quinta-feira, 30 de abril de 2009

Réri Porter.

Sempre gostei muito de Harry Potter, desde que era um tico de gente. Não era Pottermaníaca, dessas que visitam os fã-sites todo dia, que busca informações e tal. Mas gosto, amo. Desde que terminei de ler o quinto livro (Ordem da Fênix), desanimei com a série. Primeiro porque o Harry está um saco no livro, eita menino chato revoltadinho. Segundo porque o Sirius morre, e na boa, o Sirius é o mais legal de todos. Chorei oceanos, tanto na leitura, como assistindo ao filme e decidi que se coisas piores viriam nos próximos livros, pouparia meu pobre coração da triste dor de ver Dumbledore deixar aquele mundo. Matheus quase me bateu quando eu disse que não tinha lido nem o sexto (Enigma do Príncipe) nem o sétimo (As Relíquias da Morte) livro. Maior escândalo por eu não ter lido ou visto alguma coisa, só com Forrest Gump (que eu ainda não assisti). No outro dia ele me levou o livro na escola, e li em três dias. Óbvio que parei de prestar atenção direito nas aulas (quase doeu ter que esnobar Geografia), parei de dormir, parei de estudar (quase) para ler compulsivamente. E a chama se acendeu de novo.

"O Enigma do Príncipe" é o livro menos dinâmico da série, na minha humilde opinião. Não acontece nada de tão relevante e aventureiro, mas muitas coisas começam a ser reveladas. Aventura a valer só lá pro meio, quase no final. Ainda assim, gostei muito. Os romances começam enfim a tomar forma objetiva, e se antes a coisa não passava de contagem de sardas, nesse a pegação acontece. Rony e Hermione brigam praticamente o livro inteiro, isso é ao mesmo tempo irritante e divertido. J.K. não se focou muito na morte do Sirius, pensei que seria algo mais presente, mas creio que é porque o Harry é tipo a Bella em Lua Nova, que não pode pensar no nome do Edward que é atingida por um sectumsempra e começa a jorrar sangue; no caso, Harry evita pensar em Sirius pra não sofrer. Pensei que o final não iria me abalar tanto como de fato abalou, e parece que mesmo depois de ter enxugado as lágrimas, uma sensação de solidão se apoderou de mim, peguei as dores do Harry.

"Relíquias da Morte" foi literalmente ruminado, não queria que ele acabasse. Lia, voltava, esperava, voltava uns capítulos com a desculpa de que tinha perdido uma parte da aventura. E bota aventura nesse livro. Se nos outros era de praxe apenas uma grande aventura no final, nesse quase todo capítulo tem uma, e são coisas bem tensas mesmo! É horrível ver pessoas queridas morrendo no decorrer da trama, vai dando um peso no coração, um desespero! E ao mesmo tempo vai dando uma vontade de lutar, a gente se sente lá sabe? De todas as batalhas travadas, com certeza a melhor e mais tensa é a de Hogwarts, e eu nunca imaginei que no fim da série pudesse chegar a ter pena e compaixão pelo Snape e pelo Malfoy, pelo Snape principalmente. Fiquei em frangalhos com o fim dele, mesmo. Só acho que acabou meio de repente, igual novela da Globo sabe? No último capítulo todo mundo se casa, todo mundo tem filhos, todos os vilões morrem. Achei ridículo o filho do Harry se chamar Alvo Severo. Ridículo, prontofalei. Acho que é meu livro favorito, apesar dos pesares (e como são pesarosos!).

Acho que HP é a série que mais mexeu comigo, aquela que eu mais me senti parte. É engraçado porque muita gente se sente assim também, e de várias idades, tipo, minha mãe ama Harry Potter! É como se ele fosse um amigo querido com uma história legal, e mesmo sem querer a gente acaba pegando algo dele, levando um pouco do mundo conosco, mesmo que seja só uma vontade de jogar um sectumsempra nas pessoas que nos aborrecem. Na verdade, acho que todo bom livro e bom filme tem esse poder, de nos fazer levar um pouco daquele mundo conosco, mas isso já entra nas minhas teorias, e fica pra outra hora. Só posso dizer que mal posso esperar pra estréia do filme, onde estarei munida de lenços, pipoca e com uma camiseta vermelha com o brasão da Grifinória, porque eu e Matheus vamos pagar de cosplayer pra bater no peito e dizermos que temos o rugido do leão nos nossos corações. Ai, que gay isso.

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