segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Como é que eu vou dizer que acabou?

Para ler ouvindo:


Não escrevo nada aqui há cinco meses e há uns quatro parei de sofrer por causa disso, mas já não tenho vontade de escrever aqui há muito mais tempo. Falar sobre o fim é difícil mesmo quando ele já aconteceu. Eu vou do início:

Há exatamente um ano eu anunciei que faria o BEDA, me propondo o desafio de postar todos os dias durante um mês inteiro. Eu estava trabalhando, fazendo TCC, com problemas em casa, tentando virar adulta e já não tinha mais idade pra isso, mas sem pensar muito eu fui lá e fiz - e foi incrível. Me diverti com o blog como há anos não acontecia e isso só evidenciou como blogar havia se tornado algo que eu fazia muito mais por hábito, muito mais por nem me lembrar direito como era a vida sem ter um blog, do que porque sim, porque é divertido, porque eu quero, porque é tão melhor que todo o resto.

O BEDA foi a festa do divórcio, aquela viagem para Paris que um casal resolve fazer pra tentar salvar o casamento de anos sabendo que na volta eles vão do aeroporto direito pro escritório do advogado, aliviados por já terem começado a fazer as malas. 

Veja bem, a viagem foi ótima: eles passearam de mãos dadas, se beijaram na chuva, transaram com vigor adolescente na segurança de seus corpos adultos que sabem exatamente o que querem da vida e do outro. Foram jantares longos, restaurantes caros, sobremesas finas e vinhos deliciosos. Foi uma extravagância merecida. Ele não pensou em trabalho, ela esqueceu o celular, eles se permitiram dormir até mais tarde e conversar a noite inteira. Paris nunca esteve tão linda, eles nunca se amaram tanto, e isso deixou claro que eles já não se amavam mais. 

Aquilo não era a vida real e um casamento não é feito de viagens a Paris, mas de arroz com carne moída naquela quarta-feira, promoção de vinho, cantoria no carro e o charme daquele velho pijama furado. Se é preciso de Paris para ter graça e amor, é porque acabou. Eles estavam se amando sobre os escombros. 

Eu vou sentir falta daqui como quem sente falta daquele namorado que era perfeito, até que não foi mais. Aquele que a gente lembra com carinho e saudade, mas não se arrepende de ter seguido em frente. Voltar pra ele seria voltar para a pessoa que você era antes, e ela já não existe mais. É por isso que acabou. Eu já não existo mais aqui, como não existo mais na pele daquela Anna Vitória adolescente de 13 anos que um dia resolveu que começaria um blog pra valer. Eu não teria chegado aqui sem ela, mas é hora de descobrir todas as outras pessoas que eu ainda posso ser. 

Por que a insistência em tecer analogias entre o blog e um namoro? Porque junto com três ou quatro amizades, o blog é o relacionamento sério mais longo que eu tive e, como qualquer relacionamento, ele me mudou pra sempre e deixou marcas indeléveis na minha vida. Foi aqui que me transformei em gente que escreve, algo que tenho certeza que vou ser pra sempre. Nos últimos meses minha vida mudou bastante e sinto que tudo que aconteceu é uma consequência direta e indireta de um dia ter começado esse blog. Se fui sozinha para uma cidade enorme e nunca me faltou companhia pra almoçar, jantar e cantar no karaokê, foi porque um dia depois da escola eu sentei na frente do computador decidida a escrever sobre alguma coisa, qualquer coisa, porque sim, porque era divertido, porque eu queria e porque aquilo era tão melhor que todo o resto. Quando me lembro, são anos dourados.

Hoje começa mais um BEDA e várias pessoas legais vão participar. Isso me deixou nostálgica, quase que com vontade de entrar nessa de novo, mesmo que no fundo eu tenha certeza absoluta de que esse barco partiu faz tempo. Não quero insistir nessa viagem e me afogar. É como cruzar com uma pessoa que usa a mesma loção pós-barba daquele antigo namorado e de repente sentir tanta saudade a ponto de pensar em ligar bêbada pedindo pra ele voltar. É sempre desconcertante rever o grande amor.

