Ou: vamos usar o Blog Day para falar sobre blogs
Há um tempinho me deparei com o desabafo de uma garota lá no Rotaroots. Ela dizia que amava blogar, mas às vezes se sentia meio boba escrevendo sobre a própria vida e coisas que a interessavam diante de tantos outros blogs por aí com coisas mais relevantes para a sociedade. Eu entendi o que ela quis dizer com "relevante para a sociedade", mas mesmo assim respondi: e quem disse que sua vida não é relevante?
Claro, falar sobre a crise hídrica e problematizar o machismo na nossa sociedade é, sim, mais objetivamente relevante do que, por exemplo, uma discussão sobre o significado da minha casa de Hogwarts. Mas isso não significa que histórias assim não são importantes. Nunca assisti Doctor Who, mas encontrei uma citação do seriado no Tumblr e nunca esqueci: "We're all stories, in the end. Just make it a good one". Todos somos feitos de histórias, e gosto de pensar no ato de blogar (odeio esse verbo) ou simplesmente escrever sobre nossa vida e nossas opiniões como algo mais filosófico e até (por que não?) político. Estamos construindo com nossas próprias mãos a narrativa das nossas próprias vidas. Não é lindo isso?
Comecei o meu blog porque vi ali uma chance de dizer coisas que as pessoas ao meu redor não estavam interessadas em ouvir, ou então que eu mesma não queria dizer em voz alta. Só que queria registrar aquilo de alguma forma, então fiz um blog. Quase oito anos se passaram, e a situação não é muito diferente. A blogosfera (odeio essa palavra), claro, mudou bastante. Aquela brincadeira de adolescentes virou negócio graúdo, e as marcas enxergaram ali um mercado e uma fonte de visibilidade bem típica da nossa época: não era mais um artista de TV naquela propaganda generalista convencendo você a usar o batom, mas a moça da casa ao lado, que podia ser sua melhor amiga, testando o batom no seu dia-a-dia de gente comum e recomendando o batom pra você.
Não entendo muito de negócios e nem de marketing digital, mas minha visão de quem estava sentada de camarote observando tudo acontecer (parece que foi há 200 anos, mas eu ainda lembro do primeiro look do dia da Camila Coutinho super desajeitada e morrendo de vergonha, nada profissional) é que as pessoas que hoje ganham dinheiro de verdade com blogs eram pessoas que estavam no lugar certo, na hora certa, e tiveram uma visão absurda de pegar essa oportunidade e transformá-la numa mina de ouro. Com esses blogueiros no alvo dos grandes patrocinadores, indo até onde nenhum diário virtual tinha chegado, é claro que um monte de gente quis entrar pro filão - até porque a gente realmente não sabia o que estava acontecendo, e nem a dimensão que isso iria tomar. Os blogs começaram a se monetizar cada vez mais e de repente, de passatempo de gente à toa o blog virou profissão. Até porque, fala sério, quem não quer ganhar dinheiro fazendo o que gosta?
Não tinha como a blogosfera continuar sendo a mesma coisa, ao menos não num sentido mais amplo. Até porque os blogs não eram mais a única plataforma pra você compartilhar sua vida virtualmente, e numa internet cada vez mais dinâmica, instantânea e imagética (me sinto escrevendo um artigo pra faculdade), trabalhar com textão e manter uma página é bem mais trabalhoso do que contar aquela anedota engraçada no Facebook, mostrar a viagem pelas fotos do Instagram, e registrar sua rotina nos vídeos de 10 segundos do Snapchat. É natural que o número de blogs estritamente pessoais tenha diminuído.
Mas, ao contrário do que muitas pessoas lamentam por aí, não acredito que a blogosfera tenha acabado, e acho que essa foi a grande revelação do BEDA pra mim: os blogs pessoais estão é muito vivos! Apesar dessa iniciativa já rolar há alguns anos, era sempre um movimento pontual, e esse ano a adesão foi bem grande, pelo menos entre os blogs que costumo acompanhar. Não foi todo mundo que chegou ao fim, mas uma quantidade enorme de gente se propôs a pelo menos tentar e acho que isso já é um avanço enorme. Pode até não dar certo, mas só de você dar a cara a tapa e dizer que vai tentar escrever todos os dias durante um mês, você já está fazendo muito mais que muitas pessoas, e até que você mesmo, que vive dizendo que quer escrever mais, mas nunca faz nada para, de fato, escrever mais (e eu me incluo nesse bolo).
