quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

SO CONTAGIOUS AWARDS: Filminhos e séries (e novelas!) de 2015

2015 foi um ano tão estranho que tive uma dificuldade extrema de elencar tudo que assisti ao longo desses 12 meses, porque algumas coisas parecem tão distantes que é como se fosse 2014 (veja aqui a retrospectiva do ano passado). Ou 2004. Os filmes da temporada de premiações, por exemplo, pra mim eram todos referentes ao Oscar de 2014. Como assim ainda estamos falando sobre A Teoria de Tudo? Alguém faz alguma ideia do que acontece em Birdman? Parece que faz uns três anos que assisti Boyhood.

Como recordar é viver, através dessa humilde retrospectiva vou tentar resgatar o que andei assistindo de bacana, tanto no âmbito da televisão, como do cinema. Não preciso relembrar que 2015 passou por cima de mim como um rolo compressor, de modo que essa retrospectiva não é do ano, mas sim do que deu pra fazer com um ano. 


Começaremos, então, falando de novelas. Fazia tempo que eu não via um ano tão satisfatório em termos novelísticos: começamos janeiro com Sete Vidas, da Lícia Manzo. Não sei se vocês se lembram, mas naquele meu vídeo sobre novelas falo com todas as letras que A Vida da Gente, da Lícia Manzo, é a melhor novela que já vi. Assim, eu estava esperando muitas coisas de sua nova trama - e não fui decepcionada. Apesar de se manter focada em relações familiares, com bastante drama e diálogos longos, acho Sete Vidas muito diferente de A Vida da Gente. Isso porque apesar do plot rocambolesco de Sete Vidas, que deixou muita gente, inclusive euzinha, com o cenho franzido nos primeiros capítulos, a trama e o drama giram em torno de dificuldades que a própria vida nos impõe simplesmente porque viver é difícil, escolher dói e a gente nunca sabe muito bem lidar com nossos próprios sentimentos.

melhor capítulo
A Vida da Gente tinha um drama centrado numa situação complicada que foi imposta aos personagens, enquanto em Sete Vidas a complicação é gerada por eles. O que você quer? Quem você ama? Você é feliz? Vai ter coragem de correr atrás da felicidade? Do que você tem medo? O que você faz a respeito disso? Basicamente todos os arcos dramáticos giravam em torno dessas perguntas e era o que movia a história e os personagens adiante - que eles estivessem enrolados numa teia em que todo mundo era meio irmão e um potencial filho do doador 251 era só um detalhe. Novela linda, elenco ótimo, e diálogos absolutamente impecáveis. Como disse minha amiga Carol, estudante de Psicologia, os personagens diziam coisas que se discute na terapia, e não fico surpresa que ela realmente tenha sido terapêutica pra mim. Recomendo para noveleiros e também aos não-convertidos. Ela é curtinha e está disponível online. 

Num extremo totalmente oposto, temos Verdades Secretas. Esqueça a sutileza e os diálogos bem construídos e abrace o circo do Walcyr Carrasco com uma história apelativa, acontecimentos bombásticos, tudo no volume máximo. E funcionou. Poderia citar milhões de maneiras como Verdades Secretas erra, principalmente se pensarmos no discurso em cima do qual se constrói a novela e no moralismo paradoxal numa trama com personagens moralmente corrompidérrimos e sexo e drogas a dar com o rodo - mas não vou fazer isso. Porque funciona. A gente tem que problematizar sim, mas não pode ignorar que como entretenimento ela foi ótima, e a produção também esteve de parabéns. Fotografia e direção super interessantes e um elenco muito afiado. As pessoas já falaram demais da Grazi, então meus louros e todo o meu amor pra Drica Moraes, impecável como Carolina, a sonsa menos sonsa de todas. 


Além disso, meu real prêmio de melhor trilha sonora do ano vai para Verdades Secretas: Roberto Carlos, The Cure e Aretha Franklin numa novela só. Agradeço aos responsáveis, mas ainda mantenho o rancor pela adoção de Sentimental (dentre todas as músicas, a minha música) como tema de um casal tão detestável como Angel e Alex.