Então resolvi escrever esse post, porque se eu não falar do fim o blog vai continuar aqui existindo como um blog platônico e acho que a gente merece mais que isso. No fim de semana contei para alguns amigos que faria isso e todos ficaram meio tristes (o que me deixou feliz de um jeito bem vaidoso), mas não sei até que ponto é melhor um final nunca dito, eternamente no ar, do que um ponto final claro e honesto. Já não escrevo aqui faz tempo e todos sobrevivemos. Como diz um dos meus poemas favoritos (hoje estou cheia de referências): seu destino foi curto longo e bom, não o choreis. No que depender de mim ele vai ficar no ar pra sempre, até porque eu virei aqui sempre que quiser relembrar algo especial dos últimos OITO ANOS da minha vida.

Como falei, eu sou e sempre vou ser gente que escreve e continuo escrevendo. Se você gosta e se identifica com as coisas que eu faço, ou se eu sou o tipo de pessoa que você lê pra ficar com raiva, você pode me encontrar em diversos lugares:

> Semanalmente, eu mando um e-mail pessoal esquisito para os assinantes da minha newsletter. Para receber também (são anedotas, crônicas, textões, o que estou lendo, ouvindo, assistindo e alguma foto de animal de roupinha), basta assinar a No Recreio

Qual a diferença disso pra um blog pessoal?, você se pergunta. Nenhuma e toda, eu respondo. É como receber o blog direto na sua caixa de entrada, só que de um jeito mais íntimo, complicado e perfeitinho. Existe uma sociedade secreta bacana, querida e crescente nas caixas de entrada (e a Aline Valek se deu ao enorme trabalho de fazer uma listagem dessas newsletters) e é o lugar que me sinto à vontade para escrever no momento. A newsletter é aquela coisa legal que eu faço porque sim, porque eu quero, porque é divertido e porque é tão melhor que todo o resto - e isso basta. O amanhã a Deus pertence.

> Há três meses lancei com algumas amigas o Valkirias, um site onde a gente escreve sobre cultura pop, feminismo e problematiza o impossível. Você pode conhecer o site, curtir nossa página, seguir a gente no Twitter e assinar nossa newsletter. Se tiver alguma ideia dentro do nosso nicho de interesse, pode até escrever junto com a gente.

> Eu continuo escrevendo na Pólen, porque alguém precisa cultivar o lugar de colaboradora mais enrolada e irresponsável de uma publicação absolutamente adorável.

> Também criei uma conta no Medium, porque um dia eu escrevi um textão que não se encaixava em nenhum outro lugar onde eu costumo publicar textões. Mas Anna você odeia o Medium!!! Pois é, mas às vezes ele se faz necessário. Caso essas circunstâncias se repitam, escreverei lá novamente e vida que segue. A VIDA É COMO UMA CAIXA DE BOMBONS, VOCÊ NUNCA SABE O QUE VEM DENTRO!!!!!!!!

> Todos os dias, o dia inteiro, estou no Twitter escrevendo tudo quanto é lixo que se passa na minha cabeça. Ainda é meu lugar favorito na internet porque todo mundo ali sabe que a gente está nos escombros da rede mundial de computadores e precisamos manter essa locomotiva funcionando. 

> Eu também tenho Instagram, Skoob, Goodreads e abandonei o Snapchat, graças a Deus. Tenho também um portfólio online mais ou menos profissional, caso você, futuro empregador, esteja se perguntando. 

> Eu quero escrever um livro em algum momento. Manterei vocês informados.


Já que estamos falando de amor, deixo vocês com essa conclusão: em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba. Vejo vocês do outro lado e muito obrigada. Mesmo. Um milhão de vezes. Por tudo que esse blog já me fez ser, crescer e fazer, é realmente inagradecível. E como de praxe, me desculpem por ser ridícula.

Se essa é a lápide desse blog, essas são minhas mensagens finais (são várias, porque eu não sei escolher):

Sentimentos são os únicos fatos

Vamos todos morrer mesmo

O universo está se expandindo

Shakespeare e os gregos já disseram tudo antes

Vai Corinthians

Paz


26 comentários:

  1. Oi Ana!

    Puxa, sabe de uma coisa? Sempre que digitava "so" na barra de endereço do meu pc pessoal ou do trabalho, o endereço do seu blog se completava assim, de um jeito especial. Eu realmente gosto muito daqui e realmente, realmente sentirei falta. É um dos pouquíssimos blogs que acompanhava (e estava mesmo me perguntando por onde você andava...). Mas de qualquer forma, desejo que você tenha uma feliz vida! E deixa o blog aqui, pra quando a gente quiser ler sobre tripofobia, a longa lista de ex-namorados da Taylor Swift ou qualquer outra coisa que a gente, sei lá, queria mesmo conversar, mas não tinha com quem.

