domingo, 1 de fevereiro de 2015

Então eu li o livro da Lena Dunham

E já vou avisando que não gostei.

Não Sou Uma Dessas é um livro que reúne ensaios a respeito de vários temas, de sexo e morte, passando por dieta e acampamentos de verão, com o objetivo de reunir tudo que a Lena "aprendeu" nesses seus vinte e oito anos de vida. Aprendeu assim entre aspas porque, bem, é assim que está escrito na capa. No fundo, o livro é uma autobiografia não-definitiva da moça, com uma certa extensão dos temas abordados em Girls e muitas anedotas mais ou menos interessantes sobre diferentes momentos da sua vida.


Eu poderia começar dizendo que, a não ser que você seja a Malala ou a Anne Frank, meio puxado lançar uma autobiografia aos 28 anos, por motivos óbvios. Mas aí, logo no começo, num dos trechos mais fortes do livro, a Lena fala que pra ela não existe nada mais corajoso do que você, principalmente se você for mulher, bancar a ideia de que a sua história merece ser contada, que sua experiência serve para alguma coisa além de alimentar sua própria vaidade. Veja bem, o importante aqui não é que os outros acreditem que sua história vale a pena, mas que primeiramente você acredite nela, e a gente sabe que a diferença entre um e outro são enormes. 

Isso quebra minhas pernas porque eu sempre acreditei nisso, em histórias, em pessoas, e que todo mundo tem uma pra contar. Eu não teria escolhido ser jornalista se eu não acreditasse nisso, eu não estaria escrevendo um livro como TCC se eu não soubesse que essas histórias estão aí. Mas, sobretudo, depois de sete anos escrevendo num blog onde eu falo basicamente sobre mim, o mínimo que eu, que não sou a Malala nem a Anne Frank, posso fazer, é ficar caladinha e pensar que o que separa um blog pessoal de um livro como esse, grosso modo, são rios de dinheiro, belas tatuagens, e uma boa dose de sorte (e talento também, vai) na vida. 

miga você me respeite 
Eu sou uma dessas também. Todas somos, no fundo. Nossas histórias, trajetórias, e inadequações importam sim e merecem ser contadas. O que eu mais gostei na primeira temporada de Girls, a única que tive estômago para assistir, foi que eu vi ali garotas de verdade. Horríveis, egocêntricas, inadequadas e perdidas, mas que alívio ver garotas assim quando a gente pensa que a representação de personalidade que a maioria das personagens femininas ganha é o fato de ser desastrada ou excêntrica de um jeito limpinho e que não ofende ninguém. 

No entanto, o fato da história ser importante não significa que ela seja necessariamente boa e, meu Deus, o livro da Lena Dunham é ruim demais. 

Tá, ruim demais talvez seja exagero meu, uma primeira impressão inflamada de quem passava as páginas em desespero porque o livro não acabava nunca e eu não aguentava mais. Não Sou Uma Dessas tem seus momentos. A parte sobre sexo e relacionamentos, por exemplo, é impecável. O senso de humor autodepreciativo da Lena, ao invés de amenizar o baque de todos os relatos sobre seus amores errados e o sexo mais errado e desconfortável ainda, só os torna mais insuportáveis, no sentido de que você se sente tão mal por ela, tão desesperada ao imaginar alguém naquela situação, que quase dói. A parte sobre o abuso sexual que ela sofreu é minha favorita porque é um retrato doloroso que mostra, sobretudo, como esse assunto ainda é negligenciado, até mesmo nos meios mais "esclarecidos". 

And if I could take what I've learned and make one menial job easier for you, or prevent you from having the kind of sex where you feel you must keep your sneakers on in case you want to run away during the act, then every misstep of mine was worthwhile. 

