quinta-feira, 30 de abril de 2009

Réri Porter.

Sempre gostei muito de Harry Potter, desde que era um tico de gente. Não era Pottermaníaca, dessas que visitam os fã-sites todo dia, que busca informações e tal. Mas gosto, amo. Desde que terminei de ler o quinto livro (Ordem da Fênix), desanimei com a série. Primeiro porque o Harry está um saco no livro, eita menino chato revoltadinho. Segundo porque o Sirius morre, e na boa, o Sirius é o mais legal de todos. Chorei oceanos, tanto na leitura, como assistindo ao filme e decidi que se coisas piores viriam nos próximos livros, pouparia meu pobre coração da triste dor de ver Dumbledore deixar aquele mundo. Matheus quase me bateu quando eu disse que não tinha lido nem o sexto (Enigma do Príncipe) nem o sétimo (As Relíquias da Morte) livro. Maior escândalo por eu não ter lido ou visto alguma coisa, só com Forrest Gump (que eu ainda não assisti). No outro dia ele me levou o livro na escola, e li em três dias. Óbvio que parei de prestar atenção direito nas aulas (quase doeu ter que esnobar Geografia), parei de dormir, parei de estudar (quase) para ler compulsivamente. E a chama se acendeu de novo.

"O Enigma do Príncipe" é o livro menos dinâmico da série, na minha humilde opinião. Não acontece nada de tão relevante e aventureiro, mas muitas coisas começam a ser reveladas. Aventura a valer só lá pro meio, quase no final. Ainda assim, gostei muito. Os romances começam enfim a tomar forma objetiva, e se antes a coisa não passava de contagem de sardas, nesse a pegação acontece. Rony e Hermione brigam praticamente o livro inteiro, isso é ao mesmo tempo irritante e divertido. J.K. não se focou muito na morte do Sirius, pensei que seria algo mais presente, mas creio que é porque o Harry é tipo a Bella em Lua Nova, que não pode pensar no nome do Edward que é atingida por um sectumsempra e começa a jorrar sangue; no caso, Harry evita pensar em Sirius pra não sofrer. Pensei que o final não iria me abalar tanto como de fato abalou, e parece que mesmo depois de ter enxugado as lágrimas, uma sensação de solidão se apoderou de mim, peguei as dores do Harry.

"Relíquias da Morte" foi literalmente ruminado, não queria que ele acabasse. Lia, voltava, esperava, voltava uns capítulos com a desculpa de que tinha perdido uma parte da aventura. E bota aventura nesse livro. Se nos outros era de praxe apenas uma grande aventura no final, nesse quase todo capítulo tem uma, e são coisas bem tensas mesmo! É horrível ver pessoas queridas morrendo no decorrer da trama, vai dando um peso no coração, um desespero! E ao mesmo tempo vai dando uma vontade de lutar, a gente se sente lá sabe? De todas as batalhas travadas, com certeza a melhor e mais tensa é a de Hogwarts, e eu nunca imaginei que no fim da série pudesse chegar a ter pena e compaixão pelo Snape e pelo Malfoy, pelo Snape principalmente. Fiquei em frangalhos com o fim dele, mesmo. Só acho que acabou meio de repente, igual novela da Globo sabe? No último capítulo todo mundo se casa, todo mundo tem filhos, todos os vilões morrem. Achei ridículo o filho do Harry se chamar Alvo Severo. Ridículo, prontofalei. Acho que é meu livro favorito, apesar dos pesares (e como são pesarosos!).

