O melhor ano escolar da minha vida foi 2007. Se for me perguntar o que eu aprendi, vou dizer que foi só História e Biologia, o resto pode esquecer. Em compensação, foi uma turma tão boa que até hoje, pelo menos uma vez por semana, a sétima A ainda é citada nas conversas com aqueles que estiveram lá. O irônico disso, é que no começo do ano a turma inteira se odiava. Era briga, confusão, picuinha e fofoca, e a gente terminou o ano grudados, se amando. O mesmo esse ano. Não dava pra dizer que minha turma se odiava, porque pra se odiar, a gente tinha que conversar um com o outro, o que não acontecia. Era pura panela, e panelas que não interagiam. A gente se soltou com o passar dos meses, mas o que aconteceu foi uma aglutinação de panelas, com dois lados rivais, e um meio neutro. Se conversava, era pra brigar.
Eis então que de repente, não mais que de repente, a gente começou a se dar bem. Um lado fazia graça com o outro, e as piadas começaram a ficar coletivas, e de um dia pro outro, pro terror dos professores, a interação deu-se e ninguém calava a boca um segundo que fosse. As brigas, ao contrário do que vocês devem estar pensando, não acabaram. Devem ter piorado. Um ar condicionado foi motivo de uma semana de bate-boca. Quase toda semana um novo arranca rabo, que terminava com pessoas exaltadas gritando, gente chorando e professor que não tem nada a ver com a história tentando apaziguar. O que aconteceu foi que juntou-se numa sala só muita gente de personalidade muito forte, que não gosta de ceder e nem ficar calado. Todo mundo brigava porque era muito parecido. Sem falar que foi a união também dos sem vergonha na cara, gente dançando funk, cantando (hehe, oi), batendo palmas sem motivo (hehe, oi), fazendo encenações (hehe, oi) era rotina na sala. Quem não tava acostumado e entrava lá nos intervalos ficava constrangido.
A gente só percebeu que aquela era a sala mais legal de todas meio tarde demais. Quando tava acabando. E por isso mesmo a gente fez dos nossos últimos dias juntos os melhores possíveis. De marmelada no amigo secreto (hehe, oi), até passar uma manhã inteira brincando de jogos de palmas e "de viagem" (detetive, qual é a música), passando por uma aula que era pra ser lavação de roupa suja que terminou em todo mundo pedindo desculpas por tudo e dizendo que se amava, chegando ao ponto de colocar o speaker do celular no microfone tocando música, fazer uma animação no power-point com quadrados coloridos que ficou rodando no telão com a sala escura, pra dar ares de discoteca, enquanto a gente dançava, no último dia de aula. O japa subiu no palquinho e ensinou todo mundo a dançar axé, o "É O Tchan" da sala ressurgiu e dançou "Ali Baba", teve gente que subiu pra dançar música indiana (hehe, oi) e todo mundo fez fila pro cha cha slide. Tudo terminou com a musa, o símbolo da sala, Lady Gaga, com o nosso hino do ano, Bad Romance (todos os dias todo mundo cantava essa música).
"ROMA-AH-AH-AH ROMA ROMA-MA-MA GAGA UH-LA-LA WANT YOUR BAD ROMANCE..." Vou sentir uma falta danada desses palhacitos.
Da esquerda pra direita: Sofia, eu, Matheus, Naná, Carol, Rinna, Lucas, Alana e Filipe.Só se foquem nesse Matheus (moleton verde) de mano. Eu tô na última fila, a segunda da direita pra esquerda.Agora foquem na Naná naniquinha perto de mim (no mesmo lugar da foto acima)Não vou falar de todos, sou a de roxo e olhem a cara de FALSO do Caio, meu amigo, esse de azul claro ajoelhado.
Segurem a onda que depois ainda tenho que fazer um post sentimentalóide falando dos meus professores.
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