terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Strange magic #1: janeirinho da zica

Testando mais um formato de post que vai funcionar dessa vez porque é o melhor que eu consigo pensar no momento, mas que provavelmente será abandonado porque depois de seis anos vocês já conhecem meus esquemas pouco ortodoxos. Se veio pra ficar ou está fadado à sina de one hit wonder junto com Semisonic eu não sei, mas adoro ler resumos mensais em blogs amigos e tenho essa atração voyeurística por diarinhos alheios que não é privilégio meu, mas da raça humana como um todo - e é por isso que eu acho que vocês vão gostar também, sem me achar (muito) idiota. A inspiração direta vem dos resumões da Dani, da sessão Instagram da Cacá e do Imagens da Semana da Fê.


Primeira foto de 2014, chamando a riqueza, o luxo, o requinte e a sofisticação para o ano novo. Sabe, eu realmente gosto de champagne, logo eu, que não gosto de quase nada alcoólico. Na festa de ano novo, mais um jantar dos Rocha como outro qualquer só que com roupas melhores (e champagne), desfilei casualmente com minha tacinha em mãos me sentindo numa festa de Mr. Jay Gatsby. Com a falta de talento para a boemia que me é intrínseca, o máximo de glamour que consegui sustentar durou até a hora em que me entreguei ao borbulhante sono dos justos, antes mesmo de as crianças entregarem os pontos.



Janeiro abriu e fechou com festas de aniversário de amigos amados. Na primeira semana foi a festa surpresa da Anaisa, que ela graciosamente estragou quando entrou na sala escura já dizendo que sabia que nós estávamos amontoados segurando a risada ali em algum canto. Uma pistola que soltava estrelinhas douradas fez a alegria da noite e eu passei mais tempo do que gostaria de admitir rolando no chão catando estrelinha, só pra depois jogá-las pra cima (depois de desistir de colar um monte em mim mesma). Pelo menos as fotos ficaram divertidas. Na última semana Rodolfinho, aquele do beijo das sombras, completou 24 verões muito, muito quentes, e saímos para celebrar em plena segunda como se a vida estivesse ganha. Claramente não estava, talvez por isso o bar enorme que nós fomos tinha só a nossa mesa cheia e uns outros dois gatos pingados. O que foi ótimo, porque enchemos a bandinha de pedidos de música e num dado momento rolou um Leandro e Leonardo de mãos dadas. O garçom ficou bem feliz - depois que a gente foi embora.



Tá rolando solta por aí uma teoria de que janeiro veio com um prolongamento de mau gosto de 2013, um arrotinho deselegante da bagunça que foi ano passado. Isso faz todo sentido do mundo pra mim, que tive uma semaninha de folga apenas e logo no dia 06 cheguei na faculdade defendendo projeto editorial de jornal. No quarto semestre assumimos o controle do jornal-laboratório do curso, o glorioso Senso Incomum, com a missão de reformulá-lo para o ano que virá. Cada grupo bola uma proposta, inventando um jornal do zero - editorial e graficamente - e depois os professores votam no melhor. Meu grupo levou a melhor e nosso projeto venceu, o que foi incrível, mas também deu muita dor de cabeça. Tivemos um delírio minimalista e nosso jornal tem bem menos espaço pra texto - a vingança veio logo, quando minha reportagem de mais de 8000 toques teve que ser reduzida a 3000. Ossos do ofício.

Aliás, essa reportagem consumiu minhas forças, energias e pensamentos esse mês. Resolvi escrever sobre o teatro na cidade, que é uma coisa que me interessa bastante. Foi ótimo, porque é uma delícia trabalhar com o que a gente gosta, mas também horrível, porque eu queria fazer a coisa da forma mais completa e redonda possível e, apesar de ter ficado feliz com o resultado final, me segurei pra não ir chorar no banheiro depois que vi meu texto ser cortado quase que inteiro. Vida que segue.

Esse mês comprei ~materiais escolares~ depois de dois longos anos. No fim do ano passado consegui perder o caderno que usava na faculdade & meu estojo. Como isso aconteceu eu jamais entenderei. Fui levando com a barriga até o recesso, sobrevivendo de canetas e bloquinhos desses que a gente ganha em congresso (os melhores), mas resolvi tomar vergonha e me portar como a garota responsável de quase vinte anos que sou. Meus avós sempre me dão uma graninha de Natal e disse que era pra eu gastar sem pudores com algo que eu quisesse muito ou estivesse precisando, o que me levou a um rolezinho consumista desenfreado que terminou com agenda nova, que vocês já conhecem, esse caderninho belo com estampa de pied-de-poule (depois fui descobrir que é um caderninho de modas, que vem com vários moldes prontos pra croquis) e canetinhas da Stabilo que sempre foram sonho de consumo de uma infância atrasada. Na mesma tacada, achei esse box com as três primeiras temporadas de Modern Family em promoção e não hesitei. Foi uma tarde do tipo que apenas Tom e Donna aprovariam.


