segunda-feira, 31 de agosto de 2009

#BlogDay!


Dia 31 de Agosto é o dia do blog. Não sei o porquê da data, mas sei que nesse dia trinta e um (que também é aniversário da minha amada cidade) nós temos que indicar cinco novos blogs que merecem ser lidos, descrevê-los e ser amor, passando essa corrente adiante. Não é lindo? Vocês já me conhecem o suficiente para saber que pra mim é muito, muito difícil indicar só cinco blogs - ainda mais quando são novos - por isso, vou fazer essa bagaça do meu jeitinho. Indicarei cinco blogs que além de bacanas e amor, são amiguinhos desse blogroll, e blogs que são bacanas e amor, mas que eu visito somente como mera leitora, sem me atrever a comentar.

A) Amiguinhos do Blogroll

What A Wonderful World:
Sofia (aka Soft-Soft, Sori Sori, Soso, Softinha) primeiro foi minha coleguinha de ballet e sapateado, depois minha amiga querida farofeira e agora é ainda companheira blogueira que escreve textos maravilhosos, contos, crônicas e poemas de uma profundidade e sensibilidade que eu não me canso de rasgar seda por.

Folhas Avulsas: Primeiro Vinícius escreveu um suspense que me deixou intrigadíssima, imaginando mil teorias da conspiração e situações mirabolantes para chegar ao seu desfecho. Agora, está encantando todo mundo com um belo romance, que conversa muito com a arte e com a música, me deixando toda derretida ao final de cada capítulo.

Sem Formol Não Alisa:
Primeiro de tudo preciso destacar o nome genial do blog, que foi o motivo que me fez entrar nele pela primeira vez. Fala de assuntos diversos, sempre com as pitadas do humor divertido da Dani, que me faz entrar lá sempre que vejo atualização, e ler todas aquelas que perco.

Mel do Sol: De relatos minuciosos dos eventos que faz parte, até contos deliciosos de ler é feito esse blog, de uma blogueira que em tão pouco tempo se tornou muito querida! A Mel tem um jeito gostoso de descrever tão bem tudo que está falando que tem o poder de nos transportar para lá, seja esse lá uma gigantesca festa italiana, ou então uma praia onde passeia um admirador desconsertado.

Sophie: Esse blog fala um pouquinho sobre tudo, de curiosidades musicais interessantes de se ler, até opiniões pessoais sobre filmes, livros e o mundo em que vivemos. O mais especial de tudo, na minha opinião, é o jeito que a Larissa dá de sempre relacionar o que está falando a alguma música, livro ou filme, acho muito interessante.

B) Os não amiguinhos, porém amor. (eu sei, foram 6)

Antonio Prata:
Acho que todo mund já sabe a seda descarada que rasgo por ele, né? Meu escritor querido, minha quase maior inspiração na escrita, antes mesmo de eu vir a saber que era chegada em escrever. Crônicas gostosas, divertidas e bem escritas, todas com um quê tão, tão dele que me derretem.

100 Mililitros: É atualizado várias vezes ao dia com imagens bonitas de doer, acompanhadas ou não de algum texto pequeno a respeito. É altamente inspirador para escrever, já salvei várias imagens encontradas lá que já deram e ainda vão dar origem a muitos posts por aqui.

Badalhoca: Um dos milhões de blogs do Portal MTV, que faz troça de coisas cotidianas como a gripe suína e primeiros encontros, além de listas muito engraçadas, como os motivos para você não usar um relógio de pulso. Me faz rir absurdos!

A Beautiful Revolution:
Ilustrações meio em doodle de um artista muito talentoso, que enche seus desenhos de frases fofas e que as vezes resolve contar histórias e escrever poemas auxiliado pelas imagens.

Vodca Barata: Cheio de coisas random sobre os momentos vividos pela blogueira, que as vezes nada mais tem do que uma situação engraçada e outras umas filosofias de vida que deixam a gente com vontade de guardar numa gaveta para tatuar depois na testa.

Blog do Rafael Losso: Depois do Badalhoca, é o blog que eu mais gosto do Portal MTV. É um blog sobre cultura pop que fala de coisas variadíssimas em seus textos, com foco em música e internet, chegando a passar por política e outras coisas.

Não consigo terminar a lista sem ter a sensação de que faltaram pessoas a serem indicadas. Escolhi por indicar só blogs novos como manda o figurino porque se eu fosse indicar aqueles que acompanho desde sempre, não daria conta de listar só cinco sem me sentir a mais injusta das blogueiras - coisa que já estou me sentindo. Além do que estou devendo um milhão e meio de comentários, que serão respondidos no decorrer da semana, prometo!

sábado, 29 de agosto de 2009

Vovô e o Radiohead.

Foi num domingo desses que minha avó viajou e vovô almoçou comigo e com papai. Pedimos um peixe em um restaurante e enquanto o prato principal não chegava, estávamos todos na cozinha. Papai preparava uma salada, eu estava sentada no parapeito da janela (que era baixa, tinha grade e não dava pra rua, que fique claro) lendo, e vovô sentado na mesa, bicando uma caipirinha e xingando o Sarney.

No som estava tocando um cd que fiz pro meu pai, com umas músicas aleatórias (minha nova mania é gravar cds e dar para as pessoas). Foi então que uma música do Radiohead começou a tocar, mais precisamente "All I Need". Vovô perguntou o que estava tocando, e disse que tinha achado muito bom. (!!!!!!!!) Pra quem não sabe, meu avô ignora toda a produção cultural feita depois da Tropicália, e por ele o mundo acabaria em Chico, Caetano, Cartola e Bethânia facilmente. Acho que fora isso a única coisa que ele ouve é a banda do meu tio, mas isso é só para as horas mais nostalgicas.

