quarta-feira, 20 de maio de 2009

A lisergia dos chicletes ácidos.


Perto da minha escola, tipo um quarteirão acima, tem uma loja de atacado de coisas erradas. Lá se encontra de tudo que é muito bom a preço de banana e em quantidades industriais, tipo chicletes, balas, bombons, caldas de sorvete e milhões de confeitos diferentes pra doces. Sempre tem alguém que inventa de passar lá pra torrar dinheiro com mil porcarias e chegar na escola depois com um saco de papai-noel e aquele monte de amigo pentelho atrás mendigando um pirulito com açúcar adicional (isso existe, e é ilegalmente comercializado na escola por R$0,25 o pacote).

Segunda-feira Matheus me surge com uma caixa de Baba de Bruxa, e eu, como não lembrava do gosto nem da graça, ignorei. Isso até que Naná pede um, põe na boca e de repente começa a fazer muitas caretas, a ficar vermelha, a bater na mesa como se estivesse tendo um ataque epiléptico e a colocar a língua cheia de corante pra fora e a gritar. Exageros à parte, depois de 45s de escândalo ela disse: "Nossa, isso é bom, me dá outro!" como quem bate na mesa e pede mais uma carreirinha de cocaína. (não)

E isso me fez lembrar que há longínquos dois anos atrás, quando nós duas fazíamos vôlei juntas, todo dia depois da aula comprávamos um monte desses chicletes ácidos, enfiávamos uns dois na boca e depois bebíamos água gelada. Tudo pelo puro prazer de querer arrancar a língua com a faca da cozinha e depois ir sentindo um alívio gostoso. Tipo quando você come Super Lemon pela primeira vez sem saber que é uma Super Lemon.

Meio segundo depois da lembrancinha, lá estava eu enfiando um desses chicletes na boca. É estranho porque é muito ruim, é aflitivo e você fica com a sensação de que precisa cuspir aquilo na hora, e juro que eu tenho que fazer força para não fazer isso involuntariamente. Meu amigo Lucas diz que é frescura nossa, que nem é tão ruim assim e tal, mas ele que fica se fazendo de durão que eu sei. O importante é que nós conseguimos em uma tarde, acabar com uma CAIXA de chicletes ácidozinhos, porque depois que passa o efeito, apesar de ser gostosinho, perde totalmente a graça.

* Gente, que polêmica esse último post causou, haha! Esclarecendo dúvidas: eu sei que eu perdi a carteira na viagem porque foi assim: estávamos no ônibus, voltando pra Ubers e paramos pra comer. Eu estava com a carteira até então, porque paguei o pastel. Daí eu subi no ônibus com a carteira, e sei que saí sem ela. Tenho certeza absoluta que ela caiu da minha bolsa, porque eu estava com uma bolsa dessas tipo de praia lo-ta-da de todas as coisas que eu não consegui socar na mala, e a carteira ficou bem por cima. Como tava de noite, ônibus escuro, pluft, a carteira caiu. Fui dar falta só uma semana depois, liguei na companhia do ônibus, mas aí já era certo que alguém já tinha surrupiado a carteira, né? E fim da história.

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