domingo, 20 de dezembro de 2009

Ask me anything.

Como tudo que surge hoje nessas internéts adentro, a ascensão do FormSpring foi rápida, pra não dizer astronômica. Na segunda-feira eu estava no twitter e saí para ver um filme. Brigadeiro, lágrimas com Sofia e Elizabethtown (é, de novo) depois, volto pro Twitter e vejo todo mundo se divertindo com o tal do FormSpring. Perguntei do que se tratava e me responderam que era um site onde você se cadastrava e ficava respondendo perguntas. Tá, mas e aí? Moral da história? Sem moral da história, era isso mesmo. Claro que eu criei minha conta na mesma hora, no começo com o pretexto de garantir meu login, depois comecei a ler umas perguntas, e que emoção quando começaram a chegar perguntas pra mim!

Deixem-me dizer uma coisa: o tal do ser humano é um narcisista nato. Não adianta torcer o nariz e dar uma de Madre Teresa, todo mundo adora falar de si mesmo. Vou dizer uma coisa agora que pode ser deveras mal interpretada depois, mas eu sempre quis ser entrevistada. Não porque eu ache que tenho algo extremamente relevante pra dizer, mas porque eu adoro falar sobre mim, as minhas opiniões, o que eu acho ou deixo de achar. Uma ótima prova disso é esse blog. De novembro passado até hoje foram 143 posts falando única e exclusivamente de quem? Voilá! Posso falar de filmes, de livros, de histórias, mas são filmes que eu assisti, livros que eu gostei, histórias que eu escrevi. Um annavitóriocentrismo pra ninguém botar defeito. O FormSpring só prova que todo mundo é assim também, a emoção quando chega uma pergunta (se for anônima então!), o desespero quando elas param de chegar, isso só evidencia como amamos o nosso umbiguinho.

E o umbiguinho dos outros também, né? Afinal, o anonimato proporcionado pelo FormSpring permite que as pessoas se soltem e perguntem tudo que sempre quiseram saber sobre outra sem se condenar. Não é maravilhoso? Analisando formsprings alheios, percebo que todo mundo tem uma certa obsessão bizarra em querer saber se outros homens são ou não gays, como se fizesse alguma diferença e como se se aquela pessoa ainda não saiu do armário fosse resolver se revelar pro mundo por causa de uma pergunta ANÔNIMA de um viral da internet.

No fundo estou gostando dessa nova mania, pelo menos na minha inbox tem chegado perguntas bem bacanas, sobre livros, filmes, etc, e eu quase não gosto de falar disso, né? As de cunho sexual estão lá aos montes, mas pelo menos pra mim até agora chegaram só umas 2 ou 3, que foram delicadamente deletadas. Uma coisa que eu descobri é que meio mundo me acha indie ou alternativazinha, achei isso tudo muito engraçado, posso gostar muito de bandas indies e de alguns filmes que são cultuadíssimos no circuito indiezinho-ui-ui-ui, mas certamente quem acha isso nunca viu meus live streaming da novela das oito no Twitter. Essas rotulações me incomodaram um pouco, porque eu já sofri muito com isso, mas pararam de chegar perguntas assim, então por enquanto lhes pouparei de uma sessão de terapia em grupo aqui no blog.

O Twitter tem o seu "What Are You Doing?", e o Formspring seu "Ask Me Anything" como lema. Isso me lembra que o site oficial do Strokes tem uma seção de mesmo nome, onde os fãs enviam perguntas para Julian, Albert, Fabrizio, Nikolai e Nick responderem, ua vez que Ask Me Anything é o nome de uma música do Strokes que, aliás, tem uma letra bem sugestiva pra essa mania geral de pergunta e resposta, no fundo, I've got nothing to say, I've got nothing to give, but I will fight to survive, I've got nothing to hide, wish I wasn't so shy.

* Se quiserem me perguntar algo, é só usar aquela caixinha ali na sidebar ou então pelo endereço tradicional, aqui!

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