"Mas nossa, esses músicos são muito bons, que qualidade de som!" "Olha esses arranjos, meu Deus, dá pra ver que é uma coisa diferenciada!" Contei que eu havia ido no show deles, e meu avô ficou todo curioso, querendo saber se ao vivo era igual, como era a infra-estrutura, e ficou abismado de ver "que essas bandas de hoje em dia" ainda conseguem fazer o que é bom. E eu fiquei feliz em saber que vovô, de livre e espontânea vontade, abriu a cabecinha para ouvir algo além dos cantores supracitados, e conseguiu ver que Radiohead pode ser bem mais que um magrelinho baixinho meio caolho cantando que não pertence àquele lugar.

* Estou completamente ausente com o blog, e peço desculpas por isso. A minha lista de postagens está lotada, pena que estou sem tempo até mesmo para escrever, senão era só deixar os posts programados. Comentários atrasados também, mas segunda é feriado por aqui e eu vou tentar me colocar em dia com vocês. Essa vida de estudante, sempre de brimks.

* Recebi - já tem um tempão, eu sei! - selos amor de blogueiras queridas. Não vou repassar pra ninguém, porque eles estão meio antiguinhos e um monte de gente já deve ter recebido e postado. Só me resta agradecer um monte à Soft-Soft (minha amiga-linda-escritora-muito-inteligente-sapateadora-comedora-de-morangos) e Dani pelo primeiro, e a Carol, pelo segundo.





quarta-feira, 26 de agosto de 2009

10 sinais de que você é uma novata na academia.

1. Desculpas esfarrapadas: A história é a mesma, você passa o dia todo bem animada para ir a academia, pensa consigo mesmo "nossa, endorfina rules, vou ser saudável, a próxima Gisele Bundchen, não vai ter pra ninguém!!!", mas a medida que vai chegando a hora de se aprontar para ir, você formula na sua cabeça um milhão de desculpas para não ir: "tô cansada e o treino não vai render", "acho que tá meio tarde para malhar", "tá cedo demais, vai estar muito lotado", "tá muito calor, vou acabar tendo um piri-paque", "malhar no frio é horrível, vou ficar toda dolorida".

2. O drama aeróbico: Você pedala dez minutos na bicicleta e tem a impressão de que está fazendo aquilo por horas. Você olha pra mulher no mínimo 30 anos mais velha que você que está do seu lado toda imponente, pedalando muito rápido, enquanto você, na mínima velocidade, depois de 10 minutos já está suada, vermelha, ofegante e querendo morrer.

3. Dude, I'm lost: Você anda a academia inteira várias vezes procurando os aparelhos e demora muito tempo para encontrá-los, porque você não faz a mínima idéia de como deveria ser um "leg press" ou então uma "cadeira extensora". As pessoas ficam te olhando divertidas enquanto você, completamente desnorteada, olha com cara de queeeeah para aquela ficha, se perguntando porque diabos ninguém fez um mapa na academia.

4. Autismo musical: Para diminuir a tortura e o tempo passar mais rápido, você faz AQUELA seleção de músicas-para-quando-não-houver-mais-esperança-no-mundo e é impossível não se empolgar demais. Uma vez eu estava na bicicleta, no ápice do esforço físico, ouvindo "Cara Estranho", do Los Hermanos, e me peguei cantando meio altinho na parte do: "faz parte desse jogo, dizer ao mundo todo...". O que também pode acontecer é você se pegar sentada num aparelho, sem fazer absolutamente nada, completamente concentrada na música que tá tocando, ou então parada no meio da academia com cara de paisagem só porque resolveu esperar o refrão daquela música antes de ir para o próximo exercício. Ah, e você também não percebe que aquele alguém parado na sua frente não tá olhando você batucar, mas sim esperando para que você reveze o aparelho.

5. Pânico de conhecidos: Papai me perguntou se eu não queria ir na academia lá pelas 17h, que segundo ele é a hora em que a "moçadinha" comparece em peso. Deus me livre! Gosto de ir na hora que não tem ninguém, não preciso que a sociedade me veja toda descabelada, suada, ofegante, desnorteada e completamente baranga, afinal, é impossível ficar minimamente decente de roupa de ginástica. Quando dou o azar de topar com um conhecido, ainda que eu conheça só de vista do colégio, dou um jeito de olhar pro chão e fazer a egípcia.

6. "Configurando" os aparelhos: A gente sabe configurar sites, mexer com scripts e resolver todo problema computadorístico imaginável, mas ficamos completamente burras diante de um aparelho de musculação. Sério, eles são bizarros e pouco intuitivos e funcionais, eu fico dias lá parada encarando o troço, mexo dali, mexo de cá, consigo fazer um barulho para que todos me olhem, e no final vou perguntar pra algum instrutor prestativo como é que se mexe, apesar de já ter feito o circuito acompanhada algumas vezes.

7. A pressão abaixa: Não importa se você coma meia hora antes e coma uma banana ou uma barra de cereal como recomendam, e respire direitinho enquanto faz os exercícios. Basta você terminar a série e começar a alongar que o mundo gira, você fica verde e pensa que vai morrer. As pessoas ao seu redor percebem, você, pessoa orgulhosa, diz que tá tudo bem e aí eles te mandam olhar no espelho e além de enxergar seis de você no reflexo, você percebe que tá completamente sem cor e suando frio.