E aí que eu, que nunca tive problemas com relacionamentos abusivos e nem grandes questões com meu corpo, que acho que são os temas que atraem a maioria das pessoas para esse livro, me vi contemplada justamente quando ela abre a porteira e deixa a boiada da ansiedade correr solta. Lena Dunham refletindo sobre a morte é um caso patológico de ansiedade e eu, enquanto uma pessoa que duas semanas atrás ficou acordada até as cinco da manhã andando em círculos na sala de casa porque não conseguia fazer aquele eu interior calar a boca e não pirar, só conseguia pensar: Meu Deus essa mulher é completamente maluca, e eu sei exatamente sobre o que ela está falando. 

¯\_(ツ)_/¯

"I should stop apologizing for being overly analytical about this, even though I am sorry (not to you, but in a deeper way, sorry for my brain chemistry and who I am, I do what I can that isn't heroin to modify it but I was born as anxious and obsessive as any incredibly gorgeous child ever could be)."

I do everything I can that isn't heroin é meu novo jeito favorito de explicar pras pessoas que mandam eu parar de chorar ou hiper-analisar as coisas que olha, não é de propósito, não faço isso porque é divertido, sei que é um problema e estou tentando mudar, então segura sua onda aí. Talvez eu faça uma camiseta com essa frase. 

E aí vocês me perguntam: se a história é importante, se o livro tem bons momentos e você está inclusive pensando em fazer uma camiseta com uma frase dele, por que é que você disse lá em cima que não gostou do livro?


Bom, basicamente porque tirando os destaques que fiz aqui, ele não é interessante. Pelo menos não pra mim. A impressão que eu tive foi que a maioria dos ensaios do livro são coisas que a Lena Dunham escreveu sobre ela e para ela, e calhou dela estar numa posição em que editoras acham um bom negócio publicar um livro com meia dúzia de ensaios interessantes e dezenas de outros que não tem a menor relevância - e quando eu falo em relevância eu estou falando aqui que ela passa um capítulo inteiro descrevendo uma dor na ppk. 

Teria eu sido entretida por páginas e páginas sobre dor na ppk e descoberta de endometriose se fossem elas escritas de um jeito mais interessante, divertido e menos Dunham-nesco? Com certeza. O problema é que a gente nunca consegue tirar a voz dela da cabeça, e acompanhar seu fluxo de pensamento é exaustivo. Sabe aquelas coisas que a gente pensa que só fazem sentido na nossa cabeça? Então, a Lena escreveu tudo que se passa na sua cabeça, o que faz e o que não faz sentido pro mundo, com suas observações irritantes e um insuportável senso de que ela é a pessoa mais interessante no mundo. Miga, não é. 


Não Sou Uma Dessas é um livro de memórias e histórias de uma mulher de 28 anos que te diz logo de cara que vai usar aquelas páginas para contar o que "aprendeu" na esperança de te acolher e de te prevenir de ciladas parecidas com aquelas que ela viveu. Ele não é sempre engraçado, ele enche o saco, ele não é nem remotamente interessante em vários momentos, mas continuo admirando a Lena Dunham - primeiro pela honestidade, e depois por nunca pedir desculpas. Para mim, a única coisa mais corajosa do que uma mulher acreditar que sua história merece ser contada, é ela ter coragem de contá-la, apesar de tudo. 

A gente pode gostar ou não do resultado, mas isso é problema nosso. 

23 comentários:

  1. Anna,
    Curti muito sua honestidade ao escrever o post. Quando perguntei no Whatsapp sua opinião sobre o livro, eu não entendi muito bem qual era, mas agora ficou bem claro e eu já sei que não vou curtir o livro — ou seja, não vou nem comprar. Vou seguir pro Never Have I Ever mesmo e simbora. Ainda assim, bem maneiro isso de toda história ser importante. É uma coisa que vez ou outra eu me pego pensando também.

    Beijos!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. P.S. Faça a camiseta! Talvez eu copie, porque me identifiquei também, hahahah!

      Excluir
  2. Caralho , adorei seu texto. Tanto a opinião, quanto como foi escrito (gargalhei com o termo PPK). Salvei como um dos meus favoritos :) um beijo

    www.eunomadiando.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  3. Por um segundo, no começo do texto, fiquei confusa, porque ouvi tanto vocês malharem o livro que fiquei comedo mesmo. Por um segundo quase pensei em ler. Aí li o resto do seu texto e voltei à opinião que eu vou ficar onde estou mesmo, porque tenho muita coisa pra ler e não vale a pena ficar aumentando minha lista com coisa aleatória.

