Eu tenho uma preguiça absurda de quase tudo nessa vida e como os posts passados deixaram bem claro, sou apegada e tenho uma certa alergia à mudanças repentinas. Então, é muito mais fácil me arriscar no novo quando alguém já fez o trabalho sujo por mim, e é por isso que eu amo muito blogs que tem uma seção onde os autores elencam coisinhas legais que encontraram nesse marzão sem dono chamado internet. Praticamente tudo de legal que eu já descobri foi por conta deste tipo de post, da Rookie ou então do Don't Touch My Moleskine, o que não me deixa com outra opção senão louvar a iniciativa. E nada melhor para reconhecer o mérito do que copiar a proposta e passar essa ideia adiante, e foi daí que surgiu a inspiração para as Notas do Buraco Negro. Mas de onde ela tirou esse nome, meu Deus? Pois bem, uso uma extensão no Chrome chamada Pocket, que armazena links que você deseja guardar, preferencialmente para ler depois. Eu enfio ali tudo que eu encontro, não tenho tempo ou saco para ler na hora, mas acredito que pode ser importante. Desde 2010 enfio ali coisas que acho que um dia podem ser relevantes, e embora muitos links eu nem lembro por que salvei, muitos ficam para contar a história. A partir de hoje, dividirei alguns por aqui e espero que vocês gostem.
Forty days of dating: Este projeto é minha mais recente obsessão pessoal. Jessie e Tim são dois amigos que não tem se dado muito bem em seus últimos relacionamentos, na maior parte das vezes porque acabam caindo sempre nas mesmas armadilhas que eles mesmos armam. Então, como duas pessoas sensatas, eles resolveram começar a sair um com o outro, na esperança de superar seus vícios e defeitos e também em busca de auto-conhecimento. Como pessoas modernas e nova-iorquinas que são, eles decidiram transformar a proposta num projeto na internet e essa é a essência disso tudo. Sei lá se é genuíno ou um grande truque, mas garanto de que qualquer jeito é genial. Aconselho ler em ordem cronológica, desde o primeiro dia, e ir curtindo pouco a pouco os altos e baixos dessa situação na qual os dois se meteram - é claro que já me identifico horrores com a Jessie e estou desenvolvendo uma crush bandida pelo Tim. Outra coisa legal é que eles trabalham com design, adoram tipografia e o site tem uma proposta estética linda de morrer.
O jogo do nós: Eu tenho tanta inveja de gente que tem projetos na internet que chega a ser patético. Enquanto não tenho uma ideia criativa, instigante e com potencial de mudar um pouco a minha vida, fico aqui no meu canto curtindo o projeto dos outros. O Jogo do Eu é um jogo de tabuleiro que existe de verdade e eu nunca vi na vida, mas gostaria de parabenizar os envolvidos por trás da ideia: um bolo de cartinhas, cada uma delas contendo uma pequena atividade para você fazer que pode (ou não) mudar a sua vida. Dois amigos toparam o desafio e se propuseram a cumprir todas as atividades das cartas - e, claro, escrever sobre isso. Algumas são bem simples, como contar uma piada, e outras exigem mais empenho e coragem, como colocar suas relações interpessoais em perspectiva e ver qualé. De um jeito ou de outro, os textos estão legais e está sendo divertido acompanhar (fiquei desolada quando o blog parou de ser atualizado diariamente e eu pensei que eles tivessem desistido da brincadeira). Além disso, os dois adotaram pseudônimos incríveis: Pedro Bala, personagem de Capitães da Areia que é um livro que eu amo demais, e Ana Terra, personagem de O Tempo e o Vento que é um livro que eu nunca li mas sempre amei (mais ou menos minha relação com toda a bibliografia do Érico Veríssimo).
Hiannafork: Já falei da minha preguiça, né? Ela também me impede de ficar por dentro das novidades do mundo da música. Aliás, o hype é uma coisa que me dá preguiça e eu tenho uma má vontade automática sempre que alguém tenta me convencer a ouvir o novo single de alguém. Só acompanho novidades daquilo que me interessa e sempre sou a última a conhecer a melhor banda dos últimos tempos da última semana (faz pouco mais de um mês que ouvi meu primeiro cd do Black Keys). Por isso o Hiannafork é tão legal: eu tenho vontade de ouvir absolutamente tudo que a Hianna recomenda, porque ela vai direto ao ponto, explicando rapidinho do que se trata a faixa ou o disco e respondendo de forma genial duas perguntinhas cruciais: lembra o quê? prestou? Sério, quem precisa de mais? E as respostas não são cheias de chavões chatos que a gente já cansou de ler em outras resenhas por aí, é coisa do nível "trilha de filme do Tarantino só que usada em Girls" - e é demais ouvir a música e perceber que, nossa, é muito isso. Por fim, aproveito o ensejo para dar meus cumprimentos à responsável pelo ótimo trocadilho do título.
More Adventurous: O último item não é um link, mas quem manda aqui sou eu. Já apresentei Rilo Kiley para vocês na minha retrospectiva musical do ano passado e se você não lembra ou não está afim de voltar naquele post, posso resumir a banda como sendo a banda da minha cantora favorita salve-salve, Jenny Lewis. E aí que eu negligenciava este álbum da sua discografia sabe Deus por que, e precisei topar com Portions for Foxes no shuffle para ouvi-lo inteiro e não querer ouvir outra coisa no último mês. Rilo Kiley é a banda que me faz ter vontade de fazer uma tatuagem com letra de música e faz renascer minha fantasia inconsciente de ser cantora, e esse CD mostra bem esse efeito, principalmente por causa de Portions for Foxes, I Never e a faixa título, More Adventurous.
Ai, Anna! Adorei! Vários blogs que eu leiam fazem listas tipo essa e são ótimas porque a gente acaba conhecendo muitas coisas legais. Achei muito interessante esse Jogo do Eu, eu já tinha ouvido falar há algum tempo mas não conhecia o site. Eu estava pensando em fazer no meu também. Posso copiar? RS
ResponderExcluirBeijos!
Adorei esse "O jogo do nós"! Um dia crio um projeto tão bacana quanto esse D:
ResponderExcluirVou adorar suas dicas! Corri pra ver esse jogo do nós! HAHAHA
ResponderExcluirBeijos! <3
Hiannafork! <3
ResponderExcluirAdorei a nova tag, Anna! ;)