É comum à maioria dos blogs que eu frequento passar mais de uma semana sem que ele seja atualizado, mas sempre acho estranho quando me ausento desse tanto por aqui. Não que eu imagine alguém realmente sentindo falta ou seja uma blogueira importante que precisa atualizar o blog 3 vezes ao dia, mas é que eu realmente acho ruim e não gosto de dar brechas a essas estranhas mudanças de paradigma que tem rondado a blogosfera. É impressão minha ou parece que todo mundo está meio de bode de postar?
Eu poderia fazer um post inteiro sobre isso, ou aproveitar pra contar que pintei o cabelo, ou ainda dividir com vocês a história de como, nos últimos dias, eu consegui editar uns 30 jornais sem nunca ter, de fato, editado um jornal antes. Poderia escrever sobre como eu fui capaz de não cumprir quase nenhuma das metas que coloquei para minhas férias ou sobre a paradoxal empolgação que estou sentindo nesse início de período - mesmo que tenha chegado a hora de fazer fotojornalismo. Seria possível ainda fazer um post inteirinho listando os prós e contras da minha ida ao show do Caetano Veloso e pedir a opinião de vocês antes de comprar meu ingresso. Eu quero mesmo ir nesse show ou seria melhor postar sobre o show dele que eu queria ver?
São mesmo muitas coisas a serem escritas, mas passei o dia inteiro querendo mesmo falar sobre uma só noite, aquela que eu virei amiga do Chico Buarque e da Gal Costa. Era pra ser um show da Gal na calourada da minha universidade, ingresso na faixa e todas essas maravilhas inacreditáveis que aparecem na sua frente quando você passa no vestibular. Eu cheguei com mil horas de antecedência, claro, e sentei na frente do palco. Na verdade, quem estava no palco era eu, sentada com as pernas balançando, olhando a Gal de baixo - não me perguntem como. As cortinas se abriram e ela apareceu no canto esquerdo do palco, com aquele cabeleira cacheada toda bonita, e ao seu lado foram logo revelados outros dois convidados: um senhor aleatório com um pandeiro e Chico Buarque himself.
Fiquei estupefata, claro, e pode ser que tenham rolado lágrimas. Sei que antes de dizer boa noite, menino Francisco Buarque de Holanda foi logo puxando a primeira música: Garota de Ipanema. É claro que só mesmo num sonho, num sonho meu, que Chico cantaria essa música com a Gal, embalados por um pandeiro. Foi sonho mesmo, e se vocês ainda não se ligaram disso basta eu dizer que depois eles emendaram Roda Viva e começaram a sambar. Ou é melhor eu pular pra parte que o Chico, o Chico Buarque, perguntou pra platéia - e claro que a platéia era eu - que música ela queria ouvir? Desci até onde eles estavam, e meio chorando, meio tremendo, peguei o microfone das mãos dele e disse que só tinha ido ver a Gal pra ouvir Baby.
Ele disse que não se lembrava direito da letra e tirou um papelzinho do bolso para que eu a escrevesse. Rabisquei ali aquelas palavras que eu sei desde menina, a margarina, a Carolina e a gasolina e entreguei para ele, toda lépida e faceira, adicionando que depois daquela eu precisava ouvir não aquela canção do Roberto, mas do Chico. Ele foi deliberar com a Gal, que passou para ele as orientações quanto ao tom da música e meu despertador tocou antes do primeiro você precisa.
E então eu ouvi Baby o dia inteiro e coloquei na cabeça que eu tinha que ir ao show do Caetano, porque vai que a Gal aparece de bicona, ou então Chico Buarque himself e o velhinho do pandeiro?
(Mas Gal, sua linda, eu iria te ver mesmo sem o Chico e o pandeiro, e ainda que você deixasse Baby fora do setlist - se sonhei essa bagunça toda foi porque passei os últimos dias chafurdando no recalque porque não te vi de graça na Virada Cultural.)
