Não entendo nada de música clássica ou música no geral, tecnicamente falando. Notas, tons, sibemol, fá sustenido... Sei no máximo desenhar uma clave de sol e diferenciar a 5ª da 9ª sinfonia de Beethoven. Mas sei ouvir e achar tudo lindo, e por enquanto isso basta. Nas duas últimas semanas, Uberlândia recebeu o MIMU Festival, evento que trouxe pra província uma série de concertos e palestras dos mais diversos tipos, reunindo músicos do mundo inteiro.
Apesar da divulgação pobre, desde o dia 16 tem acontecido atrações diárias, quatro ao longo do dia, para todo tipo de gosto e preferência. Quando fiquei sabendo, marquei na agenda todos aqueles que queria ver, mas no fim das contas acabei conseguindo ir apenas ontem, para assistir um concerto da orquesta sinfônica do grupo e foi sensacional.
No pátio do nosso nunca terminado Municipal (risos), apesar das acomodações serem meio desconfortáveis, o fato da apresentação ter ocorrido debaixo das estrelas deu todo um toque especial para a coisa. Sob a regência da inglesa Catherine Larsen-Maguire, os músicos em sua maioria jovens e do mundo inteiro moeram a 4ª Sinfona de Tchaikovsky (essa eu conheço - e amo - por causa do ballet!), alguns trechos do ballet Romeu e Julieta, de Prokofiev - e pra minha felicidade rolou Dance of The Knights, que sou apaixonada por causa da abertura de um show do Muse -, dentre outras peças.
Saí de lá encantada com o trabalho do pessoal. Sobre técnica não posso dizer nada, mas foi bem feito o suficiente para ser ovacionado de pé por vários minutos, ao final, e me deixar completamente absorta pelo que acontecia no palco a minha frente, além de arrepiada em tempo integral. Estou apaixonada, quero ir num concerto todo final de semana. Só acho uma pena que esse tipo de evento seja tão mal divulgado. Não acho que isso seja um problema só daqui, mas do Brasil todo, onde a arte é muito desmerecida; o interior sofre mais já que existe muito menos gente preocupada em fazer acontecer coisas tão bacanas assim. Se fosse um show do Luan Santana na faixa a história seria outra. De qualquer forma, para mim e para todos que puderam prestigiar nas duas últimas semanas, foi uma experiência fantástica.
Sonho: já que ano que vem é ano eleitoral e é provável que o Municipal finalmente fique pronto (risos), bem que nosso prefeito poderia aproveitar a necessidade de "fazer a Dilma dele" ganhando uns votos ao trazer o Gustavo Dudamel e a Orquestra Sinfônica de Simon Bolívar para a inauguração, não é mesmo? (suspiro).
Anna :)
ResponderExcluirSim, a arte no Brasil é muito desmerecida. E mesmo quando é valorizada e abrem espaço pra coisas legais como a virada cultural o povo dá um jeito de estragar. Ir à virada cultural é nojento e perigoso, tem gente vomitando pra tudo quanto é lado.
beijos
Dona Vitória, aqui em SalvadorCity esse tipo de arte é muito bem divulgado. O nosso Teatro Castro Alves recebe orquestras do mundo todo a cada semana. Eu mesma faço parte do coral de uma delas.
ResponderExcluirEspero que você possa ver o Gustavo Dudamel e sua orquestra linda e emocionate algum dia, pessoalmente, como tive a oportunidade de assistir (também falei com ele, morra de inveja, haha.
Um beijão pra você. Tchau,
A música clássica no Brasil é uma tristeza mesmo de tão pouco falada e divulgada. Meu melhor amigo faz música, e agora está em Portugal e diz que lá se tem muito mais cultura na música clássica do que aqui.
ResponderExcluirNunca fui em um concerto, mas ainda quero ir. :)
Beijo!
É uma vergonha esta discrepância na nossa música. Vá pesquisar quanto ganham estes músicos... ganham menos, muito menos do que merecem! Nem a boa divulgação, decente e eficaz, eles recebem.
ResponderExcluirEu sempre amei música clássica. É lindo, é inspirador, é delicado e é eterno!
beijos!