Acho que HP é a série que mais mexeu comigo, aquela que eu mais me senti parte. É engraçado porque muita gente se sente assim também, e de várias idades, tipo, minha mãe ama Harry Potter! É como se ele fosse um amigo querido com uma história legal, e mesmo sem querer a gente acaba pegando algo dele, levando um pouco do mundo conosco, mesmo que seja só uma vontade de jogar um sectumsempra nas pessoas que nos aborrecem. Na verdade, acho que todo bom livro e bom filme tem esse poder, de nos fazer levar um pouco daquele mundo conosco, mas isso já entra nas minhas teorias, e fica pra outra hora. Só posso dizer que mal posso esperar pra estréia do filme, onde estarei munida de lenços, pipoca e com uma camiseta vermelha com o brasão da Grifinória, porque eu e Matheus vamos pagar de cosplayer pra bater no peito e dizermos que temos o rugido do leão nos nossos corações. Ai, que gay isso.

Justificar

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Dias melhores.

Na última semana de férias Naná veio dormir aqui em casa para mais uma épica noitada de papos e risadas. Quando estava amanhecendo, nós duas esparramadas num colchão, cada uma mais descabelada e cheia de olheiras que a outra, começamos a filosofar. Pensamos que à partir da semana seguinte àquela hora da manhã nós estaríamos acordadas e nos preparando para ir pro colégio, e não nos preparando para finalmente dormir. E a gente concluiu que naquela noite a gente tinha se divertido a valer, lembrando de momentos divertidos, contando caso, fofocando muito e rindo a ponto de doer a barriga. Combinamos uma coisa: prometemos uma à outra que toda vez que o ano letivo estivesse nos esmagando, e estivessemos atoladas, com um milhão de coisas pra estudar e com a mão estourada de calos de tanto escrever, nós nos lembraríamos daquela noite que a gente virou de pernas pro ar, fazendo nada e não querendo fazer fofoca MAS. só para termos um pingo de esperança e estímulo para vencermos todas as batalhas do dia-a-dia escolar (ui, como eu fui profunda nessa) e aguardarmos com mais ansiedade as férias, e nunca, JAMAIS desejarmos que as férias acabassem. Depois nós levantamos, fomos para a cozinha e comemos muita coisa errada. Misturamos bolacha Bono com pão, gelatina e maçã, e fomos pro sofá assistir Tudo Acontece em Elizabethtown. É lógico que apagamos, é lógico que o dia que se sucedeu foi horrível, porque eu passei muito mal por causa das coisas que eu comi em exagero e pela falta de sono, e ela também.

E hoje, segunda-feira, estou no segundo dia da minha semana de provas bimestrais, tentando entender como vou fazer uma prova de História amanhã, cujo conteúdo é período Paleolítico até início de feudalismo; tentando entender como depois de amanhã vou conseguir fazer uma prova de Sociologia seguida da de Redação com os dedos doendo do jeito que estão, e como vou conseguir fazer o simulado de quinta, com a cabeça estressada e os dedos doendo, e a vontade de que isso acabe logo. Adivinhem o que eu lembrei?

* Pelo menos no sábado eu pude recuperar minha vida social, e como eu tinha prometido a vocês o vídeo em que eu estou dançando na cauda do cometa e não o postei aqui (porque não encontrei), vou colocar outro vídeo comprometedor em que eu apareço linda e magnífica cantando ópera. Cliquem aqui, eu sou a coisinha de blusa vermelha listrada.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Conflitos geográficos.

Nunca amei Geografia, mas nunca cheguei a desgostar totalmente. Na verdade, nunca cheguei a desgostar cem por cento de alguma matéria. Isso, é claro, até a cartografia e suas mazelas se adentrarem na minha vida sem aviso prévio. Até umas três semanas atrás, nem estava achando assim tão chato o assunto que estava estudando em Geografia, porque essas coisas de solstícios e equinócios interferem bastante na nossa vida, apesar de hoje a gente não ter mais referência alguma de estação. Até que um dia me surge meu professor me contanto sobre projeções de Mercator, Peters e entra em escalas e cores altimétricas e batimétricas e eu, de repente não mais que de repente, sou pega de assalto por um sono fora dos limites. Não só eu, mas toda a sala.

