Quase duas semanas sem postar, quase um recorde que não me orgulha nem um pouco. Não foi falta de vontade, não foi falta de assunto, não foi nem - pasmem! - falta de tempo, simplesmente não foi. Mas, nesse ínterim, aconteceram coisas interessantes que renderiam muitos textos, e se tivesse eu o ânimo e a disciplina da Analu, poderia fazer uma saga enorme detalhando meus últimos passos, mas acho que já passamos dessa fase. Quem sente saudades de um blog diário e das minhas idas ao shopping documentadas pode dirigir-se ao ano de 2008 nos arquivos desse blog, mas eu peço encarecidamente que fiquem onde estão, senão eu perco toda a minha credibilidade (risos).
E ai, com tantas coisas pra escrever, fiquei perdida e acabei não escrevendo sobre nada e lá se vão quase duas semanas. Cheia de culpa cristã, resolvi que o melhor jeito de resolver essa situação e contemplar minha grande coleção de pequenos feitos era falando sobre todos eles sem, na verdade, falar sobre coisa alguma. Uma crônica no subjuntivo, um diário banal embebido no talvez.
Este post não é sobre nada, mas poderia ser sobre as minhas aulas que voltaram sem que eu tivesse feito nada (NADA) que eu me propus a fazer, além de pintar o cabelo;
Sobre o calor que tem feito e a contradição inacreditável que é eu amar o horário de verão;
Sobre eu ter falhado na minha proposta de ver um filme por dia nas férias e ter ficado bem decepcionada com Kick-Ass 2;
Sobre o vôo 1331 que sai às 5h da manhã e me tira da cama às 3h30, que tem se tornado uma rotina bizarra e incômoda na minha vida;
Sobre como eu odeio voar de Gol e como me deprime eles não oferecerem mais água e amendoim nas viagens. Eu nem como amendoim, mas gosto de ter a chance de recusá-lo;
Sobre ser horrível viajar às 5h da manhã, mas como eu esqueço isso fácil quando vejo o sol nascer do céu.
Sobre Whole Love ser a música mais incrível para se ouvir entre as nuvens;
Sobre o livro horrível que eu estou lendo;
Sobre ler o livro horrível morrendo de vergonha das outras pessoas no desembarque de Congonhas;
Sobre invadir o embarque de Congonhas para resgatar uma Paloma muito perdida;
Sobre bater o olho no pingente de chave da Paloma e amar logo de cara, sem saber que eu ganharia um igual no dia seguinte;
Sobre ocupar uma sala da Livraria Cultura, rolar no chão, morrer de rir e tirar milhões de fotos;
Sobre um debate acalorado sobre personagens fictícios que nós escrevemos, sem saber o que saiu da cabeça de quem (e blefar erradíssimo);
Sobre percorrer metade de São Paulo embaixo do sol quente, com uma mochila pesada nas costas;
Sobre odiar São Paulo pela primeira vez, por ser tão grande;
Sobre o dono de sebo mais pretensioso do mundo;
Sobre esquecer de tudo e amá-lo por fazer a pergunta crucial sobre nossas cidades de origem e a história de como nos conhecemos. Ai moço, é uma história engraçada.
Sobre todos os marcadores de página cheios de significado que compramos juntas e as coroas de flores que quisemos demais;
Sobre como meu coração ardeu de saudades da Mayra quando tocou Blink na loja e não tinha ela para sofrer comigo;
Sobre como choramos junto com a Rafinha, por ela não estar lá;
Sobre como queríamos a Irala o tempo inteiro para ver se ela era menor que alguma coisa bem pequena no caminho;
Sobre absolutamente tudo lembrar a menina Deyse Batista;
Sobre o dia em que dominaremos o mundo e a primeira medida a ser tomada vai ser a de todas as mafiosas reunidas na sala invadida da Livraria Cultura;
Sobre o sorbet de tangerina batido com frutas vermelhas que foi uma das melhores coisas que eu já tomei na vida;
Sobre os três minutos que nós levamos para trocar uma balada por Imagem&Ação de pijamas;
Sobre a água que era rum;
Sobre as batatas, os ovos, e a Marie e a Analu sendo o melhor time de mímica do mundo;
Sobre a Marie enroscada na samambaia, a Alê pulando corda na hora errada e a impossibilidade de se brincar fazendo pouco barulho;
Sobre a cena patética que a Renata viu quando acordou para ir no banheiro e deu de cara com um bando de loucas com papéis colados na testa à uma da manhã;
Sobre eu ser o Papa Chico;
Sobre a exposição do Cazuza, o corredor com luzes psicodélicas e todas as fotos lindas que tiramos por lá;
Sobre o medo que eu senti do cara que nos seguiu por vários quarteirões e as tatuagens que não aconteceram;
Sobre como tudo sempre acaba em massa e camarão;
Sobre a nossa incapacidade de sair da Cultura sem sacolas cheias de livros;
Sobre sentir saudades antes mesmo de dar tchau;
Sobre cantar Clarice Falcão na Paulista e nossa mania de querer cantar o tempo inteiro fazendo dos caminhos nosso musical particular;
Sobre subir a escada rolante do metrô, ter um vislumbre da cidade e pensar em como eu amo São Paulo, apesar de ela ser grande demais pro nosso próprio bem;
Sobre a Milena se debatendo no chão de saudades de um personagem do Pedro Bandeira;
Sobre paranoias da vida moderna e nosso quase internetcídio;
Sobre o café preto às nove da noite e o brownie delicioso da madrugada;
Sobre falar mal dos bancos e debater a palmada educativa depois que as luzes se apagam;
Sobre a pizza de café da manhã que me fez passar o resto do dia sem comer nada;
Sobre os portões de embarque de Uberlândia e Curitiba, que insistem em ser um do lado do outro;
Sobre estar calejada de despedidas e não chorar mais, e da vida insuportavelmente sem graça que fica quando cada uma toma seu rumo;
Sobre o peso da mochila nos meus ombros que eu tô sentindo em forma de dor até hoje;
Sobre os planos e os sonhos malucos que ajudam a seguir em frente;
Sobre nós.
