Já tinha escurecido quando cheguei da escola segunda feira, direto da minha amada aula da tarde. Eu estava congelando, não tinha obedecido minha mãe que me recomendou vestir duas blusas de frio, a preguiça não deixou. Subi os degraus de entrada do prédio e no jardim, brincavam três crianças. Eles ainda vestiam os uniformes da escola, com blusas de frio enormes e muito grossas. As pastas estavam jogadas num canto, e uma moça vestida de branco - a babá, suponho - bordava sentada no banco. Eu passei por eles, e gritei que eles iam ter dor de ouvido e eles riram. Abriram a boca e soltaram ar, que saiu branquinho igual nos filmes. Eles riram mais ainda.
Já havia chegado em casa há umas duas horas e quando tirei os fones de ouvido, escutei risadas vindas lá de baixo. Fui até a sacada carregando o edredom no qual eu estava enrolada comigo, e vi os três brincando de novo. Haviam trocado de roupa. Estavam com roupas de inverno e dois usavam gorrinhos do Mickey. Nenhum deles tinha mais de um metro e trinta de altura. Bonecos de super-heróis estavam jogados no chão, mas eles corriam em círculos e de repente paravam e sopravam o ar, rindo da fumaça saindo de suas bocas. Ignorei os gritos de mamãe, já prevendo uma pneumonia que eu poderia pegar. Me enrolei mais ainda no edredom, e soprei o ar. Uma bolinha de ar branco saiu de minha boca. Sorri, porque não é todo dia que essas coisas tão cinematográficas acontecem conosco. E lá embaixo, as crianças continuavam sorrindo, e brincando e disputando pra ver quem seria o "Homem do Gelo", porque nesse momento, nenhum super-herói parecia tão legal.
Já havia chegado em casa há umas duas horas e quando tirei os fones de ouvido, escutei risadas vindas lá de baixo. Fui até a sacada carregando o edredom no qual eu estava enrolada comigo, e vi os três brincando de novo. Haviam trocado de roupa. Estavam com roupas de inverno e dois usavam gorrinhos do Mickey. Nenhum deles tinha mais de um metro e trinta de altura. Bonecos de super-heróis estavam jogados no chão, mas eles corriam em círculos e de repente paravam e sopravam o ar, rindo da fumaça saindo de suas bocas. Ignorei os gritos de mamãe, já prevendo uma pneumonia que eu poderia pegar. Me enrolei mais ainda no edredom, e soprei o ar. Uma bolinha de ar branco saiu de minha boca. Sorri, porque não é todo dia que essas coisas tão cinematográficas acontecem conosco. E lá embaixo, as crianças continuavam sorrindo, e brincando e disputando pra ver quem seria o "Homem do Gelo", porque nesse momento, nenhum super-herói parecia tão legal.
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