* Produto de divagações a respeito do poema Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade.
Ela era bonita, sim. Dizia isso para si mesma enquanto, em frente ao espelho, enrolava com as pontas dos dedos os fios de cabelo caídos no ombro. Aproximou-se do vidro para verificar se não havia batom nos dentes e ouviu a campainha tocar. Alguém subiu as escadas correndo e logo entrou no quarto: era Teresa, que se deixou cair com a metade do corpo na cama, deixando as pernas pra fora, os pés calçados com sapatos brancos flutuando no ar. Acendeu um cigarro, ofereceu outro à amiga. "Apague isso, minha mãe pode sentir o cheiro", respondeu Lili secamente. Teresa jogou o cigarro pela janela e foi sentar-se ao lado de Lili na penteadeira.
"Acho que a gente devia ficar em casa", disse Lili depois de um longo suspiro. Odiava ter que fazer isso com Teresa. Sua amiga de infância tinha pais rigídos que só permitiam que a filhinha deles saísse de casa na companhia de Lili - Olívia para eles - e aquele baile era realmente importante para a amiga, mas a verdade era que ela não estava com a menor vontade de ver Joaquim. "Mas você prometeu! E eu prometi ao João que dançaria uma música com ele. Pra deixar o Raimundo com ciúmes." "O João sabe dessa última parte? Não é bonito usar os outros desse jeito, sabe Teresa." "Não seja boba, Lili, não estou usando ninguém. É só uma troca de favores. Agora me faça você um favor e largue de besteira, calce seus sapatos e vamos sair. Comprei esse vestido especialmente pra essa noite!". Teresa levantou-se a passou a girar pelo quarto, o vestido verde-água de seda pura flutuando nos ares. Ela não faria isso com a amiga.
No salão da festa as duas estavam num canto, tomando guaraná direto da garrafa, com canudinho. "Não gosto do jeito que o Joaquim me olha", resmungou Lili, "Por ser muito boba, ele é gamado em você e olha que não é feio. Dizem que vai estudar leis.". Joaquim havia completado dezoito anos recentemente, tinha os cabelos pretos e os usava penteados para trás, com gel. Insistia em deixar crescer um bigode de bastante mau gosto, talvez para disfarçar o rosto que ainda era de menino. Era perdidamente apaixonado por Lili desde sempre e, nunca obtendo resposta - positiva ou negativa - flertava com ela abertamente, pouco se importando se ela fingia olhar para um ponto fixo no teto. Ele gostava dela há tanto tempo que nem mais se lembrava dos motivos, só sabia que amava vê-la saindo do Colégio: as meias no joelho, a saia xadrez, carregando os livros displiscentemente. Algo nele dizia que aquela amiga dentuça dela, Teresa, é quem conspirava contra ele na cabeça da sempre distante, glacial e inatingível Olívia, e por conta disso, segredava com Raimundo, por quem a outra era declaradamente apaixonada, que ela mexia com vodu e fez fama com isso no Colégio das Irmãs. Ele, claro, havia inventado tudo isso, mas bem que podia ser verdade.
A única verdade sentimental que se podia afirmar era que Lili não gostava de ninguém. Não porque fosse má, frígida ou tremendamente exigente, simplesmente nunca sentira seu coração bater mais forte ao ponto de querer saltar pela boca - Teresa dizia que era exatamente assim que as pessoas se sentiam quando estavam amando. Gostava dos garotos. Ia ao clube nos sábados só para observar os maratonistas treinarem, os encarava fixamente por baixo dos óculos de sol que foram secretamente retirados da gaveta da mãe. Alguns passavam e mexiam com ela, coisa que era extremamente agradável e ela se contentava com isso. Uma vez, julgando-se enamorada, aceitou tomar sorvete com um deles após o treino, mas enquanto ele escorregava suas mãos enormes ao encontro das suas, pequenas e assustadas, a única coisa que pensava era no seu coração batendo tão forte ao ponto de lhe saltar pela boca. Pensava, claro, no por que de isso não estar acontecendo. Teresa falava de tudo isso como se fosse tão fácil e natural! Queria casar-se um dia, mas ainda esperava que se apaixonasse. Não é possível que todos os romances que lera eram mentira, que Teresa sentira aquelas coisas num delírio, ou então que Maria, a menina dada do terceiro colegial, fazia todas aquelas coisas que diziam que ela fazia sem ao menos um frisson para se guardar para que fosse recordado minutos antes de dormir. Não queria acabar casada com um homem feito Joaquim - meio bonito, meio rico, formado nas leis, péssimo gosto por cigarros de menta - e viver uma vida insossa e sem Amor, como seus pais pareciam viver. Fugindo disso, até o coração pular, ela esperava e tomava guaraná de canudinho, ignorando solenemente todo olhar apaixonado ou malicioso que à ela se dirigisse.
