Eu ia gravar um vídeo. Eu juro que eu ia, inclusive gravei um vídeo de meia hora mas fui interrompida por uma coisa que chamaremos aqui de falta de voz. A garganta da Analu esperou cinco dias para doer e a minha foi ainda mais parceira e esperou duas semanas, mas doeu, dói, e sequestrou minha voz. Como vou viajar hoje e só volto dia 27, pra depois viajar de novo, resolvi fazer a retrospectiva logo e não deixar pra 2015 e zicar meu ano literário.
Se você queria um vídeo eu juro que ano que vem tem alguma coisa (pode cobrar, Lu), se você não queria pode levantar as mãos pro céu que não vai ter euzinha falando groselha por mais de 50 minutos - fique à vontade pra me trocar por um episódio de Sherlock. Sempre tem outros troféu. Por ora, vamos de textão mesmo.
2014 não foi um ano muito produtivo, literariamente falando. Li 34 livros, mais do que ano passado, mas a classificação de duas e três chicórias dominou (clique aqui pra entender meu sistema), vários livros foram bem descartáveis, e sinto que só encontrei meu ritmo por volta de agosto. Insisti muito em livros enormes que não estava gostando, li vários calhamaços que me atrasaram por meses e, no geral, sinto que já tive anos melhores. (lista completa)
Seguindo o esquema de retrospectivas passadas, vou usar como base aquele questionário da Tary, com algumas adaptações para os títulos desse ano.
O casal mais apaixonante
Eleanor e Park, de Eleanor & Park (Rainbow Rowell): O John Green disse que esse livro nos lembrava como é estar apaixonado - por uma pessoa e por um livro. Acho a Rainbow ótima para descrever sensações, e é graças a isso que fui atropelada por um caminhão de SENTIMENTOS e vi faíscas saindo do simples ato de um garoto segurar a mão de uma garota pela primeira vez. Mais do que um par romântico, Eleanor e Park são parceiros, e todo o movimento coming of age que acontece na vida deles ao longo da história é bem por causa da presença do outro, que os faz mais fortes e corajosos, capazes de vencer o mundo e a eles mesmos. Sempre acredite em histórias de amor que começam com X-Men e The Smiths, e fazem lembrar XO, da Beyoncé.
O melhor livro nacional do ano
- Acredita na fisiologia do coração? Não lhe parece um disparate, esta ciência pretensiosa que se mete a explicar e definir o incompreensível, aquilo que não entende o próprio que o sinta, e que sinta-se, sem ter muitas vezes a consciência desse fenômeno moral? Só há um fisiologista, mas esse não define, julga. É Deus, que formando sua criatura do limo da terra, como ensina a escritura, deixou-lhe ao lado esquerdo, por amassar, uma porção de caos de que a tirou.
Ano passado fiquei com vergonha porque quase não li autores brasileiros. Para remediar isso, me comprometi a ler um autor brasileiro por mês em 2014. Cumpri minha meta direitinho até setembro - depois joguei tudo pro alto porque tinha coisas mais urgentes que me interessavam por aí. Essa brincadeira me rendeu ótimas leituras e me ajudou a cumprir várias pendências, e o melhor resultado disso foi Senhora, do José de Alencar. Tinha trauma com o autor graças a Iracema, por motivos óbvios, mas Senhora mandou todo o receio pelo ralo e me deixou com uma vontade irremediável de ser forte e sensacional como Aurélia Camargo, heroína destruidora, e o mais feminista que uma personagem feminina do século XIX escrita por um homem poderia ser.
A menção honrosa fica por conta de Nada Dramática (Daysa Dantas), YA nacional delicioso que me levou de volta pro ano de vestibular e me ajudou a fazer as pazes com vários momentos do meu ensino médio. Em 2015, quero ler mais livros nacionais, principalmente os YAs contemporâneos.
O que me fez chorar
Enquanto lia Fangirl (Rainbow Rowell), tinha a impressão que ele contava uma história especial porque era vivida, real, por mais peculiar que a Cather seja. Não sei se a Rainbow viveu uma história assim, mas eu passei por bocados bem parecidos e esse livro tocou em aspectos extremamente sensíveis da minha vida (e foi uma ótima terapia), por isso me fez chorar muito, mesmo não sendo um livro-de-chorar. Foi uma identificação cortante, quase uma regressão a medos e inseguranças que já pautaram muito a minha vida, por isso sofri com a Cath, me apavorei com ela, e chorei, emocionada, a cada vez que a ela conseguiu superar ela mesma e sair da casca. Esse livro é muito especial pra mim e foi um dos melhores do ano (#spoiler).
