quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Lo-li-ta

(Nina, esse é pra você)

Eu tinha menos de 10 anos quando peguei esse livro pela primeira vez, minha avó havia acabado de comprar. Comecei a lê-lo e logo ele foi tirado das minhas mãos, com minha avó falando que aquilo não era livro pra uma menina da minha idade. Daí foram anos até que eu ouvisse falar na história de novo e entendesse o motivo da censura, mas foi só agora que me reencontrei com a mesma edição de anos atrás, capa dura azul bebê, para tirar o atraso de anos.

Muita gente que conheço e cujo gosto literário respeito havia me dito que o livro era meio insuportável, pelo assunto que tratava. Sim, porque todo mundo já ouviu falar da história do maníaco sexual, pedófilo, que se apaixona pela enteada de 12 anos, certo? Talvez por isso vinha postergando a leitura, fiquei com medo de não gostar e aquela fantasia que tinha com o livro há tantos anos - só por causa do nome, que sempre achei divertidíssimo - seria distorcida pelas perversões de um homem de meia idade. Quem me convenceu a resolver isso logo foi a Tary, que não gosta dele tanto assim. Ela disse um dia desses: É um livro nojento mas necessário. A gente escreve melhor depois dele. Ok, fui ler Lolita.

"Lolita. Luz de minha vida, labareda em minha carne. Minha alma, minha lama. Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três saltos pelo céu da boca para tropeçar de leve, no terceiro, contra os dentes. Lo. Li. Ta.
Pela manhã ela era Lô, não mais que Lô, com seu metro e quarenta e sete de altura e calçando uma única meia soquete. Era Lola ao vestir os jeans desbotados. Era Dolly na escola. Era Dolores sobre a linha pontilhada. Mas em meus braços sempre foi Lolita."

Reproduzi acima os dois primeiros parágrafos do livro. Depois deles o livro já havia me ganhado por completo, porque não importava mais como as coisas seriam dali pra frente, é ou não é um dos inícios de livro mais geniais que vocês já leram? Até hoje, quase um mês depois, pedaços desse início ficam ecoando na minha cabeça e eu só consigo pensar que não poderia dizer outra coisa de Lolita que não declarar que é um dos livros mais sensacionais que já li.

Sim, é um livro sórdido. Estamos falando afinal de um pervertido e uma criança. Sabemos bem que Lolita de inocente nunca teve nada, mas o que são as provocações de uma pré-adolescente geniosa diante do fato que Humbert Humbert a estuprava sistematicamente?  Sim, porque era isso que ele fazia. Se no início ela encorajava qualquer coisa, e ainda que tenha sido ela que lhe roubou o primeiro beijo, duvido muito que passasse por sua cabeça que até mesmo o casamento dele com sua mãe fora uma estratégia para tê-la sempre próxima e seu objetivo principal era ser conivente e virar concubina de seu padrasto. Mirou no que viu, atirou no que não viu. O tiro saiu pela culatra.
No entanto, reduzir o livro a uma confissão de um homem tarado e doente é a mesma coisa que dizer que Dom Casmurro não passa da investigação de um adultério. Por ser em primeira pessoa, a narração alucinada de Humbert, personagem magistralmente construído, é um troço que me chega a dar comichões, de tão bem feita. O cara é louco do tipo que rasga dinheiro e atira pedras e isso fica evidente em cada linha escrita, ainda que não seja a respeito de Lolita. A maneira como ele oscila em falar de si na primeira e na terceira pessoa, e os apelidos e codinomes que inventa para ele próprio são sensacionais. O que acho mais legal é que ele não tem só todo aquele impulso sexual dirigido a ela. Tem sim, e não é pouco, porque ele é doente. Mas não dá pra dizer que ele não chegou a amá-la de verdade. Amor obsessivo e pouco saudável, mas amor. As partes mais tristes do livro são aquelas em que ele se desespera e entristece ao reconhecer que faz muito mal a ela, e sabe que lhe tirou toda a inocência que ainda lhe restava, mas simplesmente não podia evitar. Ele lidava com algo muito mais forte que ele.