No primeiro dia, pensei que seria mais fácil me livrar daquilo, tirei meu HP da mochila e me pus a ler, toda feliz. Chegando em casa daria uma lida na apostila, e tudo ficaria bem. Não demorou muito pro professor chegar em mim e dizer que se eu não guardasse aquele livro, ele seria obrigado a confiscá-lo. Agradeci a oportunidade, e olhei ao meu redor: noventa e cinco por cento da sala dormia. Não gosto e nem consigo dormir em aulas, primeiro porque eu sou neurótica, e segundo porque acho uma falta de respeito com o professor, por pior que ele seja. Mas o geoprocessamento não me deixava alternativas, na verdade, meu próprio corpo me sabotou, e eu percebi isso quando acordei num pulo, sem entender o que estava acontecendo. O professor ainda falava pra ninguém, com sua cantada voz de locutor de rádio.

E desde então, venho entendendo melhor sobre narcolepsia. Esse é o efeito das aulas sobre mim. Um sono sem limites, uma falta de controle sobre minhas pálpebras. De dez em dez minutos me desperto num pulo, mas mal tenho tempo de me ajeitar na carteira, os olhos já vão fechando de novo, aquele sono bom, irresistível. Consigo até sonhar. A situação estava tão incontrolável, que nessas micro-semanas de feriados, depois de três dias de aula, os três com Geografia, pedi pelo amor de Deus para que minha mãe me deixasse matar uma delas, que era no primeiro horário. E vendo meu pai reclamar tanto de sua insônia, fico pensando se não lucraria bastante se resolvesse filmar as aulas e anunciá-las como a Fórmula Milagrosa Anti-Insônia, by "Bom dia, Meu Nome É PH, ltda".

domingo, 19 de abril de 2009

Querido qualquer coisa.

* Inspirado na música Who'd Known, da Lily Allen.

Era tarde, ele sabia. Despistar o porteiro fora fácil, disse que estava de hóspede na casa de um amigo, que tinha as chaves e que era tarde demais para interfonar. "Malas? Deixei na portaria de casa e meu amigo pegou-as mais cedo, estou sem carro, seu - olhou o crachá - Antônio." Chegou a porta e combinou consigo que bateria uma vez apenas, e marcaria 4 minutos no relógio. Se até lá não houvesse sinal, voltaria então para casa. Não demorou mais de dois minutos para ouvir seus passinhos assustados percorrerem o assoalho. Abriu a porta com cara assustada, queria saber se tinha acontecido algo, se ele estava ferido, bêbado ou se fora assaltado. Acalmou-a e se convidou a entrar. "Sabe, eu não queria ir para casa, e pensei que poderia vir pra cá, não sei bem por quê. Já estava dormindo? Não quero te incomodar, pode me deixar aqui nesta sala, eu passo a noite encarando seus discos de jazz." "Não seja bobo, esqueceu da minha permanente insônia? Só não repare nos meus trajes, por favor." Finalmente pôde notá-la: cabelos presos num coque mal feito, camiseta poída do Kurt Cobain, uma divertida calça cor-de-rosa claro e meias com desenhos de sapos alados.

"Vou pegar uma taça para você, eu estava tomando um vinho." Enquanto a esperava, tirou os sapatos e se sentou no chão, apoiando as costas no sofá. O apartamento dela tinha uma luz incrível, queria poder atingir uma assim em seu estúdio. Ela voltou, sentou-se a seu lado, pôs a garrafa na mesa e comentou que estava assistindo desenho animado. "Você não vai rir?" "Por que o faria?" "Não é estranho uma garota da minha idade ficar assistindo maratona dos Flintstones em plena madrugada de sábado?" "Bobinha." Por mais de uma hora ficaram em silêncio, quebrado apenas por ocasionais risadas diante das trapalhadas de Barney. Bebericavam seus vinhos sem muita vontade.

