Eu estava por demais entretida em meus pensamentos, avaliando qual seria a melhor escolha de filme para essa noite de sábado. Uma comédia romântica, a mais blockbuster de todas, ou então um filme francês com uma certa putaria fora de roteiro, diálogos marcantes - que me deixam com vontade de transcrevê-los e decorá-los para repetir na primeira oportunidade - , e um final que ninguém entende bem. Escolhendo entre o clichê e o alterno eu me encontrava não entretida, mas aérea, e não por vontade própria. Eu queria tanto prestar atenção e não pensar em você que encontrei uma coisa no meio pra perder meu tempo. Fomos convidados a nos assentar e nos dez segundos que eu levo para flexionar meus joelhos e mover minha estrutura para a baixo, vulgo ato de sentar, senti algo alisar-me o ombro. Algo que ao olhar pro lado vi que era uma mão, mão que ao olhar pra frente vi que era a tua.
Tu me olhavas, mas não de frente, mantinha sua cabeça pra frente e seus olhinhos furtivos me encaravam de soslaio. E foi aí que todos os meus conceitos sobre você e seus olhos mudaram. Tu me olhava nos olhos, fundo, profundo; como eu não me lembro de ter-te flagrado me olhando antes. Diferente. Do jeito que eu sempre procurei te olhar. Analisando seus olhos cheguei a conclusão que não sabia ao certo que cor eles tinham, se eram pretos ou castanhos, mas uma coisa eu tinha certeza que eles eram. Combinaria mais comigo, e eu poderia considerar isso como uma provisão divina se por um acaso notasse em teus olhos a ressaca, mas foi totalmente o contrário. Encontrei em teus olhos uma doçura, nunca vi similares mais doces do que aqueles que encarava então.
Lá estava eu novamente dividida entre o quase alterno (literatura clássica graças a Deus tem se tornado mais comum) dos olhos, e o mais clichê de todos, presente em qualquer romance, e principalmente os crepusculares. Lancei-te o mesmo olhar, murmurei qualquer coisa só para não ficar com mais cara de boba, você passou e eu concluí a tarefa de sentar-me. Por fim decidi que veria a comédia romanticazinha mesmo.
* Eu esqueci de dizer que essa crônica tem trilha sonora, serve tanto Are You Lonesome Tonight da Norah Jones, quanto Dry Freezing Tongue da Mallu Magalhães (música do brand new cd que eu me apaixonei muito, até superei o nojinho pela história dela quase babar e pegar o Camelo).
Tu me olhavas, mas não de frente, mantinha sua cabeça pra frente e seus olhinhos furtivos me encaravam de soslaio. E foi aí que todos os meus conceitos sobre você e seus olhos mudaram. Tu me olhava nos olhos, fundo, profundo; como eu não me lembro de ter-te flagrado me olhando antes. Diferente. Do jeito que eu sempre procurei te olhar. Analisando seus olhos cheguei a conclusão que não sabia ao certo que cor eles tinham, se eram pretos ou castanhos, mas uma coisa eu tinha certeza que eles eram. Combinaria mais comigo, e eu poderia considerar isso como uma provisão divina se por um acaso notasse em teus olhos a ressaca, mas foi totalmente o contrário. Encontrei em teus olhos uma doçura, nunca vi similares mais doces do que aqueles que encarava então.
Lá estava eu novamente dividida entre o quase alterno (literatura clássica graças a Deus tem se tornado mais comum) dos olhos, e o mais clichê de todos, presente em qualquer romance, e principalmente os crepusculares. Lancei-te o mesmo olhar, murmurei qualquer coisa só para não ficar com mais cara de boba, você passou e eu concluí a tarefa de sentar-me. Por fim decidi que veria a comédia romanticazinha mesmo.
* Eu esqueci de dizer que essa crônica tem trilha sonora, serve tanto Are You Lonesome Tonight da Norah Jones, quanto Dry Freezing Tongue da Mallu Magalhães (música do brand new cd que eu me apaixonei muito, até superei o nojinho pela história dela quase babar e pegar o Camelo).
Nenhum comentário:
Postar um comentário