sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Amor platônico nº13

Para ler ouvindo:


Encontrei no Tinder uma paixão platônica da (pré?) adolescência. Ele tinha 17 anos, barba, cara de bobo, óculos de aro grosso, tocava baixo e usava tênis de skate. E eu, aos 13, já tinha um tipo. 

No último dia de aula dele resolvi fazer algo a respeito: durante a minha aula de educação física, antes do recreio, fui até a mesa em que ele sentava com os amigos todos os dias durante o intervalo e escrevi com corretivo: FULANO, CASA COMIGO?

Eu e minha melhor amiga ficamos atrás de uma árvore observando a repercussão da minha travessura: ele morreu de vergonha, ficou rindo sem graça (fofo!), e provavelmente foi zoado pelos amigos até o fim do dia. Eu mal conseguia parar em pé de tanto rir. Minha juventude foi maravilhosa.

Contudo, encontrar o Apertável (era assim que nos referíamos a ele) só serviu para comprovar, de novo, minha teoria de que as pessoas que são bonitas demais na adolescência estão fadadas a embarangar na vida adulta, como uma espécie de compensação cármica pela vantagem de conseguir ser atraentes às sete da manhã com uniforme de escola. 

Nem o Apertável escapou do universo, esse justiceiro. 

Dei like mesmo assim. Alguns segundos e: "It's a match!". Oito (!) anos depois finalmente tive minha resposta, agora posso seguir com a minha vida. 



> Seria uma anedota perfeita, pena que não é verdade. O que aconteceu foi que minha vergonha venceu minha curiosidade da primeira vez, e eu fechei o aplicativo antes de dar o like. Depois pensei que poderia render um post, afinal tenho tamanho compromisso com meus leitores #jornalismo #sério passei literalmente duas horas procurando pelo menino. Achei ele faz três minutos e estou aqui esperando pelo meu match, mas como esse blog trabalha com a verdade até o fechamento dessa edição ainda me encontro não tão escondida assim atrás da árvore, me sentindo meio ridícula.  Eu queria que minha vida fosse uma comédia romântica justamente porque ela não é. 

11 comentários:

  1. I'VE BEEN THERE AND DONE THAT. BEST FEELING EVER!!!!

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  2. AHAHAHAHAHAHAHA você vê, Anna, eu também encontrei um crush meu de quando eu era muito novinha (não 13 anos, porque eu tinha 13 anos até ontem, risos): ele tem o cabelo todo cacheadinho, óculos quadrado, anda muito de bicicleta e tem um sorriso lindo. A gente estudava na mesma sala e ninguém sabia que eu era apaixonada por ele porque eu perdia muito tempo odiando o fato dele ser tão maravilhoso que eu não conseguia resistir, e aí ele saiu da escola e mudou pra Santa Catarina. Quando achei ele no Facebook, adicionei e a gente ficou conversando por um tempo, até ele falar que ainda vinha pro Rio de vez em quando, visitar a mãe, e que estava namorando há uns três anos com uma menina tão bonita que até eu quis namorá-la. Minha ilusão foi boa enquanto durou.

    Como você mesma disse: eu queria que minha vida fosse uma comédia romântica justamente porque ela não é. *todas chora abraçadas*

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  3. Já falei tantas vezes do crush quando ele tava passando, quando os amigos tavam do lado ou quando a melhor amiga estava vindo na minha direção que já nem rio mais. Micão tá no meu dia a dia.
    Mas se ele tivesse Tinder, eu ficaria caçando pra ver se daria match. Sou trouxona mesmo.
    Tomara que dê certo com você HAHAHA

    Beijos ♥

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  4. Confesso que sinto uma alegria maligna quando encontro hoje essa galera que era bonita na adolescência e hoje ou é feio ou sem graça. Mas infelizmente um dos meus amores platônicos só ficou mais bonito. Que raiva! haha O certo era ele ficar feio.
    Amei seu post. Me identifiquei muito.

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  5. Com certeza o universo cobra beleza na adolescência sim!
    Adorei esse post, me diverti com ele todo e tô curiosa pra saber o final da história. Quem sabe não rola o match e vc confessa a autoria do crime com o corretivo?
    (essa noite sonhei com um crush da época da escola tbm, ele estava gato u_u mas era só um sonho, não tenho como saber)
    Bjs

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  6. HAHAHAHAHAHAHAHA AI ANNA" <3

    Acho engraçado que uns meses atrás encontrei no facebook um guri na escola com queme u vivia em pé de guerra mas achava gatinho em segredo, ele não embarangou mas também continnuou com a cara de 13 anos e assim não dá né? Será que rola o match?

    Beijo!

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  7. Hahahahah E gente que é esquisita desde sempre, cadê a compensação do universo?

    Delícia de anedota, mas, gente, esta frase "ainda me encontro não tão escondida assim atrás da árvore, me sentindo meio ridícula". VOCÊ É TÃO GÊNIA. Sério, guarda para usar num livro seu essa analogia toda <3

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  8. Amiga, achei a história tão incrível que fiquei boladona com a retificação ali em baixo. A vida real tira demais com a nossa cara, cadê a comédia romântica do Tinder, gente? hehe, it's kind of a funny story. #partiu casa de Paloma - as coisas sempre começam na rua de mata cavalos.

    Te amo! <3

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  9. Também rola o contrário! Dos 6 aos 10 anos estudei com um menino gordinho que tinha uma mancha no rosto e vestia a blusa pra dentro da bermuda. Eu era a única que não zoava ele. Dez anos depois, me deparei com um estudante de direito grandão, sarado e gostoso que lembrou de mim na hora pq eu era "aquela menina legal comigo na escola". Namoramos há três anos e meio kkkkkk

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  10. Que amor de post, Anna Vitória ^^
    Esse tipo de karma universal me dá esperanças sabe, porque não entrei na adolescência com um charme natural pronto pra ser esbanjado às 7:10 da manhã, mas gosto de acreditar que aos poucos ele tá vindo junto com minha dor na coluna por conta da postura errada ~~

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  11. nos filmes a vida é bem mais fácil né? aff :\ HAHA

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