Além disso, percebi que ao meu redor as pessoas não estavam apenas escrevendo, mas interagindo umas com as outras. Acho que o BEDA, na verdade, foi um grande movimento de maria-vai-com-as-outras, porque ninguém ia fazer, até que pouco a pouco fomos nos rendendo ao ver os outros entrarem na brincadeira. Não é demais isso? Olha só esse bando de tonto arrumando dor de cabeça gratuitamente, deixa eu entrar nessa rodinha também pra ver qual é a deles. Acho que não tem nada mais internet old school que isso. Aliás, tem sim: no início do BEDA pensei que fosse ficar falando com as paredes e que ninguém teria paciência de me ler todos os dias só minhas amigas, porque elas eram obrigadas a isso por força de contrato, mas o que aconteceu na prática foi que a média de comentários por post em agosto foi maior que a de todos os posts do resto do ano!
E não foram apenas comentários, mas sim o que a gente tem o costume (e eu amo que a piada interna esteja se popularizando) de chamar de mimos. Mimar é comentar com carinho e atenção, não só como protocolo, mas porque você realmente tem algo a dizer sobre aquilo que o outro escreveu. Muita gente costuma pedir desculpas depois de um comentário muito grande, principalmente se viaja na maionese ou conta uma história aleatória da própria vida, mas são justamente esses os comentários que eu mais amo, é essa troca que faz tudo valer a pena. Fui tão bem mimada por vocês nesses dias que chego até a ficar com vergonha, porque não sou a mimadora mais assídua - mas juro que faço o que eu posso. Às vezes me frustrava mais com o fato de não poder acompanhar os blogs do que com a dificuldade de escrever, porque eu sei que é essa comunidadezinha que faz a gente seguir em frente, se fosse para escrever e só ninguém estaria expondo a própria vida, certo?
Daí que alienada nesse meu cercadinho da internet li esse post da Duds e, embora concorde com muito do que ela escreveu, não assino embaixo de tudo. Não acho que a blogosfera seja uma bagunça, nem que "a blogosfera atual escreve por obrigação, procurando receita pra ganhar dinheiro". Acho que o que mudou de 2005 pra cá é que a blogosfera é muito maior, com muitas pessoas fazendo muitas coisas diferentes. Coisas tão diferentes, aliás, que até me questiono se podemos chamar tudo de blog, porque pra mim o Depois dos Quinze e o meu blog são tão radicalmente diferentes que nem parecem o mesmo veículo. Claro, a Bruna Vieira começou compartilhando sobre a própria vida e fez a vida em cima disso, mas, como eu disse lá em cima, tudo aconteceu num momento muito específico e que não vai se repetir. E eu tenho certeza que hoje ela não bloga com a mesma despretensão de antes: ela tem um mercado, tem um público pra atingir, e quem a acompanha por aí vê que ela se preocupa muito com esses leitores. O que vocês querem ver? O que vocês querem assistir?
Ela não tá errada em fazer nada disso, mas percebem que é uma postura diferente? Por isso acho meio improdutivo tentar catequizar as pessoas das maravilhas da blogosfera old school. Acho (posso estar errada, inclusive adoro debater o assunto) que quem só quer acesso, alcance, fama, dinheiro e presentes com o blog, ou se frustra porque tem blog mas nunca recebeu jabá em casa, é porque, pra início de conversa, a pessoa não quer ter um blog. Ela quer ter acesso, alcance, fama, dinheiro e ganhar presentes. O blog foi só um jeito que ela encontrou de chegar até isso. É um mercado, e muitas pessoas ficam nessa ânsia de correr atrás dos blogs porque parece mais fácil. Pode até ter sido um dia, mas hoje já é tão engenhoso, quanto, sei lá, comprar uma franquia, montar uma banca de limonada ou um negócio qualquer. Então, se ela quer mesmo virar blogueira profissional, aí tem que colocar o foco nisso - e procurar entender um pouquinho mais daquele meio antes de se enfiar num fórum como o Rotaroots buscando dicas pra engordar o Analytics, né?
