Eu tinha doze anos e ele muitos a mais que eu. Eu morava em Minas e ele na Califórnia. Pra mim ele foi o primeiro, e, por muito tempo, o único. Já ele, em dois anos sei que teve três. Seth Cohen e eu nos encontrávamos diariamente aos fins de tarde, e também toda quarta-feira à noite. Os episódios se repetiam e eu via a mesma história ser contada várias vezes sem me importar, porque ele estaria ali e eu repetiria suas frases incansavelmente só pra que um dia elas saíssem da minha boca num dia qualquer, de forma espontânea, e eu me riria inteira por dentro ao ver que, tal qual ele, eu era cheia de reações alérgicas ao universo, incapaz de pronunciar a palavra “pudim” sem rir um pouquinho e que quando alguém bate na minha porta e eu não quero atender, tudo que quero era dizer: I’m busy... studying... naked.
Mesmo hoje, seis anos depois de ter assistido The OC pela primeira vez, ainda me pego suspirando por ele. Mesmo sabendo que vai dar tudo certo e ele vai conseguir levar Summer ao baile e fazer o discurso mais lindo de todos os tempos em cima do palco, ainda me aflijo enquanto ele não chega lá e diz que deveria ser o rei, porque ela é a rainha e ele a ama. E meu coração dá pulos quando Summer chega em sua casa após ter desistido de viajar para a Itália com seu então namorado e Cohen, com máscara de Homem Aranha, escorrega do telhado e eles se beijam numa das cenas mais famosas e lindas do seriado. E se eu choro de soluçar toda vez que ele se despede de Anna no aeroporto ao som de If You Leave é porque eu me identifico tanto com esse casal que parece piada, e não deixa de doer um pouquinho pensar que nem mesmo na ficção duas pessoas tão parecidas não conseguem ficar juntas.
Seth Cohen pode ter vários defeitos, e sou a primeira a concordar que muitas vezes ele é tão egocêntrico que deixa de ser engraçado, mas pra mim o pior de todos eles é não existir. Por mais patético que seja, muitas vezes encarei o teto do quarto escuro minutos antes de dormir, ouvindo Transatlanticism – um de nossos CDs favoritos – e sofri um pouquinho por saber que meu par perfeito jamais seria de verdade. Até hoje ainda acho que procuro um pouco dele em todos os caras de carne e osso por quem me apaixono.
Não importa quantos venham, ele sempre vai ser o primeiro, e o primeiro amor é pra sempre.
(Não tinha planejado nada pro dia de hoje, mas aí estava organizando uns arquivos no computador e encontrei esse texto, que escrevi para a edição especial de séries da zine da Irena - e hoje ainda é aniversário dela, parabéns, Irena! Achei bonitinho, achei querido, e sei lá, todo dia é um bom dia para se lembrar da existência de Seth Cohen, né?)
Ai gente, Seth Cohen owns your heart forever e ninguém nunca vai tirar esse posto dele! Post mais do que merecido!
ResponderExcluirBeijinhos <3
Meu coração! Não tem como esquecer Seth Cohen e o pior de tudo é que a gente sempre vai procurar um pouquinho dele em alguém. E o pior ainda é que ele não existe! E se ele existisse seria muito disputado hahaha.
ResponderExcluirBeijo!
E não é que ficou bem simpático o texto mesmo. Mas é verdade, quem nunca se apaixonou por um personagem qualquer e ficou procurando as características dele nos de carne e osso? E o primeiro amor, pois é, a gente nunca esquece.
ResponderExcluirBoa noite moça, "_"
Hoje veio um post completinho na minha cabeça sobre o meu primeiro namorado/marido, aka Sr. Bloom. Não sei não, acho que faz parte de ser adolescente cultivar esses amores impossíveis (impossíveis MESMO), e sofrer, e amar, e tudo isso na vida. O post fugiu porque eu estava na rua e não podia escrever, mas quem sabe ele volta? Hahaha
ResponderExcluirMeu outro namorado ficcional teve um triste fim, e não falemos nisso porque até hoje não me recuperei.
Beijo, Anna! Sei que encontrarás um Seth para chamar de seu, e eu espero que ele venha um pouco menos egocêntrico e com outros defeitos mais legais, porque né, ele vai ser de verdade <3
Seth Cohen não foi o meu primeiro amor, mas foi um deles. Haha
ResponderExcluirAcho que antes do Seth teve o Ephran Brown de Everwood, e eu tentava procurar alguém que fosse ao menos parecido fisicamente com ele. E assim que eu entro no 1º ano do colegial, tinha um cara bem parecido na sala do lado. Mas quais as chances? Tontinha que eu era, nenhuma, claro! Hahahaha
Tô aqui esperando um Seth Cohen com um ingresso pra um show do Death Cab até hoje (e provavelmente pra sempre).
