foi a principal tendência do desfile tal? Ou então ele comenta sobre seu penteado e descreve como ele foi feito? Elogia a perfeição do traço do teu delineador e pergunta se foi você quem fez? Seria no mínimo muito estranho (nada contra os metrossexuais). Portanto deixemos eles lá no cantinho dele comentando sobre os dribles do jogo de quarta e vamos nós pro banheiro dar pitaco no look alheio que assim lucram ambas as partes. Né?
OBS¹.: Este post foi o cúmulo do escandalozinho fútil, completamente intencional, queria no meio de tantos posts viva la revolución sobre o dia da mulher, houvesse algo mais divertidinho (eu ainda considero essa data uma hipocrisia sem tamanho).
OBS².: Esta imagem é de um photoshoot feito com várias artistas da atualidade imitando grandes ícones femininos. Essa da Alexis Bledel, nossa eterna Rory Gilmore, foi feita em homenagem a Rosie, the Riveter, um ícone cultural americano, que representou as mulheres que trabalharam nas fábricas na época da II Guerra. Clique para: ver a imagem original, saber mais sobre Rosie, the Riveter, e para ver o resto do photoshoot belíssimo com Li-Lo de Madonna e muito mais.
OBS³.: Muita gente ficou curiosa sobre post passado: sim, essa conversa maluca com minha mãe de fato aconteceu, e eu acabei por comer o macarrão com molho branco e bolognesa mesmo. Não estava ruim, hihi.

sábado, 7 de março de 2009

Minha pseudo disfunção hormonal.

Hoje eu e mamãe acordamos bem tarde, tipo 13:30, e estávamos com uma preguiça de sair pra almoçar. Resolvemos pedir um macarrão num buffet de massas ótimo daqui, e quando você pede delivery funciona igual como se você estivesse lá: você fala pra moça os ingredientes que quer, e eles enviam tudo bonitinho e um saquinho cheio de queijinhos ralados. Só que eu estava muito ocupada deitada lendo, e quem fez o pedido foi mamãe, e sabe, eu não tenho nada contra molho à bolognesa, atoron, mas esse macarrão do buffet eu prefiro com molho branco e 4 queijos, questão de princípios.

- Mãe, que molho você pediu?
- Branco e bolognesa.
- Mentira.
- Ai filha, desculpa, esqueci que você queria branco e 4 queijos.
- Será que se eu ligar lá tem como mudar?
- Provavelmente não.
- E se eu falar que eu tenho uma disfunção hormonal que me impossibilita digerir molho à bolognesa, tipo aquela mulher hipocondríaca de Amelie Poulain que dizia que não digeria molho branco?
- Que horror, o que a mulher ia pensar de mim? A mãe que esquece ou desconhece a disfunção hormonal da própria filha!
- E como é que ela saberia que você é minha mãe?
- Ué, primeiro liga uma mulher, e depois uma menininha.
- Eu não sou menininha.
- Mas tem voz de menininha.
- Como se fosse culpa minha.

Depois disso eu saí bufando com raiva, porque eu ODEIO que as pessoas digam que eu tenho voz de criança, ainda mais se essa pessoa é minha própria mãe. Eu sei que minha voz é fina, mas não é culpa minha, gente! Eu nasci assim e minha voz se recusa a engrossar e virar gente, não me culpem por isso. Passada a raiva, cheguei em mamãe e falei:

- Mãe, é muito errado uma tia desconhecer ou esquecer a disfunção hormonal da sobrinha? Tipo uma tia distante?
- Por que você quer que eu seja sua tia distante?
- Eu não quero que você seja minha tia distante, só quero alterar o molho do meu macarrão sem deixar que a atendente do restaurante te ache uma péssima mãe.
- Faz sentido.
- Posso ligar falando isso então?
- Ué, pode.
- Eba. Mas e se o macarrão já tiver sido preparado?
- Aí a mulher vai falar que pode fazer outro, mas você vai ter que pagar por outro.
- E minha disfunção hormonal?
- Quem tem disfunção hormonal concordaria, porque não quer morrer.
- Eu não concordaria, eu chamaria o Procon.
- O que o Procon faria?
- Ué, faria o restaurante me indenizar.
- Só por que eles não adivinharam que você tinha uma disfunção hormonal?
- Então eles indenizariam minha tia distante.
- Que no caso, sou eu.
- Então eu concordo com o outro macarrão.
- E o dinheiro vai sair da sua carteira.
- É, acho que ninguém morre de disfunção hormonal.



terça-feira, 3 de março de 2009

Run, Anna, run!

Não existe verdade mais verdadeira (?) do que aquela que diz que o Brasil só engrena depois do Carnaval. Agora deu pra sentir que o ano começou pra valer, considerando minha correria pra lá e pra cá, a falta de tempo pra tudo, as coisas super cronometradas e o abandono do blog. Nada me deixa mais triste do que não ter tempo pra cá, sérião, tem dias que eu estou ensaindo vir aqui postar as fotos da festa, responder os 3381 comentários atrasados, ler meus feeds, voltar pro Twitter, mas não dá, minha gente! Tenho corrido muito pra lá e pra cá, estudando pra caramba. Agora então que toda segunda eu tenho que ficar a tarde na escola, vish, só enrolou tudo mais ainda. Farei o possível pra manter isso aqui o mais bonitinho e atualizado possível, o layout novo finalmente está pronto, o html só precisa de seus últimos ajustes e ainda essa semana eu JURO que coloco no ar. Nem tenho estado tão motivada de escrever aqui, porque esse layout está me dando fadiga, juro.

Tenho muitos posts legais na minha listinha preparados, muita história, muita pagação de mico. Esses meus dias apesar de cheios e corridos têm sido de uma diversão que vocês não calculam, Justificaracho que eu vou emagrecer de tanto rir, haha! Antes do Carnaval eu dei uma baleiada com os estudos diários e ainda que pouco, a matéria deu uma acumuladinha, mas essa semana vou tirar o atraso, comecei hoje e já estou até adiantada, mais quarta-feira me matando e enfim eu consigo respirar. Vou postar assim que der, no máximo sexta feira e hoje deixo vocês com as fotos da festa.



Só pra situar vocês: eu sou a de azul berrante, e as duas últimas fotos são dos meus presentes fofos: almanaque dos Beatles, scrapbook, Melissa da Vivienne Westwood, pincéis pra make, brincos maras, livro, agenda, tênizinhos <3 Uns beijos, meus queridos.