8. Espelho distorcido: Toda vez que passa em frente ao espelho, você começa a achar que está mais fininha. Se aperta dali, se aperta de cá e pensa: poxa, isso tá resolvendo, tô até durinha! Aí você pergunta para sua mãe se ela percebeu algum efeito da Malhação em você e ela, delicada e categórica, diz que não.

9. Companheira do Dorflex: Você chega em casa e é o mesmo ritual, toma um banho, come alguma coisa e toma um Dorflex, porque antes mesmo do seu corpo esfriar você sente aquelas dores terríveis se apoderando de você. Dói tanto e dói tudo que até parece que você é uma fisioculturista e não aquela pessoa desengonçada que faz 3 séries de 15 empurrando 2 quilinhos, no máximo 3.

10. Pelo menos vai dar um bom post: Enquanto está lá sofrendo, mentalmente você formula um post na sua cabeça contando suas desventuras aeróbicas, afinal, se você está ali sofrendo mesmo, pelo menos vai poder rir disso depois e deixar que os outros riam com você da sua própria cara.

domingo, 23 de agosto de 2009

Sob o quase mesmo céu de agosto.

O mesmo parque, sob o quase mesmo céu de agosto. Quase, já que nele ventaram tantas coisas, carregando outras tantas, a poeira que foi levantada quando aqueles dois se encostaram à árvore para enfim beijarem seu primeiro e derradeiro beijo. Foi preciso que ela batesse a cabeça numa farpa para dar-se conta de que era a mesma árvore. Passou ali a ponta dos dedos e logo sentiu, no baixo relevo, o contorno dos nomes ali gravados alguns anos antes. Os nomes atrelados. Um coração entorno. Tinha só dezessete anos.

...minhas lembranças escorrem
e o corpo transige
na confluência do amor.

Sentou-se à sombra daquela árvore imediatamente, fechou os olhos. Então era assim, doía desse jeito. Que lhe desculpasse Camões, mas ele só poderia estar sob efeito de morfina para vir a escrever que o amor desatina sem doer. Ou ele pode então nunca ter quebrado a cara, o que é pouco provável, já que falta ao coitado um dos olhos.

Tenho apenas duas mãos
e o sentimento do mundo...

É; os olhos dele nada tinham de especiais, recordava-se ela agora. Eram meio castanhos, meio negros, meio cor de coisa alguma, meio só aquele brilho de admiração que ela flagrava ao vê-lo contemplá-la e contemplar qualquer coisa que lhe fazia feliz naquela vida. Brilhavam-lhe seus olhos ao ver aquele parque, e aquela grama, e aquela árvore. Toda a poeira levantada em agosto que embaçava o azul do céu. “É lindo”, dizia ele, “essa poeira tá levando pro céu isso que a gente tá vivendo agora. Pro céu, pra sempre” ele sorria, ela corava. “Deixa que ela leve pro céu um beijo nosso” e encostou-a na árvore, beijou-lhe terna e avidamente. Os dois juntos marcaram seus nomes na árvore. O beijo estava no céu, e o momento gravado pra sempre na terra.

Os camaradas não disseram
que havia uma guerra
e era necessário
trazer fogo e alimento.
Sinto-me disperso,
anterior a fronteiras,
humildemente vos peço
que me perdoeis.

A grandiosidade de tudo aquilo, no dado momento, a amedrontou. Sentiu o coração dele pulsar em suas mãos, o medo lhe apoderou. E se ela fizesse algo errado? E se estragasse tudo? E se o fizesse contrariar Camões ao provocar-lhe uma dor desatinando dolorida? Concordava com Drummond, era só uma garota com dois braços e um sentimento do mundo, mas tinha medo. Jogou isso pro alto, jogou ele pro alto e correu. Correu até agora, correu em círculos e, alguns anos depois, fora parar no mesmo parque, sob o quase o mesmo céu de agosto e as lágrimas quentes e salgadas que lhe escorriam dos olhos à medida que passava os dedos sobre aqueles nomes em baixo relevo no tronco das árvores, molhavam o tronco e molhavam a grama e o sol faria o trabalho de lhes absorver para levar pro céu, junto com a poeira, para se juntar às outras coisas suas levadas pro céu e terminar de escrever sua história. Ela só queria lhe pedir desculpas.

Quando os corpos passarem,
eu ficarei sozinho
desfiando a recordação
do sineiro, da viúva e do microscopista
que habitavam a barraca
e não foram encontrados
ao amanhecer.

Pois ainda era tempo de resolver alguma coisa, a cidade era pequena e não é possível que ele tenha ido muito longe. Tinha modos de que era moço que até se casar moraria sempre na barra da família, talvez a boa dona mãe dele ainda lhe guardasse alguma recordação. Tomariam um chá juntas, e a mãe então lhe contaria dos rumos da vida do filho, o emprego bom que arrumara, ele logo bateria a porta e entraria na sala, a gravata afrouxada e a pasta de couro preta embaixo dos braços. Era assim que ele lhe descrevia o próprio futuro. A noite havia caído, o negrume tomou conta do céu, e as estrelas começavam a então, brilharem tímidas ali. E aquele monte de poeira. Não era o que diziam, não éramos todos poeira das estrelas? Houve nela um dia algo que como poeira, fê-la embaçar a vista para aquilo que então lhe era óbvio, e havia nela agora um algo que brilhava dentro de si, mostrando-lhe o caminho certo. Como se tudo aquilo que era dela, e era dele, e era dos dois, que fora carregado pro céu, lhe mostrava que chegara a hora de brilhar. Finalmente.