Falando sobre séries, preciso falar primeiro sobre tudo que comecei e não terminei por motivos variados, todos culminando no desgraçamento mental completo: Demolidor (muito violenta, me deu dor de cabeça e eu já estava com a cabeça desgraçada demais para continuar) (apesar do Charlie Cox, luz da minha vida labareda em minha carne), Narcos (muito violenta, estava com a cabeça desgraçada demais para pensar sobre cartel de drogas), Sense8 (muito confusa, estava com a cabeça desgraçada demais para pensar) e Jane The Virgin (muito fofa, pena que sempre dormia assistindo pois cabeça desgraçada demais). 

Assim, fica fácil entender como apenas duas séries foram concluídas com sucesso ao longo de 365 dias. São elas: Master of None e Jessica Jones. Sendo mais uma série sobre nossa geração de 20-30-somethings que sabem pouco sobre a vida e menos ainda sobre o que fazer com ela, Master of None não teria ganhado minha atenção tão fácil se não fosse pelo fator Aziz Anzari. Eu amo esse cara, simples assim. É série é escrita e produzida por ele, que também dirige vários episódios, e tinha tudo para ser pretensiosa, mas é salva pelo coração - que eu vou atribuir aqui ao coração do Aziz porque, como já foi dito, eu amo esse cara. Gosto de Master of None porque ela se dirige à nossa geração com humildade e carinho, reconhecendo que temos muito o que aprender com quem veio antes (o episódio sobre os pais, meu Deus, o episódio sobre os pais), mas que tudo bem não ter todas as respostas, está todo mundo aprendendo. 

Além disso, ela se dirige a várias questões importantes de forma leve, mas ao mesmo tempo muito incisiva, e não é à toa que os episódios sobre racismo e assédio foram meus favoritos. Nossa geração tem muito feijão com arroz pra comer ainda, mas está construindo coisas muito bonitas no meio do caminho.



Depois, nossa heroína da cabeça desgraçada, princesinha de lápis preto, Jessica Jones. Eu não vou falar sobre tudo que já disseram, deixando vocês com esse texto ótimo aqui que resolve bem todas as coisas importantes que precisam ser ditas sobre a série. Eu vou falar que eu cresci adorando histórias de espiãs e mulheres que dão porrada (hm, Três Espiãs Demais e As Panteras?), e que eu adorei ver Jessica e Trish dando muita porrada, e me empolguei, e quis ser amiga delas e quis ser como elas. Ficção e representatividade é sobre isso. Ao mesmo tempo, eu, que gosto de dramas e histórias pesadas, muitas vezes achei a história de Jessica Jones pesada demais até pra mim: eu senti pelo Kilgrave o mesmo que senti pelo Voldemort quando li Harry Potter pela primeira vez, ainda criança. Um misto de medo e profundo desamparo diante de sua presença. Um roteiro que provoca isso é forte e muito poderoso, principalmente quando pensamos nele como uma grande metáfora para o abuso. 


o tanto que eu ri disso, perdoa Jesus
Apesar disso tudo, termino a série completamente apaixonada pelo David Tennant. Vai entender.

2015 levou embora Parks and Recreation, de longe a comédia mais bem escrita e on point que eu já assisti. Eu definitivamente não estava pronta para ir embora de Pawnee, mas achei o finale louvável e a última temporada uma das melhores - se não a melhor - da série. O episódio do Unity Concert, que colocou Chris Pratt pra cantar "500 Candles In The Wind" com Jeff Tweedy, Letters to Cleo e vários outros artistas, meio que explica todo o meu amor pelo seriado. Para preencher o vazio no coração comecei a assistir The Office (pra quem não sabe, Parks and Rec começou como um spin-off meio torto de The Office) e estou na sexta temporada. Se foi difícil sair de Pawnee, não sei o que vai ser de mim quando me demitirem da Dunder Mifflin. Amo imensamente todos os personagens, Jim e Pam redefiniram meu ideal de casamento perfeito, e de fato aconteceu o que todo mundo disse que aconteceria mas eu duvidei: Michael Scott, rei da minha vida, Steve Carell, me beija com força.

Durante o BEDA fiz um post enorme falando sobre séries, basicamente todas que já vi, estou vendo, verei ainda e recomendo (ou não). Fica a indicação de leitura caso esteja atrás de algumas indicações.