Olhou para o lado, e viu que ela cochilava. Sem pensar no que fazia, passou seu braço por detrás dela, puxando-a para si como se de repente o vento que entrava pela janela tornara-se frio. E aquela garota que sempre parecera assim tão forte e rígida, que escondia o rosto com as mãos ao dar uma risada e que ele vira chorar apenas uma vez, parecia-lhe agora tão frágil, com a expressão leve e a boca meio aberta. Contemplou sua... não sabia dizer o que os dois eram. Nunca entendeu o porquê daquele piercing no nariz, uma fina argolinha prateada. Combinava pouco com sua personalidade assim tão quieta e calma, com sua biblioteca, seu gato malhado, seus discos de jazz e o piano na sala de jantar. E ao mesmo tempo tinha tanto a ver com ela, a rebelde sem causa, a menininha de ouro da família em revolta. Sentiu uma súbita e intensa onda de afeto por ela percorrer-lhe todo o corpo, e tateando o chão, buscava suas mãos para que pudesse apertá-las contra as suas.

Ao fazê-lo, fez com que ela se despertasse, e seus pedidos de desculpa pouco tinham de sinceridade. Ela comentou que a julgar pelas estrelas, o domingo certamente seria de sol, eles poderiam fazer algo divertido. Ele sugeriu um passeio de bicicletas no parque, e lhe pareceu agradável e primaveril. Ele disse que eles poderiam ir depois do café da manhã na cafeteria da esquina, mas ele gostaria de passar em casa antes, para buscar sua câmera. Ela imaginou-o no parque, com suas bermudas de veraneio, assobiando como de costume e se metendo com as abelhas para fotografar uns girassóis. Tal pensamento fez com que um sorriso lhe brotasse nos lábios. Encarou o chão meio envergonhada, sem entender o que tudo aquilo era. Seu braço sobre seu ombro, os joelhos se roçando e as mãos que estavam apoiadas no chão usavam seus polegares para afagar a companheira. Não tinha ideia de onde isso estaria indo, mas se aquilo fosse um filme, ela não precisaria ser nenhuma cineasta para entender o que a cena pedia. Beijou-o, o seu querido fotógrafo, o seu querido qualquer coisa, e não se sentia mais sozinha.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Vou jogar a minha rede ao mar.

Dos acampamentos da minha vida, seja com escola ou com igreja, só me arrependi daqueles que não fui. Com minha eterna frescura, relevo ter que dividir banheiro com várias meninas, ser atazanada por mosquitos em tempo integral e ficar com o cabelo de todas as maneiras menos na qual ele deveria estar; porque vale muito a pena.


Depois de muito choro e vela (?) em casa, consegui que meus pais me liberassem dos compromissos familiares feriadais para passar ao menos o fim de semana no acampamento. Fiquei só sábado e domingo, e mesmo assim foi bem especial. É impagável todo o tempo que eu passo com meus amigos, seja na grama conversando besteira e sendo devorada viva pelos mosquitos, ouvindo o pessoal tocar a mesma música 6741 vezes, tentando me enfiar numa meia calça num quarto em que o chão foi ocupado por colchões infláveis como se fosse um tatame, acordando com a ópera rouca de Bruna ou com a Briza pulando em cima de mim. Isso sem mencionar os incríveis hits cuja letra é apenas um nome e feita em todos os ritmos: academia, heavy metal, reggea, meninas super poderosas, tanto, etc; o forró que foi o hit sensação com coreografias de quadrilha e mestre de cerimônias divertidíssimo e eu dançando desengonçada, morrendo de vergonha, aos berros: "Tony, Rafael, é sério, EU NÃO SEI DANÇAR!!!". Sem mencionar os momentos especiais que tive com Deus, e as palavras ministradas que falaram muito comigo, justamente sobre amizade, o que me fez abrir os olhos e ver o tesouro enorme que eu carrego. Tanta gente que nunca teve com quem contar de verdade, que ainda sofre com falsos amigos, aqueles que como frisou Heitor várias vezes, não são amigos do peito.