...esse amanhecer
mais noite que a noite.

Não era assim tão tarde, talvez lhe recebessem para o jantar.


* Escrevi este na última semana, primeiro inspirada pela música "I Am Still Running", do Jon Foreman, e depois lembrei desse poema do Drummond que eu adoro (Sentimento do Mundo) e ele conversou comigo (?) de uma maneira tão assim que me pareceu impossível não colocá-lo entre os parágrafos. Fiquei receosa de publicá-lo primeiro porque achei um pouco confuso, segundo porque fiquei com medo de vocês não terem a mesma idéia que eu tive, mas, está aí.

sábado, 22 de agosto de 2009

Escuro no clube, ou observando as reações naturais dos seres humanos.

O pessoal todo foi embora e eu havia ficado ali parada na portaria do clube, a mercê do atraso de papai que determinaria a que horas eu sairia dali. Não que estivesse achando tudo muito ruim, já que logo arranjei um cantinho na calçada para me sentar enquanto tirava da bolsa Orgulho e Preconceito e resgatava meus fones de ouvido daquela bagunça constituída por toalha, agasalho, protetor solar e carteira que era minha bolsa no momento. Rapidamente mergulhei na história, e estava eu ali não contendo meus suspiros por Mr.Darcy, mas me sentindo tremendamente incomodada por um grupinho que estava logo na minha frente. Aquele tipinho idiota que adora aparecer, enquanto o "líder" canta de galo e diz coisas idiotas, as gurias retardadas que o acompanham fazem questão de rir alta e escandalosamente, quase guinchando. Do tipo, "Uau, estamos aqui, e você não, hahahahhaha, como tudo é engraçado".

Resolvi que esperaria papai dentro do clube, acharia uma mesinha feliz perto de algum lugar iluminado e poderia me deleitar com toda aquela água com açúcar confortavelmente sentada e com a coluna ereta. Então eu me levantei e já me dirigia para as catracas de entrada quando de repente tudo ficou escuro. Um apagão, todas as luzes foram embora, ficando apenas aquelas dos postes que ficam no estacionamento.

Tinha gente correndo em direção a saída - run to the light! - tinha gente gritando, as gurias retardadas fizeram um escândalo, o moço aproveitou para beijar a garotinha no banco da praça, e outras menininhas aproveitaram para chegar mais perto dos menininhos bonitinhos com os quais elas dividiam aquele banco circular da micro-praça no meio do estacionamento. Um dos porteiros veio até a porta, coçou a cabeça e disse que o gerador deveria estar estragado. Uns pais paravam na porta e buzinavam, e teve uma menina que pegou logo o celular e disse: "Nossa Fê, você não acredita que eu tô aqui no clube e de repente a energia acabou!" Eu, adoradora de um mal feito do jeito que sou, ainda mais quando se trata de queda brusca de energia, ria por dentro só de imaginar o auê que deveria estar no clube inteiro, já que só o que eu conseguia enxergar lá de dentro era um breu danado.

Queria mesmo é estar lá dentro, de preferência no restaurante, observando a furupa que deve ter virado. Os homens coçando a cabeça, as mulheres dizendo que era um absurdo o gerador não funcionar, e as adolescentes chatas reclamando que mais meio minuto de demora do garçom e a coca-cola chegaria quente. Mas, uma vez que eu não poderia estar lá contemplando a incrível teoria de Mr.Simon Dermott, só fui para um rumo de um poste de luz, abri o livro novamente, e logo papai já estava se juntando ao amontoado de carros que buzinavam alertando seus filhos que era hora de ir para casa.


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Quarentona.

Eu estava deitada no sofá lendo a Folha Equilíbrio, mais especificamente a coluna da Rosely Sayão. Eu adoro a coluna dela, mesmo. Ela fala dessas coisas de pais e filhos, #comolidar, etc, e eu super adoro, mesmo não tendo filhos. Pedro, meu primo, ao ver o que eu tava lendo, começou a debochar da minha pessoa, dizendo que Rosely Sayão era coisa de mãe e de senhoras. Ele não tava errado. Toda mãe que eu conheço adora tudo que ela escreve, e mesmo que não vá aplicar aquilo na vida, gosta de ler por ler. Ironia do destino ou não, logo minha tia chegou na sala e perguntou se alguém tinha visto a Folha Equilíbrio.

Se tem uma coisa que eu gosto nessa vida, é perder tempo fazendo quizzes no Twitter. O Lolquiz é o mais popular de todos, e esses dias fiz o teste para saber minha idade mental. Não que eu esperasse um resultado alegando que eu vivia no puro frescor da juventude, mas o resultado deu que eu tinha uma cabeça de 40 anos e ainda vinha com um recado desaforado mandando eu largar de ser chata e ir viver a vida, mais precisamente isso.

Eu tenho mesmo uma mentalidade mais idosa, desde pequena eu sou assim. Nunca fui dessas crianças felizes a cantar, por ser filha única eu sempre passei muito tempo com meus pais e avós, sempre quando meus pais saíam para jantar com amigos eu ia junto, sem falar que passava muito tempo sozinha, e eu não me incomodava com isso, pelo contrário, eu adorava ficar horas e horas no meu quarto, lendo para minhas bonecas. E eu também convivi e convivo muito com minha avó, acho que quando pequena eu passava mais tempo na casa dela do que na minha própria casa e, apesar de minha avó ser uma figura, nós passávamos as tardes no sofá bordando (sim, ela me ensinou a bordar com 9 anos), fazendo palavras cruzadas, sudoku e assistindo ao programa da Leda Nagle na Tv Cultura.