Agora falando de cinema, até julho tudo que eu assisti foi documentado na tag Filminhos da Vez, e se não fosse por ela eu dificilmente me lembraria da maioria dos filmes. Não que não tenham sido bons - em retrospecto, assisti coisas bem bacanas -, mas é que não sobrou espaço, sabe? Os filmes do Oscar, por exemplo: pela primeira vez consegui assistir tudo (escrevi sobre os filmes aqui e aqui), pelo menos tudo que eu queria. Mas se eu lembro de alguma coisa? Lembro de Boyhood (de novo), e olhe lá.


Em compensação, não consigo esquecer a trilogia Before, do Richard Linklater. Eu já comecei a escrever um post sobre esses três filmes diversas vezes, mas a única coisa que saiu foi aquela carta bem sentimental para a Anna Vitória do futuro. Isso porque não consigo ser racional em se tratando de Jesse e Celine, e pensar sobre a história deles inevitavelmente me leva a chorar e a pensar sobre mim e toda a minha história. Que bom, pois acho que a arte serve justamente pra isso, e eu sempre vou ter esses filmes para me ajudar a lembrar de todas as lições preciosas que não incorporei à minha trajetória ainda. Fica o recado: assistam. E percam os aviões.

2015 também teve muitos blockbusters e fui bastante ao cinema prestigiar o melhor do pipocão da temporada. Meu favorito, de longe, é Mad Max - e quando ler isso pense que quem está chamando esse filme de favorito é uma pessoa que não gosta de filmes de ação, não gosta de filmes em 3D, não gosta de filmes barulhentos, não gosta de filmes com gente suja, e não gosta de distopias. Mad Max é um filme de ação bem barulhento, com gente suja de areia, filmado em 3D, num universo distópico. E é incrível. De perto concorrem Jurassic World, que me fez vibrar com pessoas correndo desesperadas e sendo comidas pelos dinossauros, e o adorável Homem Formiga, um filme de herói com jeitão de clássico de Sessão da Tarde dos anos 80 extremamente simpático. 

fuck yeah mulheres furiosas
Decepções do ano? A Esperança parte 2 (tirando o epílogo ridículo, não sei dizer ao certo o que me incomodou no filme, só que não me empolgou como os outros e eu não via a hora de acabar), Os Vingadores 2 (pelo amor de Deus vamos superar) e o último James Bond, tão meh que não me dei ao trabalho de decorar o nome, cujo único legado na minha vida foi a inspiração para um corte de cabelo. Obrigada Léa Seydoux. 

Com relação aos filmes de terror, sempre queridinhos do meu coração, não gostei de The Babadook, um favorito generalizado, mas me apaixonei por It Follows: centrado num grupo de adolescentes, o filme não se preocupa em explicar sua mitologia e a gente termina a história sem saber que diacho é esse que persegue todo mundo. Eu odeio filme de terror que se explica demais, então ponto pra ele. Gosto, sobretudo, de como o ~monstro~ parece ser uma alegoria para falar sobre sexo - ao mesmo tempo que significa culpa e medo, pode ser também libertação. Não sei se essa teoria faz sentido, mas amei. Além disso, a trilha sonora é muito ótima, a fotografia é realmente primorosa, e o filme todo se passa num subúrbio e o climão me lembra muito As Virgens Suicidas. 


Já que estamos falando de filme de terror, não posso deixar de registrar: esse ano tive a chance de assistir O Iluminado no cinema. Foi tudo e mais ou um pouco e ainda alguns dias antes do meu aniversário. Obrigada, universo. 

Posso não ter assistido à maioria dos filmes importantes do ano, mas pelo menos não saio de 2015 sem ter visto Que Horas Ela Volta?, e, de novo, acho que todas as coisas importantes já foram ditas sobre ele. A experiência para mim, enquanto garota branca de classe média que sempre teve empregada doméstica em casa, foi incômoda pra caramba, como deveria ser. Não canso de repetir que a arte está aí para cumprir esse papel: nos tirar do conforto, fazer perguntas difíceis e lançar luz para questões que julgamos superadas só para que possamos dormir nos sentindo bem conosco e com nossa vidinha privilegiada. O primeiro passo é ignorar todos esses privilégios, até que eles nos são atirados na cara.

