Eu aprendi a gostar de Uberlândia quando comecei a andar em Uberlândia. Filha única, cria de apartamento com todas as credenciais de ex-criança boba e esquisita que meus pais puderam me dar, passei a ganhar a cidade com minhas próprias pernas e sem supervisão depois dos 15. Uma coisa é andar na rua com alguém segurando sua mão e te dizendo pra onde ir, outra bem diferente - principalmente para pessoas distraídas e perdidas como eu - é fazer isso por sua conta. E foi só assim que eu conheci a cidade onde eu nasci e morei a vida inteira, e foi dessa forma que comecei a gostar dela.
Era como se passar periodicamente por aquelas praças, conhecer os seus contornos e hábitos - aqueles cinco minutos de diferença entre ter que esperar uns três turnos do semáforo pra conseguir atravessar a rua ou passar direto - as falhas no calçamento, as placas, as pessoas, a forma como o sol bate em determinados prédios depois das cinco; tudo isso fez com que eu lenta e gradativamente amasse a minha cidade natal. Passei mais de quinze anos alheia a tudo isso, me restringindo a, mecanicamente, entrar e sair de um carro, ou então a ser conduzida por aí pelas mãos de alguém meio apressado. Sozinha, mesmo que com hora pra chegar nos lugares, o tempo é meu e o espaço também, para que eu o explore como bem entenda, um dia entrando numa rua, e no seguinte vendo onde aquela outra iria dar.
Ai de mim que, ainda por cima, sou romântica e adoro me sentir flâneur, porque isso faz com que eu decore as casas bonitas pra observar pela janela do ônibus, atravesse as praças pelo meio (e tem uma com um busto gigante do Juscelino Kubitschek que eu sempre paro pra ver, nem que seja por um minutinho, porque quando eu era pequena minha avó me levava para dar oi pro Juscelino e eu achava isso o máximo), dê trela pra todo cachorro que cruza o meu caminho e seja colega dos donos de banca de revista que eu visito pelo menos uma vez por mês. Estou sempre atrasada, quase sou atropelada ao menos uma vez na semana, sou aquela pessoa insuportável que às vezes atrapalha o fluxo da calçada, mas amo minha cidade à moda de Chico Buarque: amo tanto e de tanto amar, acho que ela é bonita.
Já São Paulo eu conheci desde bem nova gastando com força a sola do sapato. Acho que ainda sei andar melhor em São Paulo do que na minha própria terra. Tenho família por lá e me candidatava para acompanhar quem quer que fosse em todas as visitas, além das férias obrigatórias em janeiro. É quando boa parte dos paulistas foge da cidade cinza e cheia de pedras que eu encontrava o momento perfeito para me jogar nela de cabeça. Meu primo e fiel escudeiro é quem sempre me levou pra lá e pra cá, e ele nunca teve muitos pudores com caminhadas em longa distância. Sempre desconfio quando ele diz que é perto, dá pra ir andando. Eu sei que não é, pra quem vem de uma cidade com menos de um milhão de habitantes o perto paulista nunca vai ser o nosso perto, que significa ali na esquina. Mas mesmo sendo tudo tão longe, tudo tão enorme e assustadoramente longe ao ponto de eu querer subir de quatro aquela ladeira e já ter esfolado um sapato novo de tanto andar, valia o esforço.
São Paulo é horrível e incrível ao mesmo tempo, é uma cidade que te assusta e te acolhe, te abraça com força e te espanta com crueldade. As pessoas sempre louvam São Paulo como uma cidade que não é pra principiantes, e sim para sobreviventes, mas pra mim sempre foi muito fácil gostar de lá. Existe algo na sua postura difícil que sempre me atraiu, porque eu nasci escolhendo as coisas mais difíceis pela graça do difícil, mesmo que seja complicado demais pro meu próprio bem. Porque mesmo com o metrô lotado, meu coração sempre acelera quando subo a escada rolante e me vejo no meio da Paulista. Mesmo tendo que segurar a bolsa mais firme junto ao meu corpo, eu amo todas as pessoas diferentes que existem ali.