    "...I want to see you, girl
    take a glorious bite out of the whole world"

    (eu sei, é You Could Be Happy... é que seu texto também me fez lembrar de um ex-namorado, que, ao terminar o namoro, me deixou essa mesma frase, o que me fez pensar que havia tanto mais pra viver, não é?)



    Um grande abraço :)

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  2. Claro que eu to chorando. Eu fiquei em dúvida se iria chorar mas aqui estou eu. Em minha defesa, estou num dia com crise de ansiedade a mil e, bem, ansiedade sempre tem a ver com mudanças, né? A gente sempre previu isso aí. De que os nossos blogs se seguravam, de mãos dadas, e que se um desistisse seria a ruína do outro. Chegou a hora, né? A gente sabia que precisaria ser assim. Tô chorando porque foram muitos dias, muitos momentos, e hoje eu digitei "SO" no meu navegador pra entrar aqui no seu blog e ele entrou automaticamente no da Sofia. E eu pensei que mundo é esse em que o nome do seu blog deixou de se completar sozinho? Se bobear o nome do meu blog também deixou de se completar sozinho e.. que coisa louca. Acho que vou planejar a RIP do meu pro dia 31.
    Eu te amo. Sempre estarei onde você estiver.

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  3. Primeiramente, muitos corações partidos que não querem aparecer. :/
    Agora, eu estou sem saber o que sentir. A vida mudou tanto e pra todo mundo. Anos atrás eu viria aqui quase que todos os dias e comentaria vez ou outras mas, sempre levantaria feliz a bandeira de leitora e amante das crônicas "feitas por umas meninas na internet" como eu costumava dizer. Mas, a vida..... ai, a vida. Ela correu e em ano de vestibular, não tenho tempo de vir aqui ou ir no blog da Ana Luísa ou ler Antônio Prata por recomendação sua.
    As coisas boas ficaram. Ficou o Antônio, o último CD do 1D que você resenhou e me fez baixar e ouvir até saber as letras, ficam as muitas vezez que pensei no seu talento de escrever, ficam as suas lembranças que você dividiu comigo aqui. Obrigada. Esse é o fim de fases pra nós duas.

    Ps - Taylor e eu temos,por vários anos, fechado ciclos juntas mas, dessa vez, eu fechei esse ciclo de fim da adolescência com você.

    Boa sorte.

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  4. Meu primeiro e último comentário é um coracao partido num teclado que nao sei usar direito (kd acentos???) Assim, ja fiquei anos sem postar e sei la, como faco isso desde muito cedo, a vontade volta, ate pq, vc conhece gente nova. Nao sei se eh seu caso, mas um dia vc pode voltar, mas de maneira diferente.

    Sucesso pra voce :)

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  5. Caramba... chorei. Passei uma adolescência inteira acompanhando aqui. Vou continuar sempre te acompanhando pelas redes Anna! Você é demais.

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  6. Eu definitivamente não sei lidar com finais: não blogo faz meses, não acompanho blog nenhum faz meses, leio sua newsletter toda semana (e nunca respondo pois sou uma pessoa horrível) e tô aqui, bem triste. Mas miga: que bom que você veio colocar um ponto final aqui, porque closure é uma coisa tão importante, né? E acho que a vida é mesma feita de finais pra que coisas novas possam começar.

    Por último: enquanto você estiver escrevendo, com certeza vou estar lendo. Essa coisa de ser gente que escreve não tem fim, né? Ainda bem.

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  7. primeiramente tenho logo que pedir desculpas por ser tao piegas, mas nao consigo evitar.

    eu venho te acompanhando a tanto tempo que é facil entender por que sinto tanto o que tu escreve por ai.
    lembro q descobri seu blog por um indicaçao da capricho e desde entao nao parei mais de visitar seu blog.
    de todas as indicações de livros, filmes, tuas crõnicas tao gostosas de se ler, teu migo matheus, a mafia e seus encontros epicos, quando tu escreveu itinerancia, as musicas, chico o poddle, a tua criatividadde sempre presente.

    pareço stalker, mas eh so admiraçao por quem tu és mesmo.

    tu se tornasse um referencia aqui em casa q começou de um 'a menina do blog q leio' para "anna de minas, ela faz jornalismo', pq eu sempre tinha alguma coisa p dizer q li no teu blog, na tu newsletter, na polen e tantos outros.