Além da questão óbvia de classe que o filme aponta (e de raça, da qual ele se desvia), acho muito bacana como ele aborda a maternidade, e como recortes de raça e classe afetam a experiência do que é ser mãe. O que mais? O tanto que eu chorei na cena da Val na piscina não está escrito. Te amo, Regina Cazé. 


Não saberia dizer com propriedade qual foi meu filme favorito do ano. Inaugurei 2015 com Obvious Child, uma surpresa deliciosa e uma comédia romântica nada óbvia daquele jeito que amamos: uma heroína torta como Jenny Slate descobre que tem direito a uma história de amor de comédia romântica mesmo sendo torta e real como todas nós. Já o dolorido documentário Montage of Heck, através de um rico acervo, me apresentou a um Kurt Cobain que muito cedo descobriu que a vida era um fardo pesado demais para carregar, até que também muito cedo também ele simplesmente cansou de arrastá-lo pra lá e pra cá. Mad Max foi incrível, mas não é um filme que vou querer assistir um milhão de vezes sem parar. Love, Rosie, por sua vez, foi visto três vezes esse ano e me fez chorar com força em todas elas.

No fundo, acho que minhas melhores experiências cinematográficas do ano não são de 2015, o que só mostra como tudo foi tão estranho: a trilogia Before, com toda a certeza, mas também Tabu, o filme mais lindo do mundo dos últimos tempos. 
Por fim, encerro essa retrospectiva estranha e falha com a recomendação mais estranha e falha possível: vocês já assistiram o remake que a Lifetime fez para A Lagoa Azul em 2012? Esqueceram a televisão da redação ligada na Globo, começou Sessão da Tarde, começou A Lagoa Azul - O Despertar. Preciso dizer que ninguém mais trabalhou naquele dia? Pois é. Infelizmente não conseguimos ver tudo, então logo que tive uma folga fui ver o filme todo no Netflix (dicona). É horrível. É ótimo. É mal feito e absurdo, mas é incrível. Me divertiu horrores, me fez rir e esquecer dos meus problemas numa madrugada de sábado em que era véspera do ENADE, faltavam duas semanas para eu entregar o meu TCC e eu não estava nem na metade do trabalho. Foi bom, e por isso recomendo a todos.

A gente faz o que pode. 

5 comentários:

  1. eu acho muito legal (mesmo, não tem nada de irônico aqui!) como vocês acompanham, gostam e discutem novelas! eu perdi esse hábito há muito tempo, nem sei dizer pq direito - acho que pela loucura de horários das faculdades, trabalhos, etc - e acabei nunca voltando a ter, e sinto falta. inclusive, tá aí: vou usar essa ~falha de caráter~ pra começar uma longa conversa no almoço de natal, perguntando em detalhes o que acontece com TODOS os personagens de TODOS os horários, e ver se a tortura acaba logo.

    no mais: Jessica <3 Aziz <3 Amy <3 <3 <3 "Nossa geração tem muito feijão com arroz pra comer ainda, mas está construindo coisas muito bonitas no meio do caminho." SIM MIGA <3

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  2. Sim! Sete Vidas foi uma novela maravilhosa. Assisti quase todos os capítulos e quando não via pedia pra minha mãe me atualizar. Mas também estou gostando muito de Além do Tempo, mesmo ela tendo me aguniado pq não chegava a parte logo do além do tempo, se é que você me entende.

    Love, Rosie também foi um filme que me tocou muito. Exatamente porque é uma história real, poderia acontecer com qualquer um, e tudo que acontece é baseado nas decisões das personagens. E também tive problemas com A Esperança - Parte 2. :/

    E finally achei alguém que não ficou louca por Demolidor também. Eu achei tudo meio escuro demais e não me empolgou muito não...

    Jessica Jones é maravilhosa e uma hora eu termino, mas é muito essa sensação mesmo de querer ser amiga delas e sair detonando por ai.