Ninguém precisou me ensinar o modus operandi do tough love de São Paulo, porque desde sempre nós falamos a mesma língua. São Paulo é como amar uma pessoa difícil que te implora todo dia pra ir embora, é como todo boy lixo que tem lá seu charme, é como uma cena clichê de filme em que uma pessoa ataca a outra, que a segura firme até que os socos se transformem em abraço e a raiva vire choro redentor. É como a tatuagem cantada por Chico: pesa feito cruz nas nossas costas, nos retalha em postas, mas no fundo a gente gosta e nem é só quando a noite vem.
Então eu conheci o Rio de Janeiro, e vocês já devem ter ouvido por aí que ele é lindo. Passei anos esnobando a cidade, achando que meu coração gelado e cinza de quem adotou São Paulo mesmo nunca tendo morado lá me faria imune a todos os encantos que ela guardava. O sol carioca demorou 18 anos para me derreter, e de cenário inofensivo das novelas, o Rio se tornou uma obsessão pessoal. Eu precisava colocar meus pés naquela cidade. Não precisei nem efetivamente pisar no Rio para estar apaixonada: bastou um pouso no Santos Dummont pela Baía de Guanabara na hora do por do sol pra eu pensar seriamente que se eu morresse, minhas cinzas deveriam ficar ali.
Na manhã seguinte peguei um freixcão que atravessou toda a zona sul e o centro, e fiquei como criança vidrada na janela, amando tanto e achando tudo tão bonito que chegava a doer. Brinquei com as minhas amigas que me sentia na Disney na Globo, porque estava andando nos cenários que por vinte anos só existiam na tela da televisão, e me parecia surreal que tudo aquilo existisse mesmo e fosse ainda mais bonito do que tudo que o Maneco já mostrou. Eu só pensava que jamais seria capaz de ser feliz em qualquer outro lugar. São Paulo parecia Cubatão, e Uberlândia uma Cumari piorada. Deixei um pedaço de mim em cada uma das janelas antigas dos prédios velhos de Copacabana, com seus velhinhos nas calçadas e as padarias pitorescas. Ainda é possível encontrar lascas de Anna Vitória na orla das praias e na pedra do Arpoador.
Eu já sabia que amaria o Rio, mas não pensei que fosse tanto, nem tão fácil. Quem cresce entre Uberlândia e São Paulo passa a acreditar que é regra essa maluquice que o amor vem associado às pauladas, mas existe o Rio de Janeiro pra mostrar que pra ser charmoso não precisa ser caolho e que pra ser interessante não precisa pedir pelo amor de Deus pra gente ir embora. O amor pode ser fácil e simples, como um menino de sorriso bonito.
Uma amiga uberlandense refugiada no Rio me escreveu que lá é o único lugar onde é possível lavar e deixar a alma ao mesmo tempo, e foi isso que ele fez comigo. Em Futuros Amantes, Chico canta a história de um amor que de tão enorme ficou guardado para ser amado num futuro distante, que transformaria o Rio numa cidade submersa a ser explorada por escafandristas. Sempre entendi que a letra falava de um amor romântico, e na verdade é isso mesmo, mas é impossível pisar no Rio de Janeiro, e depois deixá-lo, sem ficar com uma sensação de que um pouco de si ficou por ali também.
Talvez seja esse o segredo da cidade: ela é tão linda que todo mundo que sai deixa um pouco de amor no fundo de uma gaveta, atrás de uma pedra, flutuando por milênios no ar a fim de ser amado de novo e de novo por todo e qualquer visitante, uma espécie de futuro amante. Afinal, amores serão sempre amáveis e é isso que me consola: saber que um dia irei voltar e ele vai me esperar inteiro - e lindo.
Uberlândia sempre vai ser minha casa e é tipo amor de mãe, São Paulo sempre vai acelerar meu coração como uma paixão proibida, mas desconfio seriamente que o Rio seja o novo amor da minha vida.
