No meio do ano me inscrevi para o PAS, o programa se avaliação seriada da UNB, a Universidade de Brasília. Me inscrevi sem ter o menor interesse em estudar lá. O que primeiro me motivou foi o conselho que uma amiga me deu para fazer a prova, porque nunca se sabe o dia de amanhã, vai que dia desses eu acordo com vontade de ir pra Brasília, e isso é muito importante pra mim, que ainda não faço muita idéia do que quero da vida. Além disso, a prova seria realizada uma semana antes do PAIES, prova que eu mais tenho interesse. Como nunca fiz uma "prova de verdade", não queria chegar virgem e imaculada em uma que eu de fato tenho muito interesse. Experiência é tudo.
Aí que o meu PAIES foi adiado pro ano que vem e eu me dei uma carta de alforria antecipada e larguei mão de estudar (gente, tão divertido fazer as provas finais na escola sem estudar! adrenalina pura!), e me vi bem desanimada a fazer o PAS. Ia fazer porque já tinha me inscrito, seria mais por desencargo de consciência do que qualquer outra coisa. Mesmo sem a mínima vontade me dispus a ir nos dois dias de revisão que minha escola organizou, de novo por desencargo de consciência e porque não queria arriscar tirar numa nota negativa no exame, já que lá, cada resposta errada anula uma certa.
Os dois dias inteiros de aula foram ótimos. Relembrei coisas que eu nem mesmo lembrava que já havia estudado um dia, aprendi técnicas pra otimizar o tempo e fazer a prova do melhor jeito, e no fim da tarde de sexta, após sair da escola, eu já estava bem empolgada para a prova do dia seguinte. No sábado fiquei surpresa quando vi que estava até nervosa. Dizia pra mim e pra todos que estava tranquila, mas não parava de olhar no relógio, já que conhecendo todo meu histórico de atrasos, tinha até sonhado com a cena de chegar lá e encontrar os portões fechados. Minhas mãos estavam geladas, e eu não parava de checar se todos os meus documentos estavam certos, e se estava tudo no lugar. Ainda assim acho que meus pais estavam mais nervosos que eu, papai da hora que eu acordei, até a hora que saí de casa pra fazer a prova, me ligou 3 vezes. Mamãe quase saiu do restaurante que almoçamos deixando o troco pra trás.
Depois que cheguei no local de prova sem atraso e encontrei meus amigos, todo o nervosismo passou. Tava curiosa pra saber como era a farra pré-prova pela qual minha escola é muito famosa, e de fato eles inventam musiquinhas estimulantes bem engraçadas que creio que ajudam bastante, porque dão um gás e relaxam quem está nervoso e dá uma abaladinha na concorrência. Tocou o sinal, fui pra sala sozinha, já que nenhum amigo tinha ficado na mesma sala que eu.
No começo surtei, porque meu lugar era bem ao lado da porta, pensei que fosse perder a concentração, mas foi tão engraçado que as vezes eu reparava em pessoas entrando de volta na sala que eu não tinha visto sair. Eu também pensei que ia ser um esquema super de segurança FBI essas coisas, mas a tia que ficou na minha sala era fofa, explicou todas as normas direitinho e me deixou bem mais tranquila, porque eu tinha medo de olhar para os lados.
Achei a prova relativamente fácil. Com boa interpretação de texto e boa noção de conhecimentos gerais qualquer um faz aquela prova com o pé nas costas. Pra alguém que a um mês não pegava num livro, eu fui bem. Óbvio que tinha questões de matemática que eu nem me dei ao trabalho de ler, pois sabia que não saberia fazer. De Física fiz umas, outras tive branco total e preferi não arriscar. Química eu sabia um pouco, já que as aulas sobre mol e cálculo estequiométrico estavam nas minhas aulas a distância, que eu me recusei a assistir até precisar delas de verdade. O resto posso dizer com toda a certeza que estava tranquilíssimo. Três textos do Chico, sendo 4 questões sobre a Ópera do Malandro, um texto do Saramago, eu estava em família. As questões discursivas que todo mundo tanto temia era facílimas, bastava abraçar os discursos inflamados pseudo-comunistas que dava pra tirar de letra.