    Amei passar o ano lendo seu blog! E você assiste novela, melhor pessoa. :P

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  3. Sou fã declarada dos tv movies do Lifetime, meus favoritos são os que contam histórias dos bastidores de séries queridas e as biopics de artistas que já se foram. Outro canal a cabo que tem uns filmes super baixo orçamento é o Hallmark. A maioria é comédia romântica e filme de natal. Não são Filmes Importantes, mas são tranquilos de ver até com a cabeça desgraçada.
    Não sei mais o que falar de Master of None, só de pensar na série já abro um sorriso e faço aquele coraçãozinho com as mãos. Amei demais. ainda não vi Jessica Jones (nem sei se vou conseguir - cabeça desgraçada tm)

    Não consigo mais ficar na frente da televisão e estou muito triste por isso, e em 2015 foi pior ainda por causa dos estágios. Só chegava em casa lá pelas 22h e sem entender nada da novela.

    Amo suas retrospectivas! Feliz Natal, beijos :**

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  4. nossa SIMMMM eu odiei que usaram Sentimental como trilha sonora de um estupro...... sem palavras.
    e ME ABRAÇA: sempre procurei alguém que tivesse amado A Vida da Gente, mas nunca encontrei. eu era apaixonada por essa novela!
    eu não assisti Love Rosie porque eu li o livro e achei muito chato :(
    sobre madmax ♥♥
    JURASSIC WORLD ABALOU MEU EQUILIBRIO EMOCIONAL... eu contei os dias pra ver esse filme e chorei vendo. maravilhoso!

    feliz natal, anna!!

    www.amorquevoa.blogspot.com
    www.pe-dri-nha.blogspot.com

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  5. Filmes e TV = post favorito.

    Juro que queria muito conseguir ver novela, mas tem capítulo novo todo dia e acho demais pra mim? A novela que queria ter assistido, inclusive, foi justamente Sete Vidas - e confesso que, lendo seu comentário aqui, estou morrendo de vontade de recomeçar (eu cheguei a começar, e gostei... mas todo dia... um capítulo). Enfim, vou tentar. Não vi Verdades Secretas, mas sou meio obrigada a concordar que a gente pode (e tem que) problematizar as coisas. Mas ainda acho que entretenimento não é aula, não é lição de nada. Te diverte ou te põe pra pensar, e acho que a gente precisa tentar ser crítico e reconhecer os problemas que existem, mas é ok se entreter com umas coisas erradas.

    Sobre as séries: Jessica Jones <3 minha favorita desse ano. Um presente ter Jessica E Trish na mesma série. Kilgrave foi dos vilões mais assustadores que eu vi em muito tempo, mas confesso que ri de umas coisas que ele falava também (desculpa). Comecei e terminei Demolidor e não comprei tanto assim a proposta, mas seguimos em frente pois Charlie Cox, pois amei o Foggy, pois já estou shippando profundamente Matt e Karen, fazer o quê. E comecei - e não terminei - Master of None. Deu pra dar umas risadas, achei bem bonito o episódio dos pais, e realmente não é pretensiosa, mas não gosto muito desse tipo de comédia? (Diferente de Parks, que eu preciso terminar de ver!!!)

    Sobre os filmes: sim, eu vi a trilogia Before! Que diálogos, né? Lembro que amei muito o primeiro e gostei muito do segundo, mas enquanto o primeiro é mais um filme de encantamento, o segundo é mais sobre... bom, as coisas não tavam dando certo (ainda bem, pra meu próprio espírito, que o Jesse perdeu o avião). O terceiro só vi mais de um ano depois, e só lembro que fiquei meio chateada (Não tem nada de errado com o filme, e faz sentido, só fiquei presa na ideia romântica do primeiro). Os outros filmes que vi foram A Esperança (acho que decepcionou todo mundo), o novo James Bond (não achei lá essas coisas, mas não achei tão ruim), Vingadores (meh - e eu adoro o primeiro) e Love, Rosie e fiquei decepcionadíssima. O livro no qual ele é baseado é LINDO, chorei, me emocionou mesmo, e achei o filme muito fraco em comparação, suavizou muito as coisas, não deu.

    Não vi nenhum dos outros filmes, mas quero muito ver Que Horas Ela Volta?, e Obvious Child! Mad Max foi um filme pro qual eu olhei e pensei: nossa, parece horrível - e até agora não descobri se é, mas tive muita vontade de ajudar a bilheteria deles a subir depois de todas as reclamações sobre o filme ser propaganda feminista. Ainda quero ver, principalmente agora que você disse que odeia todas essas coisas e gostou do filme.

    Beijo!

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