Mas aquelas pessoas que querem mesmo ter um blog e apenas um blog, não precisam de muito além da coragem pra começar. Como a Analu colocou num texto, essa blogosfera nossa, esse quintalzinho de internet da resistência, funciona como uma varanda fresquinha, com uma mesa enorme, em que amigos se reúnem pra bater papo e tomar sorvete no fim do domingo. Coisas engraçadas, coisas sérias, coisas tristes e felizes, um papo bestinha e especial como é a nossa vida. Não tem isso de se preocupar com a Relevância, eu juro que a gente está interessado em saber o que foi que você comeu no almoço e por que foi que você não gostou do tempero. Tenho um mês inteiro de postagens que prova isso, junto com a experiência de passar um mês lendo sobre batatas, chinelos e avós - e muito feliz por isso.
No fundo somos todos histórias, basta puxar a cadeira e contar uma boa.
> A proposta do blog day, a qual já sou adepta há alguns anos (vide posts de 2014, 2013, 2011 e 2010) é indicar alguns blogs bacanas que você descobriu ao longo do último ano. Não tenho tantas novidades assim para compartilhar, mas não posso encerrar essa aventura de postar todos os dias durante um mês sem falar sobre as pessoas que me acompanharam nessa aventura.
Queria dedicar esse post a todo mundo que me faz acreditar que a blogosfera é real e importante, e todas as pessoas que não deixam a peteca cair, que fazem com que há oito anos isso seja MUITO legal. Falo das minhas amigas do peito, irmãs, camaradas, que começaram essa história toda e me arrastaram até aqui: Analu, Paloma, Sharon, Iralinha, Couth e Rafinha, e não posso esquecer de quem participou da #resistênciaBEDA e não me deixou aqui falando com as paredes (mesmo que eu seja horrível e nem sempre retribua o carinho como elas merecem): Ana, Ana Flávia, Alê, Amanda, Rodarte, Sofia, Mia, Bincas e Beatriz.
Queria também dedicar esse Oscar mandar um salve pra todas as pessoas que, participando do BEDA ou não, acompanhando meu blog ou não, fazem a minha blogosfera bem mais divertida: além de todos os blogs que já indiquei em todos os blog days por aí, queria falar da Vanessa, do Felipe, da Ba, da Carol, da Debs, da Sarah, da Dani, da Lorena, da Amandinha, da Larie, da Manie, da Isadora, da outra Isadora, de mais uma Isadora, da Raquel, da outra Raquel, da Ana Paula, da Lilica, da Bárbara, da Isabela, da Anica, da Rê, da Cacá, da Renata, da Júlia, da Nambara, da Natália, da Lidy, do André, da Patrícia, da Jana, da Lya, da Ivi (sim estou lendo meu blogroll) e de todas as pessoas que eu esqueci, mas que fazem meu dia mais feliz e completo porque, apesar dos pesares, insistem em escrever ou têm coragem de me ler.
Eu queria ser blogueira rica só pra poder dar uma festa de arromba hoje e celebrar nossa vida besta, nossos casos irrelevantes, e o fato de que, finalmente, O BEDA ACABOU E A GENTE SOBREVIVEU!
>> Agora que o BEDA acabou vou aproveitar para escrever um romance, correr uma maratona, reassistir Gossip Girl, iniciar meu projeto de mestrado, ter um filho e não pera. O ritmo de atualização vai diminuir (dã), pode demorar um mês ou uma semana, mas acho que antes de vocês sentirem saudades já estarei de volta.
Muito lindo esse post. Concordo com você que se a pessoa tem como objetivo a fama e o dinheiro e não consegue isso com o blog mesmo tentando por esse meio ela vai se frustrar bastante, mesmo porque, mesmo sendo todos jogados no mesmo saco "blogosfera", os blogs possuem cada um uma postura. Eu particularmente não considero blog, blog mesmo de raiz esses cheio de publicidade, que focam tanto nisso, porque o que gosto mesmo é de saber o que a pessoa comeu no almoço hoje e o que ela sonha em comer amanhã, amo conhecer o jeitinho de cada um de contar suas histórias cotidianas e eu amo ler, então acompanhar gente que ama escrever (que senta na frente de um computador com o objetivo de falar pra quem quiser ouvir, ganhando ou não dinheiro com isso) é ótimo <3
ResponderExcluirAcho que não li todos os posts que você fez pra esse BEDA e nem comentei em todos que li, mas saiba que achei tudo muito lindo e tô pedindo bis.
Volta logo,
Beijo!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAnna!!!!!!
ResponderExcluirQue post maravilhoso.
Encerrou o BEDA com chave de ouro.
Acompanhei todos os textos até aqui e embora não tenha comentado em muitos eu sempre chovo no molhado - tu me representa!
