sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Chrismukkah

Meus natais sempre são iguais. Todo ano a ceia e o almoço do dia 25 eram na casa da minha avó materna, que mora na super-metrópole Tupacity. Como minha enrolação vem de família, o dia 23 inteiro é pra gente morrer no shopping comprando os presentes e depois vamos direto pra estrada. A tarde do dia 24 é toda dedicada para arrumar a ceia, e eu sempre ficoi encarregada de organizar a mesa. Amo fazer esculturas com frutas e bombons. A família toda vai chegando, meia-noite minha avó liga o cd dela de canções natalinas e despacha as quiança pra cama, porque papai noel só dá presente pra quiança que tá dormindo.

Quando eu digo que eles sempre são iguais, não digo que são ruins. Ok, eu fico um tanto isolada, já que não tenho muita vez na mesa dos adultos (discutir coisas relacionadas a gado e etc não é minha praia) e er, acho que já passei da idade de rolar no chão com os primos quiança. A salvação é que vovó é teimosa feito uma porta e nunca sossega e sai da cozinha, e ela é uma figuraça e eu amo conversar com ela, aí fico lá e ainda dou uma beliscada meio que em tudo. E sempre tem aquela hora que os tios resolvem cofseinteressar por mim e perguntam o que eu estou lendo e eu posso perder uns minutos discorrendo sobre a obra da vez.

Esse ano tudo foi diferente. Primeiro porque passei em outra cidade que não é Tupacity nem Überland, mas sim São Paulo. Segundo porque passei a uns 600km de papai, mamãe, vovós e vovôs. No começo eu estava achando meio estranho, mas chegando lá todo mundo foi muito bacana comigo e eu logo me animei. Conversei com um cara que me contou todas as desventuras dele como punk nos anos 80, coisa alucinada, tipo pintar o cabelo com guache e não andar na mesma rua que skinhead. E ele levava isso muito a sério, quando foi num show da banda preferida dele na época, o Dead Kennedys, ele encontrou o vocalista (acho) num bar e abraçou, pediu autógrafo, que está plastificado. Coisa digna de Anna encontrando Julian Casablancas ou Fabrizio na rua.

A comida foi ótima. Comida de natal, sempre muito boa. Estou muito empenhada nessa coisa de virar uma camaroa (?) já que adivinhem o que eu comi até sair pelos olhos ontem e hoje? Beijinho pra quem acertar ;) Depois comi muita sobremesa, e quando já estava cambaleando, fui andar na garagem (a festa foi no salão de festas) com Pedro (aquele meu primo, sabe Mih?) pra comida assentar e eu fiquei com muita saudade de Ubers, dos papais e dos amigos felizes ♥ que comecei a cantar os super hits do ano, tipo Gone. Pedro me acompanhou logo depoi e ficamos os dois felizes e mais pesados cantando muito Beatles até quando fomos embora.

Hoje acordei a uma e meia da tarde e vi muitas mensagens fofas e inesperadas no celular, tomei café (?) e fui me aprontar pro almoço natalino. Almoço que é bom foi sair as 17h mas foi bem legal, eu e Pedro ficamos analisando o prédio e vendo como roubá-lo (!!!) Quando a vida apertar, eu já tenho uma fonte de renda garantida. Brimks. Sério, nem é tão difícil assim roubar um prédio, você só tem que ter habilidade de pular de muros e cair feito gato, sem fazer barulho, ter um cortador de vidro e saber fazer a gambi de funcionar um carro sem a chave, já que no caso de prédios o único jeito de escapar é de carro. Olha lá eu revelando os truques! E tia Anna fica aqui com suas lições de Natal.

* Dia 28 estou voltando pra Ubers, muito feliz já que não aguento mais de saudades de tudo e de todos. Portanto minha vida blogueira volta ao normal a partir da supracitada data. Uns beijos pra vocês, e eu volto antes de 2009, palavra de McGyver dos roubos à prédios.

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