    sabe aqueles crush de amizade, pois eh

    nao basta ser piegas, tem que fazer desse momento um quadro do faustaõ.

    mas enfim

    por onde fores te apoiarei com prazer

    pois ha certo orgulho clandestino quando te vejo dando conta das coisas por ai, sendo gente como a gente haha


    odeio despedidas

    mas graças a Deus te verei por aí


    vou cobrar teu livro viu?

    xero

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  8. Eu não seguia seu blog mas lendo suas palavras, consigo sentir todo sentimento que esse post carrega. Talvez daqui uns anos você olha pra trás e veja que valeu a pena sua época de blogueira e queira até voltar, ou talvez seja só uma lembrança boa que você vai contar para os seus filhos. Mesmo não te conhecendo, te desejo boa sorte nessa nova etapa da sua vida e que todos seus sonhos sejam realizados! 💙

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  9. Eu nunca pensei que esse dia chegaria. E agora que eu li esse último post estou sentindo um frio na espinha, misturado com uma sensação de tristeza. Pra quem eu vou deixar comentários cheios de emoção, por ter acabado sempre de ler posts sensacionais e cujos quais eu sempre me identifiquei tanto (desde seus 13 anos), filha minha de alma que vi crescer? Vou ter que aprender a usar essa tal de newsletter pra receber as suas (é o que me resta)?

    Triste. Saudosa já de So Contagious. Te amarei para sempre.

    Beijos

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  10. Não tinha pensado na possibilidade concreta do seu blog acabar, mesmo com todo esse hiato. Ler esse post me deixou MUITO emotiva, como se eu tivesse perdido um amigo. Te ~conheci por aqui e já faz anos que acompanhando esse seu cantinho. Juro que vibrei muito internamente com diversos textos seus. Muitas outras eu parava e pensava: caraca essa garota escreve muito! E por aí vai. Mas eu entendo todos os seus motivos, e a vida muda mesmo, a gente muda, e me parece natural até isso acontecer agora. No mínimo saudável e honesto com você mesma, o que é essencial.

    Enfim, aproveito pra agradecer todas as reflexões que você me proporcionou, todos os causos, as dicas. Sinto que cresci um pouquinho com você, à distância, e acho sinceramente isso bonito pra caramba. Muita sorte na tua vida, como profissional e como pessoa mesmo. Você merece muito. E espero sempre que puder esbarrar com você pelas esquinas das internetes :)

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  11. To chorando com o texto e com as lembranças desse blog que foi tão importante pra mim.
    Muito obrigada.
    Abraços

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  12. oi anna!
    poxa, que notícia triste... ando afastada da blogosfera, mas resolvi tentar fazer o BEDA esse ano para tentar voltar à rotina de escrever com frequência. minha vida está uma bagunça, mas eu não consigo dar adeus a algo que cultivei por tantos anos e me faz tão bem. mas entendo que, às vezes, precisamos seguir em frente e, se for por um bom motivo, sempre é válido, néam? também preciso sentar a bunda na cadeira e escrever o meu livro, mas a gente sempre vai empurrando com a barriga, certo? espero que esse fim aqui seja o começo de novos capítulos ainda melhores... certamente, sentiremos tua falta. tu és uma das blogueiras mais queridas que conheço e escreve bem pra caramba! tua carreira como "gente que escreve" está garantida. sucesso em tudo, mande notícias! :D
    beijoooo

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  13. Levei um tiro no coração :'(

    ... sem mais.

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  14. Como a maioria disse acima, também digito soo e o resto se faz sozinho. Sozinho não, tudo se deu através da rotina que eu tinha de entrar diariamente no blog em busca das suas aventuras. Enfim, fico triste pelo fim do blog, me diverti e aprendi bastante por aqui. Mas a vida é feita de siclos não é mesmo? E esse se encerrou, só me resta agradecer de verdade por você ter compartilhado tantas histórias conosco. Muito obrigada Anna, de coração. Ainda bem que te sigo nas outras plataformas, continue escrevendo porque eu vou continuar lendo. Obrigada!
    Bjs!!

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  15. "Vida que segue"... mas era mais fácil de "seguir" quando você postava coisas inteligentes, divertidas, dignas de serem lidas por terem sido escritas com paixão. Obrigada.