Eu não sou totalmente desanimada, o que comprova isso é que o marcador mais utilizado aqui no blog é o "farofa". Amo sair com meus amigos e faço muita bagunça com eles, mas ainda assim é de um jeito mais vovó. Não gosto de baladas, tenho uma preguiça absurda de festas, diversão pra mim é sair pra comer pizza, ir ao cinema, jogar jogos de tabuleiro e ir pra casa de algum amigo ver filme e conversar besteiras. Já quis dispensar o convite pra festa do ano por pura falta de vontade de aguentar o pessoal tentando causar, bebendo todas, música alta e ruim e etc, etc, etc. Já cheguei na porta de um show que eu super queria assistir e desisti de entrar porque o clima na porta tava muito pesado (tá, teve o veto de papai, mas eu super concordei com ele). Aguentar aglomerados humanos só quando vale muito a pena, tipo um show do Radiohead. Tem dias que eu só quero ficar quietinha em casa, vendo filme, lendo, ou só em casa mesmo, deitada no sofá e sendo amor. Eu adoro ler o jornal, principalmente depois do almoço, quando eu me estico no sofá, vejo o Evaristo e leio a Folha. E acordar de manhã e abrir o jornal? Nossa, life can't get any better.

Mamãe mesmo fala que eu nasci velha, muitas vezes ela é muito mais adolescente que eu (mamãe é super Lorelai Gilmore, toda espevitada e sem noção) e reconhece isso. Quem não me conhece as vezes critica esse meu jeito, diz que eu não aproveito a vida enquanto eu posso. Minha família do interiorrr por parte de mãe então, nem se fala! Quando me pegam pra Cristo é uma falação adoidada na minha cabeça, "mas você é quietinha assim sempre?", "por que não vai dar uma volta com seu primo, sair, ver gente?" "ah menina, larga de ser boba, você tá na idade de sair por aí e ir atrás de uns chamegos bons" (minha bisavó me disse isso. minha bisavó.) Por enquanto, eu gosto de ser assim, e até hoje creio que não perdi nada, pelo menos nada que eu me arrependa. Agora, se quando eu chegar nos 40 cronologicamente e resolver fazer o Benjamin Button e curtir a vida adoidada, já é outra história.


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

E disse Mr. Darcy:

É a terceira vez que releio "Orgulho e Preconceito", e a terceira vez que lendo eu constato que é um dos livros mais envolventes que eu já li, de uma intensidade assim tão plena que só poderia ser atingida com a narrativa leve e um tanto irônica que tem, genial o suficiente para só poder ser coisa da Jane Austen. (Quem não conhece a história, faça-me o favor.) Lembro da parte em que Mr. Darcy se declara, o livro mexe tanto comigo que eu não deixo de sentir em mim as emoções da Lizzy, e depois de ler a clássica "Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos, e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente", eu sempre abaixo o livro e fico suspirando, como se aquilo fosse pra mim. Lembro da primeira vez que li e fiquei tão, tão mexida em certos trechos e diálogos, que cheguei até a suar frio. Sério.

Mas o incrível do livro não está no enredo e nem na forma como ele é escrito. Só nessa terceira leitura que eu consegui ver o pulo do gato da Jane Austen (por isso digo que livros e filmes devem ser relidos/reassistidos o máximo de vezes possível), que a fantástica descrição psicológica dos personagens. Todos os personagens dela tem gênios muito fortes, personalidades muito marcadas e marcantes, e elas representam a nossa sociedade. Vai me dizer que você nunca conheceu uma Mrs. Bennet por aí, ou então até mesmo deu a sorte de topar com um Mr. Bingley e o azar de se ver diante de uma Lady Catherine de Bourgh? Acho isso de fato incrível, o perfil psicológico de cada um que ela esmiúça como ninguém, e tem o poder de nos fazer gostar e desgostar daqueles que ela cria. Pelo menos eu vou ficando gradualmente apaixonada por Mr. Darcy assim que as coisas vão se revelando, não sei se é porque eu me vejo muito na Lizzy, principalmente na maneira dela de ver o mundo.

Seja pela ironia refinada implícita na narração, ou pelos diálogos cortantes e dinâmicos - apesar de serem um tanto rebuscados - , pela psicologia, pela forma como é escrita (sempre que termino os livros dela fico inclinada a usar mesóclise regurlamente) ou pela história de amor linda que é, todo mundo que gosta de ler e/ou escrever, deveria ler "Orgulho e Preconceito" algumas vezes na vida, e aqueles que não gostam, deveriam descobrir nele o prazer da leitura.

"Eu já lhe teria escrito, minha querida tia, para lhe agradecer,
como devia, a sua longa e carinhosa carta, tão rica em
pormenores, se, para lhe dizer a verdade, não me sentisse
aborrecida de mais para o fazer. A tia supôs mais do que
aquilo que realmente existia. Mas, agora, suponha tudo o que
quiser; dê largas à fantasia e entregue-se à sua imaginação,
para os voos mais arrojados, e, a menos que me imagine já
casada, não errará por muito. Escreva-me tão depressa
quanto puder e elogie-o a ele ainda mais do que na sua
última carta. Não me canso de lhe agradecer por não me
terem levado até aos Lagos. Não sei como pude ser tola a
ponto de desejar tal passeio! A sua ideia dos garranos é
encantadora. Percorreremos o parque todos os dias. Sou a
criatura mais feliz do mundo. Talvez outras pessoas já o
tenham dito antes, mas nunca com tanta justiça. Sou mais
feliz até do que Jane; ela apenas sorri, eu rio. O Sr. Darcy
envia-lhe todo o seu amor, aquele que ainda lhe resta.
Contamos com todos em Pemberley, para passar o Natal. A
sua, etc."


quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Enquanto isso, na cafeteria...

