Quem me segue no Twitter deve estar sabendo que há dias venho me preparando para uma festa de uma amiga que dizem ser a festa do ano desde o ano passado. Aquele esquema meio selvagem Super Sweet Sixteen de pessoas se matando por um convite, armando super estratégias James Bond e tudo mais. A super-duper-power-master-blaster-fucking-awesome-hundred-billion-dolars-party foi ontem, e a pessoa que vos fala agora é somente farrapos de ser humano, devido aos embalos do sábado a noite.
Eu não costumo dançar nas festas em que vou, porque sou uma chata de galocha e nunca gosto das músicas. O que impera por aqui é o funk, o axé e a Rihanna, três coisas que eu não suporto mesmo. O máximo de coisa legal que rola são três músicas flash-back que só tocam quando eu estou indo embora, pois sou mocinha de família e meu horário limite é três e meia e olhe lá. Ontem eu sapi da festa querendo abraçar o DJ. Ele era muito ótimo, tocou só músicas que eu gosto, coisa das antigas mesmo, e o momento das poposudas perderem a linha daquele jeito durou no máximo umas 6 músicas, tempo suficiente para eu poder respirar, atacar a tia-vestida-de-cassino que carregava mil balas, marshmellows e amanditas felizes. Tipo que pra quem só dança sozinha, lavando louça ou pelos corredores da casa, ouvir meus róques favoritos e poder fazer a Mia Wallace foi a coisa mais legal do mundo.
Depois disso, eu concluí que dançar twister/twist numa pista de dança lotada é a coisa mais legal do mundo, que eu queria muito ter vivido em Liverpool na época dos shows do Cavern Club, e que chega um ponto em que a gente esquece que salto alto é uma coisa cruel e dolorida, porque nós não sentimos mais nossos próprios pés. Quando começou a tocar Broto Legal, que eu inclusive já tinha apresentado no sapateado, foi certamente o ápice da festapra mim, mas creio que para o pessoal ainda não bateu a animação do pout-pourri de It's Raining Men/Macho-Man/YMCA/Twist and Shout/I Feel Good.
Agora preciso abrir um parênteses. Eu era uma Mia Wallace*, e tinha um Vincent Vega na pista. Ele era um garoto fofo, que dançava super bem MESMO, tipo pé de valsa for true. Fiquei muito de cara, ele sabia fazer vários passos mega legais e diferentes, bem John Travolta. Nem preciso dizer que babei litros e oceanos, porque depois da minha queda por músicos, vem minha queda por caras que dançam bem (não me refiro aos dançarinos da Madonna/Britney Spears/Bonde do Tigrão). Ficamos um tempo na mesma rodinha, ele que puxava os passos de todo mundo e roubou todas as atenções.
Enquanto todas as meninas logo no começo da festa perderam a dignidade e arrancaram o sapato, eu fiz pose de lady até o último segundo, me rendendo aos pés descalços somente depois que eu já estava na recepção da festa esperando pelo meu pai, que não dispensou o soslaio do desprezo ao ver sua meninha entrando no carro com as pernas bambas e sandálias na mão.
* Pra quem não conhece, ou pra quem ainda não viu, fica aqui uma das melhores cenas de um dos melhores filmes do mundo! :)
** Gente, post passado todo mundo pensou que eu fosse o Benjamin Button porque lembrava do Balão Mágico! Eles não são da minha época, óbvio, sou da era Xuxa, Angélica e Eliana, mas acho que não tem uma pessoa no mundo que nunca tenha visto o programa na Globo, quando eles reprisavam na semana da criança.
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