Sentou-se na mesa sozinha quando Teresa foi dançar música lenta com João, como prometera. Sentia dó do pobre coitado que era encantado por sua amiga maluca de sorriso sapeca e rosto angelical. João ia aos poucos colando seu corpo no de Teresa, que nem notava por estar demasiado concentrada em encarar Raimundo, que acabara de estourar um balão com a ponta do cigarro. O parceiro de dança, meio vidrado, parecia lidar com a indiferença de Teresa com resignação: encostava-se mais e mais ao corpo quente dela e quase poderia sentir as bochechas dela roçarem as suas, o cheiro adocicado que lhe saía da pele, a sensação dos fios de cabelo que escaparam ao coque fazendo-lhe cócegas leves no queixo; e ela tão distante sonhando com outro, mas não se podia ter tudo e as circunstâncias já eram bastante generosas para com ele. Fora do salão, Maria atracava-se com Joaquim. Estava cansada de saber que ele gostava mesmo era da sem sal da Lili, mas não era de ferro e Maria não era do tipo que era regida por algum tipo de moral. Sabia que ele só ficava com ela por frustração, mas não se importava. Achava que com ele o sentimento existia e, querendo vivê-lo em verdade e mutuamente, naquela noite decidiu que faria uma loucura: amaldiçoaria a vida de Lili com suas agulhas. Joaquim, se soubesse desses outros dotes da donzela, se acharia muito perspicaz por só ter errado o alvo da excentricidade, sempre soube que ouviu alguma aluna do Colégio comentar alguma coisa sobre uma loira maluca que fazia vodus em troca de dinheiro pro ácido.
Maria chegou do baile e ao tirar o echarpe percebeu que conservava o cheiro da fumaça de mentol que Joaquim exalava. Teve certeza que a coisa certa a se fazer era mesmo amaldiçoar Lili, e o fez acreditando pela primeira vez naquela brincadeira perigosa, que pagara metade dos seus vestidos e todos os porres e viagens de sua vida.
Efeito do vodu ou não, três semanas depois Lili quebrou o tornozelo enquanto desfilava pelo clube, e quem a atendeu no posto médico foi um simpático estudante de Medicina chamado Juca, que anos depois veio a ser Doutor J. Pinto Fernandes, ortopedista. Ela por sua vez, tornou-se Dona Olívia Pinto Fernandes, mas foi Lili quem sentiu o coração bater forte parecendo que pularia pela boca, e foi natural e simples, assim como o sorriso de Juca e as bochechas vermelhas dele ao ser informado de que tinha um pouco de pó de gesso nas sobrancelhas.
Ela e Teresa mantinham correspondência fiel e constante, Lili do centro da cidade e a agora irmã Teresa de um convento no interior. Eis que a espoleta e inconsequente Teresa Cristina aceitou Jesus Cristo como seu esposo ao saber pelo rádio que Raimundo morrera de desastre de avião, dele mal sobraram as cinzas. Lili, que até então achava que o único amor verdadeiro da amiga era James Dean, sentiu-se mal por nunca ter acreditado ser sincera a paixão da dentuça pelo excêntrico Raimundo, aficcionado por Astronomia. João foi para os Estados Unidos e nunca voltou, mas dele chegavam notícias que fizera carreira no ramo dos cassinos, no reluzente e seco deserto de Nevada. E quanto a Joaquim, pobre homem!, fora encontrado em estado de decomposição com a corda no pescoço no dia 16 de março. O casamento de Lili acontecera seis dias antes, e há quem diga que o pobre diabo pôs cabo à vida após vê-la de costas, vestido branco de renda e grinalda gigante, entrando na igreja. 20 anos depois, D. Olívia Pinto Fernandes ainda acordava de sobressalto com a imagem do homem com cara de menino enforcado, fumaça de menta saindo pelas narinas já mortas. Ao preocupado marido dizia que sonhara coisas ruins com as crianças e ia até ao quarto delas para se acalmar. Eram três, duas meninas e um garoto, todos herdaram seus olhos.
Quanto à Maria, a conversa da manicura era que agora ela vivia numa pensão com outras solteironas e fazia bolos de mandioca para vender na igreja. Lili nunca soube do vodu, mas talvez, se chegasse aos seus ouvidos, até mesmo agradeceria à Maria; não fosse pelo tornozelo quebrado naquela fatídica tarde de sábado, não conheceria Juca e sabe Deus onde estaria agora. Era meio feliz, no fim das contas.