"Lembro certas ocasiões (icebergs no paraíso!), em que, saciado dela - após fabulosas e dementes investidas que me deixavam exausto, o corpo listrado de azul na luz que penetrava pelas persianas do motel - , eu a tomava nos braços com (enfim) um mudo gemido de ternura humana (sua pele brilhando com reflexos néon, seus cílios cor de fuligem emaranhados, seus olhos sérios e cinzentos mais vazios que nunca - para odos os efeitos uma pequena paciente recém-saída da sala de operação, ainda atordoada pela anestesia); e a ternura, penetrando mais fundo, transformava-se em vergonha e desespero, e eu embalava a leve e longínqua Lolita nos meus braços de mármore, e gemia nos seus cálidos cabelos, e a acariciava a esmo implorando mudamente seu perdão e, no auge dessa onda de ternura tão humana, tão sofrida e abnegada (com minha alma literalmente pairando sobre seu corpo nu, prestes a arrepender-se), de repente, ironicamente, horrivelmente, o desejo voltava a crescer  - e 'ah, não', diria Lolita com um suspiro dirigido aos céus, e no instante seguinte e ternura e as listras se partiam em mil pedaços."

Dentre todas as coisas que me encantaram no livro, foi o humor dele que me deixou completamente apaixonada. Não é de hoje que sou fã de humor negro, e são poucos que conseguem usá-lo de modo a fazer com que "divertido pra caramba" seja a primeira coisa que direi e sempre irei pensar a cada vez que o livro me for invocado. A narrativa é banhada num cinismo espetacular. A doença de Humbert é tão intensa que muitas vezes certas descrições chegam a construir um quadro deprimente - e não é pra menos - e aí entra uma palavrinha, um termo ou frase que muda tudo, e de repente a gente cai na risada. Meio com vergonha, porque é triste pra caramba e a gente não deve rir de coisa triste, mas sabe aquela risada sádica que sobe pela garganta sempre que a gente escuta uma piada maldosa muito bem contada ou vê alguém caindo de quatro na rua e é obrigado a segurar? Esse é o tipo de humor de Lolita, e acho que ninguém deve ter vergonha de rir com ele, porque não passa de uma ficção.

O próprio Nabokov, em nota ao fim da edição, escreve de um jeito bem amargurado que quando o livro foi pra mão dos editores, ele foi muito rechaçado e julgado pelas pessoas a seu redor, que caíram na besteira de levá-lo a sério demais. E isso acontece até hoje, e nem é só com Lolita. Estou cansada de ver as pessoas julgando livros e filmes como ruins ou até se recusando a ler ou assistir algo só porque aquilo trata de um assunto que a pessoa discorda ou desgosta. Como se o simples ato de ler ou assistir fosse uma espécie de apologia ao mal ou coisa do tipo. Como se gostar de Laranja Mecânica significasse que você super apoia a violência gratuita. A ficção existe justamente para nos libertar dos nossos mundos pequenos e nos levar para voos distantes, com outras realidades e outras perspectivas. É por isso que eles nos fazem crescer, ora bolas. Depois você fecha o livro e segue com sua vida, da mesma forma que eu fechei e sigo achando a pedofilia uma das coisas mais repugnantes da face da Terra e ao mesmo tempo afirmo que Lolita é um livro que deve ser aplaudido de joelhos.

"Que meu romance contém diversas alusões aos impulsos fisiológicos de um anormal, isso é verdade. Mas, afinal de contas, não somos crianças, nem deliquentes juvenis e analfabetos (...) É uma infantilidade estudar uma obra de ficção a fim de informar-se sobre um país, uma classe social ou o próprio autor."