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  16. Eu chorei, Ana. Porque as coisas que você escreve são importantes, me tocam e conversam comigo. Eu desejo tudo de mais maravilhoso nessa sua nova etapa (quando a gente encerra um ciclo, outro começa). Te acompanho No Recreio e nos outros lugares, continue escrevendo sempre! <3
    Ps: onde compra seu livro que ainda nem saiu? hahah Beijos!

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  17. Quero ser você quando crescer, mas sem falar "vai Corinthians" hahahaha <3

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  18. É um blog que te acompanhou por vários anos na sua vida, mas é só um blog. Talvez o único problema é que ele não se encaixe mais no seu momento atual. Talvez você crie outro no futuro ou talvez encontre formas diferentes de escrever.

    Eu escrevi minhas bobagens durante seis anos em um blog, depois deletei porque ele não fazia mais sentido na minha vida, fiquei dois anos sem escrever nada e então voltei. Para um blog novo, para um contexto novo de vida, para textos diferentes. Espero que um dia você volte também ;)

    Beijos, Ana!

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  19. Ai que dor no coração, mas que felicidade ao ver que você está amadurecendo e tomando suas decisões, por quê você quer, e por quê você não é obrigada a nada! <3 Vou continuar acompanhando em tudo, mas principalmente na newsletter. A melhor coisa da minha semana :)

    Beijos e rest in peace So Contagious!

    PS: TU MUDA O LAYOUT JUSTO NO FUNERAL DO BLOG?

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  20. Este comentário foi removido pelo autor.

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  21. Oi Anna,
    Nunca me manifestei antes, mas devo acompanhar o blog faz uns 5 ou 6 anos. Ao contrário de você, não sou muito boa com palavras, mas gostaria de te dizer que seu blog foi muito importante para mim durante todos esses anos e principalmente na minha adolescência. Me diverti muito, aprendi demais. Jamais pare de escrever, eu jamais vou parar de ler. <3
    Um grande beijo e (ainda mais) sucesso!

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  22. Anna, parece que foi ontem que eu tava pedindo dicas pra montar um blog também, porque eu amava muito o seu (e não adiantou nada te encher o saco, mas enfim). E eu nunca pensei que você largaria o so contagious. Eu fiquei sem ler um bom tempo e uns tempos atrás quando acessei fiquei feliz que você ainda postava! Acho que você inspirou, ajudou, distraiu, divertiu muita gente nesses anos (e se divertiu também, como você disse). Se é um passo que você acha que tem que dar, eu acredito. E continuarei por perto, pessoa que escreve, porque adoro tudo que você escreve. Haha beijos e muito sucesso <3

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  23. Amiga, eu abri essa página milhões de vezes, mas simplesmente não conseguia ler. Desculpe o drama e não desista de mim.
    Que coisa louca é essa de mudar, né? Quando cheguei da Irlanda e abri meu guarda-roupa, eu olhei para as minhas roupas (as roupas que eu não via há um ano) e não consegui acreditar que elas eram minhas. Separei uma pilha gigantesca pra doar porque "não tinham mais nada a ver comigo". Assim como há muito tempo o nome do meu blog já não diz tanto sobre quem eu sou. E é por isso que eu resolvi fechá-lo pra balanço. Porque eu também mudei pra caramba. E porque você e o So Contagious me inspiraram a criar aquele blog. Você é minha madrinha, lembra? E agora me deu (mais uma vez) o empurrãozinho que eu precisava. É muito triste deixar respirando por aparelhos aquilo que um dia foi tão divertido. É melhor encarar os fatos.
    Não deixa de doer, mas eu prefiro ser grata. Grata pelas palavras que nos uniram, grata por ter tido a sorte de te acompanhar por tantos anos, grata por sermos amigas.
    Obrigada por ser "gente que escreve" e por sempre me lembrar que eu sou "gente que escreve" também.
    Amo você <3

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  24. Demorei três dias para ler esse post desde que ele apareceu na timeline daquela rede social, pois eu AMO ESSE BLOG e não queria que acabasse, mas entendo:a gente muda, as coisas perdem o sentido e a vida segue. Parando para pensar acho que nunca comentei por aqui, sempre lia, pensava em uma resposta e nunca escrevia, mas não poderia deixar de dizer adeus.

    Continue sendo gente que escreve e inspirando gente que te lê.

    Beijos.