    Apesar disso, gostei muito de como você apontou os pontos positivos do livro (e/ou da decisão de escrever o livro). Só achei pesado você ter feito eu morder a língua na parte da ppk porque estou no trabalho e como eu ia explicar isso pro mundo se eu não devia nem estar aqui?

    Enfim, sua autoridade de alma gêmea literária será levada em conta e não lerei esse livro, pelo menos não antes de terminar com minha pilha e ele chegar espontaneamente nas minhas mãos (às vezes acontece, vai).

    Beijos <3

    ResponderExcluir
  4. Ai, Annoca, super compreendo o que você quer dizer, tenho essa mesma impressão de Lena e isso cria um bloqueio entre nós (eu e Lena). Sabe quando a pessoa se acha nada e tudo, ao mesmo tempo? Essa é a impressão que eu tenho dela e não consigo entender nem gostar dela, por conta disso. Portanto, se eu já não estava animada pra ler esse livro antes, agora é que descambou mesmo. Não passará.

    Beijinhos!

    ResponderExcluir
  5. Eu acho que eu largaria o livro no meio do caminho. Não tenho coragem de continuar a ler algo que eu sei que não vai melhorar.

    http://www.jj-jovemjornalista.com/

    ResponderExcluir
  6. Então amiga, eu acho que todo mundo tem o direito de contar a própria história se achá-la interessante, como a gente faz no blog. Mas acaba virando livro por jogo sujo da editora que sabe que vai dar dinheiro independente se for realmente bom. Mas também, dan-se né, porque lê quem quer e olha aí, a gente leu e achou um saco.
    Beijos! Te amo!

    ResponderExcluir
  7. Hoje em dia há tantas pessoas que de repente vendem rios de livros por causa de um sucesso aqui e ali, né?
    Quando é assim, já fico com o pé atrás, mas torço para estar enganada e o livro surpreender. Quando é assim, leio textos como o seu, e prefiro nem começar a ler.

    Mas como você disse, admiro a coragem ( e a puta sorte) que esse povo tem, viu.

    Ps: Passei em Uberlândia dia desses. Lembrei de você e fiquei procurando uma garota ruiva nas ruas. haha

    Beijão.

    ResponderExcluir
  8. Enfim alguém fez uma resenha decente e sincera sobre esse livro! Obrigada

    ResponderExcluir
  9. Fiquei assustada em perceber qual foi a editora que em sua sã consciência lançou algo assim tão ... Ruim!
    Escrever sobre a sua "fantástica" vida em um blog como a maioria de nós faz (eu me incluo) é uma coisa, agora se denominar escritora e lançar um livro é outros 500...

    ResponderExcluir
  10. te indiquei em uma TAG literária http://ladomilla.blogspot.com.br/2015/02/tag-estante-perfeita.html

    ResponderExcluir
  11. Uma maiga minha me enviou esse livro. Não minto que estou ansiosa para ler e não me surpreende que a maioria tenha criticado vorazmente. A tua crítica está excelente, menos voraz, porque rolou identificação. E, não minto, é isso que eu tô esperando, sabendo que a obra não é nada demais.

    Acho que rolou uma pressão enorme porque "oh, o livro da Lena Dunham" e, por isso, a maioria se decpcionou legal. Eu tô esperando ler um blog, um diário, só que sei dessa pretensão absurda de ser a voz de uma geração.

    Eu ainda gosto de Girls, me identifico horrores e fico ansiosa com cada capítulo dessa nova temporada, nunca me identifiquei tanto com a série, o que deve fazer de mim uma pessoa chata - para falar de maneira educadinha. Mas dia desses li um comentário interessante sobre: "odeio essa série, um monte de jovem educada se maltratando". É isso.

