Há um tempo atrás escrevi aqui sobre Forrest Gump, e disse que o que eu mais curti no filme foi o fato da deficiência de Forrest não ser a temática central do filme, que o personagem não se resumiu àquilo e caiu num clichê chato que cheira a marketing social. Forrest Gump não deixa nunca de tratar da "doença", mas ela fica em segundo plano e abre espaço para um monte de reflexões bacanas, referências pop e históricas, humor gostosinho e um romance porque ninguém é de ferro. Essa abstração foi o que primeiramente me chamou atenção, e depois me conquistou, em "Adam".
Adam é um cara que sofre da síndrome de Asperger, uma vertente do autismo. Ela faz com que ele tenha alguns problemas de relacionamento por não conseguir ler as entrelinhas naquilo que as pessoas falam e para que se haja uma efetiva comunicação, é necessário que elas lhe digam exatamente aquilo que querem dizer. E não se assustarem caso ele diga exatemente aquilo que está lhe passando pela cabeça no momento, como por exemplo o fato de ter ficado excitado enquanto estava no parque com sua vizinha, Beth. Como vocês já podem imaginar, os dois passam a viver uma curiosa relação que acaba por se desenrolar num romance. A química entre os dois é tão adorável que dá vontade de colocá-los num potinho e ficar observando. Sem muitas pretensões, um dia ele a levou para ver uma família de guaxinins que vivia escondida no Central Park, como não suspirar?
Por um outro lado, o filme trata a síndrome de uma forma sutil, revelando nos detalhes como ela se manifesta. Adam come exatemente a mesma coisa todos os dias, vive numa extrema rotina e sente-se absurdamente incomodado se é obrigado a sair dela, e possui um interesse que beira a obsessão por Astronomia. Também é mostrado de forma delicada a maneira como Adam muitas vezes revela-se egoísta em sua relação com Beth, onde ele parece se preocupar apenas com o que diz respeito a ele mesmo, em detrimento dos problemas pelos quais sua namorada está passando com a família. Essa dificuldade de entender e lidar com os próprios sentimentos, interfere diretamente na forma como ele enxerga os sentimentos dos outros. Tudo é muito incerto, e a empatia se ausenta na maioria das vezes, o que acaba por provocar alguns conflitos.
Tudo isso que disse acima, descobri com a ajuda do sempre sábio Dr. Google e fui relacionando com momentos do filme. Alguns sintomas me pareceram óbvios, mas outros pude perceber só mesmo após conhecer mais sobre a síndrome. Para vocês verem como o assunto é tratado de forma sutil, mas sem aquela preocupação de pisar em ovos. Acima de tudo isso, "Adam" é um filme lindo e delicado, o personagem principal é apaixonante com seu jeito desconsertado, as tramas paralelas acrescentam bem ao foco central, a trilha sonora é gostosinha e a fotografia muito bonita e delicada. E, como já disse, aquele romancezinho no meio, porque ninguém é de ferro.
Adam é um cara que sofre da síndrome de Asperger, uma vertente do autismo. Ela faz com que ele tenha alguns problemas de relacionamento por não conseguir ler as entrelinhas naquilo que as pessoas falam e para que se haja uma efetiva comunicação, é necessário que elas lhe digam exatamente aquilo que querem dizer. E não se assustarem caso ele diga exatemente aquilo que está lhe passando pela cabeça no momento, como por exemplo o fato de ter ficado excitado enquanto estava no parque com sua vizinha, Beth. Como vocês já podem imaginar, os dois passam a viver uma curiosa relação que acaba por se desenrolar num romance. A química entre os dois é tão adorável que dá vontade de colocá-los num potinho e ficar observando. Sem muitas pretensões, um dia ele a levou para ver uma família de guaxinins que vivia escondida no Central Park, como não suspirar?