Menção honrosa para O Segredo de Emma Corrigan (Sophie Kinsella), um chick-lit que definitivamente não é um livro-de-chorar, mas que eu devo ter lido num período sensível da vida porque chorei horrores e até hoje sinto um arrepiozinho gosto de emoção quando lembro do Jack dizendo "I'm afraid of the dark". Paloma me entende.
Vi The Vacationers (Emma Straub) em várias listas de livros mais aguardados de 2014, e comecei a aguardar por ele também. O plot de uma família cheia de problemas escondidos embaixo do tapete dividindo a mesma casa de férias numa ilha espanhola isolada é o tipo de coisa que eu adoro, mas a impressão que eu fiquei depois de ler foi que a execução é tão pretensiosa como a família Post, e no fim das contas me pareceu um filme meia boca do Woody Allen, desses que enchem nosso saco a cada três anos. Emma Straub cozinhou seus personagens na lama por tempo demais para tirá-los de lá muito limpinhos, como se tudo fosse um grande mal entendido. Foi uma boa leitura de praia e aeroporto nas minhas férias, mas o buzz definitivamente não se justifica.
Menção desonrosa para Como Ter Uma Vida Normal Sendo Louca (Jana Rosa e Camila Fremder) que eu sei que é uma sátira, mas me incomodou por fazer graça de coisas que não acho que estejam no patamar da piada (a parte sobre saúde e bem estar me incomodou muito), e O Lobo de Wall Street, autobiografia do Jordan Belfort que provou que os roteiristas do filme fizeram milagre ao transformar 500 páginas de delírio narcisista naquele filmaço sensacional.
O irrelevante do ano
Se eu não tivesse assistido a adaptação de Matilda (Roald Dahl) tantas vezes, provavelmente teria me divertido mais com o livro. O mérito do filme de ser extremamente fiel à história meio que tira a graça da leitura, já que tudo acontece bem do jeitinho que eu me lembro da Sessão da Tarde. Pelo menos a edição vale pelas ilustrações lindas do Quentin Blake.
O pior livro do ano
Esse livro ilustra bem minha fissura de dar muito mais bola para recomendações negativas do que positivas. Duas amigas leram Vidas Trocadas (Katie Dale) e não gostaram e claro que eu resolvi ler na primeira oportunidade que tive. Aposto que se elas tivessem amado eu não teria lido até hoje. É muito drama e novela mexicana pra um livro só, e quem fala isso é uma pessoa que ama drama e vive uma novela mexicana particular. É bebê trocado na maternidade, doenças degenerativas e incuráveis, pai que não é pai, namorado roubado, mãe ausente, mágoas, mil mágoas, e só personagens insuportáveis. Mal escrito, enredo muito mal amarrado, péssimos personagens e brega de doer. Se vale por alguma coisa é pela desgraçadinha de cabeça provocada pela ideia do que você faria no lugar das personagens, mas SÓ.
O livro mais grifado de 2014
O esporte e a vida, especialmente a vida de artista, não são exatamente análogos. Uma das coisas sensacionais do esporte é a crueldade com que, nele, as coisas são muito claras: um corredor de cem metros ruim ou um volante cabeça de bagre que simplesmente deu sorte são coisas que não existem aqui; o cara acaba desmascarado. (...) Acho que a história do Gus Caesar tem ressonâncias reais: contém uma lição terrível destinada aos sonhadores que pensam que seu próprio senso inabalável de destino é significativo. O Gus deve ter pensado que era bom, assim como qualquer banda pop que tocou no Marquee tem certeza de que está destinada a chegar ao Madison Square Garden e à capa da NME e como todo escritor que manda um manuscrito pra Faber and Faber está convicto que dali a dois anos ganhará o Booker. A gente põe a vida nesse sentimento, sente correr pelas veias, feito heroína, a força e a determinação que vem dali... e isso não quer dizer absolutamente nada.