E pra fechar, uma observação que não pode ser deixada de lado: fim de noite, todo mundo já de moletom e chinelo, super no clima acampamento bem cenário de música do Legião, tomando caldo com bolachinha cream cracker (?), lá estava eu rompendo todas as tradições e me enchendo de Fandangos de queijo, daqueles bem de queijo mesmo, que deixam a mão cheirando por dias (não) igual o cheirinho de grama molhada e risadas vai ficar grudado muito tempo.

* A qualidade das fotos ficou ruinzinha, o blogspot sempre as deixa muito zoadas. Na primeira foto, sou a de vestido vermelho listrado e nas outras o ser de óculos Willy Wonka e blusa amarela. :)

segunda-feira, 13 de abril de 2009

"A vida é um garçom...

... você vai pedindo, pedindo, pedindo e se lambuzando, mas uma hora ele volta com a conta." Sábias palavras de meu tio Olavo num churrasco desses dias feriadais. Filosofia de boteco rula, sério. Hoje eu parei para aplicá-la na minha vida, e vi que faz um super sentido, tanto sentido que meu sono atrasado me obriga a postar isso aqui, por mais que eu odeie frases feitas, metáforas, trechos do Paulo Coelho e o que mais vier. Mentira, eu até curto o Paulo Coelho.

Comecemos com domingo passado, quando eu acordei relativamente cedo e fui dormir bem tarde. BBB destrói minha vida, mesmo, porque eu fico acordada até tarde assistindo e ainda invento de ler depois. Aí segunda tive que acordar cedo pra escola, e dormir tarde de novo, porque resolvi começar a ler "Harry Potter, e o Príncipe Mestiço", (e sorte que HP é uma leitura super dinâmica, ninguém fica mais de uma semana lendo, por outro lado, a gente deixa de dormir, prestar atenção na aula e blablabla) e adicione muitos acordei cedo e dormi muito tarde, seja por BBB ou por HP, ou pelos dois.

Na quarta, fiz planos para depois da aula dormir o dia inteiro e tirar o atraso, porque não tinha condição: eu sou muito neurótica pra conseguir dormir numa aula, muito neurótica MESMO, e eu me peguei na aula de FÍ-SI-CA, em frente ao professor, aos cochilos!! Só que os planos de sono all day long na quarta foram pro beleléu, já que eu tive que ir pra casa da Naná ver um filme para um trabalho de Filosofia. E no feriado? Se tem uma coisa que eu não fiz foi descansar. Na quinta, meus primos bebês chegaram e foi um dia cheio de correria, pique-esconde, aventuras do Batman e tudo mais (é muito ótimo brincar de Batman, sério). Fui assistir "Ele Não Está Tão Afim de Você" e adorei, e no sábado fui direto pro acampamento da minha igreja, passar o fim de semana meio atrasada por causa dos primos, mas ainda assim, aproveitei demais, fiz muita bagunça, tive momentos mega felizes, que acho que merecem um post.

E eu, que pensava que ia voltar do feriado super descansada e sem olheiras, depois dos dez horários de aula do dia de hoje, venho lhes dizer que de bom grado vou despensar CQC e qualquer outra coisa depois das dez da noite. Por mais que meu garçom tenha chegado com uma conta bem gorda (quase literalmente), estou com aquela deliciosa sensação de quem sai do Outback depois de tudo que tem direito (acho que é a melhor sensação de saciedade que eu consigo descrever, e olha que nem é meu restaurante preferido).

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Now playing: The Subways - Little Rock'n'Roll Queen
via FoxyTunes

quarta-feira, 8 de abril de 2009

BBB, é.

Todo ano é a mesma ladainha, juro que não assistirei Big Brother, não sei pra quê, afinal lá estou eu fazendo torcida, falando mal, adicionando os blogs relacionados aos meus feeds e dá-se a desgraça. Concordo que não acrescenta em nada, que é pura manipulação de Bonifácio e que eu poderia estar fazendo coisas melhores com meu tempo. Whatever, adoro. Não sei como a grande maioria das pessoas diz que esta edição fora a mais chata, porque pra mim não teve melhor. A produção da Globo escolheu o pessoal a dedo, só entrou gente polêmica, e os mosca-morta foram poucos e eliminados logo. De cara tomei partido do Lado B, e comecei a torcer pelo Max.