Amiga, amei o seu post, porque o Rio sempre me teve. Vou lá desde sempre, meu pai é carioca, minha avó também, e aff, queria também ter nascido na cidade maravilhosa e falar exquina e freixcão com mais propriedade! Mas calhei de ser cearense, vá saber.
ResponderExcluirTenho uma relação de amor e ódio com a cidade que eu vivo, na qual de amor só restava o clima (sempre sol, nunca quente, com o vento que vem do mar), mas que ultimamente tem sido um problema grave. Te mimo derretendo e fazendo orçamento de ar condicionado. Então, nessas horas de não ter o menor vínculo amoroso com a terrinha (odeio até essa palavra), quando eu olho pro Rio, parece que o mar inteiro vem pra dentro de mim e eu me sinto feliz. Quem sabe o nosso destino não é por lá?
Mas já diria o cumpade Chico: não se afobe não, que nada é para já.
Amo você! Amo!
SIIIIIIIM. É isso. É essa a sensação que o Rio também me deixou. Que cidade maravilhosa! E real!
ResponderExcluirQuando voltei do Rock in Rio de 2011, eu simplesmente não conseguia sair de órbita. Meus pés não tocavam no chão. Demorei duas semanas para me dar conta de que as provas estavam chegando e que o rio de janeiro já tinha passado. Mas, né, é como você disse: ficou um pedaço meu lá. E eu quero muito voltar. <3 Suspirei.
Amei seu texto, as usual!!! Cê é gênia, já sabe, né? =)
Beijos, amigaaa <3
Como carioca que sou, fiquei emocionada de ler você falando do Rio assim, porque mesmo nascida e criada, e apesar de todos os milhões de problemas e dos xingamentos, eu me apaixono todo dia por essa cidade. Eu amo me sentir turista aqui, explorar e saber que sempre existe um lugar novo pra amar. Enfim, tento imaginar como é alguém de fora chegar aqui pela primeira vez e ver tudo isso, deve ser maravilhoso. Eu mesma fico bobinha quando vou no Santos Dummont.
ResponderExcluirAcho que por ser daqui também, esnobo praticamente todas as cidades. Algumas eu tenho vontade de conhecer rápido, outras até de passar umas semanas, mas não tem nenhumazinha que me faça balançar e me tentar a me mudar daqui. Aliás, nunca gostei de São Paulo.. vindo de uma carioca parece meio óbvio, né. Minha mãe e meus avós são de lá mas mesmo assim nem tchum.
Oi Anna! Venho acompanhando seu blog a tempos e já te conheço bastante! Sei que sua terra natal se chama Tupaciguara, e não Uberlândia! Acho que você se enganou, ou seria vergonha das verdadeiras raízes? Faltou ela no post, né?
ResponderExcluirPoxa, acho que você tá se enganando! Acho que é porque você ama TANTO a cidade em que nasceu que acha que todo mundo que coloca o pé lá tem que ser nascido e criado também, né? Mas ó, considero pakas.
ExcluirFui criada em casa com família grande. E tudo sempre foi perto: colégio, curso, estágio. Passei a andar sozinha na rua - indo para a escola - a partir dos nove anos de idade. Ou seja: era perto mesmo e, naquela época, Salvador não representava um perigo tão grande assim.
ResponderExcluirAté hoje, em verdade, desconheço Salvador. Não ando para fora do centro da cidade e, com o índice de violência cada vez maior, não tenho esse interesse. Quando criança, adorava minha cidade, hoje tudo que mais quero e fugir daqui, Salvador não é mais "aquela".
São Paulo é tudo isso que você descreveu e dá saudade ser uma menininha assustada diante da grandiosidade de lá. Eu passei um dia em BH, Anna, há mais de quatro anos e adorei a cidade. era um domingo de calor terrível ao dia e frio imenso à noite. E o ar era tão puro que eu não conseguia respirar, quase desmaiei, de verdade! Aqui na minha cidade a poluição impera, e a sujeira dos cidadãos também, infelizmente.