Ela era bonita, sim. Dizia isso para si mesma enquanto, em frente ao espelho, enrolava com as pontas dos dedos os fios de cabelo caídos no ombro. Aproximou-se do vidro para verificar se não havia batom nos dentes e ouviu a campainha tocar. Alguém subiu as escadas correndo e logo entrou no quarto: era Teresa, que se deixou cair com a metade do corpo na cama, deixando as pernas pra fora, os pés calçados com sapatos brancos flutuando no ar. Acendeu um cigarro, ofereceu outro à amiga. "Apague isso, minha mãe pode sentir o cheiro", respondeu Lili secamente. Teresa jogou o cigarro pela janela e foi sentar-se ao lado de Lili na penteadeira.
"Acho que a gente devia ficar em casa", disse Lili depois de um longo suspiro. Odiava ter que fazer isso com Teresa. Sua amiga de infância tinha pais rigídos que só permitiam que a filhinha deles saísse de casa na companhia de Lili - Olívia para eles - e aquele baile era realmente importante para a amiga, mas a verdade era que ela não estava com a menor vontade de ver Joaquim. "Mas você prometeu! E eu prometi ao João que dançaria uma música com ele. Pra deixar o Raimundo com ciúmes." "O João sabe dessa última parte? Não é bonito usar os outros desse jeito, sabe Teresa." "Não seja boba, Lili, não estou usando ninguém. É só uma troca de favores. Agora me faça você um favor e largue de besteira, calce seus sapatos e vamos sair. Comprei esse vestido especialmente pra essa noite!". Teresa levantou-se a passou a girar pelo quarto, o vestido verde-água de seda pura flutuando nos ares. Ela não faria isso com a amiga.
No salão da festa as duas estavam num canto, tomando guaraná direto da garrafa, com canudinho. "Não gosto do jeito que o Joaquim me olha", resmungou Lili, "Por ser muito boba, ele é gamado em você e olha que não é feio. Dizem que vai estudar leis.". Joaquim havia completado dezoito anos recentemente, tinha os cabelos pretos e os usava penteados para trás, com gel. Insistia em deixar crescer um bigode de bastante mau gosto, talvez para disfarçar o rosto que ainda era de menino. Era perdidamente apaixonado por Lili desde sempre e, nunca obtendo resposta - positiva ou negativa - flertava com ela abertamente, pouco se importando se ela fingia olhar para um ponto fixo no teto. Ele gostava dela há tanto tempo que nem mais se lembrava dos motivos, só sabia que amava vê-la saindo do Colégio: as meias no joelho, a saia xadrez, carregando os livros displiscentemente. Algo nele dizia que aquela amiga dentuça dela, Teresa, é quem conspirava contra ele na cabeça da sempre distante, glacial e inatingível Olívia, e por conta disso, segredava com Raimundo, por quem a outra era declaradamente apaixonada, que ela mexia com vodu e fez fama com isso no Colégio das Irmãs. Ele, claro, havia inventado tudo isso, mas bem que podia ser verdade.
A única verdade sentimental que se podia afirmar era que Lili não gostava de ninguém. Não porque fosse má, frígida ou tremendamente exigente, simplesmente nunca sentira seu coração bater mais forte ao ponto de querer saltar pela boca - Teresa dizia que era exatamente assim que as pessoas se sentiam quando estavam amando. Gostava dos garotos. Ia ao clube nos sábados só para observar os maratonistas treinarem, os encarava fixamente por baixo dos óculos de sol que foram secretamente retirados da gaveta da mãe. Alguns passavam e mexiam com ela, coisa que era extremamente agradável e ela se contentava com isso. Uma vez, julgando-se enamorada, aceitou tomar sorvete com um deles após o treino, mas enquanto ele escorregava suas mãos enormes ao encontro das suas, pequenas e assustadas, a única coisa que pensava era no seu coração batendo tão forte ao ponto de lhe saltar pela boca. Pensava, claro, no por que de isso não estar acontecendo. Teresa falava de tudo isso como se fosse tão fácil e natural! Queria casar-se um dia, mas ainda esperava que se apaixonasse. Não é possível que todos os romances que lera eram mentira, que Teresa sentira aquelas coisas num delírio, ou então que Maria, a menina dada do terceiro colegial, fazia todas aquelas coisas que diziam que ela fazia sem ao menos um frisson para se guardar para que fosse recordado minutos antes de dormir. Não queria acabar casada com um homem feito Joaquim - meio bonito, meio rico, formado nas leis, péssimo gosto por cigarros de menta - e viver uma vida insossa e sem Amor, como seus pais pareciam viver. Fugindo disso, até o coração pular, ela esperava e tomava guaraná de canudinho, ignorando solenemente todo olhar apaixonado ou malicioso que à ela se dirigisse.