No mais, achei uma ótima experiência, me ajudou a perder aquele medo de prova oficial, vi que não é o bicho de sete cabeças que eu sempre imaginei e acho que me deu uma boa força pro PAIES. Sem falar que tenho 120 questões pra fazer e refazer como ajuda nos estudos, né? Mas não vou pensar nisso agora, porque com o fim das aulas de revisão e tendo feito essa prova, finalmente encontro-me oficialmente de FÉRIAS!
Aí que o meu PAIES foi adiado pro ano que vem e eu me dei uma carta de alforria antecipada e larguei mão de estudar (gente, tão divertido fazer as provas finais na escola sem estudar! adrenalina pura!), e me vi bem desanimada a fazer o PAS. Ia fazer porque já tinha me inscrito, seria mais por desencargo de consciência do que qualquer outra coisa. Mesmo sem a mínima vontade me dispus a ir nos dois dias de revisão que minha escola organizou, de novo por desencargo de consciência e porque não queria arriscar tirar numa nota negativa no exame, já que lá, cada resposta errada anula uma certa.
Os dois dias inteiros de aula foram ótimos. Relembrei coisas que eu nem mesmo lembrava que já havia estudado um dia, aprendi técnicas pra otimizar o tempo e fazer a prova do melhor jeito, e no fim da tarde de sexta, após sair da escola, eu já estava bem empolgada para a prova do dia seguinte. No sábado fiquei surpresa quando vi que estava até nervosa. Dizia pra mim e pra todos que estava tranquila, mas não parava de olhar no relógio, já que conhecendo todo meu histórico de atrasos, tinha até sonhado com a cena de chegar lá e encontrar os portões fechados. Minhas mãos estavam geladas, e eu não parava de checar se todos os meus documentos estavam certos, e se estava tudo no lugar. Ainda assim acho que meus pais estavam mais nervosos que eu, papai da hora que eu acordei, até a hora que saí de casa pra fazer a prova, me ligou 3 vezes. Mamãe quase saiu do restaurante que almoçamos deixando o troco pra trás.
Depois que cheguei no local de prova sem atraso e encontrei meus amigos, todo o nervosismo passou. Tava curiosa pra saber como era a farra pré-prova pela qual minha escola é muito famosa, e de fato eles inventam musiquinhas estimulantes bem engraçadas que creio que ajudam bastante, porque dão um gás e relaxam quem está nervoso e dá uma abaladinha na concorrência. Tocou o sinal, fui pra sala sozinha, já que nenhum amigo tinha ficado na mesma sala que eu.
No começo surtei, porque meu lugar era bem ao lado da porta, pensei que fosse perder a concentração, mas foi tão engraçado que as vezes eu reparava em pessoas entrando de volta na sala que eu não tinha visto sair. Eu também pensei que ia ser um esquema super de segurança FBI essas coisas, mas a tia que ficou na minha sala era fofa, explicou todas as normas direitinho e me deixou bem mais tranquila, porque eu tinha medo de olhar para os lados.
Achei a prova relativamente fácil. Com boa interpretação de texto e boa noção de conhecimentos gerais qualquer um faz aquela prova com o pé nas costas. Pra alguém que a um mês não pegava num livro, eu fui bem. Óbvio que tinha questões de matemática que eu nem me dei ao trabalho de ler, pois sabia que não saberia fazer. De Física fiz umas, outras tive branco total e preferi não arriscar. Química eu sabia um pouco, já que as aulas sobre mol e cálculo estequiométrico estavam nas minhas aulas a distância, que eu me recusei a assistir até precisar delas de verdade. O resto posso dizer com toda a certeza que estava tranquilíssimo. Três textos do Chico, sendo 4 questões sobre a Ópera do Malandro, um texto do Saramago, eu estava em família. As questões discursivas que todo mundo tanto temia era facílimas, bastava abraçar os discursos inflamados pseudo-comunistas que dava pra tirar de letra.
No mais, achei uma ótima experiência, me ajudou a perder aquele medo de prova oficial, vi que não é o bicho de sete cabeças que eu sempre imaginei e acho que me deu uma boa força pro PAIES. Sem falar que tenho 120 questões pra fazer e refazer como ajuda nos estudos, né? Mas não vou pensar nisso agora, porque com o fim das aulas de revisão e tendo feito essa prova, finalmente encontro-me oficialmente de FÉRIAS!
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