O que mais me irritou com o decorrer do programa, foi que todo mundo resolveu implicar com Max por sua postura assumida de jogador, defendendo as autênticas atitudes emocionais baseadas nos elementares princípios do lado coração da força. Na boa? Bando de fingido. Sinceramente, eu não acredito que uma pessoa possa "ser ela mesma" diante de câmeras 24hrs por dia quando se tem um milhão de reais em jogo. Jogar todo mundo joga, ainda que de forma inconsciente. Portanto, não suporto a turminha que vem dizer que não está ali para jogar, que está ali pra conquistar o Brasil com seu jeitinho fofolete. Conquistar o Brasil my ass, criança não quer roupinha, criança quer GRANA! /pastor Cerafim mode off. Se quer que todo mundo veja como você é bonitinho, crie um canal no Youtube e grave meia hora de sua so-called life que funciona melhor.

Amava o Max desde o começo, até o final. Ele enfiou o pé na jaca várias vezes, me irritava muito com sua pose de portador de cérebro pensante e quando mostrava aquelas malditas tatuagens e batia no peito, tipo dizendo 'eu sou o cara', porque é óbvio que ele estava pensando isso. Amava a Pri, desde o meio, até o final. Como diz a mãe de Matheus, dona Guta, eita cachorra que deu certo! Ela tem todo o esteriótipo de silicone no lugar do cérebro, mas como disse o Bial em uma entrevista, ela é espirituosa e inteligente sem ver. Sem falar que ela é super divertida, com suas tiradas pervertidas a todo instante. Amava o Flávio desde o começo, até o meio. Até ele enfiar o pé na jaca e se tornar o ser mais fofoqueiro e insuportável da face da Terra, aliado, é claro, a Josi e sua cara de hamster. Eita dupla intragável, acho que prefiro a Ana e a véia louca aos dois, na boa.

Já a Ana eu nunca suportei. Ela não é má pessoa, mas é insuportável. Criança, mimada, bicuda com a voz mais irritante da face da Terra. Se estivesse lá, teria sido expulsa pois teria pendurado nos cabelos dela, e mandado a menina virar gente, ô se teria! Juntando com a véia louca e fofoqueira, imaginem a desgraça colossal que deu, e ainda tinha gente amando a neo-Chapéuzinho Vermelho. Se bem que depois que a véia saiu, a Ana melhorou bastante, mas ainda assim continuou insuportável. É óbvio que todo mundo votava nela, deveria ser um inferno aquela casa com aquela criança fazendo birra por tudo. A Maíra (aka Chantelle) eu também impliquei desde o começo, quando ainda na casa de vidro, disse que era doidinha de bom coração. Ai, mas aquela cara de santa do pau oco e voz de psicóloga quase me levavam ao derrame de tanta raiva. Primeiro ficava toda saliente dançando embaixo do chuveiro, depois chegava no confessionário dizendo que era moxinha de família, que tinha filho pequeno e exigia respeito. E aí um dia depois de ela sair da casa, vaza o vídeo dela fazendo todos sabem o quê. HÁ!

Gostei da final, totalmente Lado B, como deveria ser. Achei ótimo a Fran dizendo que de bom do BBB ela levou o Benhê, mesmo achando o rolinho deles frio demais pro meu gosto. E por incrença que parível, acho que o Max era quem gostava mais. Francine arrastava mó asa pra ele, e postava declarações de amor pro Baby Coelhinho no blog, ficou toda mexida com a carta dele, sem falar que Max não podia encostar nela. Fiquei sorrindo de orelha a orelha com a vitória do Max, atoron quem não se importa de vestir a camisa de vilão-jogador de BBB, e não ficaria triste se a Pri tivesse ganho, porque ela também, das quengas do BBB, é a que vai ficar pra história. Agora só nos resta esperar por 2010 para nos rendermos mais uma vez a essa imersão direta na vida alheia, hahaha, bbbeijos especiais pra Moon, que foi minha companheirinha de twittadas bbbísticas :D

domingo, 5 de abril de 2009

Dance like Mia Wallace!