23 comentários:

  1. Eu tenho esse livro aqui em casa mas sempre tive receio de ler. Justamente pela base da história do livro, e pelos comentários falando que o livro tinha coisas sobre pedofilia. Gostei bastante do que você falou sobre ele que me deu vontade de ler rs. Beijos.

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  2. Parei e recomecei a ler esse livro diversas vezes, pra só hoje realmente entender a genialidade, depois de muita insistência de uma amiga também. Tenho vontade de termina-lo num dia. E Humbert Humbert é louco de dar medo. rs
    Anna, sua descrição é genial, mesmo.

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  3. Eu simplesmente amo Lolita. Pode me chamar de alienada, mas eu nunca tinha me ligado no livro e na história dele até pouco tempo atrás. Daí li a sinopse por aí e resolvi ler. Rolou amor desde o prefácio. E sim, Lolita é um daqueles livros que não sai da cabeça depois que a gente lê... te entendo. E sempre me vem o início do livro em mente.

    Fiquei tão doida que até escrevi sobre ele lá no blog.

    Adorei o teu texto!
    Beijo.

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  4. eu sempre tive preguiça de Lolita, porque a história já estava meio que contada apenas nessa palavra, entende?

    mas uma vez peguei o livro, da coleção da Folha, sabe? só pel curiosidade do algo mais - e porque o Jeremy Irons interpretou o personagem no cinema.

    pois bem, não consegui passar das primeiras páginas, mas acredito mesmo que seja um livro bom.

    E concordo totalmente contigo nesse trecho:
    "Estou cansada de ver as pessoas julgando livros e filmes como ruins ou até se recusando a ler ou assistir algo só porque aquilo trata de um assunto que a pessoa discorda ou desgosta."

    Realmente, parece que vc tem que ler aquil oque tem a ver com o seu mundo. Eu fujo disso e procuro coisas que contrastem, isso amplia nossas visões sobre o mundo, sobre a v ida; é aí que você descobre as coisas. melhor ainda é você discordar com a proposta que o livro te oferece, e ainda sim, você ainda gostar de lê-lo para elucidar melhor as questões.

    não tem como não amar tuas resenhas, as melhores.

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  5. É excelente, não é? Sempre digo que é uma experiência necessária ler este livro. Não sei se gosto dele ou se desgosto, isso não importa. Só sei que é extremamente bem escrito e tem aqueles toques de gênio. Provoca reações físicas, nojo, aversão. Mas é genial e todo mundo PRECISA ler uma vez na vida. Eu fiz um vídeo das minhas leituras de 2011, Annoca, quando eu postar no blog você vai entender (eu acho) exatamente o que eu senti.

    P.S: Você leu a carta ao leitor do Nabokov? Deu pra sacar perfeitamente que ele não quis chocar a humanidade com o livro, apenas se livrar daquela história que um belo dia veio na cabeça dele. Sensacional!

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  6. Eu adoro esse livro. O humor dele, a forma como é escrito. Mesmo com um tema tão tenso e delicado. Ótima resenha.

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  7. Também tô evitando ler esse livro. Assim como você, tenho medo de não gostar. Mas depois do seu texto, adivinha! Vou dar uma chance porque não custa nada :)

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  8. Eu li esse livro muuuitos anos atrás, e gosto muito dele. No começo achei que "a Lolita pediu", hoje já acho que não foi bem assim. De qualquer jeito, acho que mudei muito nesse tempo, e vou lê-lo de novo assim que tiver um tempinho. Muito bom post, Anna.
    Beijos

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  9. Estou boquiaberta com esse texto. ESPETACULAR! Não sabia sobre o que tratava Lolita, mas pela sua descrição parece super interessante! Acabou de entrar pra minha lista de "deve ser lido em algum momento", na verdade a vontade era de sair correndo e arranjar um exemplar desse livro agora mesmo! ÓTIMO texto! Quando você for jornalista me avisa pra onde vc tá escrevendo porque eu super adoro seus textos, de verdade! Sou sua fã! Sério. As vezes venho aqui e fico lendo coisas de séculos atrás só porque acho a maioria dos seus textos pra lá de fantásticos!
    Parabéns Anna. Mesmo. Até facebookiei uma parte do texto. WOW.
    Beijos!

