Se tem uma coisa que eu respeito nessa vida, e sou levada bem pouco a sério por isso, é futebol. Já disse aqui que adoro o esporte e viro um animal viciado em jogos e tabelas em época de Copa do Mundo, do tipo que levantava de madrugada pra ver os jogos na época da Copa da Coréia, que chorou quando o Brasil foi eliminado da Copa da África do Sul e que assistiu a todos os jogos da Argentina só pra secar e xingar mães alheias. Aprendi o que é impedimento, xingo juízes e quem conversa comigo na hora do jogo leva patada. Me divirto tanto que, quando a Copa acaba, entro numa espécie de luto, as coisas ficam mais sem graça. E aí me pego pensando que eu deveria ter um time.
O problema é que eu nunca consegui torcer pra time algum. Porque eu sou adepta dessas filosofias de mesa de boteco que acredita que não é a gente que escolhe o time, mas sim ele que nos escolhe e os motivos são vários. Acho que isso se deve ao fato que meu pai não é fã de futebol, ele prefere Fórmula 1; não sei por que tenho intronizado que essas coisas a gente aprende com o pai. Já cheguei a achar que meu pai era corintiano, porque na época que o Ronaldo entrou no time ele passou a assistir a todos os jogos, mas depois fui descobrir que era realmente porque, naquela época, tava bom ver o Corinthians jogar. Simpatizo com o time gratuitamente, talvez porque tenha um casal de tios realmente fanáticos e porque meu primo-amor, Gustavinho, já é tão torcedor, por influência do pai, que já levou a camisa do time escondido, na mochila da escola, pra comemorar a vitória do domingo anterior. Já dos outros, bem, sei que odeio o Flamengo e o Atlético Mineiro.
Acho que é por isso que eu queria ter um time, porque acho tão bonita essa coisa de torcer! Claro que acho ridículo quem arranja briga e sai botando fogo no pessoal só porque eles são da torcida contrária, mas fora isso, acho bonito esse amor gratuito, essa história que as pessoas tem com os times, essa coisa de chorar quando perde, chorar quando ganha, estar ali com o time, peito aberto, estando ele em primeiro na tabela ou então no doloroso rebaixamento, como no início dessa crônica do Carlos ou na série Uma Vida em Copas, do Rob Gordon, que me pôs pra chorar como poucos livros conseguiram.
Quando o assunto é time, me sinto segregada, excluída, como se todo mundo fizesse parte de um clubinho e eu ficasse de fora. Ainda tenho esperanças que um dia algum time vai me escolher, mas até lá sigo fiel mesmo à seleção brasileira e quando aos times, vou torcendo com critérios pouco sérios. Dia desses estava de bobeira na televisão e comecei a assistir um jogo desses campeonatos europeus... comecei a torcer pro time que tinha os caras mais bonitos (looking at you, Casillas). E semana passada teve trote de camiseta de time na escola e eu escolhi um time alternativo pra representar, não é de futebol mas é do coração.
Acho melhor não ter time nenhum, do que ter um só por ter. Estou falando de mim. Torço pro Grêmio porque minha mãe torce e eu sou do time das meninas. Aqui na minha casa as meninas [mãe, irmã e eu] torcem para o Grêmio e os meninos [pai e irmão] torcem para o Inter.
ResponderExcluirE não posso dizer que sou uma grande torcedora. Me mantenho atualizada sobre a situação do time,mas para por aí.
Buuut não fale comigo quando estamos em época de Copa do Mundo. Viro bixo. Torço e vejo todos os jogos igualzinho a você..
Vai entender, né?
Beijo Anna.
Essa coisa de time acontece. É algo que a gente não controla e, quando vê, já torce com o coração na mão. Sou desse tipo também em época de Copa do Mundo ou em decisão de campeonato. Não tem nada pior do que ver o seu time perder por tão pouco. Mas quando ganha...
ResponderExcluirEspero que o teu time te ache. Porque quando achar, tu vai ver o quanto é maravilhoso ter um clubinho pra ficar. :D
Beijo!
Ai, Anna...que não consigo gostar de futebol nem na copa, crê?! Eu falo pra minha mãe que quero casar com um homem que não fume, não beba e não goste de futebol. kkkk. Ela quase ri da minha cara...mas eu já sei que não é impossivel! hahaha
ResponderExcluirbeijos!!!
Ei Anna! Eu não ligo muito pra futebol, só choro e grito na copa mesmo. Mas eu nasci vascaína. Tá no sangue. Sou vascaína de coração, tenho camisa, mas... queria torcer de verdade, queria ficar puta, queria xingar, queria chorar. Eu realmente queria isso, mas simplesmente não funciona, não rola. Dou um sorriso quando o vasco faz gol, reclamo quando perde, mas só. =S
ResponderExcluirSou torcedora apenas em época de Copa do Mundo. E fiquei surpresa, Anna, não fazia idéia, sequer adivinharia que você gosta de futebol. Mas que bom!
ResponderExcluirBeijos!
Eu também sou assim. Não torço pra nenhum time, mas quando acabou a Copa, me senti meio orfã de futebol, sabe? haha! Acho tão legal o envolvimento que algumas pessoas têm com seus times que me dá vontade de ter também, mas sei lá, acho que não nasci pra isso...haha.
ResponderExcluirDizem que eu sou palmeirense, mas não sei direito dessa história não.
ResponderExcluirTambém sou team Beatles, haha!
Beijo
Anna! Eu me identifiquei pra caramba com esse post, porque eu também não visto a camisa de nenhum time! hahaha
ResponderExcluirÉ claro que em épocas de Copa do Mundo eu entro no clima, mas acabo torcendo pra tudo que é time e não propriamente para um time específico. O que eu posso fazer, já que amo de paixão os outros países? hahaha
E em Copa do Mundo vamos combinar né... Tem cada jogador! Agora esses campeonatos com times brasileiros dificilmente me empolgam, exceto pelos jogos do Corinthians, já que eu acho engraçado a torcida corinthiana...huahauhua
Mas bom... Assim como você, também espero que um dia algum time me escolha! Quero de verdade experimentar essa paixão toda que a maioria dos brasileiros sentem.
Beijinhos
Melhor time de todos os tempos, e com o melhor hino: all you need is love.
ResponderExcluirOs outros têm que aprender com ele. Escolheu certo!
futebol é vida. é toda uma representação da vida e da morte dentro de um campo. tá muito, muito além de ser só um esporte.
ResponderExcluire é por toda essa complexidade que os times te escolhem, e não o contrário!
Ótimo o texto do Carlos. Torcer é isso mesmo, é essa paixão gratuita como você escreveu no post e é um sentimento único, porque não importa se seu time está ganhando ou perdendo, você torce pra ele e pronto. Quando o Corinthians foi para a segunda divisão - sou corinthiana - não deixei de acreditar no meu time e toda vez que os são paulinos e palmeirenses viam tirar sarro com minha cara, eu respondia que ele podia ir até a última divisão, que eu não deixaria de ser corinthiana.
ResponderExcluirBjitos!