Febre de Bola (Nick Hornby) foi meu campeão de marcações, e fico imaginando se isso teria acontecido se eu tivesse lido em qualquer outro momento que não o que eu o li, que foi durante a Copa do Mundo. Eu estava vivendo um dos períodos mais trevas do ano todo, e usei descaradamente a Copa das Copas como minha válvula de escape, deixando a vida stand-by para viver em função de futebol. Foi ótimo, no fim das contas, porque vivi ali emoções e experiências que nunca me imaginei capaz de viver e adorei me entregar, me envolver e sofrer naqueles meses. Não sabia que eu tinha isso dentro de mim, e foi ótimo descobrir isso. E como a arte sempre me ajudou a organizar as coisas que eu sinto, as memórias do Nick Hornby baseadas na sua vida de torcedor do Arsenal vieram no momento mais oportuno de todos os tempos e fico feliz que a gente tenha se encontrado.
O melhor livro de não-ficção do ano
Mais uma prova de que timing é tudo nessa vida: teria eu eleito Vacaciones (Ana Paula Barbi) a melhor não-ficção do ano se não tivesse lido ele nesse mesmo período negro no qual tudo que eu queria na vida era fugir? Não sei, porque ele não tem nada a ver comigo. A Polly é espirituosa e o livro tem seu mérito, mesmo sendo um apanhado dos posts de seu blog. Entre 2004 e 2007 (!) ela viajou pelo Brasil sem plano, perspectiva ou dinheiro algum, passando fome, dormindo em banheiros de rodoviária e curtindo loucamente tudo isso. Não me identifico nada com essa coisa de viver la vida louca de forma inconsequente, nem sei como funciona, mas me apeguei, me encantei, e paguei um pau pra coragem dela. Tem que ser muito porreta pra passar por isso, e esse espírito livre me inspirou e ensinou muito. Obrigada, Polly. De coração.
Duas menções honrosas: Female Chauvinist Pigs (Ariel Levy) é uma análise bem interessante sobre a raunch culture americana, e traz um debate sobre pós-feminismo, se ele existe e se aquilo que muitas entendem como liberação sexual, principalmente quando a gente coloca a mídia no meio (pensem em Beyoncé e Miley), é de fato empoderamento ou mais um delírio do sistema opressor machista. É um pouquinho datado e acho que a discussão já avançou muito desde que ele foi publicado (2005), mas não deixa de trazer bons pontos. Frank - The True Story That Inspired The Movie (Jon Ronson) é mais um ensaio bem grande do que um livro, e conta a história bem impressionante do Frank Sidebottom, um artista britânico bem excêntrico, que se apresentava por aí com uma cabeça de papel maché gigante na cabeça. O livrinho conta a história real do cara que inspirou o personagem central do filme Frank, com o Michael Fassbender. Os dois são incríveis, e o livro, além de ser absurdamente tocante, é muito divertido. Recomendo bem.
Desgraçamento de cabeça do ano
Saí do cinema direto pra livraria, porque Garota Exemplar (Gillian Flynn) tem o tipo de história que, quando acaba, deixa você desesperada querendo saber mais, entender melhor, discutir incansavelmente para tentar dar conta de todos os temas que ele aborda, e tão bem. É uma ótima adaptação, mas o livro ganha de lavada porque desenvolve ainda mais lindamente os dois personagens centrais, e o cenário de casamento doentio e destrutivo que ele pinta é total desgraçador de cabeça. A discussão de gênero que ele propõe é maravilhosa (tatuando o monólogo da cool girl SIM), a crítica social feita aos papéis que a sociedade nos impõe, e a forma como a gente se acomoda a eles, é brilhante e incômoda, sem falar no cutucão que ele dá na mídia sensacionalista. Ainda não tirei a história da cabeça e nem quero. Assim que é bom.
Catatau do ano
Me dei um Kindle de Natal ano passado e não tive mais desculpas para não começar a ler As Crônicas de Gelo e Fogo (George R. R. Martin), pois não sou obrigada a carregar esses calhamaços comigo pra lá e pra cá. Foi um salto de fé e coragem, porque aventura e fantasia não são meus gêneros favoritos, mas fiquei feliz de ter corrido o risco porque ADOREI a história. Demorei a me apegar, levando um mês até chegar na metade, mas matando o resto em dois dias. Quis até fazer um GOT Report aqui no blog, mas acabei esquecendo pois euzinha. Pretendo encarar o segundo livro ainda no início de 2015, então quem sabe, né? Pra quem tem vontade de ler mas tá hesitante, super recomendo ir na fé. Harry Potter adulto não no sentido de ser superior, mas de usar uma dinâmica parecida para abordar temas mais faca na bota.