Beijão.
Ah, que coisa linda esse post! Eu concordo com tudo que a Fernanda disse ali em cima no comentário. Apesar de não morar especificamente na cidade do Rio, a minha vida praticamente é para os lados de lá, moro uns 30 min do Centro. Como a gente vive aqui, acaba não percebendo essa beleza toda. Na verdade toda vez que vou em Ipanema, Barra, eu fico boba como aqui é lindo. Sou apaixonada pelo estilo de vida que a gente tem aqui, e fico tão feliz quando as pessoas se sentem bem quando visitam. Apesar de todos os problemas que o Rio tem, eu não moraria em outro lugar. Tive a sorte de viver aqui, pra que largar? hahaha
ResponderExcluirDigo que não só a cidade do Rio, mas o Estado em si é lindo. Aqui dá pra você fazer cada final de semana um programa diferente, conhecer um lugar novo, e isso é o que acho mais legal. Além de ser quase tudo programa ao ar livre e de graça.
Espero que volte e se sinta tão bem quanto da primeira vez e quem sabe fazer um tour com as Bragas pelo Rio hahaha. A gente adora (não sei se já percebeu).
Beijo
Ps.:Essa é a terceira vez que tento comentar no post, vamos ver se agora vai haha.
Pausa: Comentário do Matheus (HAHAHAHAHA). Despausa.
ResponderExcluirAmiga, que texto delicioso.
Então, eu amo São Paulo, né. Essa cidade tomou conta do meu coração de uma forma que eu jamais imaginaria. E eu cresci no meio de paulistas que desciam o pau no Rio, e de poucas outras pessoas que falavam que paulista descia o pau no Rio por inveja, só porque eles não tem praia para olhar pela janela. E eu duvidava.
Fui obrigada a concluir isso com meus próprios olhos, quando fui pela 3ª vez ao Rio, no ano passado. Porque das outras duas vezes foi com pai e com pai não conta. Foi na 3ª vez que eu senti o Rio, e olhando o pôr do sol no arpoador eu pensei: "Os paulistas realmente tem birra disso aqui porque tem inveja".
Juro que to sentada em cima do muro, com uma perna de cada lado, sem saber se amo mais a São Paulo que me adotou ou o Rio, que é com certeza o meu melhor amante.
Te amo!
Partilhamos da mesma situação, passei a andar e conhecer São Paulo de uns tempos pra cá. Do nada me veio uma curiosidade e uma vontade enorme de conhecer a minha cidade, seus pontos turísticos, monumentos e atrações. E acabei percebendo que possuo um amor imenso por sp e em ser paulistana. Ando fazendo alguns passeios fotográficos e vou começar a postar no blog, visite enjoythepicturesblog.blogspot.com.br
ResponderExcluirNunca sai de São Paulo, mas tenho muita vontade de conhecer outros estados com suas belezas e peculiaridades, bjs seus textos são ótimos!
Anna! Que texto incrível! (Ah, mais um apenas).
ResponderExcluirAcredite, nunca fui a Uberlândia! Meu mineirês se restringe a: Santo Antônio do Monte, onde nasci e vivi até os 18 anos, e a região: Divinópolis, Lagoa da Prata, Arcos, Pará de Monas. Ouro Preto, que visitei aos 5 anos e semana passada e me ganhou completamente. Mariana, em visita com a faculdade. E minha querida BH, apesar dos pesares. E nunca, NUNCA fui pra esse lado de Berlândia, poxa! Fiquei com tanta vontade de ir depois da sua descrição gostosa da cidade.
Não conheço São Paulo também, mas fiz um projeto pra faculdade lá que me fez gostar um pouco - muito - da cidade.
E não, também não conheço a cidade maravilhosa. :/
Minha ideia de mar se restringe a Porto Seguro, nos primórdios dos 15 anos de idade.
Ando alimentado a vontade de amar esta cidade, de explorá-la, de ver um por do sol maravilhoso. E agora, sacanagem, você me fez ficar enlouquecida de vontade de ir.