"Posso não me amar, mas amo a gente" |
Ai, Anna <3
ResponderExcluirMe senti parte do Encontro só de te ler. Com certeza eu era menor que muitas coisas que vocês viram por São Paulo. Hahahaha.
Eu AMO MUITO vocês. Eu amo nós.
<3
"Sobre como eu odeio voar de Gol e como me deprime eles não oferecerem mais água e amendoim nas viagens. Eu nem como amendoim, mas gosto de ter a chance de recusá-lo;" AI TE AMO TANTO. Que saudade de tudo, que saudade de vocês, que saudade de nós. Saudades até de pular corda com a Ale e de enroscar na samambaia. E saudade das nossas dancinhas comemorativas sempre que acertávamos no imagem&ação! <3333
ResponderExcluirEu também não gostei de viajar de madrugada. Fiquei muito enjoado e não sabia se abria a janela pra ver o céu, ou se a fechava para tentar dormir.
ResponderExcluirjj-jovemjornalista.com
Dois encontros da Máfia esse ano e eu aqui. AQUI. AINDA PAPOQUEI MEU PÉ. GENTE, é muito azar. -___-
ResponderExcluir<3 Mas eu ainda verei vocês. Deixa minha mãe se acostumar com a ideia!
Amei as dicas musicais, como sempre, Annoca.
Também ODEEEEEEEEEEEEEEIO viajar pela Gol, aff. No dia que eu levar uma cesta básica eles vão ver HAHAHA.
Beijos <3
Que massa!
ResponderExcluirComo faz pra se manter interessante do começo ao fim de um texto enorme sobre 'nada'?
Avemaria!
:)
Peguei as dicas de musicas e as coisas todas1
Gostei daqui, vou ficando...
um beijo doce :3
Olha é só porque há muito amor nessa vida que eu vou desconsiderar o fato de que a gente finalmente se conheceu e não tem uma mísera menção a mim neste post.
ResponderExcluir#mimimi
Foi tudo incrível! Amei poder participar de metade dessas coisas maravilhosas com vocês!
♥
Ai meu Deus, eu amo tanto a gente que li tudo isso com um sorriso enorme e lágrimas nos olhos ao mesmo tempo! Que post delicioso, amiga. Batatovo <3
ResponderExcluirEu vim trabalhar de faixinha hoje e só penso em vocês, e nem me fale de "Talvez". Chorei de rir das palmadas educativas sendo discutidas de madrugada, amo/sou quando o papo fica polêmico. A madrugada entra e a polêmica sai. HAHAHA
Agora, obrigada por me chamar de disciplinada, mas tem mais de 1 semana que não posto. Agora acho que terei que. Te amo. Muito.
Serio, Anna, PRECISO conhecer todas vocês. Preciso de Encontrão também. Preciso! É tudo tão lindo!
ResponderExcluirMenina sou sua fã e me enche de alegria esses universos paralelos no tempo-espaço que criamos quando estamos juntas. Meu coração ficou apertadíssimo de saudade ao mesmo tempo que eu sorrio quando lembro dessas memórias que são tão nossas!
ResponderExcluirObrigada por ser um ser humano tão incrível e por ser parte da minha vida! <3
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSenhorita tá subestimando meu ciúme em não me citar nesse post, mas vou relevar porque a retrospectiva ficou amazing e me senti representada pela exposição do Cazuza, minha parte favorita, como não poderia deixar de ser <3
ResponderExcluirAmo muito todas vocês e já quero de novo.
Beijos!
omg, impressionada com o que você escreveu! Gente... você escreve muito bem! Adorei, sério! <3
ResponderExcluirbeijos ♥
www.soentreamigas15.blogspot.com
Quanta gente bonita conheci através desse post, obrigada!
ResponderExcluirChorei. Chorei muito. Meu fim de semana foi maravilhoso, mas cada foto de vocês que eu olhava o coração apertava. E as massas e o camarão insistem em acontecer. E eu não tenho um chaveiro de chave. E agora todo mundo sabe que a Paloma é fofa (mas só eu tenho uma foto dela abraçada num hidrante, ok?). E eu fui citada. E eu morro de saudades de tudo isso. De vocês. Desses encontros. E eu quero brincar de novo. Quando vai ser o próximo? Me convida? Eu saí do facebook e do twitter e todo dia tenho vontade de voltar por causa de vocês e a Milena fica me mandando mensagens encorajadoras para continuar na minha empreitada, porque no fundo está me fazendo muito bem, mas ai, é tão horrível saber que há mil e uma conversas acontecendo e eu não estou participando e que vocês se encontraram e eu não fui e ai. Obrigada por existirem. E obrigada a você, por escrever simples e lindamente, como sempre.
ResponderExcluir(nunca tinha ouvido essa música, mas já considero pakas)
Leio esses postes sobre os encontrões da Máfia e me vem uma vontade danada de criar um blog e andar com vocês.
ResponderExcluirAi meus deuses. Como posso sentir saudade de algo que não vivi? Porque eu sinto saudade em cada palavra, cada foto, cada menção que vocês fazem ao encontro mafioso.
Ai, se eu fosse mais legal eu pedia pra ser amiga de vocês.