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  25. Alguém já disse lá em cima sobre digitar 'so' na barra e instantaneamente ela se auto-completar com o endereço deste blog; por muito tempo, foi assim para mim também. Por muito tempo (durante anos mesmo), o So Contagious estava entre os sites que eu mais visitava e tinha sempre uma posição privilegiada dentre os tantos outros cujos feeds se acumulavam aos montes no Google Reader.
    Parece que foi em outra vida, mas, contraditoriamente, lembro como se fosse ontem: a Isa queria te dar um presente especial de aniversário e acabou tendo a melhor ideia – ela iria fazer dos melhores posts do SC um livro; e, para isso, ela pediu a minha ajuda. Topei na hora, porque, afinal, não se recusa participar de um projeto assim. Meu trabalho foi, basicamente, ler todos os posts escritos até então e selecionar os melhores. Exaustivo? Haha, não: foi prazeroso! E muito! Era a desculpa que eu precisava para poder reler cada texto e, enquanto me divertia, me recordava de onde vinha minha grande admiração pela então aspirante-a-estudante-de-jornalismo, hoje uma jornalista de fato e uma reconhecidíssima produtora de conteúdo neste universo surreal que é a Internet.
    Infelizmente, o plano do livro (ainda) não foi adiante. Ainda devo ter, todavia, um documento no Word com a lista dos seus textos até 2011(?) devidamente classificados, ordenados e separados por temas. O relato sobre o show do Radiohead, do Jon Foreman e seu cartaz, causos sobre o Chico e sobre o Happy, histórias sobre a vida de uma estudante no ensino médio, referências aqui e ali de Harry Potter a Audrey, manifestos contra atendentes de locadora (no primeiro post que eu li, e que me fez ficar) e, os meus favoritos, seus contos – em especial, Do Sétimo Andar, que para mim sempre deixou claro que todos nós perderíamos imensamente se você um dia resolvesse deixar de escrever. Felizmente, não é o que está acontecendo agora e nem acho que vai acontecer nunca, pois, ao que parece, escrever te move e te motiva – e te torna eternamente responsável pelos leitores que você cativa a cada dia.
    É engraçado e curioso pensar o quanto este blog foi importante na minha vida (o que, espero, justifique o textão). Uma parte do que eu sou hoje, do que eu faço e das pessoas com quem eu me relaciono, eu devo a esse endereço com tantos "o". Estou falando sério! Foi através do So Contagious que eu ~descobri~ a blogosfera, conheci você e, junto, conheci as pessoas que comentavam aqui – algumas delas, até hoje, minhas melhores amigas virtuais. Você consegue compreender a proporção disso? Isso porque eu falo só por mim, imagina as dezenas de leitores que você influenciou em todos esses anos!
    Foi aqui também que descobri o que eram tags. O que era um bookshelf tour. O que era mixtape – e quantas músicas boas não descobri em razão das suas mixtapes? Algumas delas me acompanham até hoje: ontem mesmo estava escutando Lestics; Switchfoot e Brandon Flowers ainda estão no meu Spotify e 'Band on the Run' ainda é uma das minhas favoritas dos Wings/Macca (apelido que, aliás, aprendi aqui). O porquê do hype súbito em torno do John Green. Não foi outra pessoa também que me apresentou, além de outros clássicos como Breakfast at Tiffany's, Pulp Fiction, hoje meu filme favorito.
    É, vai deixar saudades. Ainda que fizesse anos que eu não vinha aqui e deixava meu comentário, era sempre reconfortante saber que aquela página que marcou o fim da minha adolescência ainda estava viva, assinalando pontualmente o crescimento de sua autora e, por que não, de todos nós. O blog já não era atualizado pela Anna Vitória de 2010, mas era igualmente um alívio acompanhar de longe as mudanças na vida daquela garota que até outro dia estava compartilhando conosco sua conquista em ter o SC divulgado em uma pequena nota na Folha, sem saber que um dia escreveria ela mesma uma grande matéria para este mesmo jornal.
    (continua...)

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  26. (continuando...)
    Por essas e tantas outras, é que me dá grande orgulho que você tenha mantido o favicon, porque sinto como se fosse um gesto simbólico de retribuir o que você e seu blog, ao longo desses anos todos, fizeram por mim e por nós – todos aqueles que já passaram por aqui.
    Sei que não deve ter sido fácil escrever este último texto, mas, uma última vez, sinto-me no dever de te informar que você o fez com maestria. Você foi e é um exemplo como blogueira e continuará sendo.
    Há muito mais que eu gostaria de ter dito, mas sei que terei outras tantas oportunidades mais.
    Obrigado por tudo.

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