ResponderExcluirSabe aquela história de esperar eternamente pela cartinha de Hogwarts? Com o passar dos anos comecei a dividir essa expectativa com a espera por Seth Cohen na porta da minha casa. Confesso que até hoje tenho esperanças que ele dê as caras para deitar comigo no sofá e passar a tarde ouvindo o Transatlanticism ~:
ResponderExcluirNosso, amiga. Nosso! Amei, amei, amei. Seth é pra sempre. O amor platônico eterno e maravilhoso. Tô revende a 3ª temporada de The O.C. ainda, e ai... só suspiros. Te amo <3
ResponderExcluirHahahahahahah!! Anna, acho lindo seu amor pelo Seth, porque eu entendo perfeitamente. Meu primeiro amor deve ter sido o Olavo, de Paraíso Tropical. Isso já te diz muito sobre meu psiquismo. Mas eu já tive mil e um amores platônicos que me fizeram SOFRER por saber que eles não existe e/ou já foram tomados. Atualmente, o negócio é com o Derek Shepherd. Eu preciso tanto desse homem na minha vida, mas taaaanto... :'( dói a alma.
ResponderExcluirOutro que eu nunca superarei é o Tom, do McFLY, e aquele vídeo LINDO do discurso de casamento dele. Sucks. Life ruiners tão aí justamente pra mostrar pra gente que ninguém jamais será tão bom quanto eles. Mi-mi-mi.
Beijos!
Você e suas ideias gênias de posts nos dias dos namorados! Preciso levar The OC a sério, mas ainda não é a hora. Quando eu tiver vontade assistir, me apaixonarei, aposto. Por isso preciso desse timming! hahaha
ResponderExcluirMas esse giff é incrível!
Beijos! <3
Adorei o post e acabei me identificando, porque o meu primeiro amor foi o fofíssimo Josh Hutcherson em "ABC do Amor" (e ainda sou sacaneada na família até hoje porque ficava, sem exageros, sorrindo e com os olhos brilhando para a televisão quando ele aparecia). HAHAHAHAHAHA
ResponderExcluirAi, eu amo demais esse teu texto! Acho que o Seth também foi meu primeiro amor de série, eu lembro que assistia The O.C. só pra ver ele, hahaha!
ResponderExcluirE obrigada pelo parabéns <3
O novo layout ficou maravilhoso!
ResponderExcluirBlog atualizado
jj-jovemjornalista.com
Ai, meu primeiro amor foi o Pat Verona, amiga <3 Me apaixonei tanto pelo Heath Ledger que até hoje me sinto meio viúva, sabe? É MUITO difícil ainda pensar que ele se foi.
ResponderExcluirE você sabe que minha queda em The O.C. é pelo Ryan. Amo que a gente nunca briga por causa de homens fictícios e sempre tem o perfeito pra cada uma. Hahaha!
<3
Beijo, Annokita!
Meu primeiro amor foi o Matt LeBlanc quando eu comecei a ver Friends lááá em 2001. Eu tinha só 10 anos, mas foi amor a primeira vista. Tinha tudo dele, fantasiava mil coisas. Era lindo. hahahaha
ResponderExcluirComo a Analu, um dia eu levo a sério The O.C. SORRY. :(
Beijo! <3
De tão bem que você sempre fala dele, eu ainda vou assistir um dia The O.C. por você. haha
ResponderExcluirAmei!!!! Eu assisti The O.C. numa época bem triste da minha vida, pós fim de namoro e etc. E também me apaixonei pelo Seth. Não como você, porque eu queria mesmo era que o Ryan adentrasse a minha porta com aquela carinha de mau, mas me apaixonei pela fofura do Seth! Pela carinha de menino que precisa que cuidem dele, pelas falas engraçadinhas dele e principalmente pela ingenuidade dele. Você fariam um lindo casal Anninha! Rs!
ResponderExcluirBeijos
Ótimo texto!
ResponderExcluirFavoritei o blog...
quem nunca se apaixonou por Seth Cohen que atire a primeira pedra .. amei seu cantinho e estou te seguindo tudo aqui , te encontrei pelo rotaroots e acabo de dizer que teu blog entrou pro meu feed diario , continue assim
ResponderExcluirhttp://minimosluxos.blogspot.com.br/