Não tinha real necessidade de sair de casa, em qualquer outro momento eu daria uma desculpa esfarrapada (minha especialidade) para permanecer dentro do meu roupão quente e macio, sentada no tapete fofo, lendo com a coluna torta, mas enfim, saí. Era início de tarde de sábado, e o bairro se mostrava mais quieto que o normal. Moro num bairro cheio de árvores felizes e pequeninos prédios fofos, que normalmente se intercalam com mini-armazéns onde se vende de tudo - de sabão em pó a peito de peru fatiado. Não havia quase ninguém na rua, apenas os porteiros dos prédios conversando entre si.
O céu estava muito azul, sem nuvem alguma e o sol brilhava esplendorosamente. Apesar disso, ventava frio, e eu sentia que meu moletom verde com bolsos de canguru não fora suficiente pra me esquentar, já que estava de shorts. Abracei a mim mesma, comprimindo as mãos geladas nos bolsos flanelados, e tal situação que faria nada mais que aborrecer-me, dessa vez levava-me a um sentimento de enorme plenitude. Eu simplesmente me sentia tão bem comigo mesma, com tudo, com o céu azul e o vento gelado, esse contraste gostoso que tem jeito de cidade pequena alemã que só o outono nos traz.
Nem percebi que estava quase chegando à locadora, atravessei sem ver o cruzamento enorme e perigoso que sempre me deixa plantada esperando vários minutos, até tomar coragem de atravessar - correndo -, devido ao semáforo confuso. Preciso aprender a atravessar a rua. Entrei na locadora, que estava quentinha, pus os óculos escuros na cabeça e comecei a andar saltitante em meio as estantes de dvds, bobamente passando a mão em todos, igual eu costumo fazer nas livrarias. Um homem não parava de me olhar divertido, vai ver eu estava apenas sorrindo sem ver.
* Se eu fosse vocês leria isso ao som da música que entitula esse post, da charmosa banda paulista Lestics, que vocês podem conhecer pelo Myspace, ou pelo site, onde o álbum está disponibilizado na íntegra.
** Gente, gostei tanto dos comentários do último post, gostei mesmo. Me senti bem melhor, e gostei de vocês compartilhando experiências comigo.
O céu estava muito azul, sem nuvem alguma e o sol brilhava esplendorosamente. Apesar disso, ventava frio, e eu sentia que meu moletom verde com bolsos de canguru não fora suficiente pra me esquentar, já que estava de shorts. Abracei a mim mesma, comprimindo as mãos geladas nos bolsos flanelados, e tal situação que faria nada mais que aborrecer-me, dessa vez levava-me a um sentimento de enorme plenitude. Eu simplesmente me sentia tão bem comigo mesma, com tudo, com o céu azul e o vento gelado, esse contraste gostoso que tem jeito de cidade pequena alemã que só o outono nos traz.
Nem percebi que estava quase chegando à locadora, atravessei sem ver o cruzamento enorme e perigoso que sempre me deixa plantada esperando vários minutos, até tomar coragem de atravessar - correndo -, devido ao semáforo confuso. Preciso aprender a atravessar a rua. Entrei na locadora, que estava quentinha, pus os óculos escuros na cabeça e comecei a andar saltitante em meio as estantes de dvds, bobamente passando a mão em todos, igual eu costumo fazer nas livrarias. Um homem não parava de me olhar divertido, vai ver eu estava apenas sorrindo sem ver.
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