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  10. Já te falei que um dos sonhos da minha vida é escrever resenhas brilhantemente como você? Sério. Você me encanta com seus textos, sempre, mas quando você escreve resenhas, você me INEBRIA. Com a resenha das virgens suicidas eu fiquei de queixo no chão, mas com essa daí, tiro o chapéu. Não vou nem conseguir comentar sobre o livro, porque só consigo pensar na sua resenha. Mas aqueles primeiros parágrafos são fantásticos mesmos!
    Beijos!

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  11. Sabe que eu tenho esse livro a anos na minha casa e nunca me interessei a ler? :O
    Já ouvi muitas opiniões sobre, boas e ruins, mas mesmo assim nunca me chamou atenção. O livro que eu tenho aqui é o da capa dura e azul também! :)
    Quem sabe agora eu não me interesse, né?
    Beijão.

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  12. Anna, adorei a resenha de Lolita (não sabia que sairia tão rápido, obrigada pela dedicatória!).
    Eu saio em defesa de Lo - sempre. Li os comentários e sei que você também acredita que ela teve sua culpa. Certo, teve. Mas era uma criança entregue aos "cuidados" de "um homem de meia idade". Humbert é extremamente vaidoso também (embora Jeremy Irons o interprete como absurdamente humilde, creia - assista!)
    O tema me atrai - você que me conhece sabe. Agora procuro outras Lolitas em outros tipos de literatura. Hilda Hilst é um grande exemplo, com O Caderno Rosa de Lori Lamby. Também A Casa dos Budas Ditosos, de Ubaldo Ribeiro e Memória de minhas Putas Tristes, dce García Márquez. Fica a dica.
    Quando estiveres passando por uma livraria, pergunte se tem Lolita pela editora Alfaguara. A capa é linda, mas PRECISO que você leia o posfácio de Martin Amis - que está muito bom.
    Um beijo Anna, maravilha de resenha!

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  13. Ah, não li Lolita, mas mais por falta de acesso ao livro, não o achei nem pra vender! Sempre indisponível. Mas fiquei ainda mais com vontade de lê-lo. Têm os filmes né? Um deles dirigido pelo Kubrick, também não os assisti. Vou aproveitar bem essas férias pra esses achados :)

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  14. Bom, sempre tive um interesse à respeito Lolita, e após leitura deste até o resenhei no blog. Acho Lolita um dos livros mais reflexivos e interessantes que já li, principalmente pelo caráter obscuro e deprimente da coisa. O tema é repugnante, certamente é, mas é justamente essa repugnância escancarada pelas palavras de Humbert. Humbert (um dos vilões mais louváveis de todos os tempos) que me fascina. As pessoas de alguma forma evitam tudo que há de ruim, obsceno ou chocante, trancam-se em uma bolha de algodão doce e vivem felizes para sempre privadas de todo o conhecimento que obras no estilo de Lolita podem oferecer. Ou eu que sou maluca mesmo. Fato é, que terminei o livro com ódio e repúdio pelo protagonista e contraditoriamente com pena do garotinho dos capítulos iniciais, que por ironia do destino não chegou a realizar sua paixão infante. Beijos ;*

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  15. O Humbert é um personagem incrível. Ok, tá certo que incrível é um adjetivo um pouco "errado" para uma personagem pedófilo e louco, né? Mas, ele é tão bem construído que, para mim, foi impossível não sentir uma certa empatia.
    Lolita é um livro difícil. Isso principalmente porque passa muito tempo narrando os pensamentos e perversões de Humbert. Tem gente que não gosta e eu posso entender, mas, não pensamentos que se tornam tão reais pela forma como são narrados, que parecem um filme. Gosto do livro porque é pervertido e sei que muita gente não gosta justamente por isso. O bom do livro é que ele tem um herói que também é vilão. Afinal, todos temos um ladinho negro, né?

