Esse foi o discurso que eu fiz para falar ontem, na festa dela. Eu embeeshay na última hora, achei que não estava bom e resolvi improvisar. Na hora que segurei o microfone as lágrimas já estavam penduradas e eu só disse aquilo que lembrei do discurso, antes de começar a bater palminhas e ir abraçá-la. Na verdade, acho que o que eu mais fiz ontem foi chorar, estava tão derretida. E rir, meu Deus, como eu ri. Acho que eu nunca sou tão feliz como quando eu estou com todos os meus amigos reunidos envolta de uma mesa, comendo, falando bobagem, inventando histórias e começando a cantar do nada, fazendo o salão inteiro olhar para aquelas três mesas juntas, um protótipo de boteco até num jantar chique. Ah, mas ontem foi um dia tão bom que precisará de muitos e muitos posts até que eu conte tudo (e também quero postar as fotos que fizeram os fotógrafos se descabelarem), como o Alfabeto Harry Potter, o caso do whisky de fogo e muitas outras coisas. Só fico com raiva porque terei que entrar no pc essa semana bem correndinho, meu simulado já é no próximo sábado, e as provas começam ia 07. Estudar, né Brasil?
domingo, 28 de junho de 2009
Chata.
Esse foi o discurso que eu fiz para falar ontem, na festa dela. Eu embeeshay na última hora, achei que não estava bom e resolvi improvisar. Na hora que segurei o microfone as lágrimas já estavam penduradas e eu só disse aquilo que lembrei do discurso, antes de começar a bater palminhas e ir abraçá-la. Na verdade, acho que o que eu mais fiz ontem foi chorar, estava tão derretida. E rir, meu Deus, como eu ri. Acho que eu nunca sou tão feliz como quando eu estou com todos os meus amigos reunidos envolta de uma mesa, comendo, falando bobagem, inventando histórias e começando a cantar do nada, fazendo o salão inteiro olhar para aquelas três mesas juntas, um protótipo de boteco até num jantar chique. Ah, mas ontem foi um dia tão bom que precisará de muitos e muitos posts até que eu conte tudo (e também quero postar as fotos que fizeram os fotógrafos se descabelarem), como o Alfabeto Harry Potter, o caso do whisky de fogo e muitas outras coisas. Só fico com raiva porque terei que entrar no pc essa semana bem correndinho, meu simulado já é no próximo sábado, e as provas começam ia 07. Estudar, né Brasil?
quinta-feira, 25 de junho de 2009
O dia em que Michael Jackson morreu. Ou não.
Eu tenho vagas lembranças do dia em que a Lady Di morreu, não me lembro porquê. Sei que estava na casa da minha avó, e ela chegou pra mim dizendo que a princesa havia morrido. Eu, super na fase de amar princesas, achava Diana a coisa mais próxima de uma Bela Adormecida, e com três anos de idade eu me senti estranha sobre ela ter adormecido pra sempre. Lembro também quando o Leando, do Leandro e Leonardo morreu. Culpa da minha bisavó, ela amava aquela dupla (não me perguntem). Mas o dia que a Dercy morreu, esse eu me lembro demais! Estava em casa, feliz, quando Pedro entra correndo quase verde. "Você não sabe quem morreu, acabou de dar na tv!" "Não me diz que é o Paul, pelo amor de Deus! Nem a Amy, nem o Ringo, nem o Julian, nem o Chico, nem a Britney!" "Pior, é a Dercy" Daí foi o caos. Mentira, não foi, mas sabe, Dercy é o tipo de pessoa que a gente pensa que nunca vai morrer. Tipo a Hebe, o Sílvio Santos, e o Michael Jackson.
Não é que isso tudo vai fazer uma grande diferença na minha vida, até porque nunca fui fã de Jacko, nem da música nem da pessoa. Foi Rei do Pop sim, e todos os meus moonwalks no corredor de casa eu devo à ele, mas não deixa de ser algo histórico que abala o mundo. Quando for contar pros meus filhos, direi que estava no telefone com Naná, quando muito malandra fui atualizar o Twitter, e aí vi aquele desespero. Eu vivi o momento, saca? Ryan Seacrest dizendo que ainda estava procurando fontes confiáveis, CNN mais pra lá do que pra cá, Ashton Kutcher não acreditando, Lily Allen e Katy Perry estupefatas, Miley Cyrus (who?) fazendo a comovida. e eu e Naná lá no meio, nos sentindo parte de um grande momento histórico. Na verdade, isso daria é uma boa história sobre a revolução do Twitter, mas isso é caso pra outro post, já que rapidez dos dias de hoje me impressionou for real, o corpo de MJ nem tinha esfriado, e olha o site que já tinham criado: http://ismichaeljacksonalive.com E fazendo minhas as palavras da Lui-za bizarro mesmo seria se ele tivesse morrido de gripe suína!
segunda-feira, 22 de junho de 2009
O desencantar do encanto.