Por um outro lado, o filme trata a síndrome de uma forma sutil, revelando nos detalhes como ela se manifesta. Adam come exatemente a mesma coisa todos os dias, vive numa extrema rotina e sente-se absurdamente incomodado se é obrigado a sair dela, e possui um interesse que beira a obsessão por Astronomia. Também é mostrado de forma delicada a maneira como Adam muitas vezes revela-se egoísta em sua relação com Beth, onde ele parece se preocupar apenas com o que diz respeito a ele mesmo, em detrimento dos problemas pelos quais sua namorada está passando com a família. Essa dificuldade de entender e lidar com os próprios sentimentos, interfere diretamente na forma como ele enxerga os sentimentos dos outros. Tudo é muito incerto, e a empatia se ausenta na maioria das vezes, o que acaba por provocar alguns conflitos.
Tudo isso que disse acima, descobri com a ajuda do sempre sábio Dr. Google e fui relacionando com momentos do filme. Alguns sintomas me pareceram óbvios, mas outros pude perceber só mesmo após conhecer mais sobre a síndrome. Para vocês verem como o assunto é tratado de forma sutil, mas sem aquela preocupação de pisar em ovos. Acima de tudo isso, "Adam" é um filme lindo e delicado, o personagem principal é apaixonante com seu jeito desconsertado, as tramas paralelas acrescentam bem ao foco central, a trilha sonora é gostosinha e a fotografia muito bonita e delicada. E, como já disse, aquele romancezinho no meio, porque ninguém é de ferro.
Ei Anna!
ResponderExcluirAssisti Forrest Gump quando li seu post, e agora preciso assistir esse, a história parece ser linda!
Beijoss
Amooo este filme!
ResponderExcluirEu fiz uma resenha há tempos atrás :)
http://sonhos-de-princesa.blogspot.com/2010/06/fime-adam.html
Adam é apaixonante!!
Adam é lindo, lindo, lindo.
ResponderExcluirO final rendeu muitas discussões com o namorado.
Não tenho muito o que dizer. Esse é um dos meus filmes preferidos ever. Assisti pouco tempo depois de assistir 500 Dias com Ela, no final do ano passado. E ambos, para mim, estão em um patamar elevadíssimo em relação a qualquer outra comédia romântica.
Enfim, preciso assistir Forrest Gump, mas é aquele tipo de filme que a gente quer muito assistir mas SEMPRE esquece...
Beijos, Anna!
Gente, todos os filmes que você indica... eu não conheço nenhum ):
ResponderExcluirAcho que é justamente por isso que você indica. Por não serem muito conhecidos, né?
Prometo que essas férias vou assisti-los!
Beijo!
Eu fiquei saltitante quando vi o seu post! Recentemente, no decorrer da cadeira de Fundamentos da Educação Especial na faculdade, eu tive que apresentar um trabalho sobre Síndrome de Arpeguer e, não lembro como, me deparei com esse filme. O que aconteceu foi que exibi trechos dele no meu seminário e tirei nota máxima, porque todos chegaram à mesma conclusão que você: é genial.
ResponderExcluirSou suspeita pra falar, assisti várias vezes e fiz o estudo mais aprofundado que consegui, mas você está de parabéns pela indicação! Todos deveriam assistir Adam, mesmo.
Beijos!
Estou com esse filme para assistir. Ia assisti-lo hj e acabei por fazer outras coisas. Mas, provavelmente assista essa semana ainda. Me interessei principalmente por causa do doença. Estudo esses casos na pós, e acho que vai ser interessante assistir o filme, pelo que você relatou.
ResponderExcluirBeijos!
Sempre que tu fala de algum filme eu fico com uma vontade absurda de assistir. haha.
ResponderExcluirMais um para minha listinha de filmes que preciso ver.
Beijo.
Ei, Anna, faz tmepo que não venho por aqui...
ResponderExcluirMe interessei pelo filme, vou ver se encontro nas locadoras por aí, em último, mas último mesmo, caso me aventurarei pela internet. Downloads aqui não rolam, hihi.
Beijo, moça :*
Faz TANTO tempo que assisti Forrest Gump que acho valer a pena reprisar. Lembro que adorei esse filme e era meu favorito na época, mas como tudo passa rápido...
ResponderExcluirDe qualquer forma, "Adam" vai pra minha lista do Filmow (senão eu esqueço ¬¬ ... também tenho minhas síndromes hahaha).
Comentei sobre Forrest no seu post.
ResponderExcluirE Adam eu nunca vi, mas me parece delicioso.