Adoro escrever, adoro contar coisas aleatórias sobre a minha vida e perceber que no meio de tanto blog "graúdo" e preocupado em vender alguma coisa/fazer dinheiro existem ainda pessoas que, como eu, só querem falar sobre a vida e ler os comentários de pessoas que se identificam.
Parabéns pelo SUCESSO que foi esse BEDA.
Vou aproveitar a seca de posts (ou não, espero que a criatividade continue aflorada e que mesmo sem obrigação a frequência de posts continue boa) e comentar os antigos. Ou mimar, como vocês dizem. uahuahua
Beijo!
Não comentei muito por aqui no BEDA, porque sempre lia os posts direto do feedly, de forma discreta, no momento de trabalho HEHE, quem nunca?
ResponderExcluirMas acompanhei todos os posts, seu e de várias pessoas que você citou aqui (e em outros posts do BEDA) e que maravilha essa blogosfera old school.
Lembro de um post que eu mesma fiz desacreditada e você fez questão de comentar falando pra eu ter fé que nossa galera ainda estava aqui nos blogs. E depois dessa BEDA realmente ela está mesmo. Se pudesse voltar no tempo, acho que hoje teria tido coragem lá no início do mês de ter feito também rs, porque foi uma delícia pura.
Que venham mais BEDAs e mais abraços quentinhos através de palavras nos blogs escritos por pessoas queridas.
No final das contas, o que há de mais interessante nesse mundo senão as histórias dos outros, não é mesmo?
Abraços muchacha :D
Ai, que texto lindo, Anna! Pra mim, a relevância nessa história toda de blogs reside no fato de que a nossa vida importa. O cotidiano é tudo que temos e refletir sobre ele ou ler as reflexões dos outros (por mais despretensiosas que sejam), me encanta.
ResponderExcluirAmei acompanhar cada post desse BEDA. Sentirei saudades dos posts diários.
Bjo!
Ai Anna, nem acredito que sobrevivemos. Que EU sobrevivi. Foi muito, muito bacana entrar nessa roubada enorme este mês e acompanhar todas vocês. Isto aqui é muito eu: "Comecei o meu blog porque vi ali uma chance de dizer coisas que as pessoas ao meu redor não estavam interessadas em ouvir". Tanto que, os amigos "de perto" nem ligam pro que escrevo, e acho que até debocham. :p Azar!
ResponderExcluirNão sou tão experiente na 'blogosfera', mas acho que sim, ainda tem gente que escrevem por amor e estes diários, são meu tipo de leitura favorita da vida. Sentar nessa varanda que a Analu mencionou naquele texto, ler sobre batatas, séries, sessão da tarde e disney, sobre vovós e filhos futuros, é isso que faz meu coração ficar quentinho. <3
Foi muito maravilhoso brincar com vocês, obrigada pela adoção em algumas postagens coletivas, se não fosse isso, talvez eu nem tivesse conseguido. E ah, pode continuar chamando porque ainda temos quatro meses até o fim do ano e tô com medo. hahahaha
Obrigada por me citar com carinho, continuarei sempre por aqui com comentários mirabolantes e muito amor pra dar. hehe
Beijos. ♥
Ah, que fofa! O que me dá mais ânimo para postar são vocês que escrevem nos blogs old school. Eu leio quase todos que você citou, mesmo sem cnseguir comentar e manter contato com todos.
ResponderExcluirE acho que a graça, magi, da coisa é isso de falarmos sobre nós. Do que eu comi, do que eu vi, de coisas do nosso dia-a-dia, eu acho tão incrível essa experiência de cada um ter uma história diferente pra contar e todos terem espaço.
Já pensei várias vezes em abandonar o blog mas aí eu lembro de tudo e de todas as pessoas incríveis que conheci através da blogosfera que eu fico com ânimo e vou lá correndo escrever.
Espero que essa nossa varanda continue um loooongo tempo e que chegue mais gente linda pra sentar na mesa e a gente trocar idéia.
Beijo? 💗
http://www.deborabp.wordpress.com
Ai amiga, que post maravilhoso! Melhor blogday que já vi, indicando todo mundo e emplacando de vez o significado de mimar. Cê sabe que eu entro em qualquer cilada que você topar entrar junto, né? CONSEGUIMOS BEDAR! Essa é a prova de que sempre podemos mais do que sabemos, né? Obrigada por mais essa.