Enquanto discutia isso com minhas amigas, Luiza fez a pergunta crucial: "Mas Anna, se o negócio rolar, você quer mesmo?" Antes de dar a resposta óbvia, discorri em um segundo sobre todas as qualidades dele: lindo (sério?), estilosinho, sorriso perfeito, muito engraçado, inteligente-manjador-das-exatas (preciso dizer que tenho um tombo por caras inteligentes-manjadores-das-exatas?) e ainda queria prestar pra alguma Engenharia. E em um quarto de segundo pensei sobre seus defeitos: pegador e bem galinha. Ok, mais alguns segundos para discorrer acerca deste detalhe.
Tá que a chance de alguma coisa realmente acontecer era pífia, mas ainda assim, eu não queria me meter com nenhum garoto garanhão, porque eu odeio garanhões. Acho que por isso que vai ser difícil pra mim arrumar um namorado, porque apesar da minha lista de exigências ser aparentemente grande, o que eu mais prezo é se o cara é bom moço. Por bom moço vocês entendam, desses que não rodam a língua dentro da boca de uma menina que eles mal conhecem direito em uma festa, ou barzinho, ou qualquer lugar. Acho que cada um é muito cada um, mas eu não concordo com a filosofia das ficadas, sei lá, acho que eu sou romântica demais e ainda acredito que mesmo que só uns beijinhos envolvem muito mais coisa do que só a fome a vontade de comer. Não torçam o nariz, porque na real é assim mesmo.
Ele pode ter o sorriso mais incrível que eu já pude perceber (e se sair um texto legal, eu ainda posto uma última aventura sobre ele e seu sorriso), mas ah, sou muito mais os caras quietinhos, os menininhos criados com vó, os bons moços. Na verdade, sou mais mesmo é esperar pra ver o que Deus tem guardado pra mim. E sobre o Lindo? Ah, olhar nunca arrancou pedaço, né?
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Ah, essas festas juninas...sempre de brimks.
Na primeira olhada sugestiva de Naná para mim eu já falei: "Não, definitivamente não", mas ela ignorou a história, chamou a Sofia e toda a patota e eles, alheios à mim começaram a refletir sobre o que eu deveria escrever no bilhetinho que mandaria pro Lindo. Eles tanto falaram, tanto insistiram que eu acabei por aceitar. Ok, eu ia mandar um bilhete anônimo pro Lindo. Só precisava saber o conteúdo deste. Eu já estava aceitando aquela breguice toda, precisava escrever algo minimamente inteligente. Letras de música, trechos de livro e toda a coisa açucarada que alimenta os romances estavam fora de cogitação. Eu não gosto do garoto. Só acho ele LIIIINDO, e ele me deixa estranhamente deslumbrada e hiperventilando toda vez que se aproxima e isso me faz quase que seguí-lo por toda a escola. Eu disse quase. E eu pensei que não dava pra escrever isso, o cara ia fazer o Tarso e sair gritando que o mundo estava seguindo ele.
Pensei até a hora do recreio e a idéia que eu tive não foi das melhores, mas foi a coisa menos Hilary Duff que eu pude imaginar. Comprei o papelzinho e escrevi: "Sei que essas coisas só funcionam nos filmes, mas não custa tentar." Assinei com um A. e deixei o resto na mão de Deus. Pedi pra Luiza entregar pro garoto que estava distribuindo os bilhetes, porque sei que eles são fofoqueiros e dedariam na hora que fui eu quem havia mandado. Luiza ainda estava perto quando o garoto entregou pra ele, que logo perguntou pra Luiza se aquilo era dela pra ele. Ela disse que era de uma amiga dela, e saiu correndo ao meu encontro, correndo e batendo palmas, dizendo que o mal feito já estava feito.