    Beijo, Anna!

    http://ninagaldina.tumblr.com/tagged/blog

    ResponderExcluir
  12. Bom...eu até pensei em ler o livro porque vi vocês bichando e pensei: vai que é bom né? Mas depois desse post e, como confio no seu bom gosto, desisti de ler! Olha você aí fazendo a Lena perder dinheiro hein! Ahahaha!
    Na verdade é assim: eu até gosto de biografias desde que sejam de pessoas interessantes e que tenham algo de bom a compartilhar. Por exemplo tô a fim de ler a bio da Ana Paula Padrão pois acho a mulher fantástica.
    Mas para me prender tem que ser bem escrito e não cair naquele marasmo que dá sono e, bem...se ela dedica um capítulo para falar da PPK é porque tá faltando assunto mesmo né!

    Beijocas

    ResponderExcluir
  13. Eu tenho um pouco de bode com o feminismo da Lena porque ela é muito liberal, muito daquela "se você gosta tudo bem", seja maquiagem ou apanhar. E pra mim é muito problemático. Quando vi o livro dela até achei interessante, mas fiquei me perguntando se o título era irônico ou ela era mais um floquinho de neve especial, se se acha diferente das outras garotas.
    No final das contas, depois do seu relato, acho que o livro foi lançado sob cortina de feminismo por uma pitada de oportunismo mesmo, porque se se tratam apenas de ensaios aleatórios... Parece que ela discute bastante sobre a questão de auto-imagem, empoderamento, tabus corporais, mas fica por aí, né?
    De qualquer forma, acho que vou atrás de ler um dia desses, pra tirar prova haha
    beijos!

    ResponderExcluir
  14. Ouvi falar desse livro mais polêmicas em relação à história dela com a irmã, que não sei a quem fim chegou, por sinal. Não tenho nenhum interesse na Lena Dunham, mas entendo quando você diz que a admira por não pedir desculpas e por ter coragem de contar a história dela. Também acho que a gente, que tem blog, no fim das contas acredita que as nossas histórias também merecem ser contadas. Mas é que o contrato com uma editora, traduções pra diversas línguas e os rios de dinheiro envolvidos são uma diferença muito muito grande, pra mim.

    Achei interessante quando você comentou que páginas sobre dor na ppk (risos) poderiam ter te entretido se contadas num estilo menos Lena Dunham, porque essa sou eu com Girls. Tem várias coisas bacanas em Girls, mas o estilo não me desce e eu desisti sem remorsos depois de uma primeira temporada em que a única coisa que amei de verdade foi quando a Hannah e Marnie dançaram Dancing On My Own em casa.

    Mas, enfim, faltou dizer: gostei muita da resenha.
    Beijo!

    ResponderExcluir
  15. Eu vi algumas pessoas falando também que não tinham curtido muito o livro. Eu já não curto muito a moça, tipo a JLaw, sei lá, alguma coisa não bate haha, mas não é por isso que não reconheço algumas coisas muito legais que ela já fez, pelo contrário.
    Acho que eu não curto muito ela por esse negócio dela se achar a pessoa mais legal, interessante, etc e tal do mundo. Claro que ela pode se achar e pode até ser rs. Até tentei assistir a série mas não levei adiante.
    Beijo
    http://www.deborabp.wordpress.com

    ResponderExcluir
  16. Eu tava esperando terminar de ler o livro pra poder comentar com um pouquinho de propriedade, então ontem eu terminei e agora tô aqui pra comentar hê.