Ela suspirou profundamente, pediu ao garçom sua sexta xícara de café e despejou lá dentro 8 colheres de açúcar. E com a elegante colherinha de prata, ela mexia, mexia, mexia, como se quisesse abrir um buraco na xícara, no pires, na mesa, no chão, um buraco onde ela pudesse se enfiar dentro e ficar ali em posição fetal até que toda sua raiva, tristeza, melancolia de sei lá o quê passasse.

Suas mãos tremiam muito e o tilintar que fazia a louça da xícara na louça do pires se misturava ao zumzumzum do salão, às pessoas, aos seus sorrisos da tarde, as suas lágrimas de pôr-do-sol, as suas carolinas muito doces, ao vento lá fora, à chuva que caía a cântaros, e era ela ali querendo não chorar, os garçons ziguezagueando, os baristas entretidos em sua arte, a mesa, as cadeiras, a fachada elegante do lugar, a nota de vinte em cima da mesa, que acabava de tocar seus dedos trêmulos.

“Filho da mãe”, ela resmungou vendo toda aquela gente ali e ela mesmo ali, sozinha, esperando por uma pessoa que certamente não viria. Ameaçou se levantar da cadeira e viu um par de pernas, um casaco molhado, e um sorriso absurdo. “Filho do pai também viu, não fui concebido imaculadamente”. Conteve o ímpeto de se atirar no pescoço dele, primeiro para enforcá-lo por ter sido tão idiota de deixá-la esperando ali, e depois para poder absorver cada partícula de cheiro que vinha dele, todas que pudesse, para poder cheirar seu lenço todos os dias quando as coisas estivessem ruins. Ele insistia em sorrir, e era difícil demais tentar mostrar-se aborrecida diante daquela coisa que não mostrava apenas dentes e gengivas, mas que saía dos olhos brilhando muito.

- Me desculpe por tê-la feito esperar por tanto tempo. Mas é que levei umas guarda-chuvadas na cabeça de uma senhora que me viu furtando algo de seu jardim. – disse ele sentando-se em frente a ela.

Ela limitou-se a levantar os olhos e apertar os punhos por debaixo da mesa, não querendo mas querendo ver mais um milímetro daqueles olhos. Ele tirou de dentro do casaco meio molhado pela chuva que caía lá fora uma flor amarela sem espinhos:

- Será que isso será capaz de substituir sua displicência por um sorriso? - Ela baixou os olhos e sorriu muito tímida, queria conseguir controlar a instabilidade de sua respiração antes de encará-lo. Ele chamou o garçom:

- Dois chocolates quentes, por favor. – disse

Ela abafou uma gargalhada discreta. Que ironia. Ela pôs todo aquele açúcar em seu café quando em seu subconsciente sabia que precisava de toda a serotonina contida em um chocolate pra preencher o vazio que sentia. Ele achou graça da gargalhada dela, que produziu um barulho engraçado, parecendo grunhido de criança. Aqueles barulhos estranhos que as pessoas só fazem quando estão rindo sinceramente. Ele agradeceu com os olhos sua sinceridade e ela entendeu perfeitamente.

Por mais de uma hora os dois ficaram sentados ali bebericando seus chocolates. Apenas se olhavam, e riam de timidez e nervosismo. Eles não diziam nada, mas naquele momento o silêncio não importava. Era legal ficar calado.

E apesar do silêncio, nenhum barulho externo parecia perturbar o frenesi que se instalara sobre eles.

Naquele instante, toda a cafeteria tinha cheiro de flor.


terça-feira, 11 de agosto de 2009

Light my fire.

Depois de um mês, pela primeira vez me recolhi antes da meia noite. Disse me recolhi porque dormir mesmo foram outros quinhentos. E dá-lhe Mr.Darcy e Cat Power para tentar me fazer pegar no sono, viu! Chegou um ponto que eu chutei o balde e fui ouvir um nerdcast que eu tinha baixado por dica desse post da Renata (adorei, viu!). Andei de um lado pro outro no quarto. Eram duas e meia quando olhei no relógio pela última vez e antes do sol dar notícias, Jim Morrison cantarolava na minha cabeça e eu então me lembrei o que era o ímpeto de querer engolir o celular.

Eu tinha me esquecido como era terrível acordar antes do sol, como faz frio pela manhã e o quão lotada é a cantina do colégio. Confesso, apesar de não ter me manifestado antes, estava sim com saudadinha dos meus professores queridos, fiquei bem feliz de rever o de Química, o de Física e o de História. Mais feliz ainda foi rever os amigos, foi voltar pra nossa fileira, foi fofocar e rir bastante. Fiquei maravilhada com o gel anti-séptico em todos os cantos da escola, e mesmo que fique mais frio, gostei de eles terem deixado as janelas abertas ao invés do ar condicionado (vocês não tem noção de como ficar no ar condicionado todos os dias me faz mal). Cheguei em casa um caco, mas bem animadinha com a então volta as aulas. Já ia planejar meu cronograma de estudos para revisar o semestre pro Paies (20 de dezembro tá aí, fofos!), voltei pra academia (não vou dizer isso com grande alarido, porque eu e academia dançamos um pas de deux que faz questão de ter um epic #fail como cena final) e, chegando em casa, descubro que as aulas estão suspensas por tempo indeterminado.