ResponderExcluirTe amo!
Estou indo nas ultimas postagens e respondendo os comentários das postagens... Não estou conseguindo mimar todos os amigos blogueiros com o carinho devidos.... Te indiquei no BlogDAY!!!
ResponderExcluirhttp://ladomilla.blogspot.com.br/2015/08/beda31-finalizando-o-beda-e-blog-day.html
É sempre um prazer vir aqui e te deixar mimos, Annoca! Mas estou em dívida com você, tem um mooooonte de posts seus que deixei em falta aqui hein? Haha e hei de concordar com Aninha que fiquei besta em como você é ~incapaz~ de fazer um texto ruim hein? E amei te ver mais por essas bandas por conta desse BEDA visse? <3 pare não!
ResponderExcluirbeijo!
Te conheci durante o BEDA e uma questão era realmente saber qual é a frequência média de posts. O pessoal acabou com aquela página "Links" dos blogs, mas eu acho que vou refazer uma no meu, só pra me lembrar sempre de te acompanhar! <3
ResponderExcluirSeu post traduz muito do que senti ao acompanhar o BEDA. Inclusive falei de você no meu post em homenagem ao Blog Day, que não teve indicações, só uma breve reflexão mesmo.
Parabéns por ter conseguido! E viva a blogosfera old school! \o/
http://www.misscrazyy.blogspot.com.br/
Parabéns, ana, por ter conseguido!
ResponderExcluirEu achei hiper divertido acompanhar o BEDA, apesar de não ter feito parte dele (não daria pra mim, sério), mas quem não participou efetivamente tem muito que comemorar por ter recebido tanto post bom durante o mês. Espero que role mais um ano que vem!
Bom descanso do blog, mas não suma, vaaaai!! haha
Oiee!! Parabens por todo esse empenho. Cai no blog aqui de taaantas indicacoes que vc recebeu. Vou super te acompanhar. Beijinhos
ResponderExcluirwww.verdadeescrita.com
Participei dessa loucura que foi o BEDA e sei o quanto foi difícil seguir o ritmo, arrumar um tempo no meio de toda loucura pra continuar postando e conhecendo coisas novas. Veja bem, conhecer blogs novo não é obrigação, nem retribuir visita, nem acompanhar os bloguitchos favoritos no feedly, isso é um vício e quanto mais vejo as pessoas postando, mais eu quero ler, mais eu quero acompanhar. Conheci seu blog nesses tempos de BEDA e acho que nunca dei nem um alô nos comentários, então tô aparecendo aqui agora (antes tarde do que nunca) pra dizer que eu li, eu ri, me identifiquei e tem um monte de coisa que deixei passar, mas tô correndo atrás! hahahaha Agora já pode botar pra tocar a música da vitória marcando o fim do BEDA ;)
ResponderExcluirETA que chorei aqui um cado.
ResponderExcluirDesde que eu comecei com essa história de blog eu já sabia que a única coisa que eu colocaria lá seriam coisas sobre a minha pacata vida. Meu ~conteúdo~ é esse. Não tenho mais muita coisa para oferecer para a blogosfera, e to bem feliz assim. Não fosse por isso, não teria conhecido as melhores amigas desse mundo e nem tanta gente boa, bonita, elegante e sincera por aí.
Estou muito orgulhosa de nós nesse BEDA. Que venham os próximos desafios.
Mas pode demorar um pouquinho. Hahaha
Te amo! <3
*joga um mimo no post*
ResponderExcluirSobre relevância, eu acho que é uma coisa TÃO SUBJETIVA que eu nunca vou me culpar por escrever sobre coisas banais. Uma coisa sobre relevância é que ela tem um alvo. É relevante PRA QUEM? Vai lá escrever post sobre a crise hídrica que eu vou simplesmente ignorar.
No livro da Amanda Palmer (acho que vc leu, não leu?), A Arte de Pedir, tem uma parte em que ela conta em como se sentia ridícula por ser artista e ter esse trabalho doido, enquanto as pessoas eram médicas, advogadas, professoras... Mas, assim que ela percebeu que conseguia tocar o público com a arte, parou com isso. Porque com a música ela conseguia ajudar os médicos, os advogados e os professores de alguma forma. Os meus autores favoritos de bestsellers são MUITO RELEVANTES pra mim. Meus cantores também. Os blogs que eu leio também e, às vezes, pegando uma dica, uma recomendação, pescando um pensamento ou vendo a experiência de uma outra pessoa descrita num blog, eu, tipo, LEVO PRA VIDA e faz toda diferença. É totalmente relevante pra mim. Pode não ser relevante para determinadas pessoas ou para a humanidade no geral, mas pra alguém sempre vai ser.