Anna! Acho que já te falei isso, mas falarei novamente: teus textos são dos melhores da blogosfera e se os jornais e revistas e o que quer que seja que queira trabalhar não te descobrirem, vão perder MUITA coisa boa!
Continue sempre assim, sendo a melhor. A melhor de você!
Porque a cada texto eu penso: "este é o melhor". Daí vem o próximo, e o próximo e o próximo... enfim,
Beijo procê.
Ps: Quando vier pra BH me avisa! Lá em casa terá pão de queijo quentin procê. <3
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ResponderExcluirAmei o post e me identifiquei loucamente porque passei pela mesma situação só que com São Paulo.
ResponderExcluir(p.s.: assino o feed do seu blog mas tive que vir aqui comentar esse post porque me identifiquei horrores!)
Há duas semanas fui a São Paulo pela primeira vez para turistar e tive uma experiência muito arrebatadora com a cidade. AMEI! Simples assim. E nem foi difícil, na verdade foi mais fácil do que deveria.
E bom, sou carioca. Muito carioca mexxxmo. De conhecer, idolatrar, ir a praia todo fim de semana, conhecer cada prédio antigo do Centro, explorar cada canto da cidade e levar os amigos de outras cidades pra passear por aqui com a maior empolgação do mundo...enfim, uma relação de amor construída cuidadosa e intensamente como o encaixe das pedrinhas portuguesas que tanto povoam essas calçadas daqui do Rio.
Mas são Paulo, ah São Paulo. Me senti engolida por aquela cidade. E o que é estar na Paulista? Encantador! Aqueles prédios todos, aquela gente toda (e a diversidade, ah a diversidade), os músicos e apresentações nas ruas, os cafés 24 hrs (e tudo mais 24h que a cidade ostenta na nossa cara!), Fran's café, MASP e sua feira de antiguidades nos domingos, Pinacoteca, Augusta.....nossa que turbilhão, que maravilha! Achei minha nova cidade maravilhosa. E jamais pensei que me sentiria tão acolhida, tão onde eu deveria estar! Confesso que até agora - mesmo já descrevendo tudo isso pra meus amigos, incrédulos da minha paixão digo de passagem, repetidas vezes - ainda não captei o que aconteceu...acho que foi amor à primeira visita. E nem o fato de simplesmente não existir mate para comprar naquela cidade me fez torcer o nariz.
Ou seja, quando li o post entendi perfeitamente o que aconteceu com você. Se apaixonar perdidamente por uma cidade é uma coisa muito louca. Você se imagina repetidas e repetidas vezes nos lugares, se imagina morando lá, indo ao cinema, sei lá...trivialidades da vida.
Entendo mais ainda porque, de fato, vir ao Rio e não deixar um pedaço do seu coração é impossível. Aqui é realmente lindo (sem qualquer vestígio de modéstia!) e apaixonante. Tomara que você possa voltar muitas vezes!
(p.s.: fui eu que comentei no seu Instagram pra você visitar Santa Tereza, um lugar super imperdível daqui e que fornece outros pontos de vista - turísticos e de pensamento )
Enfim...falei à beça! Mas não podia deixar de comentar num post que expressou tão exatamente tudo que senti ao me apaixonar por outra cidade (a mais improvável delas para um carioca) e que descreve perfeitamente o que é São Paulo ( "o avesso, do avesso, do avesso, do avesso")
Um beijo grande! Volte ao Rio! Amo seu blog, você escreve super bem e é um dos poucos blogs pessoais (à moda antiga) que sobreviveu lindamente e que nos presenteia com ótimas histórias-que-queremos-saber-porque-nos-sentimos-seus-amigos, haha! Parabéns!
Meu Deus, que texto lindo <3
ResponderExcluirSua descrição de São Paulo me pegou de jeito que é pra lá que eu pretendo morar em alguns meses, então sei lá, só fiquei mais animada.
