segunda-feira, 11 de maio de 2009

O grande #fail da minha vida.

Se tem uma coisa que eu sempre pude me orgulhar é que eu nunca tive problemas com a escola. Apesar da matemática sempre me assombrar, nunca deixei de ir bem na matéria (ainda que para isso eu tivesse que passar o fim de semana fazendo exercícios com meu pai). Sempre tive meu tempo de estudar, e o fazia muito bem, na época de provas me estressava, óbvio, senão não estaríamos falando de mim, mas tudo dava certo no final. Até, óbvio, o resultado das bimestrais.

Se eu nunca na vida tirei uma nota vermelha (abaixo de 60% na prova, não é recuperação!), agora eu tenho três manchas muito sangrentas no meu histórico, e o pior: em matérias que eu gosto, e que sempre me dei muito bem. As que não foram vermelhas, não foram assim tão satisfatórias pra me fazer relevar as ovelhas vermelhas, e semana passada estive muito mal diante de tudo isso. Segunda feira pensei que meus olhos fossem sair do lugar de tanto chorar. Só não suporto as pessoas que pensam que é impossível uma coisa assim me afetar dessa maneira, falar que é besteira minha, que eu sou capaz e blablabla. A questão não é essa. Existem poucos sentimentos nesse mundo tão amargos como o orgulho ferido, e olha que o meu foi ferido com o mais profundo sectumsempra, é uma coisa que eu nunca tinha vivido antes, e com essas assuntos de escola eu sempre me exigi o melhor, e meus pais também - é a única coisa que eles me cobram!

Meus erros foram todos tão estúpidos! Erros de falta de atenção, erros de nervosismo. Preferia ter errado por não saber nada de nada, porque aí eu teria uma justificativa plausível. Eu sabia tudo que eu errei, não me canso de dizer isso pra mim. Ai, meu pobre orgulinho, como dói quando vejo que errei uma ADIÇÃO e por isso perdi a questão inteira! Ou como cheguei ao absurdo de escrever que a massa do próton é 10.000 vezes MENOR que a do elétron. Ou como misturei sentido conotativo e denotativo (esse vai me assombrar pra sempre)! Eu fico muito nervosa em época de prova, tremo, passo mal e muitas vezes quando termino a prova estou tão de saco cheio que nem quero revisar, de tanta vontade que me dá de rasgar tudo. Quer coisa pior do que ver duas orelhas de burro crescendo na cabeça sendo que a culpa é toda sua, seu desensofrimento maldito?

Meu consolo é que todo mundo foi mal também, acho que não tem uma pessoa na escola que pode dizer que ficou hiper satisfeita com seus resultados. Todos dizem que primeiro bimestre de primeiro colegial assusta, e isso é natural. Eu repito isso pra mim várias vezes, mas acho que de tanto meus pais falarem que eu não sou todo mundo (quando eu lamento "mas todo mundo foi mal!"), essa tática tem falhado. Tudo isso só foi bom por um motivo: já sei como é, sei que é ruim e pelo menos terei uma experiência de vida pra contar e um assunto pra post.

Já estou bem melhor, consigo pensar e falar dessas coisas sem começar a chorar inconsolavelmente e a ter tiques nervosos e começar a respirar igual ao meu cachorro desesperado. Preciso só aquietar a Hermione Granger de dentro de mim e arranjar uns Florais de Bach para tomar nas próximas semanas, e vencer, pelo amor de Deus, essa ansiedade que me consome! Pelo menos eu não perdi a moral com os professores, haha. Já deixei vários posts prontos para essa semana, que estarei muito ocupada com um trabalho que vale 5,0 pontos por matéria, preciso sair muito bem, porque - nunca pensei que diria isso na vida, mas - preciso de nota!

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