Delírio cor-de-rosa do ano
Coloquei essa categoria aqui, copiada da Analu, porque precisava falar da série Quarteto de Noivas, da Nora Roberts. Porque às vezes tudo que a gente precisa é de um romance besta com a certeza de um casamento no final, e essa é a essência desses quatro livros. Cada um acompanha a história de uma das sócias da Vows, uma empresa de casamentos, e a vida de Mac, Emma, Parker e Laurel é absolutamente perfeita e descolada da realidade: elas são lindas, ricas, bem sucedidas, melhores amigas, amam o que fazem, são boas nisso e, independentemente de qualquer problema (sempre ínfimo e facilmente contornável), elas encontram o amor. Que é sempre um cara gato, rico e incomensuravelmente apaixonado por elas, além de ser amigo de todas, formando uma grande família ridicula e deliciosamente feliz. Li os dois primeiros livros esse ano, são bestas que só, mas às vezes é tudo que a gente precisa. Laurel e Parker me aguardam em 2015!
Gostosas risadas de 2014
Sendo bem sincera, eu li livros mais engraçados que As Pupilas do Senhor Reitor (Júlio Dinis) em 2014. Bem mais engraçados. Mas nenhum deles me pareceu tão genuinamente divertido como essa novelinha portuguesa, e nenhum outro me fez ficar rindo gostosamente só de lembrar das expressões dos personagens. Ele parece uma novela das seis de roça e de época, que conta a história dos romances cruzados entre dois irmãos e duas irmãs. O clima da história é muito gostoso, os personagens são cativantes e ele é cheio de cenas que não servem pra nada se não pra divertir gratuitamente o leitor, como aquele momento em que o padre chega no bar e constrange de propósito as pessoas que estão jogando baralho, pra recolher a esmola dos jogadores pra igreja - se fingindo de bravo, mas morrendo de rir por dentro.
A melhor leitura de 2014
(Chegaram perto, muito perto, quase lá: Garota Exemplar e Fangirl)
Eu terminei Deuses Americanos (Neil Gaiman) ontem, depois de mais de um mês de leitura, e então eu entendi (como eu tinha entendido desde as primeiras páginas, pra ser bem franca) por que é que os fãs do Neil Gaiman são tão entusiasticamente fãs do Neil Gaiman. Não foi meu primeiro livro dele, mas foi o primeiro que me tocou de verdade, me remexeu por dentro e me fez querer ser sua amiga, filha adotiva, pinguim de geladeira, sei lá. Que escritor, amigos, que mente, QUE HOMEM.
Deuses Americanos conta a história de Shadow, um cara que de repente não mais que de repente se vê no meio de uma batalha iminente entre os deuses antigos - que chegaram até a América na mente e no coração de imigrantes do mundo todo, ao longo dos séculos - e os deuses modernos - a mídia, o dinheiro, a internet, as drogas sintéticas, etc. Sim, é uma fantasia, mas é um universo tão real, com deuses humanizados, decadentes, cômicos e trágicos ao mesmo tempo. Tem um milhão de coisas bizarramente estranhas acontecendo, mas a escrita de Gaiman faz com que tudo pareça muito trivial, e você tem a impressão que nem ele mesmo percebe como tudo aquilo é esquisito. Seu surrealismo me lembrou muito o do David Lynch, e acho que o livro me ganhou por causa do climão Twin Peaks que impera ao longo de toda a história.
Acredito em um deus pessoal que cuida de mim e se preocupa comigo e supervisiona tudo que eu faço, em uma deusa impessoal que botou o universo em movimento e saiu fora pra ficar com as amigas dela e nem sabe que eu estou viva. Eu acredito em um universo vazio e sem deus, um universo com caos causal, um passado tumultuado, e pura sorte cega. Acredito que qualquer pessoa que diz que o sexo é supervalorizado nunca fez direito, que qualquer um que diz saber o que está acontecendo pode mentir a respeito de coisas pequenas. Acredito na honestidade absoluta e em mentiras sociais sensatas. Acredito no direito ao aborto, no direito dos bebês de viver, que, ao mesmo tempo em que toda vida humana é sagrada, não tem nada de errado com a pena de morte se for possível confiar no sistema legal sem restrições, e que ninguém, a não ser um imbecil, confiaria no sistema legal. Acredito que a vida é um jogo, uma piada cruel e que a vida é o que acontece quando se está vivo e o melhor é relaxar e aproveitar.