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  16. Agora to com vontade de ler Lolita.
    Meu gosto literário é um pouco frívolo, pra ser sincera, tenho extrema dificuldade de me desligar dos livros de ficção e fantasia para ler os clássicos - até hoje não li entrevista com vampiro e só li um livro da Clarisse em toda a minha vida -, mas esse teu post me deixou curiosa, porque você fala exatamente da mesma cópia que a minha irmã possui e que descansa magnanimo na minha estante de livros na minha casa em São Paulo, entrou pra minha - ainda inexistente - lista de leituras pra 2012.

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  17. Me-ni-na, você arrasa em tudo o que você escreve. Fiquei com água na boca pra ler esse livro, mas ainda sim, receosa. Sem comentários pra essa resenha foda! Um beijo, linda :*

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  18. Gente, não é possível que eu seja a única pessoa que não conseguiu terminar de ler Lolita! Não tanto pelo tema, que eu gosto dessas coisas "macabras", mas eu achava tão chaaaaaaato! Tentei duas vezes, e na segunda até consegui ler mais de 100 páginas, mas não consigo terminar, haha. Acho chato, enfadonho e cansativo. Tem tanto blogueiro amando Lolita que vou acabar tentando pela 3ª vez.
    O Lolita que tive acesso também é o da capa azul bebê.

    E Laranja mecânica foi outro que abandonei, só que desse eu gostava. Não terminei porque outras coisas atrapalharam e outros livros atropelaram... um dia retomo.

    :*

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  19. Anna :)

    Na sétima série eu comecei a ler Lolita mas uma professora me convenceu a não lê-lo, ela disse que era "muito forte pra minha idade" daí eu, burra, doei pra biblioteca da escola achando que nunca seria mais velha pra ler e perdi o tesão pelo livro. Depois DESSA resenha darei uma futura segunda chance!

    beijos, querida<3

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  20. Eu tenho o livro aqui em casa, mas andei adiando a leitura por puro pré conceito com o tema. Depois da sua resenha penso que deveria finalmente dar uma chance. Vou aproveitar que eu estou de férias para fazer isso. Gostei muito da sua resenha.
    Beijos!

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  21. Amo esse livro! O li ano passado, tendo que suportar olhares desconfiados quando eu explicava sobre o quê a história se tratava. As pessoas me achavam meio louca por ler uma livro sobre pedofilia. E que bobagem, não é? A narrativa é brilhante! Por mais que seja perturbadora (e é muito), é impossível largá-la. Acho muito difícil alguém construir um personagem como Nabokov fez. Foi um feito e tanto. Acho interessante também que ele escreveu tudo com uma linguagem muito respeitosa, sem nenhum termo chulo ou desprezível.
    Adoro seu blog, você escreve maravilhosamente bem!
    Beijinho!

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  22. Você tem a mesma versão de Lolita que eu se não me engano, aquela da Folha, né? Esse seu post foi quase como se eu tivesse escrito junto, sério. Quando pequena eu também adorava esse livro porque achava o nome Lolita muito legal, mas nunca o li até ter 15/16 anos e tenho que concordar que gostei também (a única parte chata do livro é daquelas viagens que eles fazem e ele fica descrevendo tudo. Achei que Nabokov só encheu linguiça). Eu tenho vontade de ler o livro de novo porque acho que ele ainda não foi bem aproveitado por minha pessoa, mas vou deixar mais para frente. Quanto a carta do Nabokov no final, se não fosse ela, eu não teria tanta vontade de ler o livro. Gosto de saber da vida do escritor e a opinião dele antes de ler qualquer coisa que escreva, sei lá, acho que isso faz eu aproveitar e entender mais o livro.

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  23. Reli o texto agora que terminei o livro, chorei mais, te aplaudi de pé e concordei piamente com cada letra. Lolita. <3

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