Quem me segue no Twitter deve estar sabendo que há dias venho me preparando para uma festa de uma amiga que dizem ser a festa do ano desde o ano passado. Aquele esquema meio selvagem Super Sweet Sixteen de pessoas se matando por um convite, armando super estratégias James Bond e tudo mais. A super-duper-power-master-blaster-fucking-awesome-hundred-billion-dolars-party foi ontem, e a pessoa que vos fala agora é somente farrapos de ser humano, devido aos embalos do sábado a noite.

Eu não costumo dançar nas festas em que vou, porque sou uma chata de galocha e nunca gosto das músicas. O que impera por aqui é o funk, o axé e a Rihanna, três coisas que eu não suporto mesmo. O máximo de coisa legal que rola são três músicas flash-back que só tocam quando eu estou indo embora, pois sou mocinha de família e meu horário limite é três e meia e olhe lá. Ontem eu sapi da festa querendo abraçar o DJ. Ele era muito ótimo, tocou só músicas que eu gosto, coisa das antigas mesmo, e o momento das poposudas perderem a linha daquele jeito durou no máximo umas 6 músicas, tempo suficiente para eu poder respirar, atacar a tia-vestida-de-cassino que carregava mil balas, marshmellows e amanditas felizes. Tipo que pra quem só dança sozinha, lavando louça ou pelos corredores da casa, ouvir meus róques favoritos e poder fazer a Mia Wallace foi a coisa mais legal do mundo.

Depois disso, eu concluí que dançar twister/twist numa pista de dança lotada é a coisa mais legal do mundo, que eu queria muito ter vivido em Liverpool na época dos shows do Cavern Club, e que chega um ponto em que a gente esquece que salto alto é uma coisa cruel e dolorida, porque nós não sentimos mais nossos próprios pés. Quando começou a tocar Broto Legal, que eu inclusive já tinha apresentado no sapateado, foi certamente o ápice da festapra mim, mas creio que para o pessoal ainda não bateu a animação do pout-pourri de It's Raining Men/Macho-Man/YMCA/Twist and Shout/I Feel Good.

Agora preciso abrir um parênteses. Eu era uma Mia Wallace*, e tinha um Vincent Vega na pista. Ele era um garoto fofo, que dançava super bem MESMO, tipo pé de valsa for true. Fiquei muito de cara, ele sabia fazer vários passos mega legais e diferentes, bem John Travolta. Nem preciso dizer que babei litros e oceanos, porque depois da minha queda por músicos, vem minha queda por caras que dançam bem (não me refiro aos dançarinos da Madonna/Britney Spears/Bonde do Tigrão). Ficamos um tempo na mesma rodinha, ele que puxava os passos de todo mundo e roubou todas as atenções.

Enquanto todas as meninas logo no começo da festa perderam a dignidade e arrancaram o sapato, eu fiz pose de lady até o último segundo, me rendendo aos pés descalços somente depois que eu já estava na recepção da festa esperando pelo meu pai, que não dispensou o soslaio do desprezo ao ver sua meninha entrando no carro com as pernas bambas e sandálias na mão.

* Pra quem não conhece, ou pra quem ainda não viu, fica aqui uma das melhores cenas de um dos melhores filmes do mundo! :)
** Gente, post passado todo mundo pensou que eu fosse o Benjamin Button porque lembrava do Balão Mágico! Eles não são da minha época, óbvio, sou da era Xuxa, Angélica e Eliana, mas acho que não tem uma pessoa no mundo que nunca tenha visto o programa na Globo, quando eles reprisavam na semana da criança.