Li quatro livrinhos em janeiro - e o quinto devo acabar hoje - o que é bastante para minha média. Iniciei o ano com o penúltimo volume de Vampire Academy, o Spirit Bound, e resolvi dar um sossega na obsessão. Nem posso escrever muito sobre porque senão periga largar tudo pra saber o destino final de Rosinha. Li o divertido Como Ter Uma Vida Normal Sendo Louca, da Jana Rosa com a Camila Fremder, cumprindo a cota de leitura nacional do mês. Depois veio a graphic novel (minha primeira!) Laços, da Turma da Mônica, que é a coisa mais fofa e querida que li em muito tempo. Reli junto com algumas amigas da Máfia o sensacional A Menina Que Roubava Livros. Eis que sete anos depois me reencontro com Liesel, Hans, Max, Rudy e Dona Morte e agora não vejo a hora de ver o filme - mesmo sabendo que devo me decepcionar. Quase no fim do mês recebi uma compra do Book Depository que fiz em dezembro, com dois livros da Rainbow Rowell. Estou quase terminando Fangirl, naquela vibe de ficar postergando eternamente o fim porque muito amor e identificação pra poucas páginas. Escrevei sobre, definitivamente.

Falei a respeito da maioria dos filmes que assisti nesses últimos dias - menos do que gostaria, mas não tenho cabeça para mais nada, Breaking Bad me consome muito. O melhor de todos, no entanto, ficou propositalmente de fora do post, porque aquelas poucas linhas mal traçadas jamais serão suficientes para o tanto que eu achei que O Lobo de Wall Street matou a pau. Já é meu favorito pro Oscar e pra qualquer outra coisa, mesmo que eu tenha visto só dois da lista. Tio Marty, Leozinho e o nojento e fascinante Jordan Belfort já me ganharam. Escrevi sobre a trilha bacanuda (jazz, blues e Lemonheads!) lá no Move That Jukebox

Outro texto de fora bem bacana e polêmico foi a lista que organizei junto com as queridas da 21 sobre alguns casais alternativos da ficção. Estou pensando em fazer uma seleção mais pessoal e postar aqui no blog qualquer dia desses.

I don't know why we listen to poets when nobody gives a fuck 

E por último, a trilha sonora do mês: Wilco continua imbatível, mas dei férias para o Summerteeth e voltei às minhas raízes com a banda me deliciando com tudo de lindo e incrivelmente triste que só o Yankee Hotel Foxtrot é capaz de oferecer. A música que não saiu do repeat foi "Ashes of american flags". Como nem só de lamentos de Jeff Tweedy se faz um mês, resolvi explorar o cd novo da deusa Beyoncé e só descobri coisas maravilhosas (com exceção do easter egg de péssimo gosto que foi dissecado por esses dias na internet e me fez ficar bem chateada com Queen B). Esse álbum fica mais incrível a cada nova ouvida e todo dia tenho uma música favorita nova. Eu poderia dizer que "Drunk in love" é imbatível, mas devido aos acontecimentos recentes, "Partition", meu coração é seu.


E com isso me retiro. Até o próximo mês - ou nunca mais.

7 comentários:

  1. Adorei seu resumo mensal!
    É legal fazer porque a gente acaba percebendo que fez muita coisa, e que o mês passou muito rápido.
    Eu também não gosto de nada alcoólico, só de champagne :)
    Espero que você faça de fevereiro também!
    Beijos.
    www.doceilusao.com/

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  2. Achei isso tudo aí tão divertido que me deu vontade fazer uma, posso, diz que sim? Apesar de saber que é suicida, porque vai ficar uma bosta e o seu obviamente é ótimo.
    Amiga: CADERNINHO DE MODA, chorei. Manda ele de presente pra Couthinha! HAHAHA
    Te amo!!! Quero estar na sua retrô de março, que te obrigarei a fazer <3
    Inclusive, 1 sonho dourado: Você catando estrelinhax no meu niver.

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  3. Isso tá mais pra um diário de campo de vida resumido do que um simples resumo de mês HAHAHAHAAHAH seu janeiro foi realmente uma bagunça! Espero que o resto do ano melhore! Meu Janeiro foi legal, sabe... bem emocionante, diferente e produtivo, mas eu jamais teria paciencia pra fazer isso, mas estou ansiosa pra ler as outras versões, tomara que vc continue na empreitada!

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  4. Amei tudo e já estou clicando em todos os links! haha
    Também comecei a fazer um post resumo, mas o meu não tem tantaaa coisa, acho que por ser o início do ano ainda, ou apenas é minha vida sendo boring, como sempre.
    Vou continuar te acompanhando!
    Bjss

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  5. Acho que des de que comecei a ler seu blog não tinha rido tanto com um post como esse. Genial!

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  6. Acho que des de que comecei a ler seu blog não tinha rido tanto com um post como esse. Genial!

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  7. Janeiro se foi e não deixou saudades para ninguém na Máfia. haha
    Você leu muito me janeiro. Eu só li dois.
    Gostei muito da forma que você dividiu o post. Ficou divertido e bom para ler.

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