Eu passei a semana inteira elencando posts que eu precisava escrever, coisas que queria falar, modas que andei inventando, e mesmo cheia de ideias, nada saiu do título. Isso porque, na minha cabeça, um anseio tem imperado: férias. Sinto que desde que voltei da Bahia não tive mais fim de semana livre ou uma semana que se passasse sem que houvesse algum incêndio a ser apagado. Sexta eu voltava pra casa e, enquanto esperava o farol fechar, dei uma encostadinha no poste da rua e juro que cochilei. Foi coisa de 30s, mas foi um apagão total e completo da minha pessoa. Se existe sinal mais gritante que esse da necessidade de descanso, temo pelo meu futuro. Faltam duas semanas, três provas e três trabalhos para minha libertação, e, até lá, o que me move é a perspectiva de viver os itens dessa lista:
Uma tonelada de nadas
Eu chegando em casa sexta-feira |
Quero me empenhar de corpo e alma ao exercício do nada, para compensar todos esses domingos em sequência que tenho passado trancada no quarto na companhia de textos infinitos, matérias que não se escrevem sozinhas e resenhas para as quais é cada dia mais difícil encontrar inspiração. Tudo isso enquanto minha mãe assiste Discovery Home &Health e as infinitas maratonas de House que a Universal adora fazer. Quero passar um dia na frente da TV assistindo a qualquer porcaria que estiver passando, pular de vídeo em vídeo no Youtube e clicar sem culpa nas opções mais absurdas no Netflix, só pra ver qual é, só porque eu não tenho nada mais urgente pra fazer.
Meu estado de negação do fim das minhas últimas férias foi tão intenso que na primeira segunda-feira com aulas percebi, assustada, que minhas coisas estavam exatamente da forma como eu as tinha deixado logo depois de fazer a última prova do primeiro período. E é assim que elas tem estado desde então, com o adicional de tudo que vim acumulando nesse período. Em verdade vos digo que meu armário da faculdade não é uma coisa bonita de ser vista. Temo pelo dia que não minha pasta não comportará mais nem um xerox que seja, e essa história termine com ela explodindo na minha cara. Pretendo fazer uma leitura mais ou menos séria desses blogs de organização pra incorporar algumas facilidades no meu dia-a-dia, para me poupar de futuros inconvenientes que cansei de viver esse ano, tipo me ver com três textos iguais e sem aquele que eu mais precisava.
Nunca quis dirigir, mas agora que já perdi uns seis (SEIS) meses da minha vida e quatro dígitos de dinheiros com essa palhaçada, a coisa ficou séria. Faltam três aulas pra eu terminar as horas práticas obrigatórias, mas a verdade é que eu ainda não sei fazer baliza. Contudo, reconheço que só preciso de um empurrãozão pra começar a treinar com seriedade, e pra isso eu preciso marcar minha prova. Então será hora de suar e morrer de tanto girar o volante de um lado pro outro (sdds lelek lek lek) e colocar um fim nessa palhaçada. De primeira, se Deus quiser.
Ser produtiva (risos eternos)
Essa é a parte que eu finjo firmar um compromisso sério de adiantar algumas matérias e colunas para não ter que viver mais num eterno deadline me perseguindo, assombrando e me fazendo ir dormir às três da manhã pra sonhar com aqueles parágrafos truncados que eu sempre penso que poderiam ser melhorados, pena que não dá mais tempo. É a parte que vocês fingem acreditar que eu realmente vou adiantar meu projeto de pesquisa e finalmente redigir os relatórios que tô devendo, pra não chegar em agosto e ter que fazer tudo em uma semana.
Entrar na nova temporada
Esse conceito de nova temporada foi formulado pelo meu amigo Rodolfo, que com muita perspicácia notou que, à medida que o tempo passa, vamos mudando de estilo, corte de cabelo, etc, do mesmo modo que os personagens da série evoluem (ou não) ao longo das temporadas - vide little J., que foi de mini-Blair a Barbie gótica num intervalo de três anos. Eu tenho mania de mudar o cabelo todo ano e já faz um tempinho que venho querendo fazer algo diferente, algo que eu sei que vou me arrepender depois, tipo pintar ou furar o nariz. Tenho que aproveitar para fazer essas coisas enquanto as pessoas ainda não me levam tão a sério para não chegar aos trinta e cinco e resolver colocar um piercing por conta da crise de meia idade.
Tomar sorvete com a Couth (e conhecer a Dindi!)
Desenho roubado na cara dura por motivos de falta de talento da minha pessoa |
Tô de viagem marcada pra Fortaleza nessas férias, pra mais uma edição da tradicional viagem que meus avós sempre fazem com seus netos queridos. Além de estar indo pra uma cidade pela qual eu sou absolutamente apaixonada, também terei a chance de conhecer a Gabi Couth, cada dia mais querida, e aproveito pra comunicar que ela está intimada a me levar pra tomar sorvete na sorveteria que ela tanto adora e adiciono que me recuso a sair do Nordeste sem dar uns apertos na Dindi, sua cã pirada mais fofa do mundo.