Eu não estava esperando que isso iniciaria um tórrido affair hollywoodiano, ou então que ele ia ficar muito louco de curiosidade para saber quem era a tal A. e cercaria a Luiza na esquina, forçando-a a se não contar de uma vez quem era a misteriosa amiga, pelo menos oferecer um vínculo de comunicação entre ele e a tal (no caso, eu). Depois que fiz a mini-loucura, só pensava com os meus botões se ele teria dado um sorriso daqueles pro meu bilhetinho idiota.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
O Lindo.
Depois dessa primeira vista, eu nunca mais o vi. Tão nunca mais que nem me lembrava mais dele, pra mim ele tinha caído no buraco e ponto final. Até que um dia eu o vi de novo, estava bem frio, eu estava saindo da cantina e ele estava lá parado, feito um totem (não). De gorro, um moletom super legal e as bochechas mais rosadinhas ainda, queimadas pelo frio. Não sei o que ele estava fazendo parado lá com os braços cruzados, só sei que eu passei perto dele e quase seria uma cena de filme se não estivesse ventando tanto, porque vocês sabem, essa coisa de cabelos ao vento ser sensual e charmosinho acontece SÓ nos filmes. Olhei pra Naná. "Meu Deus, quem é esse?" Até então ele não era o Lindo.
Uma ou duas semanas se passaram sem que eu o visse, mas ainda não tinha recolocado o garoto no buraco onde antes ele estava. Aí ele aparece de novo, na cantina de novo, dessa vez eu saindo da fila e ele lá no fim dela. Eu só olhava, olhava pra Naná e pensava comigo: meu Deus, ele é lindo. E o sorriso? Ah, mas ele tem um sorriso tão bonito
Luiza e Lud, minhas amigas que o conhecem, me relataram que ele é bem tímido e normalmente passa os recreios na sala. Pronto, o menino é lindo, se veste bem, tem um sorriso maravilhoso e não é desses popularzinhos que desfilam na hora do recreio, quer mais? O problema disso é que é bem difícil localizá-lo, e quando eu o vejo, eu nunca estou esperando por isso. Tanto que chego a cruzar com o menino sem que eu perceba. Um dia isso aconteceu, e eu sou tão cara de pau, mas tão cara de pau, que dei a volta correndo por fora do pátio, só para passar pelo corredor que ele estava andando e cruzar com ele novamente. 11 anos, oi! Foi nesse dia que surgiu o apelido super criativo para ele, Lindo. Eu só corria feito doida pelo pátio, puxando a Sofia pela mão e quase gritando que a gente precisava localizar o Lindo. 10 anos, oi!
Terça-feira foi um dia só de palestras na escola, e antes da abertura aquele colégio estava uma zona. Eu estava num canto conversando com algumas amigas, esperando um espaço andável no pátio, muito feliz, quando minha amiga: "Anna, Anna, Anna, olha quem tá ali atrás!" Nós estávamos na frente de um stand, e adivinha quem estava dentro dele? O Lindo, lindo, com um suéter mostarda, desenhando alguns cartazes. Ouuuun, ele também é talentoso! Alguns minutos depois ele saiu do stand e esbarrou em mim, eu nem reparei, já que estava hiperventilando. Quando ele volta pro stand, dá de novo uma super topada em mim que me obriga a fingir surpresa. Ele abre o seu sorriso perfeito: "Desculpa!" e eu sei que não queria ver minha cara de boba na hora.
(Continua)
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Feriado, amigos loucos e contagem regressiva.
* Quinta-feira a noite chamei meus amigos para virem aqui em casa ver filminho. Como sei que fazemos bagunça demais pra ver um filme "sério", resolvi alugar Crepúsculo para que ficássemos falando mal e rindo muito. Dito e feito. Como destilamos nosso veneno em cima do filme, quase deu dó. Da primeira vez que eu vi, achei bem ruim, e nessa segunda, analisando mais friamente, vi como é uma aula de má atuação, má direção, má produção e maus efeitos especiais.