Esse BEDA foi maravilhoso, tanto que eu, que nem participei com textos diários, conheci alguns blogs muito legais e interagi demais com várias pessoas. Me senti parte dessa coisa toda <3
Ai, que bom que você escreveu esse texto, amiga. Eu amo esse trem chamado blogar (nem odeio a palavra não hahaha), e sou apaixonada por isso desde que coloquei meus pés nesse mundo pela primeira vez -- mesmo com todas as minhas idas e vindas. Seu blog foi um dos primeiros que eu conheci, e é surreal demais que hoje em dia você seja minha amiga.
ResponderExcluirComo você e banana já disseram muito bem, é mesmo essa interação e contação de histórias supostamente irrelevantes que faz a mágica desse mundo, e estamos tão rodeadas de blogs pessoais maravilhosos com histórias maravilhosas que não dá pra acreditar que alguém realmente acredite que ninguém bloga mais por amor. Oi, estamos aqui e somos meio hippies.
Concordo demais com você dizendo que nossos blogs são uma forma de contar a nossa vida como nós queremos que ela seja contada. Mas isso não é novidade, concordo demais com tudo o que você escreve.
Te amo, obrigada por me acompanhar nessa cilada <3
O mais legal do BEDA, pra mim, foi descobrir alguns outros blogs cujo conteúdo também é a vida pessoal do autor. Nesse mundão de gente que produz pra conseguir lucro, eu conhecia poucos (vocês da Máfia, um ou outro de outro lugar) que ainda blogavam desse jeito, mas já era um abraço enorme saber que eu não tava sozinha. ahahahaha
ResponderExcluirAmei teu texto (como sempre) e amei também que você conseguiu postar por 31 dias. Foi muito, muito maravilhoso te ler durante agosto inteiro, como sempre é. :)
Beijos!
eu sinto muito isso ao ler blogs como seu. essa coisa de sentar cazamiga e contar sobre como foi o dia e tudo o que acharmos relevante. a vida offline acaba privando a gente demais disso. parece que ninguém tem mais tempo pra sentar e conversar sobre o café no lanchonete que não é mais o mesmo. sem falar que me dá uma alegria enorme criar esses vínculos com pessoas que muito provavelmente eu não conheceria por causa da distância e , sabe-se lá, pelos caminhos dessa louca vida. eeeeenfim, me dá uma alegria imensa ler isso e ver que também fiz parte ♥ obrigada pelo carinho e por manter esse canto tão querido que tanto gosto de acompanhar :)
ResponderExcluirAcompanho o seu blog e as meninas da Máfia faz um tempinho, hoje decidi comentar e parabenizar a vc e todos os que participaram do BEDA, realmente eu considero um grande feito! E é sempre bom conhecer o mundo particular de cada um, suas conquistas, frustrações, medos... Essas coisas é que nos fazem humanos no sentido mais amplo da palavra. Um abraço o/
ResponderExcluirAi, Anna, que post necessário.
ResponderExcluirEu li isso ainda ontem de noite, no celular, logo que você postou, mas no meio da aula foi difícil vir aqui MIMAR (por sinal, ótima descrição) -- e também melhor tipo de comentário. Adoro quando vejo que recebi um comentário de doze linhas sobre a vida da pessoa, em contrapartida com aquele comentário protocolo.
E foi tão legal essa ~jornada~, ver tanta gente comentando, conhecendo tanto blog novo. Ler sobre tanta coisa pessoal e aleatória. De uma forma sinto que conheço melhor as pessoas que já conhecia, e de certa forma me aproximei dessas pessoas também. Como a Alê falou, fiquei em dívida contigo porque se eu pudesse teria mimado todos os posts. Mas né, o BEDA deixa a gente numa pilha errada.
Hoje em dia sinto que meu blog é mais diarinho do que foi no começo, e percebi que prefiro posts assim, e blogs assim também, despretensiosos, do que esses que querem ser relevantes (sigo alguns, mas é só um lance, não é amor).