Não gostei. Já pressinto minha ceia de Natal acontecendo no pátio do colégio, aquela fila homérica que sou obrigada a enfrentar na cantina pelo meu suco de laranja de todo dia, todos se acotovelando por um pedaço de frio peru. Não é lindo? Não. Essa situação da gripe está realmente se descontrolando, e mamãe está cheia das neuras e pior, tá passando isso pra mim - que já sou naturalmente neurótica. O funcionário da academia deve ter morrido de rir de mim, a cada troca de aparelho eu ia lá e lavava as mãos (quase isso). Uns dizem uma coisa, outros dizem diferente, e a gente fica nessa hipocondria, surtando ao menor espirro.

Não vou deixar esse clima de segunda-feira ir embora, e amanhã mesmo vou resolver minha vida. Aproveitar enquanto não tenho matéria nova para revisar o que andei vendo no semestre. Não vai dar tempo de ver tudo, óbvio, mas vai ser uma boa ajuda e aliviada para quando eu estiver completamente atolada. Vou me virar como posso, gosto dessa idéia de ser autodidata. Na pior das hipóteses - já que estão querendo suspender o cinema e mamãe não parece muito afim de me deixar socializar com aglomerados humanos - ficarei aqui, dormindo mais um pouquinho, estudando um tantão e nas horas vagas visitando minha querida vídeo locadora. Quanto ao resto, tá nas mãos de Deus.

domingo, 9 de agosto de 2009

As pleuras.

Sempre que eu não queria comer alguma coisa, meu pai colocava uma boa porção no meu prato e me dizia que fazia bem pra pleura. Nunca me respondeu o que tão curiosa parte de nosso corpo viria a ser, e nem eu me esforcei em procurar saber. Virou uma piada interna nossa, "porque sim" não é resposta, mas "faz bem pra pleura" cala a boca de todo mundo. Na sétima série, vi no livro de Ciências uma referência a ela assim, muito vagamente, ah, então elas ficam nos pulmões.

Esse ano então aprendi que a pleura nada mais é que o tecido epitelial de revestimento, classificado como serosa - aliado ao tecido conjuntivo frouxo - e encontrado nos pulmões. Pleura, pericárdio, peritônio e outras serosas notáveis, tudo uma grande besteira que tira a poesia das tais pleuras que eram beneficiadas pelo consumo de brócolis. A propósito, de tanto comê-lo por obrigação e para fortalecer a pleura, o brócolis hoje é hoje uma das minhas verduras preferidas, já cheguei até um dia trocar uma porção de alguma coisa boa e calórica para acompanhar uma massa, por uma porção de brócolis cozidos no vapor.

Meu pai já inventou pra mim muitos personagens que mesmo hoje já desmitificados, eu nunca esqueci e nem tirei-lhes aquele quê de brilho crédulo que só um eu-criança poderia lhes dar. Rio deles até hoje, ah sim, a gente se diverte. O mágico, motorista de ambulância, Tatu, o Coisa, o Arsênio consertador de guarda-chuvas, o Prontíssimo. Feliz dia dos pais, papai, você faz muito bem para minhas pleuras.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Shakespeare e a gripe suína.

Era a última aula de teatro do semestre, depois provas e então férias. Tínhamos passado quase uma hora lendo a famosa cena do balcão de Romeu e Julieta em todas as ordens, entonações e variações possíveis. Faltando alguns minutos para que a aula acabasse, o professor deixou que a gente fizesse um improviso livre, mas tinha que ser baseado na temática de um amor impossível. Dividimos um grupo rapidinho, e nos valendo da doença mais hype de todos os tempos resolvemos fazer a história de uma enfermeirinha perdidamente apaixonada por um paciente terminal vítima de gripe suína. Claro, sobrou pra mim o papel de ser a tal enfermeirinha.

Não tivemos tempo nenhum para ao menos pensar em como seria a cena, a coisa seria realmente na emoção. O pessoal do grupo inventou qualquer coisa, uma menina que fazia a faxineira fofoqueira vinha me noticiar de um novo paciente. Eu entro no quarto e usando e abusando da minha habilidade dramática, me joguei aos pés do enfermo (no caso, Lucas) e soltei essa pérola graças a meu cérebro já frouxo de tanta matemática e declarções shakesperianas:

- Oh, querido, renega teu vírus, recusa tua gripe! - (não entendeu?)

E por falar em gripe suína, ultimamente tenho observado a revolução do gel anti-séptico. Desde pequena sou invocada com esse gelzinho que vende nas farmácias. Sempre pedia para mamãe comprar pra mim, e ela dizia que era frescura demais mesmo se tratando de mim. O tempo passou e toda vez que eu ia na farmácia eu via o gel lá perto do caixa, e comprava. Só que eu não mostrava pra ninguém, com medo de todo mundo me achar a fresca, como achava mamãe. Só que nessa situação de pandemia onde ninguém confia mais onde encosta, a coisa se inverteu! Agora tem pote gigante de Asseptgel em tudo quanto é esquina, fiquei maravilhada quando vi que todos os restaurantes da praça de alimentação ostentavam o seu lá próximo ao caixa. Tem também nos banheiros do shopping e em qualquer lugar considerado público, até na padaria eu já vi! Mas o melhor disso tudo, com certeza, é brincar de guerra de gel com as amigas no meio do shopping, farofa total, banheira do Gugu feelings. ABS.


