sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O ciclo de chiliques de uma semana de provas.

Não é raro vocês me verem surtando por conta de provas, já demonstrei isso aqui muitas-vezes- e meus seguidores do twitter devem me achar uma louca sem preparo psicológico para provas. Mas a verdade é que toda vez que chega essa temida semana, minha vida vira um descontrole total, e o mais irônico disso é que é um descontrole tão cíclico que eu já deveria estar acostumada e não me deixar levar por eles.

Primeiro eu começo a revisar a matéria. Estudo, estudo, estudo. Exercícios, dúvidas anotadas com asteriscos no canto das apostilas para depois serem esclarecidas com o professor, Sofia ou meu pai. Tiro dúvidas, tudo tranquilo. Chega a semana, eu vou estudar de novo e parece que eu esqueci como se fazem os exercícios, as coisas básicas e como se faz uma conta de divisão. Entro num profundo desespero: oh-meu-Deus-não-sei-de-nada-vou-tirar-zero-e-nunca-vou-passar-no-vestibular. Fico estressada, dou patada em todo mundo e a primeira pessoa que me pergunta o que está acontecendo que eu estou tão, tão tensa é agraciada com o ápice do chilique: a crise de choro e o monólogo de meia hora sobre como a matemática acaba com minha vida. Meus pais já estão acostumados com isso, minha mãe então nem se fala, já que na maioria das vezes a vítima é ela. E não falta fofura pra me consolar nessas horas, ela sempre me compra chocolatinhos e me dá um colo bom que só mãe sabe dar.

Eu não tive base boa de matemática. A minha ex-escola que eu estudei a vida toda tinha uma matemática muito ruim, os professores eram experientes em enrolar, tanto que se me perguntarem o que eu aprendi de matemática na sétima série eu respondo: nada. E na sétima que você aprende bases e propriedades, que serão aplicadas agora no colegial, e se você não sabe isso, você se ferra. E eu me ferro. Entenderam o drama? Aí eu surto bonito, porque matemática sempre foi uma pedra no meio do meu caminho, sempre.

Voltando ao ciclo dos dramas, depois que eu falo, falo, falo e choro sobre o quão ferrada eu estou, eu melhoro subitamente, me acalmo, fico serena e vou fazer uns exercícios e vejo que até que as coisas não estão tão ruins assim. Acho que essa última prova me levou a pior crise ever, e vejam só, eu fechei a prova! Não foi tudo mérito meu, sem a ajuda desse senhor e do Senhor lá de cima, eu nunca teria chegado lá, mas tcharam, eu cheguei, não sou tão loira assim.

Aí as provas acabam, como acabaram hoje, e eu nunca me senti tão morta na vida. É uma sensação boa, no fundo. Uma mistura de alívio com aquela coisa de dever cumprido, ufa, acabou. Cheguei da escola e dormi o dia inteiro, sem sonhar com as provas. Não é maravilhoso? Seria, se daqui há algumas semanas não fosse começar tuuuuuudo de novo. Ai, ai.


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