Sentou-se na mesa sozinha quando Teresa foi dançar música lenta com João, como prometera. Sentia dó do pobre coitado que era encantado por sua amiga maluca de sorriso sapeca e rosto angelical. João ia aos poucos colando seu corpo no de Teresa, que nem notava por estar demasiado concentrada em encarar Raimundo, que acabara de estourar um balão com a ponta do cigarro. O parceiro de dança, meio vidrado, parecia lidar com a indiferença de Teresa com resignação: encostava-se mais e mais ao corpo quente dela e quase poderia sentir as bochechas dela roçarem as suas, o cheiro adocicado que lhe saía da pele, a sensação dos fios de cabelo que escaparam ao coque fazendo-lhe cócegas leves no queixo; e ela tão distante sonhando com outro, mas não se podia ter tudo e as circunstâncias já eram bastante generosas para com ele. Fora do salão, Maria atracava-se com Joaquim. Estava cansada de saber que ele gostava mesmo era da sem sal da Lili, mas não era de ferro e Maria não era do tipo que era regida por algum tipo de moral. Sabia que ele só ficava com ela por frustração, mas não se importava. Achava que com ele o sentimento existia e, querendo vivê-lo em verdade e mutuamente, naquela noite decidiu que faria uma loucura: amaldiçoaria a vida de Lili com suas agulhas. Joaquim, se soubesse desses outros dotes da donzela, se acharia muito perspicaz por só ter errado o alvo da excentricidade, sempre soube que ouviu alguma aluna do Colégio comentar alguma coisa sobre uma loira maluca que fazia vodus em troca de dinheiro pro ácido.
Maria chegou do baile e ao tirar o echarpe percebeu que conservava o cheiro da fumaça de mentol que Joaquim exalava. Teve certeza que a coisa certa a se fazer era mesmo amaldiçoar Lili, e o fez acreditando pela primeira vez naquela brincadeira perigosa, que pagara metade dos seus vestidos e todos os porres e viagens de sua vida.
Efeito do vodu ou não, três semanas depois Lili quebrou o tornozelo enquanto desfilava pelo clube, e quem a atendeu no posto médico foi um simpático estudante de Medicina chamado Juca, que anos depois veio a ser Doutor J. Pinto Fernandes, ortopedista. Ela por sua vez, tornou-se Dona Olívia Pinto Fernandes, mas foi Lili quem sentiu o coração bater forte parecendo que pularia pela boca, e foi natural e simples, assim como o sorriso de Juca e as bochechas vermelhas dele ao ser informado de que tinha um pouco de pó de gesso nas sobrancelhas.
Ela e Teresa mantinham correspondência fiel e constante, Lili do centro da cidade e a agora irmã Teresa de um convento no interior. Eis que a espoleta e inconsequente Teresa Cristina aceitou Jesus Cristo como seu esposo ao saber pelo rádio que Raimundo morrera de desastre de avião, dele mal sobraram as cinzas. Lili, que até então achava que o único amor verdadeiro da amiga era James Dean, sentiu-se mal por nunca ter acreditado ser sincera a paixão da dentuça pelo excêntrico Raimundo, aficcionado por Astronomia. João foi para os Estados Unidos e nunca voltou, mas dele chegavam notícias que fizera carreira no ramo dos cassinos, no reluzente e seco deserto de Nevada. E quanto a Joaquim, pobre homem!, fora encontrado em estado de decomposição com a corda no pescoço no dia 16 de março. O casamento de Lili acontecera seis dias antes, e há quem diga que o pobre diabo pôs cabo à vida após vê-la de costas, vestido branco de renda e grinalda gigante, entrando na igreja. 20 anos depois, D. Olívia Pinto Fernandes ainda acordava de sobressalto com a imagem do homem com cara de menino enforcado, fumaça de menta saindo pelas narinas já mortas. Ao preocupado marido dizia que sonhara coisas ruins com as crianças e ia até ao quarto delas para se acalmar. Eram três, duas meninas e um garoto, todos herdaram seus olhos.
Quanto à Maria, a conversa da manicura era que agora ela vivia numa pensão com outras solteironas e fazia bolos de mandioca para vender na igreja. Lili nunca soube do vodu, mas talvez, se chegasse aos seus ouvidos, até mesmo agradeceria à Maria; não fosse pelo tornozelo quebrado naquela fatídica tarde de sábado, não conheceria Juca e sabe Deus onde estaria agora. Era meio feliz, no fim das contas.