* Falo bastante aqui dos meus melhores amigos, Naná e Matheus. Quando eu digo que eles são loucos, vocês por favor levem isso a sério. O prazer da vida de Naná é irritar Matheus, e quem está a sua volta, e ela se empenha muito pra isso. Na quinta ela estava im-pos-sível, já chegou dizendo que a roupa do Matheus era feia, que a camiseta dele era horrível e que ela não gostava dele. E mandou algumas mensagens de texto dizendo isso, e ficou ligando pra ele muitas e muitas vezes, sendo que ele estava sentado ao seu lado. Quando tá um brigando com o outro, tá tudo bem. O ruim é quando aquelas duas pestes branquelas se juntam contra mim, pode? Dizem que eu não dou atenção pra eles, que eles mudam de pai todo dia (não entendam) e que eu não levo Harry Potter a sério. Eles me enlouquecem, mas ao mesmo tempo fazem eu ter ataques histéricos de riso, desses de não conseguir respirar, da barriga doer, e de perder o controle sobre as pernas.
* Dormi muito, muito mesmo. Eu aproveitei esses dias pra fazer uma sonoterapia, dormi quase 12 horas toda noite, e sempre que podia dar aquela esticadinha esperta durante a tarde, o fazia. Tem coisa melhor que dormir? Tudo bem que eu ia dormir com as corujas, aproveitei pra ver muitos filmes, ler bastante, navegar muito por esses internétes e encher meu Twitter com coisas inúteis.
* Sábado fui passar o dia com amigos na casa do Lucas, e foi bem legal também. Fofoquei bastante, joguei Guitar Hero e viciei a Isa na coisa, joguei Stop! e humilhei muito
* Estão achando que esse blog virou feira, não devia ter banalizado. Meus amigos amam me pedir para postar as coisas e super fazem exigências como se fossem os donos do pedaço e eu estou ficando irada com isso. Brincadeirinha, mas eu só quero dizer que ultimamente tenho tido umas idéias divertidas para post, menos melosas (eu prometo), só estou esperando eu ter (mais) um tempinho extra para poder pelo menos começar a escrever algumas. O plano era resolver isso nesse feriado, mas as farras da night me consumiram.
* Pra terminar esse post estilo Diário de Daniela, só me resta dizer, com muita alegria no coração, que nós já podemos começar a entoar os cânticos sagrados (Hogwarts Hogwarts Hoggy Warty Hogwarts...) porque... tipo assim... FALTA SÓ UM MÊS, CARAMBA!
sexta-feira, 12 de junho de 2009
O amor que choveu.
terça-feira, 9 de junho de 2009
We'll always have Paris.
Passamos anos sem nos ver. Reencontrei-o num posto de beira de estrada, ele comprava chicletes de menta, e eu, chocolate. Cumprimentamo-nos cordialmente, mas logo aquela civilidade disfarçada dera lugar, novamente, ao amor de adolescência. Sentei-me ao seu lado e, imediatamente, esqueci que essa demasiada demora no posto poderia fazer-me dirigir quando já fosse noite, mas isso não importava. Ele chamou a atendente, e disse: “Quero dois guaranás e um beijo dela”. Em seguida fechei os olhos, esquecendo além da estrada escura, o namorado que me aguardava
O relacionamento que começamos, novamente, fora catastrófico. Afastamos-nos. Em um intervalo de dois anos, tivemos muitos reencontros, que resultaram em grandes desastres emocionais, e uma imensa carga de remorso e mágoa. Voltava para Hélio sempre que terminava com ele, e ao lado do primeiro, tudo dava certo. Eu o amava muito, não com aquele louco sentimento que nutria por Marco, mas era algo suave, confortável e indolor. Hélio parecia compreender o que se passava entre mim e Marco e era bastante paciente nas minhas recaídas, parecia sempre ter certeza de que no fim eu sempre voltava. E era verdade.
Resolvemos tentar, eu e Marco, fazer dar certo uma última vez. Não me surpreendi quando, semanas depois, trocávamos desaforos com agressividade, muito distantes daquela ternura que nos unira desde o princípio. Até que um dia, sem aviso prévio, ele me ligou dizendo que iria sair do país, ia estudar e que não queria mais me ver. Nossa história era muito bonita, e mais tentativas frustradas de relacionamento acabariam por fazer ruir o alicerce que ainda nos unia. Tínhamos um bonito romance longe um do outro, e isso era mais que suficiente. Ele tinha outra pessoa, eu sabia, alguém que, como Hélio a mim, fazia a ele muito bem e ele não estava disposto a arriscar este outro amor.