Sobe Uberlândia, devo dizer que sinto a mesma coisa com Vitória, pois apesar de não ter nascido aqui, é o primeiro lugar que estou andando com as minhas próprias pernas.
Já o Rio nunca foi de meu interesse. Quem sabe ele me ganha também? Ele tem seus fãs fieis haha
bjs
A leitura desse texto foi um deleite. Seus textos assim, ricos em poesia na prosa, são coisas lindas. Em geral, todos seus textos já são maravilhosos, mas esses fazem meu coração bater forte! Beijo!
ResponderExcluirAnna, que texto mais delícia!
ResponderExcluirVocê descreveu São Paulo bem como a vejo, e o Rio também. Mas olha, o Rio vai ser sempre meu amor bandido. Ai que saudade daquela cidade <3
E não conheço Uberlândia, mas meu pai conhece, já foi algumas vezes e só faz elogios :)
Beijo
Muito obviamente esse seu texto me causou arrepios. Do começo ao fim. É engraçado porque quando eu era mais nova e ouvia todas aquelas coisas sobre o trânsito fuém do Rio, o calor exagerado, a muvuca, o sol (que não é meu melhor amigo, mas já fizemos as pazes), a areia, o sal e toda a esquizofrenia que ronda o dia a dia nessa cidade, ficava desesperada. Nunca quis, realmente, vir pra cá. O bairrismo tomava conta sem vergonha nenhuma e eu jurava de pés juntos que nunca deixaria os pampas.
ResponderExcluirE aí, da história você já sabe, eu vim parar aqui. Resisti, confesso. Relutei até não poder mais, mas fui puxada pelos braços calorosos e malandros do Rio. Me disseram uma vez e eu ousei rir, mas é a mais pura verdade: a única forma de não amar o Rio de Janeiro, é jamais conhecê-lo. Tão verdade que eu hoje, mesmo sem motivos pra ficar, não me vejo em outro lugar desse mundo a não ser aqui.
Sei que coisas muito boas vão acontecer nessa cidade, pra mim e, quem é que sabe, pra você também, talvez? :)
Quero mais visitas, amiga! Pra irmos à feirinha no Lavradio, pra eu te apresentar ao samba e ao jazz da Gamboa e da Pedra do Sal, pros barzinhos e sinucas da Lapa, pro Teatro Poeira e pro Rival, pro Canecão, pra confeitaria Colombo, pro Teatro Municipal e pra Travessa do Centro. E pra Ouvidor e seus sebos, porque certeza que vamos rolar no chão de lá também.
Volta logo, viu? Amo você! <3
Olá Anna, sou uma leitora/amante do blog que não se manifesta muito, mas lendo esse post não pude me conter.
ResponderExcluirCada palavra do texto me lembrou de uma emoção sentida, um momento vivido, por uma pessoa apaixonada por São Paulo e que está aprendendo a amar Uberlândia.
É algo quase inexplicável o que sinto quando leio seus relatos de viagem ou sobre coisas simples do dia a dia, porque é como se fosse comigo haha
Já te vi várias vezes em projetos na sua antiga escola, minha atual, e fico me contendo pra não ir até você e falar tudo isso aí em cima hahaha
xoxo
Olá Anna, sou uma leitora/amante do blog não muito participativa, mas nesse post não pude me conter.
ResponderExcluirComo uma apaixonada por São Paulo e alguém que está aprendendo a amar Uberlândia, seu texto me trouxe de volta memórias e sentimentos únicos de quem é capaz de achar linda e encantadora uma cidade tida como aterrorizante.
Cada palavra me fazia lembrar de segundos inesquecíveis vividos na minha cidade natal, em minha exploração entre idas e vindas no ônibus e de viagens relâmpago a São Paulo, cada uma com sua história.
Já te encontrei na sua antiga escola (onde estudo atualmente) e fico me contendo para não ir até você e contar o quanto amo ler seus textos, mas minha timidez não deixa haha
E o post me deixou morrendo de vontade de conhecer o Rio, que é lindo!
xoxo