Um dos cenários de Deuses Americanos é a Casa da Pedra, um museu do absurdo localizado no meio do nada de Wisconsin, com atrações como a sala do infinito, o maior carrossel interno do mundo e uma sala com instrumentos musicais que tocam sozinhos. Quase morri do coração quando soube que essa lugar existe de verdade (e já planejei uma maravilhosa viagem imaginária para lá), e que Gaiman pegou leve na descrição para que ele parecesse mais real. Esse detalhe resume o livro pra mim: Deuses Americanos mostra o lado mais louco e mágico do nosso mundo, que a gente insiste em reduzir, desmitificar e tratar de forma objetiva porque, se a gente parar pra pensar, vai parecer tudo uma grande piada. Enorme, absurda, e absolutamente mágica.
Só os deuses são reais.
Todos os livros lidos em 2014:
Spirit Bound - Vampire Academy #5 (Richelle Mead) : **
A Menina que Roubava Livros (Markus Zuzak): ***** - releitura
Turma da Mônica - Laços: *****
Axilas e Outras Histórias Indecorosas (Rubem Fonseca): ****
Fangirl (Rainbow Rowell): *****
Como Ter Uma Vida Normal Sendo Louca (Jana Rosa e Camila Fremder): **
Eleanor and Park (Rainbow Rowell): *****
Nada Dramática (Dayse Dantas): ****
Matilda (Roald Dahl): ***
Três Viúvas (Liliane Prata): ***
A Vida Como Ela É... (Nelson Rodrigues): ****
Como Falar Com Um Viúvo (Jonathan Tropper): ****
Guerra dos Tronos: As Crônicas de Gelo e Fogo I (George R. R. Martin): ****
O Lobo de Wall Street (Jordan Belfort): **
Someone Else's Life (Katie Dale): *
Vacaciones (Ana Paula Barbi): ****
Quinze Tons de Constrangimento (Ana Paula Barbi): ***
Febre de Bola (Nick Hornby): ****
Complexo de Cinderela (Colette Dowling) - abandonei
O Vulto das Torres (Lawrence Wright) - abandonei
Beautiful Bastard (Christina Lauren): **
Vision in White - Quarteto de Noivas #1 (Nora Roberts): ***
The Duke and I - The Bridgertons #1 (Julia Quinn): ***
Senhora - José de Alencar: *****
As Pupilas do Senhor Reitor (Júlio Dinis): *****
Last Sacrifice - Vampire Academy #6 (Richelle Mead): ****
The Vacationers (Emma Straub): ***
Persuasion (Jane Austen): ***
Garota Exemplar (Gillian Flynn): *****
Mar de Rosas - Quarteto de Noivas #2 (Nora Roberts): **
Can You Keep a Secret? (Sophie Kinsella): ***
Frank: The True Story That Inspired The Movie (Jon Ronson): ****
Female Chauvinist Pigs (Ariel Levy): ****
Radical Chique e o Novo Jornalismo (Tom Wolfe): ****
Bliss (Lauren Myracle): ****
Mentirosos (E. Lockhart): ****
Vou te contar que você agora super me animou a ler Deuses Americanos, que devo ter na estante há quase 3 anos e to enrolando.
ResponderExcluirGone Girl e Fangirl quero ler também faz um tempo, e novamente você me empolgou.
Gostei da sua lista. Gosto muito de listas em geral, sobre livros então.. mas sempre fico feliz em ler a sua no final do ano.
nossa, se eu tivesse colocado uma categoria decepção do ano no meu post com certeza teria colocado the vacationers no meu também. mesma coisa: muito buzz para um livro que nem é grandes coisas. nessa proposta "família de férias" segui a dica do tuca e li nadando de volta para casa e olha, achei BEM melhor.