Beijão! E 'brigada por mencionar no post e meu post das batatas, ahahahahah. <3
Eu sempre me surpreendo quando leio seus textos, Anna! Este é um dos melhores que já encontrei sobre o cenário da blogosfera,e sua visão sobre tudo é muito legal, muito compreensiva! Também não fico de xiita saudosa porque, bom, é bom ganhar dinheiro fazendo o que gosta. As pessoas apenas não devem perder o foco em bom conteúdo (: E um bom conteúdo pode ser o que você comeu no almoço e porque não gostou do tempero, isso pode ser uma história e tanto!
ResponderExcluirEu ainda não sei mensurar quantas maravilhas encontrei depois de mergulhar de vez no mundo dos blogs, mas eu sei que tem sido sensacional! E muito obrigada por fazer parte disto!
Oi Anna! Conheci seu blog durante o BEDA e revirei o bicho todo, lendo tudo ao som de Taylor Swift. Todo dia eu vinha aqui saber o que você tinha pra contar de novo. Por causa do seu blog fiquei até com uma vontadinha de começar um também. Já tive milhões de blogs, dos idos de 2005 pra cá, mas nunca consegui fazer durar. Toda essa história de BEDA até me faz acreditar nessa possibilidade, porque se as pessoas conseguem postar todo santo dia durante um mês, eu também consigo.
ResponderExcluirEntendo que esse ritmo é insano, principalmente pra quem tá fazendo TCC (eu também estou), mas vou continuar vindo aqui todos os dias na esperança de ter alguma coisinha nova hahahaha
Bjs de luz!
Oi Anna! Conheci seu blog durante o BEDA e revirei o bicho todo, lendo tudo ao som de Taylor Swift. Todo dia eu vinha aqui saber o que você tinha pra contar de novo. Por causa do seu blog fiquei até com uma vontadinha de começar um também. Já tive milhões de blogs, dos idos de 2005 pra cá, mas nunca consegui fazer durar. Toda essa história de BEDA até me faz acreditar nessa possibilidade, porque se as pessoas conseguem postar todo santo dia durante um mês, eu também consigo.
ResponderExcluirEntendo que esse ritmo é insano, principalmente pra quem tá fazendo TCC (eu também estou), mas vou continuar vindo aqui todos os dias na esperança de ter alguma coisinha nova hahahaha
Bjs de luz!
Oi Anna! Conheci seu blog durante o BEDA e revirei o bicho todo, lendo tudo ao som de Taylor Swift. Todo dia eu vinha aqui saber o que você tinha pra contar de novo. Por causa do seu blog fiquei até com uma vontadinha de começar um também. Já tive milhões de blogs, dos idos de 2005 pra cá, mas nunca consegui fazer durar. Toda essa história de BEDA até me faz acreditar nessa possibilidade, porque se as pessoas conseguem postar todo santo dia durante um mês, eu também consigo.
ResponderExcluirEntendo que esse ritmo é insano, principalmente pra quem tá fazendo TCC (eu também estou), mas vou continuar vindo aqui todos os dias na esperança de ter alguma coisinha nova hahahaha
Bjs de luz!
Anna, primeiro que foi muito legal acompanhar vcs que se dispuseram aderir ao BEDA, e ver o quanto a criatividade pode dar frutos. Acho que aqueles posts comentando da rotina, simples assim, como se fosse uma amiga comentando com a outra, são os que mais gosto.Por isso gosto tanto daqui! Não deve ter sido fácil - tanto que eu mesma arreguei - mas posso falar pelas pessoas que ficaram aqui desse lado como leitores acompanhando: valeu super a pena! <3
ResponderExcluirli seu post inteirinho e concordei com todas as linhas. Que necessário, que bem escrito! Eu tinha esquecido como era bom ter um blog e esse contato com pessoas tão legais. Gosto muito de entrar na vida das pessoas e espiar os seus diários virtuais sem ter que me preocupar com as coisas chatas de blogs ~monotizados~ e esse mês foi tãoo divertido, tão bom gastar horas e horas pensando no que postar e ver um monte de blogs maravilhosos fazendo a mesma coisa! To numa nostalgia de beda que não passa.