Parar de comer meus dedos
Não adianta nada não roer unha se quando fico nervosa arranco compulsivamente os cantinhos dos dedos. A coisa tá tão feia virou rotina andar com dois, três dedos enrolados em band-aids e essa semana dei uma puxada tão brutal na pele que a Natalie Portman versão cisne negro ficaria impressionada. Não é legal, não é bonito e não é saudável, preciso recolocar meus chacras no lugar e parar de ficar me machucando por conta de ansiedade.
Ver ... E O Vento Levou inteiro, sem pausas
Acho que não existe simbolismo maior para a vida mansa do que assistir a esse filme inteirinho, sem pausar. Consegui o feito uma única vez, ainda que o adore muito. O negócio é que é difícil dispor de quase quatro horas sem precisar de uma pausa pra fazer qualquer coisa importante ou sem precisar cochilar por vinte minutos porque não tá fácil pra ninguém. Comprei até o DVD, que ainda não tinha, pra redenção ser completa.
(Pra compensar a falta de posts na última semana, tem texto meu na edição de aniversário da Gazeta Feminina, sobre o livro A Abadia de Northanger, da Jane Austen; Coffee & TV especial 50 anos de Tarantino lá no Move That Jukebox! Também resenha Anna Karenina, o filme, na Revista 21 e ainda quero falar de novo sobre ele aqui)
(Pra compensar a falta de posts na última semana, tem texto meu na edição de aniversário da Gazeta Feminina, sobre o livro A Abadia de Northanger, da Jane Austen; Coffee & TV especial 50 anos de Tarantino lá no Move That Jukebox! Também resenha Anna Karenina, o filme, na Revista 21 e ainda quero falar de novo sobre ele aqui)
Ai ai... mas você é tão deliciosa escrevendo e tem um dom tão maravilhoso de fazer listas que eu queria copiar! Tipo essa da nova temporada! Incrível é isso mesmo, acho que estou em fase parecida... preciso fazer alguma coisa nova e como amo\ sou cagona pra mudar meu cabelo, o negócio vai ser cortar.
ResponderExcluirE menina, acho que é resquício de quem já roeu unha, spu muito de comer cantinhos. Ainda não cheguei no nível Natalie Portman... mas - só de ver essa imagem, ainda que em desenhos sinto calafrios! rs
Beijoca e good luck pra que o tempo passe rápido e você possa fazer tudo!
Mas olha! Tomar sorvete comigo ninguém quer, né? #xatiada
ResponderExcluirAnna, a única coisa que eu não faço nas férias é ser produtiva. Fico ali parada na parte de fazer muitos nadas e realmente nada é feito. E eu adoro! Férias é para isso mesmo! :)
ResponderExcluirAproveita muito e aperta a Gab e a cã Dindi por mim, peloamor!
<3
Ando precisando de "nada". Esse domingo eu fiz exatamente isso! Decidi que faria nada, e foi o que fiz! 22h da noite e eu AINDA estava de pijamas, porque só levantei de cama pra comer, e rapidamente voltei. Mas ando precisando de mais dias assim!
ResponderExcluirAmiga, meu sonho era conseguir seguir esses blogs de organização. Mas eu sou tão uma fraude que minha agenda está jogada no fundo da minha bolsa sem que eu toque nela há mais de 1 mês.
E nem me fale de carteira de motorista! Desejo de coração que você tire a sua de primeira, porque a minha já virou um desgaste emocional que eu não aguento viver.
Inveja do seu encontro com a Couth, se apertem muito por mim! E aperte muito a Dindi, por favor!!!!
Essa dos dedos, gente! Eu faço exatamente o que diz aquele GIF. Meus dedões estão detonados!!!! Mas meu agravante é que eu também roo as unhas. Alou mão de mendigo!
E.. nunca vi "E o vento levou". Me ame assim mesmo.
<3
Amiga, acho que vou copiar esse post, posso? Eu sempre fico deprimida com listas porque me sinto um fracasso quando não consigo cumprir, mas ando sentindo uma necessidade louca de me organizar. Entendo perfeitamente sua vontade de tirar habilitação. Só de pensar em repetir essa chatice, sinto vontade de morrer. Eu tenho mania de roer a unha quando tô nervosa, por isso preciso sempre pintar! Unha por fazer é unha roída na certa. Eu preciso fazer nada urgentemente. Ah, assistir E o vento levou é minha meta pra esse ano porque também só vi uma vez. Boa sorte, Annoca!
ResponderExcluirEspero que vc consiga fazer além dessas coisas legais da lista, outras!
ResponderExcluirjj-jovemjornalista.com
O que me irrita nos períodos de férias é que gente inventa uma porção de coisas pra fazer, aí chega o último dia e nada. O máximo que fizemos foi enrolar mais e mais kkkkk
ResponderExcluirA melhor coisa pra não entrar em parafuso é assumir que quer fazer nada! Quando vc não consegue cumprir nenhum dos outros itens da lista (o que acontece quase sempre), vc não fica mal pq pelo menos o primeiro vc cumpriu! hahahahaha
ResponderExcluirE estou muito satisfeito com a minha obra sendo exposta para o mundo.