ResponderExcluir(deuses americanos <3)
Me envergonho um pouco em dizer que não li nenhum desses livros ainda, mas, você me animou a ler um monte. Quero muito ler Garota Exemplar, Fangirl e principalmente, Deuses Americanos. Já li muitos livros da Nora Roberts, e como você disse, apesar de besta, é tudo o que a gente precisa as vezes. Beijos
ResponderExcluirhttp://desfocandoideias.blogspot.com
Eleanor & Park acabaram com meu coração, doeu forte hahaha. Já comprei Fangirl, mas estou guardando para um momento especial <3
ResponderExcluirTive meu primeiro contato com Gaiman esse ano com O Oceano no Fim do Caminho. Como achei a leitura fantástica, acabei me presenteando com o volume 1 de Sandman :D
Decepcionadíssima que não teve vídeo, porque passei o dia esperando - mas entendo a dor de garganta, essa fdp.
ResponderExcluirEntão, miga, vamos lá.
Cê sabe que torci o nariz pra esse casal do ano né? Não consigo entender esse amor todo em cima desse livro CHATO com um casal MAIS CHATO AINDA. Eleanor & Park só não receberam o troféu de CASAL MALA do meu ano porque eu não criei esse troféu, rssss #hatersgonnahate
Ia criar um troféu de livro nacional, sabe, mas achei vergonhosa a minha parca lista de opções, de forma que mesmo que um dos 3 melhores do ano tenha sido nacional, preferi não criar. To curiosa por Senhora, mas ainda carrego a sombra de Iracema. Será que em 2015 isso será quebrado? #dúvidas
O que me fez chorar foi A vida em tons de cinza, mas achei lindo você chorar em FanGirl, achei fofo, achei legítimo, achei que nossa vida tem que dar certo no fim das contas porque a da Cath deu e ela é pior que nós duas juntas. Já o segredo de Emma Corrigan eu juro que achei engraçado o seu chororô, porque eu apenas chorei de rir.
E:::: to apavorada até agora com seu parágrafo sobre Vacationers porque é a descrição exata de Os Mentirosos. Agora to ainda mais ansiosa pela sua nota, porque acho que cê vai odiar que nem eu, hehehehe. Amo gente que joga no meu time (?).
Os livros do Roald foram muito bem adaptados mesmo, acho que justamente por serem simples. Tipo, é realmente fácil colocar isso na tela sem sair fazendo cortes. To lendo Charlie and the chocolate factory aqui, no original, comendo o livro de tão gostosinho - mas realmente é IGUALZINHO ao filme (o filme novo, o velho é bem diferente).
Eu até agora não entendi sua vontade maluca de ler Vidas Trocadas enquanto ignorasse Brett até agora. Tô de olho.
Na hora que cê começou a falar que grifou todo o Febre de Bola eu pensei que foi pelo timing. A gente tava muito viciada em futebol, amiga. Não tinha como cê não querer casar com esse livro em Vegas. Na dúvida, nunca releia - ou só em épocas de Copa, embora eu ache que nenhuma vai superar essa. Inclusive, sdds. Muitas. Que fase das nossas vidas. :')
Fiquei super curiosa com esse Vacaciones (toda hora confundo o nome com o Vacationers) e adicionei no skoob como meta pro ano. Tacalhepau2015, tacalhepau tacalhepau tacalhepau.
Garota Exemplar eu enrolei tanto pra comprar que deixarei para o início de 2015: quero que ele pegue uma fila de blank spaces, e não a rabuja do ano, sabe? #frescuras
Adorei a categoria CATATAU, amo essa palavra. Acho que meu catatau foi A Garota do Penhasco, que a srta inclusive deveria ler. Deveria ter lido, aliás, no lugar do Vidas Trocadas, que é bem longuinho também, né? Não tenho a menor vontade de ler GOT, bjs me ame.
Delírio cor-de-rosa: VEM NA GENTE essa felicidade toda, pq tamo merecendo.
Sobre As Pupilas do Senhor Reitor: durmo só de ouvir esse nome???
E last but not least, já adicionei Deuses Americanos na minha lista de metas pra 2015 também e vamo que vamo!
Te amo, miga, mas queria vídeo. Tocosdds da sua voz, #hetera. Beijos! <3
Amo esses posts com "mini resenhas"... Sempre dá para extrair boas dicas deles, sem ficar lendo uma análise cansativa sobre um livro que ainda não li. Obrigada por isto, Anna!