ResponderExcluirbeijos e parabeeeens, conseguimos \o/\o/
Mulher, eu não participei do BEDA mas eu fiquei tão feliz por quem conseguiu porque isso é muuuuuuito difícil. Se inspirar, se motivar, escrever todo santo dia. Isso é foda. Eu concordo muito com o teu texto e aquilo que os blogs tinham antigamente de serem mais diários. Eu já tive um blog assim, e acabei deixando pra lá porque me preocupava demais com o que os outros falavam sobre mim. Quando revolvi voltar, eu sentia uma pressão danada por isso de ter sempre um tópico super interessante que atraísse muita gente. Isso aconteceu até que eu conhecesse pessoas que escreviam de boas, sem se preocupar com o que os outros pensariam, e simplesmente colocavam o que sentiam nos posts. Isso me deu um wake up call mesmo. Foi ótimo! Vai lá ter o teu descanso. Abalou no mês!
ResponderExcluirGente, esse post foi maravilhoso.
ResponderExcluirBem, eu sempre tive blog. Mas confesso que comecei a me sentir muito mais leve depois que comecei a tratar assuntos pessoais nele. Bem, quem não quiser ler, não leia, certo?
"Comecei o meu blog porque vi ali uma chance de dizer coisas que as pessoas ao meu redor não estavam interessadas em ouvir, ou então que eu mesma não queria dizer em voz alta. " - EXATAMENTE.
Sempre fui da opinião de que o tempo não acabou com a blogosfera - ele só filtrou a blogosfera. Em dois mil e batatinha era moda ter blog, agora é mais prático falar merda no twitter. Então só tem blog pessoal hoje em dia quem gosta mesmo da coisa.
Bem, eu não participei do BEDA. Na minha opinião, assumir deliberadamente o compromisso de escrever um texto por dia seria suicídio mental. Eu acabaria agosto sendo um zumbi. kkkk Mas acompanhei um monte de blogs que fizeram o BEDA e sim, foi muito legal, e foi muito legal ver que tanta gente chegou ao final.
"Olha só esse bando de tonto arrumando dor de cabeça gratuitamente" - sim, foi bem isso que eu pensei. kkkkkk
Concordo que com e existencia de um "mercado" em cima disso, os objetivos dos blogs seguiram vários caminhos, e sim, é uma postura completamente diferente mesmo. Seu texto pós-BEDA foi incrível, de verdade. <3
nunca li tão belas palavras hahaha, depois do BEDA principalmente, eu nem entro em blogs de moda mais , me senti tão mais a vontade lendo blogs pessoais, tipo o seu o da Baa , sabe essa coisa "Miga senta aqui vamo prosear um cado" como diz mineiro, essa coisa gostosa de se sentir tomando um cafezinho e trocando umas ideias. E você pode escrever o post maior que seja, sempre leio ate o ultimo ponto final, não mimo sempre, e isso é algo que quero mudar, mas ler tudinho sim, pq é uma troca de aprendizado, de risada, de sorrisos, de "po amiga to assim tbm". Amo seu blog kkkkkk e li todos os post e vi como se esforçou. Outra coisa, sabe o que disse da vida é verdade, e eu tinha esse pensamento de "minha vida não é relevante", pensando bem a gente sempre tem uma historia,algo a escrever. Obrigada por me fazer enxergar isso. Não consegui concluir o projeto mas foi um mes incrivel .
ResponderExcluirVárias coisas passaram pela minha cabeça enquanto eu lia o seu post, mas não pude deixar de lembrar do meu grande hiato. Com a mudança RJ x Salvador, fiquei mega perdida com a vida: até respirar tava sendo difícil (imagine chegar num lugar sem conhecer nada e nem ninguém e ter que fazer sua vida lá, com a pressão de ainda ter que ser feliz). E nesse período blogar (verbo escroto mesmo) ficou cada vez mais distante. Hoje, muitos meses depois, vejo onde eu ~errei~: com a falta de tempo, a ansiedade batendo na porta e o desânimo, parei de ler outros blogs. Putz, como eu podia querer me manter motivada só querendo saber de mim, mim, mim? Na minha opinião, o mais gostoso de estar aqui é interação que a gente tem com o outro. É essa troca: você me fala sobre você e eu aceito, eu me vejo no seu cotidiano, me inspiro na sua experiência e, em troca, te deixo um pouco de mim também.
ResponderExcluirEu já li 2x o post da Duds, mas também não concordo com tudo. Não dá pra ver o tempo passar e acreditar que as coisas são estáticas. Até a blogsfera muda, acompanha o ritmo doido dos ponteiros, porque é feita de gente. E ninguém, mesmo que queiramos muito, permanece o mesmo.
(Uau, que bíblia!)
Beijão!
A tal da Vivian