Marco não havia chegado quando entrei no restaurante. Pedi ao garçom uma água com gás, e me permiti derramar algumas lágrimas antecipadamente, pois sei que meu orgulho não me permitiria fazê-lo na frente dele. Contemplei o anel em meu dedo anelar direito, dado por Hélio; eu o amava muito, não tinha dúvidas disso, e, quando aceitei seu pedido de casamento, não foi por não ter coragem de dizer-lhe não, ou uma tentativa desesperada de ser feliz. Disse aquele “sim” sussurrado, enquanto o ritmo da minha respiração acelerava terrivelmente, porque realmente queria mais do que tudo na vida, ser sua mulher, casar no campo, ir ao cinema todo domingo e ter um jardim de margaridas no quintal. Teríamos filhos que herdariam seus olhos amendoados e meus cachos, Hélio os levaria em jogos de futebol e eu os ensinaria a tocar piano; era esse o futuro que eu via - e ansiava - para nós.
Ele finalmente apareceu, disse que, éramos e não éramos perfeitos um para o outro. Só o seríamos para sempre enquanto estivéssemos longe um do outro. Beijou-me demorada e intensamente, e não posso dizer por quanto tempo ficamos os dois com as mãos muito juntas, o coração espremido, olhos fechados e testas encostadas. Ele levantou-se, deu-me um beijo na testa antes de finalmente sair por aquela porta, e então desaparecer.
domingo, 7 de junho de 2009
Forrest Gump
Com a confiança no que sua sábia mãe dizia (Idiota é quem faz idiotice) e sem esquecer a recomendação de sua amiga e grande amor de infância e vida inteira (run, Forrest, run!), Forrest sai de casa e vai lutar no Vietnã, e a partir daí, começa, sem querer, a fazer parte dos grandes acontecimentos da história dos Estados Unidos. Em sua caminhada pela vida, Forrest topa com Elvis antes do sucesso, vários presidentes, John Lennon, entre muitos. A grande sacada genial do roteiro é que ele foi tão bem escrito, mas tão bem escrito que conseguiu fazer coesa e progressiva uma história grande, com muitos acontecimentos, que conta a história de um homem e ao mesmo tempo dos Estados Unidos. Tudo isso sem perder o link entre uma coisa e outra, nem o foco no principal, que é Forrest no fim das contas.
O elenco manda muito bem nas atuações. Tom Hanks dá um show e consegue ser sensível, sério e divertido ao mesmo tempo. Outro que chama atenção é o cara que faz o capitão de Forrest no Vietnã, que pra mim, protagoniza uma das sequências mais fortes de todo o filme. Sally Field no papel da mãe de Forrest está muito boa, sempre gostei muito dela.
Eu ia comentar da direção, mas o que mais me chamou atenção depois do roteiro, foi a trilha sonora. Com muitos, muitos, muitos clássicos mesmo como Elvis, Lynard Skynard, Joan Baez e Jefferson Airplane, a trilha vai progressivamente evoluindo junto com Forrest, os grandes momentos históricos que ele vive e um pouco da história da música e dos grandes movimentos, como o festival de Woodstock. Uma das cenas que eu mais gostei, é a que toca Free Bird e que há muito tempo não vejo uma cena tão forte que sirva como uma mensagem anti-drogas diretíssima e ao mesmo tempo sem dizer frase alguma.
quarta-feira, 3 de junho de 2009
É porque tá frio.
Já havia chegado em casa há umas duas horas e quando tirei os fones de ouvido, escutei risadas vindas lá de baixo. Fui até a sacada carregando o edredom no qual eu estava enrolada comigo, e vi os três brincando de novo. Haviam trocado de roupa. Estavam com roupas de inverno e dois usavam gorrinhos do Mickey. Nenhum deles tinha mais de um metro e trinta de altura. Bonecos de super-heróis estavam jogados no chão, mas eles corriam em círculos e de repente paravam e sopravam o ar, rindo da fumaça saindo de suas bocas. Ignorei os gritos de mamãe, já prevendo uma pneumonia que eu poderia pegar. Me enrolei mais ainda no edredom, e soprei o ar. Uma bolinha de ar branco saiu de minha boca. Sorri, porque não é todo dia que essas coisas tão cinematográficas acontecem conosco. E lá embaixo, as crianças continuavam sorrindo, e brincando e disputando pra ver quem seria o "Homem do Gelo", porque nesse momento, nenhum super-herói parecia tão legal.