ResponderExcluirEstou lendo "Garota Exemplar" no meu Kindle (wow, também me dei o luxo de comprar um Kindle este ano, depois de muita discussão interna provocada pelo medo de abandonar os livros físicos, se eu o fizesse), justamente depois de ter visto um post por aqui falando sobre ele. Das 100 páginas que eu já li, quase metade tem algum tipo de grifado. Li "Senhora" faz pouco tempo e amei tanto quanto você (olha). Só que, no caso, eu já era bem fã do Alencar. Claro que "Iracema" também me traumatizou um pouquinho, mas minha admiração pelo autor veio de "O Guarani", que mistura romance, ação, aventura e drama num livro de tirar o fôlego e que ainda nos dá, de brinde, várias passagens pra lá de poéticas.
O livro mais engraçado que li foi "Cândido", de Voltaire: um protagonista que se ferra o tempo todo, humor negro narrado de forma banal e um final MUITO reflexivo. Aliás, o livro todo é reflexivo... E crítico, principalmente para a época em que foi escrito. Ainda no quesito humor, "Memórias Póstumas de Brás Cubas" me divertiu muito, também. Em suma, os dois últimos títulos citados foram as melhores leituras que tive em 2014. Mais "Morte e Vida Severina", que é perfeito, perfeito e perfeito.
Primeiro que preciso ler Rainbow Rowell. Várias pessoas já me indicaram Fangirl e E&P e eu disse que leria. Mas especialmente Fangirl, porque eu tenho certeza de que vou me identificar muito - eu lembro do seu post, inclusive - e acho que vai ser importantíssimo pra fazer as pazes comigo mesma.
ResponderExcluirEmma Corrigan é um livro tão bacana, mas li numa época tão errada e não gostei tanto. Acho que Sophie merece essa releitura (e não chorei horrores lendo esse, mas chorei horrores lendo chick-lit mais de uma vez #meujeitinho hahaha).
Febre de Bola parece um livro perfeito pra ler durante a Copa. Dito isso, talvez em 2018. Saudades eternas e enormes da Copa das Copas. Que época maravilhosa ela foi, mesmo com muitos gols de c e r t a s seleções.
Ok, lerei Garota Exemplar! Mas queria muito ter lido antes do filme :(
Amei essa categoria de Delírio cor-de-rosa da Analu, e já comentei lá que quero ler. Que vida maravilhosamente irreal deve ser a dessas personagens.
Neil Gaiman é um autor que me foi muito recomendado também, e eu enrolei muito pra ler, apesar de gostar bastante dos episódios de Doctor Who que ele escreveu. Não li Deuses Americanos, mas li um livro dele esse ano (O oceano no fim do caminho), que com esse título maravilhoso e a premissa que me interessou horrores acabou não sendo muito meu tipo de coisa. Mas achei o trecho que você destacou bem legal, e comentários empolgados sempre deixam uma vontadezinha de ler, né? (e gostei especialmente da última parte do seu comentário sobre ele).
Beijos e feliz Natal! <3
Anna, te dei um gelo por alguns dias só porque você não fez o vídeo! Hahahaha Até parece, tava naquela correria pré-natal, mais o trabalho, mais a preguiça de abrir o computador, você sabe né.
ResponderExcluirRainbow Rowell: Amo ver vocês amando todos os libros da Rainbow, mas depois de Fangirl, eu até gostei da leitura de Anexos, mas sabe quando você praticamente esquece do livro depois de terminar de ler? Sem contar que não gostei nem um pouco do conto dela em My true love gave to me. Mas o que eu queria dizer mesmo é que planejo ler mais coisa dela neste ano e ainda estou muito em dúvida entre Eleanor & Park e Landline!
Toda vez que eu olhar pra Senhora (não que eu veja muito esse livro, de fato acho que nunca o vi em livraria nem biblioteca risos), vou lembrar de ti. Não consegui ainda ser convencida de que esse livro é bom, mas adorei esse nome de protagonista. Aurélia Carmargo. Provavelmente porque me fez lembrar de Aurelianos da vida.