    Então, né, quando eu comecei a ler de fato, você e Analu já tinham terminado e eu já comecei com os dois pés atrás, com a certeza de que ia achar uma merda. E eu achei mesmo. Mas essa parte da introdução em que ela diz que não acha nada mais corajoso do que uma pessoa contar sua história, especialmente sendo uma mulher, me fez ter a esperança de que eu seria a amiga do contra e amaria tudo. Mas né, paciência. Achei Lena uma pessoa problemática demais, mas não num sentido que me desperta o interesse ou que me faz ter vontade de abraçar e dizer "amiga, calma, vai dar tudo certo". Não. O tempo todo eu só conseguia pensar que Deus me livre ter uma pessoa dessas na minha vida, porque eu simplesmente não teria paciência pra lidar. Fiquei irritadíssima porque me pareceu que, enquanto as coisas que eram realmente traumáticas eram contadas como se não tivessem essa importância toda, coisas absolutamente triviais eram tratadas como MEU DEUS SOS O MUNDO VAI ACABAR. Miga, num tenho paciência.
    Pra não dizer que não gostei de nada, a parte sobre morte me deixou com a cabeça meio descaralhada e tendo mil ideias erradas, então sim, essa realmente acho que valeu. Mas é isso aí.

    Amei seu texto e pfvr não julgue minha revolta hmmmmmm

    beijo! <3

    ResponderExcluir
  17. Amiga, eu gostei do livro.
    Mas por motivos muito egoístas. As piras que ela tem em relação a morte são EXATAMENTE iguais as minhas. Não posso ignorar isso. Eu que achava que estava sozinha nesse mundo, sabe? Algumas coisas no livro realmente foram bem wtf e não faziam muito sentido estarem ali. Terminei a leitura com a sensação de que meu blog faria muito mais sucesso. O oportunismo ta editora é gritante por causa disso: o livro é claramente um apanhado de arquivos do Word de Lena.
    MESMO ASSIM, grifei o livro diversas vezes e vou levar com carinho forever.
    A propósito, a ideia da camiseta não é ruim, não viu? Quero também.
    Beijo, te amo! <3

    ResponderExcluir
  18. Olá!

    Acompanho seu blog há alguns anos e quando me deparei com a polêmica do suposto abuso, relatado no livro autobiográfico, logo lembrei de seu post sobre a série Girls e quis saber a sua opinião sobre o livro. Se não sabia e tiver um tempinho, dê uma conferida!

    http://www.breitbart.com/big-hollywood/2014/12/03/investigation-lena-dunhams-republican-rapist-story-falls-apart-under-scrutiny/

    http://www.breitbart.com/big-hollywood/2014/12/16/surreal-coincidence-7-unnecessary-details-in-lena-dunhams-rape-story-point-to-barry-one/

    Enfim, a temática do livro em si e esta polêmica do "falso" abuso, não conseguiu chamar a minha atenção de jeito nenhum!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Anônimx!
      Seguinte, não estou por dentro dessa polêmica não, mas se puder dar uma opinião mesmo assim, queria dizer que sempre que uma mulher fala publicamente sobre alguma violência que sofreu, principalmente se é um abuso sexual, pipocam "polêmicas" tentando deslegitimar a história dela, e eu não acho que isso seja uma coincidência. Acho que assumir isso demanda uma coragem muito grande, e minha tendência é sempre ficar do lado das minas até que se prove o contrário. :)

      Abraço!

      Excluir
  19. eu li algumas resenhas (a sua é a melhor, sem dúvida, ô menina, como você sabe argumentar maravilhosamente bem) falando exatamente isso: que é difícil de se relacionar, se identificar, com o livro da Lena. eu achei engraçado, porque a ÚNICA coisa que eu fiz foi me identificar. e não é de um jeito "eu também tenho desejos reprimidos pela minha irmã" ou "jesus como eu transo louca e selvagemente", não, mas é uma coisa mais profunda, uma espécie de ansiedade/angústia/vontade de ser que ela consegue me passar em cada linha que escreve, seja sobre sexo, vida adulta, ou mesmo quando fala de, sei lá, comida. é mais engraçado ainda se considerando que a gente é gêmea, né? daí fica até estranho de falar. mas eu gosto e me identifico demais com Leninha, não tem jeito!

    ResponderExcluir
  20. Você me contou da resenha que fez sobre o livro e vim ler. e, olha, obrigada! Pra variar, você arrasou no post e me convenceu - não só a mim - a não comprar. vou economizar meu rico dinheirinho com leituras melhores. bjs <3

    ResponderExcluir