Gente, eu tava achando essa narrativa tão alucinada, que ia no chat te perguntar sobre os detalhes, porque certamente você estava bêbada de euforia pra contar, porque eu não tava entendendo nada. Como assim Gal Costa e Chico em uma CALOURADA? E como assim você pegando o microfone pra pedir uma música? Até que, claro, você acordou. Morri de dó. Mas morri de amor mais uma vez, porque só você pra narrar um sonho tão bem, meu Deus. Claro que é perdido, é um sonho, e devaneios são assim!
ResponderExcluirVocê é gênia demais.
Quando você acha que ama uma pessoa o máximo que se pode amar e aí ela escreve um texto sobre sonho totalmente sonhado.
Aff.
Te amo. <3
GZUIS que sonho maluco! E lindo! E invejável!
ResponderExcluirE, olha, eu voltei a postar, você viu? Ao meu ritmo normal de toda a vida de no mínimo um texto por semana! Estou orgulhosa de mim!
E de você por causa do Simuna e do cabelo e da coragem em encarar o fotojornalismo! E quero mais fotos do seu cabelo porque não consegui ver direito a cor ainda e estou necessitada, cê sabe.
E, ai, que sonho maravilhoso. Ai.
Abraços <3
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"É comum à maioria dos blogs que eu frequento passar mais de uma semana sem que ele seja atualizado" = pare de me fazer sentir culpada, dona Anna Vitória, estou tentando ser uma pessoa melhor.
ResponderExcluirEsse tipo de sonho é muito frustrante, porque não dá vontade de acordar nunca, e ainda assim a gente sempre acorda na melhor parte.
Posso perguntar por que diabos você está de férias no fim de maio? Que coisa estranha! [Não ligue, pura inveja de quem ainda está na metade do semestre e quer muito entrar de férias.]
Beijos.
Gisuis, cê me pegou dessa vez. Contou tão bem contadinho que eu fiquei com invejinha de você de ter conseguido tal feito. Uma pena que não aconteceu, teria sido mágico!
ResponderExcluirQuanto ao hiato dos blogs, também tô sentindo isso. Inclusive com o meu; mas, assim como você, também não quero parar. A questão é que cê é gênia, ai já tá com bons pontos na frente, afinal, quase tudo vira texto pra você (que dom é esse, ein? :O)!
Bom, é isso. Por sorte eu ainda tenho até 03/06 de férias, depois disso aí é que sumo mesmo. x_x
Beijos :D
Ai Anna sua fofa! Só você pra sonhar com Chico, Gal, Caetano e etc....! Mas não fique triste tá, a Virada Cultural foi uma bagunça, teve arrastão, morte, facadas ou seja, não foi um bom programa não!! Rs! Beijos
ResponderExcluirSeu Chico ao vivo é a coisa marlinda e marcheidegraça que já vi passar Annoca! E vivo cantarolando garota de Ipanema no chuveiro, e confesso que quase acreditei também que tinha acontecido de verdade se tu não tivesse falado que tava sentada no palco, NUNCA que isso ia acontecer num show de verdade haha mas foi um post que valeu a pena ler!
ResponderExcluirbeijos
Você, informada das informadas, lógico que conhece a versão do Red Hot Rio 2, né? Teve uma época que eu estava fissurada nesse cd, e ouvia ele de trás pra frente mil vezes por dia. Concluí que Baby é tipo assim, a melhor música introdutória de todos os cds do mundo, simplesmente. Amo. E desde pequena que a margarina me instiga. Amo essa música!
ResponderExcluirE amo/sou shows de sonho, eu vi um do Jeneci que foi inesquecível (você sabe né).
Acho que essa semana sonhei com o show de alguém, mas não tô conseguindo lembrar...
Enfim, beijo, amo você, e por favor, poste futuramente sobre a sua ruivice.
oi anna!
ResponderExcluiracho que até fiquei triste que tudo isso era sonho mesmo... porque é tão bom quando essas coisas acontecem e nos deixam sem palavras, néam? espero que você um dia ainda veja gal, chico e caetano — de preferência, todos de uma vez só. eu acho tão bonitinha essa música... deve ser legal poder ver ela cantar ao vivo. uma pena mesmo que você não tenha ido ao show gratuito dela, teria valido a pena! :)
beijo, beijo!