Ei Anna.
ResponderExcluirQuando li no twitter que você tinha feito uma releitura de Quadrilha, vim correndo ler. Adoro esse poema, e amei o jeito como você o transformou em uma prosa simplesmente deliciosa (fiquei com vontade de ler mais rsrs) adicionando detalhes gracinha, como o fato de J. Pinto Fernandes ser ortopedista ♥. É a primeira vez que comento e confesso que estou morrendo de timidez, mas não pude me conter, esse post ficou maravilhoso!
Só pra constar, adoro quando você conta sobre seus nervosismos pré-prova ou o fato de terem pegado seu espaço preferido na midiateca, pois sou exatamente assim: fico um caco quando tenho prova e quando pegam meu lugar no ônibus (que pego sempre no mesmo horário) já lanço aquele olhar fuzilante ao sujeito.
No mais, espero que esse comentário não tenha ficado tão gigante quanto parece.
Um Beijo!
Rachel
Caramba, quanta criatividade você tem.
ResponderExcluirMas o engraçado é que esse poema de uma certa maneira sempre me fez viajar um pouco nas relações, mas certamente nunca teria imaginado isso com tantos, tantos detalhes. Os seus ornaram a história de um jeito muito bonito.
Muito bom o texto.
Im beijo! =)
Anna, o conto ficou muito criativo e bem escrito. E uma delícia de ler, claro! Como todos os seus textos :) Gostei muito dos pormenores... o cigarro de menta, Teresa ser dentuça e o J. Pinto Fernandes, ortopedista. Esse poema do Drummond, se você for pensar, é um bocado identificável. Eu, por exemplo, vivo me sentindo a Lili da história. Um beijo :***
ResponderExcluirAdorei Anna, muito muito! E além de Drummond, enxerguei Lygia Fagundes Telles aí também. E isso é um elogiozão, já que eu sou fã dos dois! :D
ResponderExcluirAmei Anna! Abri ontem à noite, mas quando vi o tamanho do texto resolvi dormir e ler hoje com calma, hahaha. E li, no meio da aula de Produção Editorial (¬¬). Mas enfim, amei! Sou muito Lili, pelo menos na primeira parte, espero que a segunda se concretize. *_*
ResponderExcluirEu sou lili ainda. Mas esse conto á maravilhoso, Anna. Muito bom mesmo.
ResponderExcluirgostei demais. ficou muito boa toda a construção de todos os personagens.
ResponderExcluirmas, sabe, do poema original eu não imagino que a lili sinta absolutamente nada pelo j. pinto fernandes. parece só uma coisa seca, o drummond cortando esses detalhes sórdidos da vida de uma forma até ácida.
Adoro esse poema. Ficou muito criativo e legal! Você deu direito de resposta a Lili, coitada, sempre vista como a interesseira do grupo, que se casa com alguém quem tenha sobrenome.
ResponderExcluirmuuuito bom e criativo!
ResponderExcluiradorei a ideia.
parabéns!
Não sei se você sabe, mas essa tal D. Olívia Pinto Fernandes, vulgo Lili, também é conhecida aqui por essas terras cearenses como Ana Caroline Lima, é. Medão ;P
ResponderExcluirAi,ai, Anna Vitória, só você mesmo pra me fazer simpatizar com essa Quadrilha do Drummondzinho, que é um dos pouquíssimos textos dele, se não o único, que não gosto. Achava nada a ver esse tal de J. Pinto Fernandes entrar assim no final da história só pra roubar a Lili pra ele. Sem falar no final trágico de todo o resto. Ninguém fica com ninguém, affe. Depois do seu conto minuncioso (adoro!) eu até considero elevar a versão original para um nível mais alto no meu gostar. Drummond que lhe agradeça quando tiver oportunidade ;)
PS: Agora que você já tá no clima dos contos fala (muito) sobre os Pôneis! Tô com saudade das aventuras na terra dos "bundinhas tatuadas" (são os pôneis que tem tatuagem no bumbum, né? Ou eu confundi os reinos?)
Incrível o quanto os seus contos são sempre excelentes!
ResponderExcluirDeixei pra ler este texto depois e o li enquanto meu noivo estava no barbeiro!!! rs....
ResponderExcluirO cara tinha que ter se enforcado bem um dia antes do meu aniversário? hahahahaha!!!!!
O texto é lindo, como todos os outros que você escreveu e postou. E a vida é mesmo assim, né? Cheia de surpresas. Você é bem sensível em detectar estas sutilezas. beijos!