* Por causa da gripe minhas aulas foram adiadas uma semana, ou seja, teoricamente era pra eu já estar em aula nessa semana. Estou usando-a para rockenrollear loucamente tudo que eu vegetei no sofá nos outros dias, por isso estou meio ausente por aqui. Mas a partir de terça (ui!) o ritmo aqui volta ao normal. :)

domingo, 2 de agosto de 2009

E por falar em livros...

Escrever aquele post sobre sebos e ler comentários tão legais a respeito, me deixou com uma vontade louca de escrever sobre livros sempre. Agora, toda vez que eu penso em assunto para postar é sobre algo relacionado a livros. Tenho até que filtrar bem, senão todo mundo enche o saco. Mas enfim, acho que logo no dia que postei vi um meme no blog da Melissa (uma blogueira que acompanho há pouco tempo mas que já é muito querida) justamente me convidando a falar sobre livros. Fiquei pouco animada, né? Então lá vai:

Livro de Infância: Toda a coleção da Bruxa Onilda e "De Paris, Com Amor" - Lino de Albergaria - fácil o livro que li na infância que mais me marcou e que preciso muito postar sobre. Mesmo. E tem também "Bruxinha e as Maldades de Sorumbática" - Eva Furnari, e"Uma História Com Mil Macacos" - Ruth Rocha.

Personagem que queria ser: Lizzie Bennet, com toda certeza.

Primeiro livro enorme que lembra de ter lido: Harry Potter e o Cálice de Fogo - J.K.Rowling

Filme que ficou melhor do que o livro: Acho que não vou estar viva para ver isso.

Livro que te fez sonhar acordada (o): "Orgulho e Preconceito" - Jane Austen

Livro que te fez chorar: "Reparação" - Ian McEwan, "A Menina Que Roubava Livros" - Marcus Zusak, "Para Francisco" - Cristiana Guerra

Livro que te fez rir: "As Mentiras Que Os Homens Contam" - Luís Fernando Veríssimo, "Memórias Póstumas de Brás Cubas" - Machado de Assis

Livro que mudou a sua vida: "Dom Casmurro" - Machado de Assis (isso merece um post) e "O Apanhador No Campo de Centeio" - J.D. Salinger

Livro que te causou dor: "Ensaio Sobre a Cegueira" - José Saramago, "A Cidade do Sol" - Khaled Hosseini

Livro de cabeceira: "Dom Casmurro" - Machado de Assis, "O Amor do Pequeno Príncipe: Cartas a Uma Desconhecida" - Antoine de Saint-Exupery

Livro comercialzão: "O Alquimista", "As Valkírias" e "Veronika Decide Morrer", todos do Paulo Coelho, que definitivamente não faz meu estilo, mas que eu gostei muito.

Querido escritor: Machado de Assis e Antonio Prata

Sente vergonha por não ter lido: "Senhora" - José de Alencar, "Laranja Mecânica" - Anthony de Burgess (esse eu li até a metade só), e todos os livros do Gabriel Garcia Marquez

Não suporta: "Lua Nova" - Stephanie Mayer

Para os apaixonados: "De Paris, Com Amor" - Lino de Albergaria

Livro sensual: "Travessuras da Menina Má" - Mario Vargas Llosa, "Tróia, o Romance de uma Guerra" - Cláudio Moreno

Para quando quiser ficar feliz: "O Diário de Bridget Jones" - Helen Fielding

Para quando faltar esperança: "Alice no País das Maravilhas" - Lewis Carrol

Livro que ganhou e nunca leu e nem vai ler: "O Vendedor de Sonhos" - Augusto Cury

Para quando for preciso paciência: "O Mundo de Sofia" - Jostein Gaarder (para absorver toda a informação do livro)

Livro que comprou e nunca leu: Exceto pelo "Memórias Póstumas", ainda não li nenhum dos que comprei no sebo.

Biografia: Vale o almanaque "A Beatlemania" - Ricardo Pugialli?

Para garotas: Coleção "O Diário da Princesa", "A Garota Americana" e qualquer outro livro da Meg Cabbot

Difícil: "A Hora da Estrela" - Clarice Lispector

Para quem gosta de escrever: Acho que não tem nenhum específico.

Leitura de teatro: Shakespeare!!! "Romeu e Julieta" "Sonho De Uma Noite de Verão" e "Como Gostais". "Vestido de Noiva" - Nelson Rodrigues

Conto gostoso de ler: "O Amor que Choveu" - Antonio Prata (já postei ele e sobre ele aqui)

Não conseguiu terminar: "O Fantasma da Ópera" - Gaston Leroux (vale um post também, já que já o li três vezes e empaquei no final, por motivos variados)

Está na fila: "Razão e Sensibilidade" - Jane Austen

Livro que daria de presente: O último que dei foi "A Garota das Laranjas" - Jostein Gaarder (para a Sofia!)

Pérola encontrada nos sebos: "Drácula" - Bram Stocker

O que está lendo agora: Ontem terminei de ler "Desonra" - J.M.Coetzee e estou inclinadíssima a reler "Orgulho e Preconceito" - Jane Austen. É.

Repassarei para Sofia, Taci, Moon, Daniela, Gabi, Carla, Mih, Larissa, Cynthia e Mayã, blogueiras queridas que - imagino e espero - vão gostar de responder isso.