Poxa, Como ter uma vida normal sendo louca em menção desonrosa! Poxa! (mas entendo seu ponto de vista)
E que tristeza saber que Matilda é um livro irrelevante, mas na verdade aparentemente os livros que deram origem a filmes maravilhosos realmente não têm nada de genial, que morte horrível
Vou ter um carinho eterno por Nick Horny e seu Febre de bola por ter lido na copa e mais ou menos junto contigo. Outro dia mesmo passou uma reportagem sobre o Müller e quase me derreti, até hoje minha família inteira sabe que sou groupie da seleção alemã <3
Você vai acabar me convencendo a ler Vacaciones, tá quase!!1
Eu já tinha superado Gone girl, sendo que nem vi o filme então vai entender, mas agora que apareceu na sua lista, deu uma vontade de ler, vamos ver o que acontece em 2015!
Não sei se eu teria coragem de ler As crônicas de gelo e fogo, pois com esse tamanho todo me lembra O senhor dos anéis, que eu tentei ler numa época em que eu NUNCA abandonava livros, mas fui obrigada a largar Tolkien ainda no prefácio pois não sou obrigada e tinha mais o que fazer mesmo nas férias aos 12 ou 13 anos hahahaha
Fiquei muito assustada quando esse livro do Neil Gaiman te arrebatou (?) no final do ano, mas também fiquei muito curiosa e pensei seriamente e dar uma segunda chance a ele já que não gostei de Coraline.
Que nosso 2015 seja um ano de leituras lindas e por isso vou te recomendar um livro assim que nunca mencionei antes: apenas A casa dos espíritos, porque convencer todo mundo a ler Paula não é suficiente bjs
ótima lista, anna!!!! :) gostei muito de eleanor & park e fangirl, embora não tenham me envolvido tanto quanto poderiam se eu tivesse lido mais nova ou em outro momento da minha vida. a cath do começo do livro é quase tudo o que eu já fui e lutei MUITO pra deixar de ser, então embora eu tivesse muita compaixão, às vezes eu so tinha vontade de dar uma BOA CHACOALHADA nela hahahaha
ResponderExcluirnossa, sempre quis ler deuses americanos!!! ja escutei falar muito bem. por falta de oportunidade acabei lendo "belas maldições", que é em parceria com o terry pratchett e que eu quase odiei. mas é porque não gosto do estilo do terry pratchett (autor de discworld, que também não gosto). ano que vem vou procurar deuses americanos!! :) coraline eu acho legal, mas o que eu amo do neil gaiman é stardust <3 <3 <3 (e não gostei do filme!)
gone girl eu baixei ilegamente (uhuuu \,,/) pro kindle e vai ser uma leitura pro revéillon na praia :DDD ansiosa! tô ainda na duvida se vejo o filme antes ou não!!! você disse que tinha até achado melhor ver antes, mas fico aqui na minha duvida... tem um cinema aqui em fortaleza que vai passar retrospectiva dos melhores de 2014, então vou poder ver na telona! :)
minha relação com game of thrones também é péssima!!! leio muuuuito devagar (ok, mais do que você). tô com o segundo volume desde setembro e ainda não cheguei nas 200 paginas!!! mas gosto muito pelo mesmo motivo que você! e a trama é tão incrivelmente bem elaborada com tantos inumeros personagens que não tem como não cair de joelhos e fazer uma reverência ao george r. r. martin!
senhora eu ja li, o autor é cearense, mas sabe que não me marcou? eu não achei ruim, lembro que gostei, mas agora não me lembro de absolutamente nada.
e fim! feliz ano novo!!! ^____^
Annoca... Me diverti horrores com esse post e nem ligava de ter você tagarelando uma hora inteira com aquele teu sotaque delicioso!
ResponderExcluirFui uma desgraça literária esse ano, mas ó, ja to aqui comprando meu Deuses Americanos, porque me sinto culpada... Li só Oceano do Neil e já apaixonei, mas fiquei enrolando pra ler outras coisas dele, obrigada pelo incentivo. Inclusive pegando diquinhas porque nossa, preciso muito voltar a ler mais haha
beijos
Gostasse do livro Quinze Tons de Constrangimento, de Polly? Eu fiz uma resenha sobre esse aqui, ó: https://alinecandelaria.wordpress.com/2016/01/28/voce-tem-que-ler-quinze-tons-de-constrangimento/ e eu ainda tou rindo, socorr
ResponderExcluir